Sie sind auf Seite 1von 32

A Adoração no Ministério

Levítico

Levi de Paula Tavares

Baseada no capítulo 7 do livro O Cristão e a Música Rock—Um Estudo dos


Princípios Bíblicos da Música, de autoria do Dr. Samuelle Bacchiocchi

Disponível no site www.musicaeadoracao.com.br


Como era a música?
 Muitos acreditam que a música produzida por
instrumentos de percussão e acompanhados por
dança eram comuns nos serviços religiosos. Por
conseguinte, defendem que alguns estilos de música
rock e danças são apropriados para os cultos na
igreja hoje.
 Um estudo cuidadoso da função da música do Velho
Testamento revela o contrário.
 No Templo os músicos pertenciam a um clero profissional,
só tocando em ocasiões restritas e especiais, e usavam
alguns poucos instrumentos musicais específicos.
Princípios eternos
 O que foi verdade para o templo foi, também, depois
na sinagoga e na igreja primitiva.
 Na verdade, ao estudarmos a adoração no ministério
levítico do Templo, o que buscamos não é tanto
determinar a forma do ritual ou a liturgia do serviço
levítico, mas sim o princípio que baseava a
adoração.
 Em seguida, tentaremos aplicar este princípio aos
nossos dias.
A Instituição do Ministério
 Quando o ministério levítico foi instituído, estavam
ocorrendo alterações profundas na sociedade
israelita
 Ocorreu uma transição da vida nômade, tribal, para uma
monarquia estável.
 Anteriormente, a adoração era feita, por famílias, sob a
direção do chefe do clã.
 A construção do templo criou novas necessidades litúrgicas.
Como era antes?
 Antes desta época as referências sobre música
estavam principalmente com as mulheres que
cantavam e dançavam ao celebrarem eventos
especiais.
 Miriam na vitória sobre os egípcios no Mar Vermelho
- (Êxodo 15:20-21).
 As mulheres tocaram e dançaram pela conquista de
Davi (I Samuel 18:6-7)
 A filha de Jefté - (Juízes 11:34).
Davi organiza o ministério
 O livro de Crônicas descreve com detalhes
consideráveis como Davi organizou o ministério
musical dos Levitas.
 De acordo com o primeiro livro de Crônicas, Davi
organizou esse ministério em três estágios:
 Transporte da Arca até Jerusalém
 Ministração diante da Arca
 Implantação do ministério levítico no Templo
Primeiro Estágio
 Ordenou aos chefes das famílias levíticas que
designassem uma orquestra e um coro para
acompanharem o transporte da arca até a tenda em
Jerusalém (I Crônicas 15:16-24).
Segundo Estágio
 Ocorreu depois que a arca foi colocada em
segurança na tenda preparada em seu palácio (I
Crônicas 16:1).
 Davi organizou a apresentação regular de música
coral na hora das ofertas queimadas com os corais
posicionados em dois locais diferentes (I Crônicas
16:4-6, 37-42).
 Um coro se apresentava sob a liderança de Asafe diante da
arca em Jerusalém (I Crônicas 16:37-38), e o outro sob a
liderança de Hemã e Jedutun diante do altar em Gibeon (I
Crônicas 16:39-42)
Terceiro estágio
 Aconteceu no final de seu reinado quando ele
planejou o serviço musical elaborado que seria
realizado no templo que Salomão construiria (I
Crônicas 23:2 a 26:32).
 um grupo de 4.000 Levitas como artistas em potencial (I
Crônicas 23:5).
 um coro levítico profissional com 288 componentes (I
Crônicas 25:6-7).
 Os levitas músicos correspondiam a mais de dez por cento
dos 38.000 levitas (I Crônicas 23:3)
Cuidados no planejamento
 Para assegurar que não haveria nenhuma confusão
ou conflito entre o ministério sacrifical dos sacerdotes
e o ministério musical dos levitas, Davi delineou,
cuidadosamente, a posição, o grau, e a extensão do
ministério dos músicos
 A atuação dos levitas era subordinada aos sacerdotes (I
Crônicas 23:28).
 Havia controle litúrgico e teológico do que era apresentado
