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YOGA ENTEÓGENA A aplicação de técnicas de meditação da yoga ao uso de psicoativos sagrados*

Por Sri Brahmarishi Narad

O fato de que as drogas enteógenas induzem uma maior sensibilidade às sutis energias espirituais e
psíquicas e aumentam a velocidade dos fluxos das impressões dos níveis mais profundos da consciência,
provoca a imediata pergunta de como estas energias podem ser compreendidas e corretamente usadas.
Obviamente que, se estas energias não forem orientadas, podem fazer mais danos do que bem. A aplicação
de técnicas tradicionais de meditação da yoga durante as experiências com enteógenos, fornecer uma
solução construtiva a este problema. De acordo com a filosofia da yoga, o aspecto mais espiritual e mais
poderoso da natureza humana é a faculdade da atenção ou consciência. O aspecto mais fundamental da
livre vontade humana é a escolha a respeito de onde sua atenção pode ser colocada. A atenção sempre
tem que estar em algo, mas nós podemos escolher aquilo em que permitimos sua permanência. O objetivo
de todas as práticas da yoga é descobrir e experimentar diretamente o que é a faculdade de atenção ou
consciência no homem. O yogue procura conhecer aquele princípio pelo qual tudo mais é conhecido. Este
objetivo é conseguido observando o observador ou colocando a atenção na própria atenção de si mesmo.
Isto pode no início parecer muito abstrato e difícil de entender em termos da aplicação prática, mas estes
métodos funcionam, e foram provados há muito tempo, conseguindo estados de consciência pura, quando
consistentemente aplicados e praticados. Deve-se constantemente lembrar, durante uma sessão com
enteógenos, que as percepções, pensamentos e mesmo alucinações que ocorrem, são todas criações de
nossa mente e consciência, filtradas através do próprio instrumento de percepção. Estas percepções são
originadas de nossa própria energia psíquica. Nós damos energia àqueles pensamentos e sentimentos os
quais permitimos a atenção ser focada. Onde quer que o poder da atenção é focalizado, gera a energia
mental e emocional na forma de suas próprias ondas, alimentando e energizando assim os pensamentos e
as emoções as quais a atenção é focada. Portanto, a chave para manter o controle de uma experiência
enteógena está em controlar o fluxo da atenção. Em primeiro lugar, as experiências de distração devem ser
evitadas e o fluxo da atenção pode corretamente ser controlado pelo uso de técnicas de meditação da
Rajah Yoga. O que se segue é uma descrição de diversas técnicas que podem ser aplicadas quando sob a
influência dos enteógenos expansores da consciência. Neste momento, deixe-nos considerar uma regra
básica aplicada no caso de paranóia ou de outras experiências desagradáveis ou atemorizantes quando sob
a influência de uma substância enteógena. Realize que o que quer que você possa pensar, o sentimento ou
experiência está sendo experimentado pela consciência dentro de você. Coloque então sua atenção
completa nessa consciência que está experimentando o que quer que lhe esteja acontecendo. Este
processo retorna sua consciência à sua própria e pura natureza e desacopla formas mentais e astrais de
pensamentos. Estas formas destrutivas de pensamento dissipam-se e são dissolvidos então de volta para a
energia vibracional homogênea, ao plano da energia substancial de onde foram originalmente moldados. A
poderosa luz, liberada pela consciência, observando a si mesma, ajuda a dissolver e dissipar rapidamente
formas destrutivas de pensamentos. Isto acontece porque as ondas mais sutis da consciência pura, que são
geradas, dissipam para fora as vibrações das formas discordantes dos pensamentos destrutivos.

Se a atenção se dispersar ao praticar algumas destas técnicas de meditação, traga imediatamente a


atenção de volta ao processo de meditação, e faça isto tantas vezes quanto seja necessário, até que a
atenção permaneça centrada na forma particular da meditação que você está praticando. Os meditadores
inexperientes têm uma tendência lutar contra as distrações, que logo se transformam também em
distrações. A atenção pode somente residir em uma coisa de cada vez. Traga-a simplesmente de volta ao
objeto de sua meditação.
Uma outra maneira de parar as distrações é simplesmente suspender temporariamente o processo de
respiração, sem inalar nem exalar. Desde que a respiração está intimamente ligada a todo processo
biológico corporal, o instinto de sobrevivência (desenvolvido por milhões de anos de evolução)
interromperá o fluxo da atenção sobre as distrações e o trará ao centro da consciência da cessação de
respirar. Logo, fica fácil recomeçar a respirar normalmente e centrar a atenção na forma particular de
meditação que está sendo praticada.

Meditação na Onda Sonora

Focalize sua completa atenção no centro de seu cérebro onde a glândula pineal está situada. Escute com
sua atenção os sons que se apresentam. Após algum tempo, você ouvirá sons de vários tons e notas. No
início, você pode somente ouvir o suave silvo do ruído molecular aleatório nos ouvidos, mas com o tempo,
os tons definitivos apresentar-se-ão como notas produzidas em um órgão. Este som é percebido
diretamente pelo cérebro e pelos corpos sutis dele mesmo, e não através dos órgãos físicos exteriores dos
ouvidos. É o som da vibração da energia consciente que corre através do corpo físico à medida que flui e
vibra dentro dos corpos sutis. Você deve focalizar completamente sua atenção no som do tom mais agudo
que você pode ouvir, e deixa-se levar a estados de consciência mais e mais elevados; deixe também que o
som revele e intensifique a luz espiritual. Quanto melhor sua concentração, mais perceptivo e mais distinto
o som se tornará. Experimente a vibração deste som expandindo-o até que inclua sua cabeça inteira, seu
corpo inteiro, e avolume-se expandindo-o pelo espaço ao seu redor. Por este meio, você se sintonizará na
música das esferas, e seu ser inteiro transformar-se-á em um receptor e um transmissor do harmonioso
ritmo do universo. Quando você abre seus olhos após tal meditação, você pode perceber o seu redor
preenchido por luz resplandecente. No começo, a onda sonora pode aparecer em uma porção localizada da
cabeça; muito provável em um dos ouvidos. Você não deve escutar a corrente do som na orelha esquerda
porque esta é psiquicamente prejudicial. Escute-a na orelha direita, e tente gradualmente movê-la para o
centro e o alto do cérebro. Deste ao centro do vértice, conhecido por Sahasrara Chakra (cuja glândula
associada é o corpo pineal), permita que a vibração da corrente do som encha a cabeça inteira e expanda-o
então além da cabeça no espaço circunvizinho. Este é um dos métodos clássicos e pode conduzir ao tipo
mais elevado de experiência.

Meditação na luz da cabeça

Para praticar esta forma de meditação, feche os seus olhos e observe seu campo de visão interno,
focalizando a atenção no ponto central da testa, apenas ligeiramente acima do ponto entre as
sobrancelhas. Esta posição é chamada o Centro do Terceiro Olho ou Ajna Chakra. Relaciona-se à faculdade
da visão clarividente. O ponto físico da manifestação ou localização para o Ajna Chakra é a glândula
pituitária, que é posicionada dentro de uma cunha óssea trás da raiz do nariz. Quando você fechar seus
olhos, olhe firmemente em seu campo de visão interno até que padrões de luz e cores comecem a
aparecer. (Isto se realiza com sua atenção e não com os olhos físicos que devem permanecer relaxados.)
Quando a maioria das pessoas fecha seus olhos, inicialmente vêem um vácuo preto, mas olhando
firmemente este vácuo vários padrões de cores começarão a aparecer. Quando isto acontece, observe-os
simplesmente com sua completa atenção, como se você prestasse atenta atenção a um filme. Então
focalize periodicamente toda sua atenção dentro do menor ponto que você pode ver no centro de seu
campo de visão, e transponha esse ponto. Depois que você fez isto, a luz brilhará outra vez diante do ponto
em um novo estouro de energia, e você encontrar-se-á em um padrão mais elevado de vibração ou plano
da energia. Com prática continuada desta forma de meditação, você tornar-se-á imerso em um mar
resplandecente de luz; e se transformará em um centro do qual o poder espiritual se irradiará.
Concentrando a atenção no Sahasrara Chakra ou no Lótus de Mil Pétalas, situado no alto da cabeça, um
meditante experiente pode liberar uma radiação de luz e energia espiritual ainda mais poderosa. (Como é
mais trabalhoso para ativar este chakra; o novato pode obter resultados mais imediatos concentrando no
Ajna Chakra ou Centro do Terceiro Olho.) O cakra do Sahasrara é o mais elevado; chamado de “Portal do
Infinito” e o Brahmarandra ou o agulheiro de Brahma, e é o mais poderoso e espiritual de todos os centros
que podem ser despertados no homem (com a possível exceção do Chakra do coração que é considerado
por alguns iogues como de equivalente importância). Quando o Sahasrara Chakra é ativado inteiramente
em um yogue ou em um santo perfeito, o fogo branco da Kundalini cósmica se ascende até ele e mistura-se
com sua própria força levantando a kundalini, e a luz branca da espiritualidade é irradiada por milhas ao
seu redor.

