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EXTINCTION PRACTICE
Endereço para correspondência: Mary Lúcia Sargi do Nascimento, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Faculdade de Ciências
Humanas, R. Mainá, 126, Colibri I - Caixa Postal: 5006. CEP: 760091-330. Campo Grande, MS. Endereço eletrônico:
marylucia_01@hotmail.com.
PRÁTICA DE EXTINÇÃO:
EXTINCTION PRACTICE
Resumo: O presente artigo visa apresentar uma prática de extinção operante, caracterizando-a.
Temos por objetivo demonstrar se o sujeito de nossa pesquisa correspondeu aos critérios que
possibilitam a afirmação do processo de extinção, após passar por um esquema de reforçamento
contínuo. A prática foi realizada em laboratório; o sujeito diz respeito a um rato branco de
linhagem Winstar, de 100g, privado de água há 48h quando teve início a prática. Ao final da
análise, pode-se concluir que a prática de extinção foi bem-sucedida de acordo com as
definições.
Tendo em vista que, segundo Lopes (2008), um comportamento se caracteriza por uma
"relação organismo-ambiente, que pode ser entendida do ponto de vista de sua dinâmica como
uma coordenação sensório-motora, e do ponto de vista da Análise do Comportamento como
uma relação de interdependência entre eventos ambientais, eventos comportamentais, estados
comportamentais e processos comportamentais."; e que, partindo dessa concepção, torna-se
possível caracterizar também um esquema de reforçamento "Esquema de reforçamento diz
respeito, justamente, a que critérios uma resposta ou conjunto de respostas deve atingir para
que ocorra o reforçamento. Em outras palavras, descreve como se dá a contingência de reforço,
ou seja, a que condições as respostas devem obedecer para ser liberado o reforçador. " (Moreira
e Medeiros, 2007, p.117), e a modelagem, ainda conforme Moreira e Medeiros (2007, p. 62),
"é uma técnica usada para se ensinar um comportamento novo por meio de reforço diferencial
de aproximações sucessivas do comportamento alvo." torna-se possível a apreensão da prática
de extinção operante, tema de discussão do presente artigo.
Existem alguns elementos que compõem a resistência à extinção, entre eles estão: o
custo de resposta para a extinção, em que quanto maior for o custo de resposta, tanto menor é
a resistência à extinção; e os esquemas de reforçamento, nos quais os intermitentemente
reforçados são mais resistentes à extinção se comparados aos reforçados continuamente. Em
nosso experimento de extinção, o rato havia passado pelo esquema de reforçamento contínuo.
2. Objetivo
Considerando a definição dada por Moreira e Medeiros em Princípios Básicos de
Análise do Comportamento (2007) para o conceito de Extinção Operante “quando suspendemos
(encerramos) o reforço de um comportamento, verificamos que a probabilidade de esse
comportamento ocorrer diminui (retorna ao seu nível operante, isto é, a frequência do
comportamento retoma aos níveis de antes de o comportamento ter sido reforçado)”, torna-se
de interesse àqueles curiosos quanto a prática da análise do comportamento se esta definição é
observável enquanto realidade; portanto, neste artigo, toma-se como propósito o entender e
demonstrar a confiabilidade da definição e utilidade da prática de extinção operante, quando
teve início o processo de extinção.
3. Método
4. Resultados
Posteriormente, a chave que controla a caixa foi desligada, o que fez com que, ainda que
o rato apertasse a barra por diversas vezes, não obtivesse água como resposta. O sujeito desta
pesquisa, no primeiro minuto de extinção apertou a barra por nove vezes, e nos minutos
posteriores não apresentou mais nenhuma resposta de pressão a barra; após cinco minutos com
a chave desligada, a cuba de agua foi retirada da caixa; e no minuto sequente à retirada da cuba
a prática foi encerrada, pois, segundo orientações do livro, caso o rato deixasse de apertar a
barra por cinco minutos subsequentes, considera-se finalizada a prática de extinção operante.
Ulteriormente foi realizado, com os dados obtidos na prática de CRF (I), Extinção,
Reforço Secundário e CRF (II), um gráfico expressando os resultados.
Gráfico 1. Apresenta a distribuição da frequência acumulada de pressão à barra ao longo de quatro práticas
distintas: a) CRF I, (reforço contínuo de pressão à barra I); b) Extinção; c) Reforço Secundário; d) CRF II
(reforço contínuo de pressão à barra II). Neste artigo, interessa-nos analisar somente o período em que ocorre a
extinção: o reforço água é retirado; como a água não aparece em sequência à pressão da barra, observa-se o
aumento considerável da frequência de resposta; até que a barra deixa de ser pressionada por completo. Afirma-
se, assim, ter ocorrido o processo que extinguiu as respostas que o sujeito de pesquisa, o rato, aprendeu a emitir
mediante condicionamento.
5. Discussão
Como pesquisadores, podemos dizer que o objetivo e o resultado coincidem; isto nos
permite afirmar que alcançamos o que pretendíamos. Primeiramente, submetemos o rato à
aprendizagem do comportamento de pressão à barra cujo reforço contínuo oferecido
correspondeu ao ganho de água, ou seja, o condicionamos a realizar essa atividade. Em seguida,
nossa meta era extinguir tal comportamento nesse sujeito, o que alcançamos. Assim, o processo
de extinção aconteceu como esperado, confirmando a hipótese de que a resposta de pressão à
barra é mantida por suas consequências.