 Havia escalas definidas e agendadas (I Crônicas 23:30-31).
 Não havia “convite especiais”
Um ministério próspero
 O ministério de música no templo foi próspero por várias
razões, as quais são pertinentes para a música da igreja hoje.
 Há vários motivos práticos pelos quais este ministério
prosperou, além da aprovação divina.
 Estas razões podem nos fornecer bases para o
estabelecimento de um ministério sólido hoje em dia.
 Vamos analisar cinco aspectos:
 Maturidade musical
 Espiritualidade
 Dedicação
 Comprometimento
 Sustentação
Maturidade musical
 Os músicos levitas eram maduros e musicalmente treinados.
 O coro era constituído de no mínimo doze cantores adultos, do
sexo masculino e com idades entre trinta e cinqüenta anos (I
Crônicas 23:3-5).
 Lemos em I Crônicas 15:22 que “Quenanias, o chefe dos
levitas, ficou encarregado dos cânticos; essa era sua
responsabilidade, pois ele tinha competência para isso”. (NVI).
 Todos os componentes do coro principal (288) eram “mestres”,
ou seja, tinham capacidade de instruir a outros (I Crônicas
25:7).
 Fontes rabínicas relatam que o treinamento musical de um
cantor levítico levava pelo menos cinco anos de preparação
intensiva.
Maturidade Musical
 O conceito de habilidade musical é mencionado
várias vezes na Bíblia, além de I Crônicas 25:7: (I
Samuel 16:18; II Crônicas 34:12; Salmos 137:5).
 Paulo também faz menção a isto quando disse:
“cantarei com o espírito, mas também cantarei com o
entendimento” (I Coríntios 14:15, NVI).
 O princípio bíblico é que os líderes da música devem
ter um entendimento musical maduro, especialmente
hoje, quando vivemos numa sociedade de uma
cultura elevada. A capacidade técnica é necessária
para um louvor perfeito.
Espiritualidade
 Eles foram separados e ordenados para esse
ministério como o foram os outros sacerdotes.
 Davi disse: “santificai-vos, vós e vossos irmãos. . .
Santificaram-se, pois, os sacerdotes e levitas” (I
Crônicas 15:12, 14). Foi entregue aos músicos
levitas o sagrado encargo de ministrarem,
continuamente, diante do Senhor (I Crônicas 16:37).
 O princípio aqui é que a verdadeira adoração não é
possível sem comunhão pessoal.
Dedicação
 Os músicos levitas eram trabalhadores em tempo
integral.
 Eles moravam no templo e dedicavam-se
unicamente à música e a adoração (I Crônicas 9:33).
 O princípio é que os ministros da música deviam
estar dispostos a trabalhar diligentemente no preparo
da música necessária para o culto de adoração.
Comprometimento
 Os músicos levitas não eram artistas cantores
convidados para entreter as pessoas no templo. Eles
eram os ministros da música.
 “Designou dentre os levitas os que haviam de
ministrar diante da arca do Senhor, e celebrar, e
louvar, e exaltar o Senhor, Deus de Israel” (I
Crônicas 16:4).
 O princípio é que o ministério da música era (e deve
ser) uma parte vital na experiência de adoração do
povo de Deus.
Sustentação
 Os músicos levitas eram pagos com os mesmo
dízimos que eram dados para o sustento do
sacerdócio (Números 18:24-26; Neemias 12:44-47;
13:5, 10-12).
 Isto é um sinal da importância deste ministério.
 O princípio bíblico é que o trabalho do ministro da
música deveria ser um ministério apoiado pela renda
do dízimo da igreja.
Sustentação - Observações
 O princípio bíblico visto anteriormente refere-se a
“ministros consagrados”, ou seja obreiros.
 Os levitas eram selecionados, contratados, e viviam no
templo durante seu período de preparo. Depois de
preparados, exerciam suas funções no templo, de acordo
com as diretrizes do templo.
 A sustentação financeira através dos recursos do dízimo
não se aplica aos auto-intitulados “ministros do louvor”, que
buscam ganhos financeiros pelo uso do dom da música,