Meditação nos Chakras

Focalizando a atenção nas várias posições dentro do corpo, onde os chakras são encontrados, é possível
ativar estes chakras e facilitar um fluxo maior de energia entre os planos mais superiores da energia e o
corpo sutil, assim liberando uma quantidade considerável de energia espiritual. Existem sete chakras
principais no corpo, os quais unem o corpo físico aos sutis corpos de energia. Os chakras são vórtices de
energia que agem como mecanismos para a absorção e radiação da energia espiritual. No corpo físico,
relacionam-se às glândulas endócrinas e aos principais centros nervosos. No corpo etérico, são como rodas
com pétalas de flor que são criadas por uma espécie de efeito estroboscópico de energia giratória. As flores
etéreas do chakra estão conectadas por uma espécie de talo em forma de funil ao plexus da glândula ou
nervo a que pertencem. No corpo astral, os chakras aparecem como redemoinho de energia, como os
vórtices em um córrego ou como em uma pia da água quando o tampão é retirado. No corpo mental,
aparecem como linhas convergente de luz. O Muladara Chakra situa-se na base do espinha e é o assento da
roda do fogo da Kundalini, que quando despertado nos estágios avançados do yoga, ascende acima através
do centro da coluna e ativa o chakra mais elevado no córtex cerebral, chamado Sahasrara Chakra. O chakra
seguinte é chamado de Centro Sacro ou Svadhisthana Chakra. Relaciona-se às glândulas adrenais e está
relacionado com a absorção da vitalidade prânica, que está no ar. O ar absorve esta energia da radiação
solar. Parece haver algumas diferenças de opinião entre vários textos a respeito de se é o Muladara Chakra
ou Svadhisthana Chakra que se relaciona mais diretamente às funções sexuais. Após o Svadhisthana
Chakra, vêm o Manipura ou o centro do plexus solar que se relaciona às funções de vitalidade digestiva, dos
desejos e das emoções do sentimento astral. Em seguida, em ordem ascendente está o Anahata ou o
Chakra do coração, que se relacionam à fonte da energia espiritual e às emoções mais elevadas do amor,
do altruísmo e da benevolência. O chakra seguinte é o Vishuddha ou o Chakra da garganta, que é
relacionados à glândula tiróide e com o poder do discurso e se relacionam ao mantra yoga e à capacidade
para a criatividade artística. Este centro é ativado por meio do canto. Em seguida nós temos o Ajna Chakra,
que está situado na testa, apenas ligeiramente acima e entre as sobrancelhas. Relaciona-se à glândula
pituitária e às áreas subcortical do cérebro. O Ajna Chakra tem haver com as faculdades mais elevadas da
mente, como a clarividência, o pensamento científico e racional e a disposição ao filosófico. O
desenvolvimento deste chakra desperta a habilidade para ver e regular as forças astrais e mentais do nível
suprafísico. Acima do Ajna está o Sahasrara Chakra ou o Lótus de Mil Pétalas, que está relacionado à
glândula pineal e ao córtex cerebral. Ele está situado no alto da cabeça. Relaciona-se com as ondas sonoras
e à faculdade da audição clarividente, e é o mais espiritual de todos os chakras. Quando este chakra é
desenvolvido inteiramente, a união com a Consciência Divina é possível, e a iluminação ocorre. Focalizando
a atenção em qualquer dos chakras, as ondas mais sutis da concentração consciente nessa região ativam
esse chakra e aumentam o fluxo da energia nele, fazendo possível uma entrada consciente nos planos
suprafísico da energia. A meditação nos primeiros três chakras, a saber, o Muladara Chakra, o Sacro ou
Svadhisthana Chakra e o plexus solar ou Manipura Chakra não é recomendado porque este pode despertar
as mais baixas emoções e paixões sexuais. Isto pode permitir a entrada às influências astrais indesejáveis e
causar o desequilíbrio psicológico. É melhor trabalhar com o centro do coração, o Ajna Chakra, e o
Sahasrara Chakra porque estes são os mais diretamente relacionados com a Superconsciência; e quando
despertados, desenvolverão automaticamente os chakras mais baixos, mudando o contrapeso glandular do
corpo e circulando forças prânicas novas através dos canais da energia ou dos nódulos do corpo etérico
além de purificar e fortalecer os corpos astrais e mentais. Os hormônios que a glândula pituitária segrega,
regula as outras glândulas no corpo incluindo a glândula do timo, as glândulas das tiróides, as glândulas
adrenais e as glândulas sexuais, tanto quanto outras glândulas. Uma vez que a glândula pituitária é
inteiramente ativada pelo desenvolvimento do Ajna Chakra, todas glândulas restantes são conduzidas a um
balanceamento químico apropriado, ajudando assim desenvolver e elevar corretamente todo o padrão
vibratório dos chakras mais baixos. Na Kundalini Yoga, uma prática avançada da yoga, a concentração é
feita no Muladara Chakra, na base da coluna, a fim despertar o fogo da Kundalini e trazê-lo através do
centro da espinha dorsal para ativar o chakra mais elevado, o Sahasrara, no alto da cabeça. Se, entretanto,
o fogo de Kundalini for despertado prematuramente e não dirigido corretamente, grandes danos podem
ser provocados ao sistema nervoso e ao corpo etérico. Se a força da Kundalini não for dirigida
corretamente para cima, pode reverter para baixo causando o desejo e a perversão sexual anormal.
Conseqüentemente, despertar a Kundalini deve somente ser feito em estágios avançados da yoga, quando
uma grande purificação dos corpos sutis ocorreu e o controle da alma sobre a personalidade está bem
estabelecido.

A Combinação do Mantra yoga e Meditação

Quando cantamos o Om ou outros mantras, é possível ativar vários chakras. Ao cantar com ritmos variados,
você fará diferentes tecidos no corpo vibrar, estimulando assim os centros nervosos e os centros
glandulares, e ativando os chakras associados à eles. Com um pouco de experiência, você perceberá que
tons ou notas vibram determinadas partes do corpo e chakras. Quando isto for assegurado, então cante
plenamente enquanto medita no chakra que você deseja ativar. As ondas sonoras formam padrões de
vibração na atmosfera etérea, astral e mental, e você pode desenvolver a habilidade de vê-las. São
multicoloridas, muito intricadas e bonitas, às vezes formam padrões geométricos e criam mandalas feitas
de linhas de luz. A música terá um efeito similar. Apenas escute a música durante uma sessão enteógena,
enquanto observa a luz interna com o Ajna Chakra ou centro do terceiro olho. Então, prestes atenção nas
mudanças de padrões da cores desenvolvidos pela música. A música clássica hindu com os ragas são
especialmente boas para este propósito.

Meditação no Princípio “Eu Sou”

