ESTUDO DIRIGIDO – POLÍTICAS PÚBLICAS

ATIVIDADE DISCUSIVA 2

QUESTÃO 1:
O programa em questão trouxe algumas vantagens à população carente
do paÍs e, segundo o texto proposto, propiciou uma nova perspectiva às
mulheres entrevistadas, uma vez que, como elas passaram a cuidar do dinheiro
recebido, acabaram por mudar o conceito que tinham sobre a própria vida que
levavam, dependente dos maridos e sem grande participação sobre os aspectos
financeiros da família.
Porém, o programa por si só não foi capaz de prover um desenvolvimento
contínuo da população atingida, pois a distribuição de renda em espécie por si
só não é uma solução viável para o problema da pobreza extrema no país.
É preciso que a população carente tenha acesso a educação de
qualidade, a empregos dignos e a sistemas públicos de saúde, transporte e
segurança eficientes para que adquiram condições de deixarem a dependência
do Estado provedor e se desenvolverem, tornando-se membros ativos e
produtivos da sociedade.

QUESTÃO 2:
A problemática da “cracolândia” em São Paulo é uma questão que dura
mais de duas décadas e cuja solução não apresenta pistas de que poderá ser
realizada a curto prazo, pois trata-se de uma questão estrutural e que, portanto,
necessita de reformas estruturais.
Quase todas as ações tomadas pela prefeitura no sentido de solucionar o
problema passam por dois grandes planos: a repressão policial como forma de
conquistar espaço, num primeiro momento, e a oferta de tratamento e cuidados
psicossociais posteriormente ou – às vezes – em conjunto com as ações de
repressão. O que na verdade tais ações escancaram é a incapacidade do Estado
em apresentar políticas públicas eficazes no tratamento dos dependentes
químicos da região, bem como na recuperação da dignidade dos frequentadores
da “cracolândia” como cidadãos com livre acesso aos recursos públicos, tais
como saúde e educação.
A repressão pura e simplesmente como forma de eliminar o problema não
surte efeito, pois deixa de atacar a principal fonte de entrada de drogas entre os
usuários, que são os grandes traficantes, ou aqueles que distribuem o produto
no atacado. Ao combater o problema reprimindo apenas usuários, o governo
acaba cometendo uma série de arbitrariedades e, como consequência, acaba
desencorajando os usuários a buscarem tratamento e ajuda, alimentando um
ciclo vicioso que já dura vários anos.

QUESTÃO 3:
O que se tenta fazer nos dias de hoje é a chamada política “higienista”,
isto é, a que visa “varrer” as pessoas indesejáveis para longe do meio urbano,
porém, tal prática não traz bons resultados, uma vez que as pessoas expulsas
daquela região acabam migrando para outras muitas vezes bem próximas do
antigo local. Não é um problema fácil de ser resolvido e os longos anos de
experiências fracassadas estão aí para comprovar.
Porém, é de consenso entre especialistas que a recuperação da
população inserida na cracolândia passa por 4 etapas:

I) Policiamento ostensivo e contínuo, a fim de coibir a ação do tráfico

e evitar que as drogas possam chegar ao consumidor final;
II) Cuidados aos usuários de drogas, tirando-os das ruas e
oferecendo a ales tratamento médico – inclusive compulsoriamente
- até que eles tenham condições de retomar suas vidas;
III) Assistência social, através da oferta de serviços aos usuários de
drogas, tais como cursos profissionalizantes, oferta de trabalho,
etc.
IV) Implantação de programas de habitação e emprego, para que o
dependente químico possa preencher seu tempo com trabalho e
convívio com familiares. Criassem