mas que não aceitam as diretrizes da liderança.
 É razoável supor que, se uma pessoa leiga se oferece para
ajudar no programa musical de uma igreja local, tal serviço
não precisa ser remunerado.
Resumindo
 O ministério da música no templo foi conduzido por levitas
experientes e maduros, que foram treinados musicalmente,
preparados espiritualmente, apoiados financeiramente, e
servidos pastoralmente.
 Ministrar musicalmente no Velho Testamento era um grande
privilégio e um serviço de muita responsabilidade. Isto ainda é
verdade no ministério da música em nossos dias. Em um senso
muito real nós somos os levitas do Novo Testamento.
 Assim, estes princípios, que foram estabelecidos por Deus para
o sacerdócio levítico, deveriam ser observados como diretrizes
válidas para os líderes da música numa igreja do Novo
Testamento
Uso de Instrumentos Musicais
 Davi criou vários instrumentos para a adoração (I
Crônicas 23:5; II Crônicas 7:6).
 Estes instrumentos não são descritos e, portanto, não se
conhece detalhes deles.
 Dos instrumentos conhecidos, foram aceitos para a
adoração no serviço do Templo:
 Trombetas (instituídas por Deus por intermédio de Moisés –
Números 10:2)
 Címbalos, alaúdes, e harpas (Instituídos por Davi - I
Crônicas 15:16; 16:5-6).
Três grupos de instrumentos
 Sopro: Trombetas
 Cordas: Alaúdes e harpas
 Percussão: Címbalos
Utilização das trombetas
 Eram utilizadas para conclamação ou chamamento
da assembléia.
 Também eram utilizadas como alarme de guerra
 Indicavam o início das celebrações, bem como
momentos especiais dentro do ritual.
 Ver Levítico 23:24; 25:9; Números 29:1; I Crônicas
16:6, 42; Esdras 3:10; Neemias 4:18; 12:35, 41
Utilização dos alaúdes e harpas
 Eram chamados “instrumentos de música” (II
Crônicas 5:13) ou “os instrumentos para os cânticos
de Deus” (I Crônicas 16:42).
 Sua função era acompanhar os cânticos de louvor e
ação de graças ao Senhor (I Crônicas 23:5; II
Crônicas 5:13).
 Eram executados pelos próprios cantores, que
acompanhavam a si mesmos.
 Grande cuidado era tomado para se assegurar que o
louvor vocal do coro levítico não fosse eclipsado pelo
som dos instrumentos.
Utilização dos címbalos
 Alguns apelam para o uso dos címbalos para
argumentar que a música do templo tinha uma batida
rítmica e, por conseguinte, a Bíblia não proíbe
instrumentos de percussão na igreja hoje.
 Os que defendem este argumento desconhecem o
real utilização dos címbalos na música do templo.
Eles eram brandidos somente pelo líder do coro em
ocasiões ordinárias (I Crônicas 16:5) ou pelos três
líderes dos grupos em ocasiões extraordinárias (I
Crônicas 15:19)
Utilização dos címbalos
 “Os instrumentos de percussão eram reduzidos a apenas um
címbalo, que não era empregado na música propriamente dita,
mas somente na marcação das pausas e intermissões”. (A. Z.
Idelsohn, Jewish Music in Its Historical Development (Nova
York, 1967), p. 17.)
 “A música no templo incluía címbalos, e o leitor moderno
poderia concluir que a presença de instrumentos de percussão
indicaria ritmos precisos. Mas há pouca dúvida de que os
címbalos, como em qualquer outro lugar, marcavam o fim de
uma linha e não o ritmo dentro de um verso”. (Curt Sachs,
Rhythm and Tempo (Nova York, 1953), p. 79.)
 O termo “Selá” que ocorre em alguns salmos para marcar o fim
de uma estrofe poderia indicar o lugar onde os címbalos seriam
tocados.
Restrição a instrumentos
 Alguns instrumentos, embora amplamente conhecidos e
utilizados na música folclórica e nas festas populares judaicas,
foram totalmente banidos do templo. Entre eles, citamos os
tambores os tamboris (pandeiros) e as flautas
 Este cuidado demonstra que havia uma distinção entre a
música sacra, tocada dentro do Templo e a música secular