Na prática desta forma de meditação, a consciência é levada a se posicionar sobre si mesma. Quando
corretamente praticada, esta é a forma mais poderosa e mais elevada de meditação. Ao focalizar no Chakra
do coração ou no Sahasrara Chakra, no topo da cabeça, ponha sua atenção na própria atenção. Se aparecer
distrações na forma de pensamentos e percepções de natureza específica, então concentre imediatamente
sua atenção sobre essa consciência a qual experimenta estes pensamentos e percepções. Inclusive a
manifestação de luzes espirituais e ondas sonoras devem ser tratadas igualmente desta maneira. Os
presentes sons e luzes são meramente manifestações sutis da consciência pura sobre o objeto de sua
meditação. Quanto mais você mantém sua atenção constante na concentração de si mesmo, mais luzes,
fluxo de sons, sensações elétricas no corpo, sensação de força magnética, levitação, etc., manifestar-se-ão
automaticamente. Se, entretanto, você permitir que sua atenção se torne dispersa por algumas destas
distrações, você estará sujeito às limitações das coisas pela qual você foi distraído; o foco sobre a
consciência pura será interrompido, de modo que todas as coisas que são os nuances sutis decorrentes do
foco da consciência pura, possivelmente incluindo aí as manifestações psíquicas que distraem sua atenção,
também cessarão. Busquem primeiramente o reino da consciência pura e toda as outras manifestações
psíquicas lhes serão acrescentadas. Colocar a atenção na própria atenção de si mesmo pode ser feito em
qualquer lugar do espaço, visto que a consciência pura, que é igual a Deus, é um princípio Onipresente. No
começo, será mais fácil fazer isto em um dos chakras, preferivelmente o Chakra do coração ou o Sahasrara,
o centro da cabeça. O Ajna Chakra ou Centro do Terceiro Olho, situado na testa, pode também ser usado
com bons resultados, mas é melhor usar o Sahasrara Chakra, se você puder ativá-lo. Com a prática desta
forma de meditação, sua consciência pura experimentará a si mesma como um mar flamejante de luz
branca, que se estende em infinitas direções. A consciência pura de si próprio é cristalina e incolor, mas
produz a luz branca que é a presença simultânea de todas as cores, que são os específicos padrões mais
sutis dos nuances vibracionais, que a consciência pura pode gerar. Colocar a atenção na própria atenção de
si mesma, em um chakra específico, produz uma determinada condição nesse chakra, em que sua estrutura
vibracional torna-se harmônica e geometricamente alinhada em todos os seus planos de manifestação ou
escalas de vibração. Isto gera pontos comuns no plano interior do centro da estrutura do chakra. As
vibrações de diferentes freqüências e de diferentes comprimentos de ondas começam e terminam juntas
todas neste ponto central comum. Isto é possível pelo fato de que os diferentes comprimento de ondas das
várias vibrações e todas suas freqüências se correlacionam por padrões matemáticos exatos, como as notas
em uma escala musical. Qualquer vibração que se encontre defasada em termos de sua distribuição
espacial ou padrão vibratório é automaticamente cancelada pela interferência de outras ondas com pontos
de interseção comum. Onde diversos comprimentos de onda, curtas e longas, começam e terminam seus
ciclos em sintonia, é possível fluir entre as dimensões e experimentar os níveis espirituais mais elevadas de
vibração e aproximação com o Átman, que se move em uma velocidade infinita. Nestes pontos de
intersecção, o intercâmbio de energia de uma oitava ou de um plano a outro, tornam-se também possível,
permitindo um fluxo de energia das dimensões mais elevadas às dimensões mais inferiores. Assim, uma
transmutação daqueles padrões de vibração que existem nas dimensões mais inferiores tornam-se possível
aos planos mais elevados. A alma pode então controlar a estrutura da personalidade, fazendo lhe um
adequado instrumento da expressão espiritual, nos casos dos homens. Esta forma de meditação
desenvolve concentração dirigida a um único ponto. Desde que o uso dos enteógenos estimula o fluxo de
uma quantidade grande de energia de uns planos mais elevados aos planos mais inferiores, todos os
pensamentos e padrões de emoções, criados durante uma sessão com enteógenos, são fortemente
impressos e possuem uma grande quantidade de energia incorporada em sua estrutura vibracional. Estes
pensamento e padrões emocionais agem então como poderosos fatores de condicionamento inconsciente
em nossas vidas cotidianas. É, portanto, da maior importância que as impressões feitas durante uma sessão
psicodélica sejam do tipo construtivo. Manter o controle da atenção pode assegurar isto. Nesta
consideração final, eu gostaria de dar alguns conselhos. Tente não focalizar demasiado rápido a atenção de
uma coisa à outra. Permaneça com um pensamento ou um processo de meditação até que esteja
completo. Não entre em pânico se visões ou alucinações atemorizantes ocorrerem. O medo lhe fará ficar
ainda mais concentrado nele mesmo, e assim o alimentará com o poder de sua atenção. Permaneça
contemplando e coloque sua atenção nessa consciência interna, a qual está experimentando as
alucinações. Lembre-se a todo o momento que Deus existe em você na forma de seu próprio poder de
atenção e que esse poder, quando corretamente dirigido, controlará todas as forças inferiores. Alguns
investigadores acreditam que os enteógenos estimulam o processo do secreção das glândulas pineal e
pituitária, que são conhecidas pelos iogues e pelos ocultistas como relacionadas aos chakras Sahasrara e
Ajna (que são também chamados de Lótus de Mil pétalas e o Centro do Terceiro Olho). Esta estimulação
aumenta o fluxo da energia entre o corpo etérico e o corpo físico. Pode ser que esses enteógenos colocam
as células do corpo físico sob pressão, de modo que estas tenham que aumentar ainda mais suas atividades
para superar o estresse. Quando as células aumentam sua atividade, seus padões vibratórios aumentam,
pondo-as assim em ressonância harmônica com os padrões mais elevadas da vibração dos sutis planos
suprafísico da energia. Este processo torna possível a expressão de um nível mais elevado de consciência
através do sistema glandular, do cérebro e do sistema nervoso. A atividade celular física aumentada requer
mais trabalho e atividade no corpo etérico para manter a atividade incrementada no corpo físico. O padrão
vibracional do corpo etérico ao ser assim aumentado, requer uma atividade incrementada no corpo astral
para este se manter harmonicamente sintonizado com o corpo etérico. Este aumento do padrão do corpo
astral requer uma atividade incrementada e elevação do padrão vibracional do corpo mental. E isto por sua
vez, sintoniza ainda mais o corpo mental dentro do poder, do amor e sabedoria da alma. Assim, uma
sintonia do ser total com todos os planos é facilitada, e uma troca mais rápida de impressões e de energia
do nível padrão entre os vários oitavos ou planos da energia ocorre. Também pode ser que os enteógenos
tenham uma estrutura química tal que estejam perfeitamente em ressonância com os nuances mais sutis
de determinadas freqüências chaves dos planos mais elevados e podem, conseqüentemente, agir como um
ponto de entrada para a reflexão destas vibrações no corpo físico. Conseqüentemente, proporcionariam a
criação de pontos de intersecções na estrutura vibratória das diversas dimensões. Não só o amor, a
sabedoria e o poder da alma são atraídos para revelar-se na personalidade viva, se não também a sutil
organização do corpo físico, os corpos etérico, astral e mentais, que foram produzidos pelo processo
evolucionário, são harmonicamente refletidos e preservados na alma. Enquanto o corpo físico é o menos
permanente, o mais denso e composto de substância do plano mais inferior, está, em termos da evolutivos,
mais novo e mais altamente organizado em termos de estrutura. Conseqüentemente, uma réplica
completa deste, feita de substância da energia dos planos sutis, é um ganho evolucionário para a alma e
corpos sutis. Quando o corpo físico é suficientemente vivificado pelo fluxo da energia proveniente das
dimensões mais elevadas, começa a ser criado reflexões mais elevadas nos nuances da substância akáshica
ou da energia dos planos mais elevados, e, portanto, seu padrão é preservado, e se torna imortal.
Conseqüentemente, quando corretamente usados, os enteógenos ajudam acelerar o processo evolutivo.
Quando o homem estiver evoluído ao estágio de super-homem, ele poderá, sob a direção da mente
superconsciente, de acordo com a vontade de Deus como se manifesta na evolução, fazer parte integrante
do modelamento e da direção da evolução dos reinos mineral, vegetal e animal. Inclusive hoje, suas
vibrações afetam intimamente para melhor ou pior, estes reinos da natureza.
CORRELAÇÕES FARMACOLÓGICAS E PSICOTERAPÊUTICAS
ENTRE ENTEÓGENOS E YOGA

Fonte : http://ramesh1954.blogspot.com/

Ramesh *

1. INTRODUÇÃO

Nossa pretensão ao abordar este tema é de apenas sugerir caminhos, idéias e apontar
na direção do que entendemos como mais adequado, porém, sem jamais
consideramos a possibilidade de existir verdades definitivas ao nível da
intelectualidade humana. Pois entendemos o mundo e o universo em permanente
estado de mutação, transformação, aperfeiçoamento e evolução. Não havendo,
portanto, qualquer possibilidade para sentenças imutáveis – dogmas - neste mundo
relativo. A relatividade ocorre ao nível do tempo, espaço e pessoa.

As idéias aqui expostas são frutos de vivência pessoal, pesquisas literárias e


concepções tanto lógicas quanto intuitivas.

Em síntese objetivamos estabelecer uma estreita analogia das práticas "shamanics"


milenares, com a igualmente milenar prática da "Yoga", as quais embora possuam
métodos distintos, apontam para uma mesma meta comum, a Auto-realização. Bem
como sugerir pesquisas na área farmacológica e psicoterapêutica, com enfoque sobre
as substâncias enteógenas de núcleo indólico, como prováveis caminhos de cura de
distúrbios psíquicos, como a depressão e a esquizofrenia.

