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Em 431, na cidade de Eféso, atual Turquia, reuniu-se um Concílio onde foi

dado oficialmente a Maria o título de Theotókos “mãe de Deus”. Foi uma formalidade,
afinal de contas, havia quatrocentos anos os cristãos já chamavam Maria assim. No
entanto era importante ser oficializado pelo Concílio para que se evitasse desvios
quanto ao papel de Maria na obra de Salvação operada por Jesus. De lá para cá,
muitos outros títulos foram concedidos à Maria, especialmente pelo povo devoto.
Uma semana depois de termos celebrado o nascimento de Jesus, hoje a Igreja
propõe começar o ano sob a proteção de Maria, Mãe de Deus e nossa. Maria foi
apresentada nos textos evangélicos como modelo de discípula de Jesus. Ao seu
reconhecido lugar como mãe do Salvador, é também disposto um papel de discípula
amada que “conserva no coração” o testemunho sobre o Senhor. Ela é reconhecida
como aquela que acreditou nas palavras de Deus e disse: “eis a serva do Senhor” (Lc
1,38); que no casamento em Cana, fez o Cristo adiantar sua hora para devolver a
alegria que havia acabado (Jo. 2,1ss); que esteve aos pés da cruz até o último suspiro
de Jesus (Jo 19,24); que estava reunida em oração quando o Espirito Santo desceu
sobre os discípulos/as reunidos no cenáculo (At 1,13). Ou seja, Maria, de acordo com
a tradição bíblica cristã, esteve presente nos momentos mais importantes da história
de Jesus e da Igreja primitiva.
Pedimos a Maria que conduza a comunidade cristã ao aperfeiçoamento na fé,
que a Igreja seja, à imagem de Maria, verdadeira mãe que está ao lado dos seus filhos
especialmente nos momentos difíceis da vida; que a Igreja, a exemplo de Maria, reze
para e com seus filhos, que acolha a palavra de Deus corajosamente, profeticamente,
e saiba dizer sim mesmo que seja motivo de perseguição e indiferença; que a Igreja, a
exemplo de Maria, interceda para que o povo tenha alegria, tenha vida e dignidade e
que não se omita diante dos desmandos políticos, sociais e econômicos do nosso
tempo.
Maria também pode ser invocada como Nossa Senhora da Paz. E neste dia
mundial da paz, a Igreja, há cinquenta anos, envia uma mensagem de paz e
esperança a todos seus filhos e filhas e todas as pessoas de boa vontade. No início de
2017 o papa Francisco escrevia uma mensagem de paz para todo mundo com o título:
“A não-violência: estilo de uma política para a paz”. Na mensagem, o santo padre
desejava a todos votos de paz e almejava que ela atingisse todo o homem, mulher,
menino e menina. Além do mais, o papa colocava em suas orações naquele momento
para que todas as pessoas pudessem se reconhecer mutuamente como dons
sagrados com uma dignidade imensa. Sobretudo nas situações de conflito, pedia o
respeito esta dignidade da pessoa humana e do gesto da não-violência o nosso estilo
de vida. Mesmo que o ano já tenha se passado e ao alvorecer de um novo ano, os
votos do Santo Padre, e os nossos, continuam sendo os mesmos. Que a paz reino em
nosso coração e sejamos seus promotores.
Que Maria, mãe de Deus e nossa, nos ilumine e nos conduza na paz e na
harmonia neste ano, para que possamos ser verdadeiros discípulos e discípulas de
Cristo.

Fr. Edson Guedes, OFMcap.

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