tocada do lado de fora.
 Através da proibição desses instrumentos e de estilos de
música associados ao entretenimento secular, bem como da
dança, o Senhor ensinou ao Seu povo uma distinção clara entre
a música sacra, tocada no templo, e a música secular, de
entretenimento, usada na vida social.
Continuidade desta instrução
 A restrição no uso desses instrumentos deveria ser
uma regra válida para as futuras gerações. O canto e
a música instrumental no templo deveriam diferir
daquela usada na vida social do povo.
 Por exemplo, em 715 A.C., o rei Ezequias “estabeleceu os
levitas na Casa do Senhor com címbalos, alaúdes e harpas,
segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do
profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por
intermédio de seus profetas” (II Crônicas 29:25).
 Os mesmos instrumentos foram mantidos na reinauguração
do Templo, após dois séculos, depois do cativeiro babilônico
(Neemias 12:27, 35-36)
Lições para nós
 A música na Casa de Deus, tanto instrumental quanto vocal,
tem que respeitar e refletir a santidade do lugar de adoração.
 Quando são usados instrumentos para acompanhar o canto,
eles deveriam apoiar a voz humana sem sobrepujá-la.
 Instrumentos fortemente associados à música de
entretenimento não são apropriados para a adoração na casa
de Deus.
 Deve haver uma distinção clara entre a música sacra, tocada no
templo, e a música secular, de entretenimento, usada na vida
social.
A música não é um fim em si
mesma
 Numa época em que muitos cristãos escolhem suas
igrejas conforme o estilo musical da adoração,
precisamos nos lembrar de que na Bíblia, a música
nunca foi um fim em si mesma.
 No templo, a música apresentada enriquecia o serviço
sacrifical levando a congregação a envolver-se em alguns
momentos específicos.
 Na sinagoga e na igreja primitiva, a música reforçava o
ensino e a proclamação da Palavra de Deus.
 Para sermos verdadeiros ao testemunho bíblico,
nossa música na igreja precisa apoiar o ensino e a
pregação da Palavra de Deus, e não eclipsá-los.
Aplicação
 Descobrimos que a música no Templo era “centrada
no sacrifício”, ou seja, designada para louvar a Deus
na provisão do perdão e da salvação através das
ofertas sacrificais. Na sinagoga, a música era
“centrada na Palavra”, ou seja, planejada para louvar
a Deus recitando Sua palavra. Na igreja primitiva a
música era “centrada em Cristo”, ou seja, projetada
para exaltar as realizações redentoras de Cristo.
 A música deve ser centrada em Deus, e não
centrada no “eu”. A noção de louvar o Senhor para o
entretenimento ou diversão é estranha à Bíblia.
Aplicação
 Os princípios bíblicos de música aprendidos através do estudo
do ministério levítico são especialmente relevantes hoje,
quando a igreja e o lar estão sendo invadidos por vários estilos
musicais que descaradamente rejeitam os valores morais e as
convicções religiosas abraçadas pelo Cristianismo. Em uma
época em que a distinção entre música sacra e secular é vaga
e imprecisa, e muitos estão promovendo versões modificadas
de música secular para uso na igreja, precisamos nos lembrar
que a Bíblia nos conclama a “adorar o Senhor na beleza de Sua
santidade” (I Crônicas 16:29; cf. Salmos 29:2; 96:9).
Aplicação
 Aqueles que se apegam à autoridade da Escritura
devem manter uma música que louve a Deus de uma
forma que não seja nem sensacional nem sensual –
uma música que reflita a beleza e a pureza do
caráter de Deus e que celebre a Seus maravilhosos
feitos criadores e redentores para a família humana.

 Que o Senhor possa nos dar o discernimento e o


desejo de encher nossas casas e igrejas com a
música que satisfaça Sua aprovação, em vez do
aplauso do mundo.

Das könnte Ihnen auch gefallen