Nas últimas décadas tem aumentado muito o interesse pelas substâncias capazes de
afetar o comportamento humano. Os efeitos alucinógenos de certos compostos
químicos e os efeitos tranqüilizantes de outros vêm despertando a atenção para a
hipótese do comportamento e o temperamento humano serem fortemente
influenciados quimicamente.

Os estudos da química cerebral têm fornecido indícios de que será possível, num
futuro próximo, desviar as pessoas deprimidas da rota do suicídio. Há muitas
evidências de que um baixo nível de serotonina está relacionado ao índice mais alto
de suicídio entre deprimidos. De acordo com vários estudos feitos nos Estados Unidos
e Suécia, as pessoas deprimidas com baixo nível de serotonina eram três a dez
vezes mais propensas a cometer suicídio do que aquelas com nível normal
de serotonina. Essa descoberta representa o primeiro caso de uma aliança estreita
entre uma descoberta biológica específica e um padrão de comportamento específico.

2.ANTAGONISMO METABÓLICO

Antagonismo metabólico é a denominação dada ao fenômeno que consiste no embaraço criado ao


metabolismo, ou à função de um determinado composto químico,
por um outro composto de estrutura molecular
semelhante. A base deste fenômeno é asemelhança estrutural molecular. Na realidade, o fenômeno
do antagonismo não só é constantemente utilizado nas investigações bioquímicas atuais, como
também representa a base de muitos progressos importantes em farmacologia e quimioterapia. O
conceito deantagonismo metabólico entre compostos químicos é largamente utilizado em
farmacologia há muitos anos, porém só recentemente teve aceitação a hipótese de que muitos
agentes farmacológicos atuam como análogos de substratos normais.
A forma mais simples de antagonismo metabólico, ou inibição por análogos do substrato,

denomina-se inibição por competição.Como muitos órgãos,


tecidos ou receptores estão sujeitos, quando em estado normal, à regulação química por um
composto específico, denominado de neuro-hormônio, é lógico que o conceito de antagonismo
por análogos seja aplicável neste campo. Outros antagonistas podem competir com o composto
regulador pelo local receptor, o que diminui o efeito normal deste. Podem ainda ocorrer fenômenos
onde os antagonistas competem com precursores do composto regulador e impedem a síntese deste
último; evitam o seu armazenamento ou mesmo inibem o mecanismo que promove a sua liberação a
partir de seu depósito. Estes possuem uma configuração molecular suficientemente semelhante à
do neuro-hormônio para se combinarem com alta afinidade – em geral maior do que a do
próprio neuro-hormônio – com seus receptores. Diferem, porém, dele quanto a outras
características moleculares, de forma que da combinação do antagonista com o receptor não resulta
uma deformação eficaz. Assim sendo, o antagonista não desencadeia efeito ao se combinar com o
receptor, tal qual uma chave que entra na fechadura mas não pode ser girada.

Em alguns casos de antagonismo metabólico, alguns compostos assemelham-se tanto ao composto


regulador, que eles próprios atuam no local receptor, anulando ou intensificando assim o efeito
normal dos reguladores, como se supõe ser o caso dos neuro-hormônios serotonina (5-hidroxi-
triptamina), e melatonina (N-acetil-5-Metoxitriptamina), antagonizados por certosalucinógenos
indólicos análogos aos hormônios citados, como a psilocina (4-hidroxi-n,n, -dimetil triptamina),
substância convertida pelo organismo humano a partir da psilocibina, princípio ativo isolado dos
cogumelos das espécies Psilocybecubensis e Psilocybe mexicana usados em cerimônias indígenas,
bem como os princípios ativos, base da infusão alucinógena Ayahuasca, usada na Amazônia, DMT,
(N, N-Dimetiltriptamina), presente na planta Psicotria

viridis, (chacrona ou rainha) e a Harmalina, encontrada


no cipó Banisteriopsis caapi, (jagube ou mariri), e ainda o já conhecido LSD-25(Dietilamida do
ácido lisérgico), um alcalóide originado do esporão do centeio e outros cereais, micelio do
fungo claviceps purpurea, sintetizado acidentalmente em 1943, por Albert Hoffman.
A DMT é um alucinógeno endógeno, naturalmente presente em pequenas doses no cérebro humano,
em decorrência dos processos metabólicos que ocorrem como subprodutos da alimentação diária,
possivelmente através da digestão do aminoácido triptofano, o qual se constitui em um composto
de certas proteínas. No entanto, a existência da enzimamonoaminaoxidase (MAO), presente no
cérebro humano, atua desativando naturalmente estes alcalóides indólicos, produzidos
endogenamente, como forma de manter a mente direcionada ao plano consciente. Caso contrário, a

mente estaria a todo instante entrando em “viagens”, em


direção ao mundo subconsciente, em direção ao seu interior, e perdendo assim, o seu equilíbrio
psicossomático fundamental, o qual é regulado através dos neuro-
hormônios serotonina emelatonina.
A semelhança da DMT com a psilocina é tamanha que apenas a existência de uma hidroxila
na psilocinase constitui a diferença.
A palavra "ayahuasca" é um termo quíchua que pode ser traduzido aproximadamente como "cipó
das almas". O chá da "ayahuasca" é rico em alcalóides do tipo betacarbolina.
A betacarbolina mais importante existente no que agora é chamado de Banisteriopsis caapi é
a harmina. O termo Harmina provém da planta conhecida por arruda síria (peganum Harmala),
que é considerada a planta com mais concentração do alcalóide. Ela é originária da Ásia e supõe-se
que fazia parte da famosa e bebida citada no antigo Rig-veda, há mais ou menos 10 mil anos atrás,
denominada em sânscrito de Soma, usada em rituais espirituais de nossos mais remotos
ancestrais.A harmina é um indól, mas não é
ostensivamente psicodélico a não ser quando tomada em quantidade que se aproximam do que é
considerada uma dose tóxica. Entretanto, muito abaixo desse nível, a harmina é um eficaz inibidor
da enzima monoaminaoxidase (MAO), de curta ação. Assim, a DMT o alucinógeno também
presente na Psicotria viridis, o arbusto que entra no preparo da "ayahuasca", que normalmente
seria inativo se tomado por via oral, fica altamente psicoativo quando tomado por via oral em
combinação com a harmina. Os povos nativos da Amazônia exploraram brilhantemente esses fatos
em sua busca de técnicas para obter acesso às dimensões mágicas cruciais do shamanism. Ao
combinar na "ayahuasca" plantas contendo DMT com plantas contendo inibidores de MAO, eles
exploraram por longo tempo um mecanismo farmacológico, a inibição de MAO, que só foi descrita
pela ciência ocidental na década de 1950. Em presença de harmina a DMT torna-se um composto

altamente psicoativo que penetra na corrente sanguínea


e termina atravessando a barreira de sangue e entrando no cérebro. Ali ela compete de modo
bastante eficaz com a serotonina pelas áreas de ligação sináptica. Essa experiência de lenta
liberação de DMT dura de quatro a seis horas e é a base para a visão mágica shamanic da realidade
que caracteriza o ayahuasquero e seu círculo de iniciados.
Estes alucinógenos atuariam no cérebro humano, portanto, através dos mecanismos acima citados, em
substituição/estimulação aos dois mais importantes neuro-hormônios monitorados pela glândula pineal:
aSerotonina (5-hidroxi-triptamina), o “neuro-hormônio do dia”, composto regulador de fundamental
importância no organismo humano, sendo uma substância hormonal vaso constritora, e mensageiro químico,
que estimula ou inibe a atividade metabólica em outros

tecidos ou órgão, e que reside em tecidos do


sistema nervoso central, diretamente responsável pela capacidade de concentração objetiva, ou seja,
direcionada ao mundo exterior, memorização e raciocínio lógico, e a melatonina (N-acetil-5-
Metoxitriptamina), o “neuro-hormônio da noite”, considerada atualmente a grande descoberta do
século pelos maiores estudiosos da área médica de nossa época, devido aos benefícios que traz ao
organismo humano. Trata-se do hormônio que tem o papel de proteger o organismo e que é
produzido normalmente até o início da idade adulta. Após este período, com a diminuição de sua
produção, intensifica-se o processo de envelhecimento, acelerando-se suas conseqüências.
A melatonina foi descrita como um hormônio em 1963, e por muito tempo, a sua aplicação clínica
era desconhecida. Todavia, pesquisas recentes têm apontado que a melatonina exerce uma
importante ação antioxidante, juntamente sobre o radica hidroxila, contra o qual a ciência ainda não
tinha estabelecido um antídoto natural. A melatonina foi uma resposta de evolução dos organismos
que se desenvolveram em uma atmosfera rica em oxigênio. Esta substância age como uma proteção
contra os radicais livres, que atuam como um elemento desagregador das células, à semelhança de
um processo de oxidação ou “ferrugem”. Há um antagonismo entre a melatonina que age durante a
noite, sendo secretada pela glândula pineal, sob o efeito da escuridão, e o glutamato, elemento que
atua como ativador das transmissões nervosas durante o estado de vigília, durante o dia.

O papel da serotonina no funcionamento do sistema nervoso está sendo intensivamente estudado,


pois se demonstrou que atividade tranqüilizante de um alcalóide denominado dereserpina,
encontrado no arbusto conhecido por Rauwolfia, está
relacionado à liberação de serotonina de algumas partes do cérebro, e que certas drogas
alucinógenas, de estrutura molecular indólica, podem atuar nos mecanismos de algumas partes do
cérebro, antagonizando as funções normais deste hormônio, em função de suas semelhanças
estruturais químicas.

No caso específico da comparação entre as estruturas moleculares da psilocina (4-


hidroxi-n,n,-dimetil triptamina) e da serotonina (5-hidroxi-triptamina), a diferencia
entre estas é de apenas um radical oxidrila situado em posição 4 e 5,
respectivamente. No caso da DMT(N,N-Dimetiltriptamina) e da serotonina, a
diferença entre ambas é apenas a ausência do radical oxidrila na DMT.

Nos neurônios da rafe a serotonina é sintetizada a partir do aminoácido triptofano, o qual, após ser
captado ativamente é transformado por ação enzimática em 5-hidroxi-triptofano(5-HTP) e depois

em serotonina, que ao se formar é estocada em


vesículas existentes nas extremidades das fibras nervosas. Quando da chegada de impulso nervoso,
ela é liberada na fenda sináptica, onde pode atuar em diversos subtipos de moléculas receptoras
localizadas na membrana do neurônio seguinte. Após a transmissão de informação efetuada
pela serotonina, ela precisa ser inativada. Isso ocorre por meio de sua retirada da fenda sináptica
através da recaptação pelo terminal nervoso. Algumas drogas antidepressivas, como aimipramina,
bloqueiam essa recaptação. A degradação da serotonina se dá principalmente pela
enzima monoaminaoxidase (MAO), e sendo esta o principal subproduto resultante do ácido 5-
hidróxi-indol-acético (5-HIAA), um conhecido fito-hormônio presente em inúmeros vegetais,
produzido nos ápices caulinares e nas extremidades das raízes, envolvido na dormência apical, na
iniciação de formação de raízes, no estímulo da divisão e alongamento celular e na produção de

brotos em cultura de tecido.

Nos casos dos distúrbios de ansiedade, as primeiras hipóteses sobre a fisiopatologia da depressão
foram baseadas nos mecanismos de ação de drogas antidepressivas. Como essas drogas, seja por
bloquearem a recaptação neuronal da serotonina e noradrenalina, (antidepressivos triciclícos), seja
por inibirem a enzima monoaminaoxidase (MAO), que degrada esses

neurotrasmissores (inibidores daMAO), e


parecem facilitar a passagem de mensagens através das sinapses, foi sugerido que a depressão
decorre de uma deficiência das vias monoaminérgicas (serotoninérgicas e/ou noradrenérgicas).
Assim, maiores quantidades desses dois mensageiros químicos ficam disponíveis para irem em
direção à célula nervosa vizinha e estimulá-la. Sem o auxílios dos triciclícos, acredita-se que
algumas mensagens não são adequadamente transmitidas, resultando em sintomas de depressão.

A oxidação é a via principal de catabolismo de aminas do tipo serotonina, por conseguinte, a


administração de inibidores da monoaminaoxidase acompanha-se de elevação do teor de aminas no
cérebro. Levando-se em conta que o aumento de concentração de aminas tem efeito excitante sobre
o sistema nervoso central, a depressão psíquica pode ser tratada pela administração de inibidores
da monoaminaoxidase, também conhecidos por energizantes psíquicos. Em virtude desses fatos,
aventa-se a possibilidade de certos transtornos mentais possuírem uma base bioquímica.
Atualmente, supõe-se que certos números de doenças mentais, como a esquizofrenia, podem
depender fundamentalmente de anomalias no metabolismo da serotonina. Existem fortes indícios
de que a esquizofrenia é resultante da ausência de serotonina no cérebro dos enfermos, uma vez
que este é o hormônio responsável pela formação do ego, e que sua ausência obviamente, dará
como resultado uma personalidade dividida – esquizofrênica - sem uma base de referência lógica.

Alguns cientistas estão agora procurando entender qual transmissão nervosa inadequada pode
causar a variedade de sintomas emocionais e físicos observados em pessoas deprimidas. A melhor
pista, por enquanto, provém da observação da região do cérebro onde o suprimento
denoradrenalina e de serotonina é mais deficiente. Essa região está assentada numa área
rudimentar do cérebro, chamada desistema límbico, que coordena a informação vinda das partes
pensantes do cérebro e daquelas partes que processam os impulsos sensoriais. Então é razoável
imaginar que distúrbios de pensamento, emoções e impulsos vitais resultariam de falhas na
transmissão de mensagens, dentro do sistema límbico ou do sistema límbicopara outras partes do
cérebro. A ação terapêutica das drogas antidepressivas tem lugar no sistema límbico, o principal
centro cerebral das emoções. Este efeito terapêutico é conseqüência de um aumento funcional dos
neurotransmissores na fenda sináptica (espaço entre um neurônio e outro), principalmente
da Norepinefrina e/ou da Serotonina e/ou da dopamina, bem como alteração no número e
sensibilidade dos neuroreceptores. O aumento de neurotransmissores na fenda sináptica pode se dar
através do bloqueio da recaptação desses neurotransmissores no neurônio pré-sináptico (neurônio
anterior) ou ainda, através da inibição da Monoaminaoxidase (MAO), a enzima responsável pela
inativação destes neurotransmissores. Será, portanto, os
sistemas noradrenérgico, serotoninérgico e dopaminérgico do sistema límbico o local de ação das
drogas antidepressivas empregadas na terapia dos transtornos da afetividade.
Descobrir com exatidão o papel que o sistema límbico desempenha na depressão pode ajudar os
pesquisadores a criar antidepressivos melhores no futuro. Embora os tratamentos atuais apresentem
um êxito considerável há alguns pontos a serem melhorados. Por exemplo, alguns antidepressivos
atuais têm indesejáveis efeitos colaterais. As primeiras drogas triciclícos causam, às vezes, sedação
e confusão mental em pessoas idosas. Mais comumente, elas alteram o ritmo cardíaco,
especialmente nas dosagens mais altas, necessárias no tratamento de pessoas com depressão mais
séria.

Com relação a mescalina - alcalóide extraído da espécie de cacto Lophophora williannsiiou


peyote, enquadado no grupo químico dos aminos, que inclui a anfetamina e a adrenalina, difere

estruturalmente das outras drogas alucinógenas, como a DMT e


apsilocibina, e está relacionada ao
hormônio adrenalina e ao neuro-hormônio noradrenalina. Neste caso específico, interfere no
cérebro humano de forma semelhante aos mecanismos daadrenalina, considerado o hormônio do
medo, do susto, da raiva, da tensão, da luta e da fuga. De fato, em situações desfavoráveis ou de
emergência, a adrenalina é lançada no sangue, deixando o organismo em estado de prontidão,
aumentando sua capacidade de reagir. Entre outros efeitos, aadrenalina provoca: vasoconstrição
periférica (palidez); aumento do ritmo respiratório e circulatório; vasodilatação dos músculos
esqueléticos; glicogenólise no fígado; elevação da presão arterial; retardamento da fadiga muscular
e dilatação da pupila. Existe indícios de que a mescalina atuaria diminuindo os teores de glicose em
áreas frontais do cérebro e ativaria mais glicose em áreas posteriores.

3. YOGA, MEDITAÇÃO E AS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

ORIGEM

Há 7.000 anos atrás nasceu, nas montanhas do Himalaia, um grande espiritualista


que ficou conhecido como Sada Shiva. Nesta época os seres humanos eram quase
animais, quer dizer, viviam dominados pelos instintos básicos – medo, fome, sexo e
sono. Não havia estrutura social e, portanto, não havia um sentimento de
coletividade, necessário ao progresso humano. Não havia conhecimentos
sistematizados e o pouco existente não era compartilhado, devido ao medo de ver seu
próprio prestígio diminuído. Shiva forneceu um sistema para desenvolver todas as
faculdades humanas; nos aspecto social introduziu o casamento na sociedade, no
campo cultural fortaleceu a dança, a música e a medicina, e no campo espiritual criou
a ciência do “Tantra”. A palavra “Tantra” é composta de dois radicais: “tan”, que
quer dizer “crueza, teia, denso, matéria ou tensão” , e “tra” que significa “libertação
ou expansão”. “Tantra” então é a ciência que nos liberta dos grilhões da teia
material. Em termos mais simples, isso significa um método que dá controle sobre os
instintos e sobre a mente. “Tantra” é um processo completo, uma filosofia de vida.
De fato, Shiva deu tudo como uma ciência prática, racional e sem dogmas, para desenvolver o ser
humano em todas as esferas da vida. No entanto, nessa época havia somente idiomas falados,
tampouco havia um sistema educacional em particular. Como não havia uma língua escrita,
ensinava-se tudo oralmente. Assim, com o passar dos anos, os ensinamentos de Shiva(OS
PAINCAMAKÁRA DE TANTRA – Os 5 Ms – Madhya, Mamsa, Matsya,
Mudra e Maethunia) foram distorcidos, por força dos instintos animais e egocêntricos,
predominantes naquela época. Como resultado surgiram duas vertentes: “Vidya Tantra” e
“Avidya Tantra”; o primeiro relaciona-se com o plano da Consciência Cósmica, subjetiva e
espiritual, e sua prática está relacionada ao método devocional ideativo, e o segundo com
a Energia Cósmica, objetiva e material, focado no método sensorial, nos cinco sentidos e cinco
órgãos motores. Enquanto que no caminho de “Avidya Tantra”, o Tantra da Ilusão, vinculado
a magia negra, recomenda-se o uso moderado de vinho - Madhya; consumo de carne - Mamsa e
peixe - Matsya; prestígio e status social - Mudra e magia sexual - Maithunia, buscando assim a
cristalização do ego, no caminho de “Vidya Tantra”, o Tantra do

Conhecimento, vinculado à magia branca, recomenda-se


jejuns, segundo certas fases da lua, que liberam o néctar da pineal ou Amrta -
Madhya; controle da língua - Mansa; exercícios respiratórias através de pranayama -
Matsya; posturas de ásanas e mudras -Mudra; além de alimentação lacto-vegetariana, kiirtans e
bhajans (cantos com mantras), serviço social altruísta, meditação e, finalmente, a entrega do ego,
visando assim a união do “eu individual” com o “Eu Cósmico” – Maithunia,como métodos para se
alcançar a Auto-realização, o Supremo Desideratum. Atualmente, através das
ciências biológicas, temos conhecimentos que estes “estados alterados de consciência”,
alcançados nestes êxtases místicos, decorrem de mudanças hormonais, ou seja, em função de
substâncias endógenas, como
a melatonina, serotonina, adrenalina, ocitocina, dopamina, etc., que são alteradas por
diversas influências bioquímicas em nosso organismo, decorrentes das práticas de jejuns,
meditação, exercícios respiratórios (pranayama), posturas de ásanas, alimentação lacto-
vegetariana, ou mesmo pela ingestão de plantas de poder em rituais "shamanics".
Posteriormente, há 5.000 anos atrás o Senhor Krisna, sistematizou a

“Jinana Yoga”, o Conhecimento verdadeiro, a “Karma Yoga”, a Ação


verdadeira e a “Bhakti Yoga ”, a devoção verdadeira. Somente no ano de 200
a.C. Patanjalireorganizou todos estes métodos e codificou o que se chama hoje de “Rajah
Yoga”, ou Yoga dos Oito Passos (1.Yama, 2.Niyama – 10 princípios morais,3.Asana – postura
cômoda, 4. Pranayama – controle da respiração, 5. Pratyahara – abstração dos sentidos, 6.
Dharana – concentração, 7. Dhyana – meditação e 8. Samadhi – união do eu individual com
o Eu Cósmico).

A Natureza Humana Espiritual – Bhagavad Dharma


Quem somos? Por que estamos aqui? Qual a finalidade da existência
humana? Tais questões podem surgir muitas vezes em nossas mentes e
deixar-nos um pouco perplexos. Se você tem pensado nestas questões,
talvez também tenha descoberto que é muito difícil achar as respostas. No
entanto, as respostas existem – temos que mergulhar fundo...,
profundamente em nós mesmos.De todos os seres vivos, o ser humano é
o mais evoluído, porque nele se encontra uma clara reflexão daquilo que os
místicos chamam de consciência. Nenhum outro ser tem uma reflexão tão
clara. Essa consciência é que permite ao ser humano distinguir entre o bem
e o mal. Quando ele está numa situação difícil, é a consciência que o ajuda
a resolver o problema.Ninguém necessita viver na miséria e sofrimento,
especialmente o ser humano, pois a consciência pode ajudá-lo a descobrir
uma solução. Uma vida sem tristeza e sofrimento é uma vida de felicidade,
e é isso o que almeja o ser humano. Todos estão procurando a felicidade;
de fato, “A natureza humana é buscar a felicidade ”. A felicidade
deriva da obtenção daquilo que se deseja. Se não se obtém o que se deseja,
não se pode ser feliz. Por isso,a principal atividade do ser humano é tentar
obter aquilo que ele deseja, alcançando, assim, a felicidade.

Na sua busca de felicidade, o ser humano é primeiro atraído por objetos mundanos: riqueza, luxo,
etc. Depois ele busca realizar sonhos e aspirações, como fama, poder e posição. No entanto, se ele
tem somente mil reais, ele não fica feliz. Ele deseja mais. Lamentavelmente, todas essas coisas são
finitas e limitadas, porém, no entanto, o desejo do ser humano por felicidade é infinito. Sua procura
por felicidade não conhece limites. Os que desejam riqueza, não serão felizes até que obtenham
riqueza ilimitada. Os que desejam fama, um cargo ou título não estarão satisfeitos até que obtenham
essas coisas em grau ilimitado. Tudo isso pertence ao mundo físico. O mundo físico é finito, e não
pode dar ao homem coisas infinitas. Portanto, mesmo a maior aquisição mundana nunca pode
proporcionar a satisfação completa e final. Não se pode obter, dessa forma, a felicidade infinita.
O que, então, pode proporcionar ao ser humano esta infinita felicidade? Somente aquilo que é por
natureza infinito e eterno. Somente a Consciência Cósmica, Brahman, o Eu Verdadeiro, é
Infinito e Eterno.
Essa realização do Infinito se chama Auto-realização. Auto-realização significa “Conhecer a Si
mesmo”. O Infinito está escondido dentro de nós mesmos. Nós temos somente de olhar fundo para
dentro de nós mesmos para podermos encontrá-Lo. O processo de meditação permite realizar esta
tarefa tão importante.

“ A busca da felicidade é a verdadeira natureza da vida humana”

Na realidade, atrás desse impulso humano está oculto o desejo da obtenção de Deus, a Bem-
aventurança Infinita. Esta verdadeira natureza de todos os seres humanos é chamada, em sânscrito,
de “Dharma”. A palavra “Dharma”, que não tem uma tradução literal para o português, pode ser
traduzida, aproximadamente, por diversas palavras similares, como: natureza, característica,
propósito, propriedade e significado. A natureza do fogo é queimar e produzir calor. Portanto, esta é
sua característica, seu propósito, sua natureza, seu “Dharma”.

No caso dos animais, todos possuem uma natureza própria que são os instintos básicos, como:
comer, dormir, medo e sexo. Estes instintos básicos são denominados de “Svabhavik dharma”,
constituído dos fatores biológicos comuns ao ser humano e aos animais, com a diferença de que o
ser humano pode dominá-los progressivamente.
Similarmente, o “Dharma” ou natureza do ser humano é buscar a Deus,
“Brahma”, Alá,Jeová, Juramidam, a Consciência Suprema, a Bem-aventurança Infinita. No
aspecto físico nossos instintos básicos encontram-se numa incessante luta por eternidade, no plano
psíquico nossa mente está sempre a correr atrás do conhecimento, e no nível espiritual todos os
credos e religiões têm como desideratum o paraíso, a paz e a bem-aventurança completa. Portanto,
somente quando alcançamos a realidade última, denominada de “Satcittananda” ou
“Eterna Consciência Bem-aventurada”, a Auto-realização é possível.

A realização de “Bhagavad Dharma” é possível através de quatro pontos básicos. O


primeiro é denominado “Vistara” ou Expansão mental. O conhecimento do Eu
Verdadeiro, Uno e Universal, e a conseqüente concepção universalista de Fraternidade
Cósmica, decorrente desta Auto-realização, é a forma correta de expansão mental, ao
nível de 360 graus. A meditação é a grande aliada neste processo. O segundo ponto é
denominado “Rasa” ou fluxo devocional. A ideação de que Tudo é manifestação de
Deus, ou seja, a tentativa de ver a Consciência Cósmica em cada pessoa e todas as
coisas, faz com que a mente humana individual comece a fluir de acordo com o ritmo
da Mente Cósmica. As mais importantes práticas desse segundo ponto são os cantos
devocionais e a ideação constante de que Tudo é manifestação de Deus. O
sentimento de serviço altruísta ou de caridade para com todo o universo, “Seva” ou
serviço, é o terceiro ponto. Isto é, compartilhar com outros, nossos irmãos espirituais,
a força do amor, desenvolvido como resultado das práticas espirituais. “Istha” ou
meta é o quarto e último ponto. Sem a definição de uma meta não chegaremos a
lugar algum. Devemos ter sempre claro em nossa mente o destino final de nossas
vidas, a Auto-realização, a Bem-aventurança Divina, o “Desideratum” Supremo, de
forma a não perdemos tempo com as efemeridades da vida mundana.

Uma explicação sobre Deus e a matéria

No capítulo primeiro, parágrafo 1º, dos “Ananda Sutras” ou versos de Bem-aventurança, da


filosofia da Ananda Marga, em sânscrito está escrito:

”Shiva Shakti atmakan Brahma”

O qual significa: Deus, “Brahma”, é composto de Consciência Cósmica, “Shiva”*, princípio


masculino e Energia Cósmica, “Shakti”, princípio feminino. A Consciência é o aspecto subjetivo e
espiritual de Deus, e a Energia Cósmica é seu lado objetivo e material, denominados,
respectivamente, de “Nagual”, e “Tonal”, na linguagem de Don Juan, índio "shaman" mexicano.
No estado original do universo, “Nirguna Brahma”, somente a Consciência Cósmica é
predominante. No mundo manifesto, “Saguna Brahma”, a Energia Cósmica é predominante sobre
a Consciência Cósmica.

* Shiva, neste caso, não se refere ao Senhor Shiva (Mestre espiritual que viveu há cerca de 7 mil anos), mas sim a um conceito
filosófico da Consciência Suprema.

Portanto, este universo é um fluir gradual da Consciência Pura para a matéria – um


fluir gradual da Consciência Cósmica tornando-se densa. No início, existe só a
Consciência Infinita – sem vibração, sem distorção. Gradualmente, sob a influência do
Princípio Operativo, forma-se a matriz causal da criação, através de suas três forças;
“Sattva”, “Rajah” e “Tamah”, denominadas de força sutil, mutativa e estática,
respectivamente. A Consciência se torna mais densa, passando pela formação da
Mente Cósmica, com surgimento do sentimento de “Eu existo”, “Eu faço” e “Eu fiz”,
até se manifestar o mundo físico. Essencialmente, a Consciência toma a forma de
onda ou vibração; o comprimento de onda fica cada vez mais curto. Desta forma, os
objetos do universo são somente comprimento de ondas diferentes. Quanto mais
curto o comprimento de onda, mais densa é a manifestação. Portanto, a matéria é
apenas a Consciência Cósmica em forma densa.
Toda matéria é uma combinação de cinco fatores fundamentais. São estes fatores:
etéreo, aéreo, luminoso, líquido e sólido. Cada fator tem uma certa característica,
qualidade ou “Dharma”. Deste que tudo no universo é apenas vibração, cada fator é
somente uma vibração particular ou onda. O éter é o mais sutil desses fatores. Até o
presente momento não existe instrumentos capaz de medi-lo, e sua característica é
transmitir o som. O fator a éreo é composto de gases, como o hélio, nitrogênio, etc.,
e a sua característica é transmitir o tato. Nós podemos senti-lo através de uma brisa
fresca em um empoeirado e quente dia de verão, tocando nossa face e refrescando-
nos o corpo físico. O terceiro fator é o luminoso, que tem a característica da forma.
Isto significa que podemos vê-lo. As chamas de um fogo crepitante possuem formas
que são visíveis para nós, apesar de efêmeras. O fator líquido possui o atributo do
gosto, e o quinto fator, o sólido, tem o atributo do cheiro.

A Mente Humana

É difícil descrever a mente humana. A mente é muito sutil, porque ela não possui
vibração física. Como sabemos que ela não possui vibração física? Nós não podemos
ouvir a mente. Tampouco podemos vê-la, sentir seu gosto ou cheirá-la. A mente está
além de todos os cinco fatores materiais. Por ser sutil, a mente tem a capacidade de
realizar funções sutis, tais como pensar, perceber, etc. Todas estas funções não têm
existência física. Porém, para que possa funcionar, a mente precisa de algo físico para
relacionar-se com o mundo. Ela necessita usar o corpo físico com nervos, cérebro e os
vários órgãos para que lhe seja possível realizar suas atividades. O corpo opera como
intermediário entre a mente sutil e o mundo físico, que é menos sutil e uma forma
mais densa da Consciência.

Examinemos mais detalhadamente como funciona a mente. A mente é composta de


três partes principais. Estas três partes são conhecidas como: consciente,
subconsciente e inconsciente, sendo denominadas, em sânscrito, de “Cittatattva”,
“Ahamtattva” e “Mahatattva”, respectivamente, cada camada está relacionada a
um centro energético, denominado de “Cakra”.

O Microcosmo e os Cakras

Para entender o funcionamento da mente é necessário examinar o processo de


percepção. O que acontece quando vemos um objeto? Ver é uma ação que a mente
executa com o auxílio dos olhos. Quando a mente vê um livro, por exemplo, o que
realmente acontece é que a mente, com ajuda dos olhos, toma a forma daquilo que
nós denominamos “livro”. Esta forma em que a mente se converte é diferente da
imagem que é formada na retina pela seguinte razão: a mente pode ver um livro e
tornar-se como um livro mesmo quando os olhos estão fechados. Esta porção da
mente que toma a forma de um livro chama-se

“Cittatattva” ou mente consciente. Como


a mente consciente torna-se como um livro? Nós já vimos que todos os objetos são
compostos de cinco fatores fundamentais, e todos emitem uma vibração e cada
vibração tem um comprimento de onda particular. No exemplo do livro, as vibrações
emitidas são captadas pelo olho; porém, nós não vemos realmente com o olho. Este é
unicamente órgão transmissor que transforma as vibrações do livro, em impulso
elétrico que vai, desde o olho, através dos diferentes nervos, até as células do cérebro
e, por meio desse impulso, a parte da mente que está ligada com as células cerebrais,
toma a forma do livro, quer dizer, que começa a vibrar, a recriar a mesma vibração
emitida pelo livro. Tudo no universo é vibração. Todas as percepções, sejam de forma,
cor, cheiro, etc., são experimentadas internamente. Percebemos somente um reflexo
do universo. Assim, como uma câmara cinematográfica toma as formas do mundo
externo e depois as projeta, o que nós vemos não é a forma verdadeira, e sim uma
projeção mental. A parte da mente que toma a forma do objeto que a impressiona, se
chama mente consciente ou “Citta”. A mente consciente tem uma característica: não
pode existir sem objeto.

Quando a mente consciente toma a forma de um livro, esta forma será vista. Deve
haver então, algo diferente da mente consciente que tem a função de ver, porque a
mente consciente unicamente recria a vibração. A parte da mente que tem a função
de ver é denominada mente subconsciente , “Ahamtattva” ou “eu posso fazer”.
Nesta parte da mente nós temos o sentimento de “eu vejo”, a impressão de fazer algo
e da ação. Porém, deve ainda haver uma parte da mente diferentes destas duas;
respectivamente, a que toma a forma e a que realiza a ação de ver.

Esta terceira parte da mente é a parte que produz o sentimento de “eu” é denominada
de mente inconsciente ou “Mahatattva ”. A mente inconsciente é assim, o “eu” de
“eu vejo”; é a parte que nós dá conhecimento de nós mesmos. Sem essa parte, a
existência não tem testemunha, e não poderíamos viver conscientemente. Nos
animais, esta parte da mente não é desenvolvida. Portanto, eles não têm existência
consciente. Então, a mente inconsciente é o que testemunha as mudanças da mente e
do corpo. Na idade de 5 anos, o corpo e as idéias são totalmente diferentes do que
serão aos 50 anos. Porém, existe algo invariável, algo que permanece dentro da
personalidade. O “eu” que testemunha essas mudanças não muda. O “eu sou” –
“Mahatattva”- o qual, por sua vez, se divide em outros três níveis mais profundos, a
mente intuitiva ou “Atmanas” , a mente do conhecimento verdadeiro ou
“Vijanamaya” e a mente dourada ou “Hiranyamaya ”. O conjunto de todos estes
níveis mentais formam a alma individual ou “Átman”.
No entanto, existe ainda um outro “Eu”, o “Eu” que sabe que existe a mente: “Eu sei
que eu sou”. Esta parte testemunha a existência da mente e em conseqüência não é
propriamente parte da mente. Seu nome é “Paramátman” ou Alma Suprema, a
Consciência Cósmica, a Testemunha Universal de todas as mentes. Está além da
mente e é a Causa de toda a existência, seja física, psíquica ou espiritual.

A MEDITAÇÃO

A meditação é um processo de concentração mental, o qual propicia um movimento


de introspecção, através de técnicas de auto-sugestão e mentalização de “mantras”
ou sons sutis. O princípio básico da meditação é que “a mente toma a forma de seu
objeto”, ou seja, assim como pensamos, nos tornamos. Dessa forma, a mente
caminha do consciente para o subconsciente, em seguida ao inconsciente e,
finalmente, ao Ser Supremo. Trata-se portanto, de um processo centrípeto, ou seja de
fora para dentro; conseqüentemente, contrário ao movimento da matéria, o qual é
centrífugo, de dentro para fora, do sutil para o denso.
Quando estamos no nível consciente a mente permanece recebendo as vibrações do
mundo material, sendo, conseqüentemente, agitada por estas ondas densas. No nível
subconsciente ela permanece ligada as impressões da memória e do ego. Dessa
forma, quanto mais profunda for sua interiorização, mais sutis são suas ondas,
aproximando-se, finalmente, das ondas cósmicas do Ser Supremo.

A onda cerebral produzida na consciência normal, se chama onda “beta” e ocorre com
uma freqüência entre 15-30 ciclos por segundo. Durante a meditação, devido ao
processo de concentração, a onda “beta” diminui a sua velocidade até o estado mais
relaxado das ondas “alfa”, com uma freqüência aproximada de 7-8 ciclos por segundo.
As ondas “alfas” ficam predominantes e duram por longos períodos durante a
meditação profunda. O estado de “alfa” se caracteriza como “sereno e alerta”, porque
produz um relaxamento ativo e uma concentração interior elevada; isso quer dizer
que o cérebro não está agitado nem tenso, e a mente está profundamente
concentrada. A técnica de meditação tem um efeito benéfico e profundo sobre a
mente. Pela sua prática regular, nós podemos experimentar um modo de vida mais
saudável, mais tranqüilidade e um aperfeiçoamento contínuo.
Estudos psicológicos foram feitos, revelando efeitos benéficos e interessantes da
meditação, como:
- 1. Aumento de energia, eficiência, tranqüilidade, memória, criatividade e
concentração;

- 2. Redução de tensões nervosas;

- 3. Mudanças fisiológicas:

a) Na respiração: normalmente respiramos 16 vezes por minuto. Porém, durante a meditação, respiramos
aproximadamente 6 vezes por minuto. A respiração lenta faz com que o metabolismo reduza o consumo de
oxigênio em 20%. Por isso, na meditação se usa menos oxigênio e obtém-se um descanso mais profundo que
durante o sono. Os pulmões operam no máximo e como resultado, se conserva energia.
b) Na circulação sangüínea: a tranqüilidade que se obtém com a meditação, ajuda a corrigir a corrente
sangüínea, baixando a pressão alta e fortalecendo o coração cansado.
c) Nos músculos e na pele:A pele se torna mais sutil, e sua resistência se duplica. Isto protege o corpo das
bactérias e microorganismo, preservando a saúde do corpo.
d) No sistema endócrino: O fato de a meditação ser um processo de introspecção, com os olhos fechados e
através de uso de sons sutis, denominados de “mantras”,ocorre naturalmente uma diminuição do teor do
importante hormônio serotonina, responsável pela tensão nervosa e estresse, e posterior aumento, na corrente
sangüínea, do teor de outro hormônio, não menos importante, a melatonina, responsável pelo sono e
interiorização, o quais são produzidos pela glândula pineale regulados pela maior ou menor existência de luz
solar no meio ambiente, respectivamente.

As Ásanas e as glândulas Endócrinas

As “ásanas” são movimentos suaves em que o corpo permanece em um estado de profundo e ativo
relaxamento, acompanhado de uma respiração completa, a qual abastece de oxigênio a corrente
sangüínea.
Durante esta prática não se gasta energia, pelo contrário, se acumula. As ásanas são uma parte
integral do caminho espiritual, fundamento para a meditação, e não um mero exercício físico. As
ásanas beneficiam todos os sistemas do corpo. As posições de torção e flexão, mantidas durante
períodos específicos de tempo, pressionam as glândulas endócrinas, fazendo-as funcionar de
maneira mais equilibrada. O resultado é uma melhoria das funções orgânicas, incluindo
crescimento, digestão, processos de respiração e eliminação. Já que as secreções hormonais afetam
as emoções, um equilíbrio destas secreções gradualmente nos brinda um estado emocional
equilibrado. Assim, as ásanas praticadas junto com a meditação, liberam a mente de perturbações e
obtém-se harmonia mental.

Outros benefícios das ásanas são: relaxam e tonificam os músculos e o sistema nervoso, estimulam
a circulação sangüínea, flexibilizam os ligamentos, melhoram a digestão e massageiam os órgãos
internos, e por final, equilibram os “cakras” ou centros de energia, situados próximos as glândulas
endócrinas e que regulam os “vritis” ou propensões inatas, como: vaidade, orgulho, medo, inveja,
altruísmo, etc.

Para uma vida bem equilibrada e integrada, uma pessoa deveria desenvolver-se nos
três aspectos: físico, mental e espiritual. A meditação acalma e controla a mente, e
eleva o espírito; as ásanas e dieta lacto-vegetariana apropriada purificam e refinam o
corpo para que seu desenvolvimento não fique atrás da expansão mental. Através da
disciplina das ásanas, o praticante gradualmente aprende a manter sua mente e seu
corpo serenos em todas as situações. Um corpo sadio, que funciona perfeitamente, e
uma mente livre de perturbações emocionais é a meta das "ásanas" e da meditação,
ou seja, a preservação do veículo para a grande e última aventura; a “Viagem
Interior”, dentro do mais profundo de si mesmo.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tanto a harmalina e a DMT são substâncias formadas endogenamente, isto é, são produzidas pelo nosso
próprio corpo, o que as diferencia das demais substâncias psicodislépticas, que são, em sua maioria, de
origem exógena, como o LSD, por exemplo, o qual, embora possua um mesmo núcleo indólico, a “chave”,
do antagonismo metabólico, possui um longo radical, de cadeia complexa, também conhecido como o
“rabo do dragão”, o qual causa dificuldades ao nosso organismo em seu processo de degradação e expulsão
dos seus subprodutos resultantes. Isso acrescenta um substancial fato em qualquer definição de
enquadramento desta substâncias como tóxicas ou entorpecentes, com exceção do LSD, já que estas são
partes integrantes de nossa intimidade bioquímica, demonstrando que, neste caso, toxicidade – especialmente
se analisadas isoladamente – é questão apenas de dose. Em certa ocasião, quando um determinado discípulo
de Shrii Shrii Ánandamurti indagou-lhe a respeito das experiências resultantes do uso do LSD, em
comparação ao Samadhi ou êxtase místico, obtido com a prática da Rajah Yoga, este respondeu que a
diferença entre ambas as experiências se resumem no fato de que o Samadhi não faz mal ao fígado.
Possivelmente, há aqui uma referência ao “rabo do dragão”, como algo nocivo ao fígado, em função da longa
cadeia do radical molecular pertencente ao LSD, resultando dificuldades ao metabolismo humano, em seus
processos de catabolismo e anabolismo, classificando-a como tóxica.

Com relação a classificação das substância presentes na "Ayahuasca", atualmente definidas como
alucinógenas, busca-se formas de (re)classificá-las em um novo grupo denominado de
“enteógenos ” – isto é, aquele que produz um movimento em direção ao Divino. De fato, isto
ocorre em razão do fenômeno denominado de antagonismo metabólico, que ocorre através da
substituição da serotonina pelo DMT, em função de suas semelhanças químicas estruturais, pois
a serotonina, produzida devido ao estímulo da luz do sol, pela glândula pineal, é o nosso neuro-
hormônio responsável pela as atividades exteriorizadas de atenção, memória e raciocínio, que
definem a personalidade individualizada de cada ser consciente, ou seja, o ego cristalizado com a
formação da mente consciente e subconsciente. Quando este neuro-hormônio sai de cena, devido a
ação de seus análogos, a mente humana entra num processo de introspecção compulsória,
provocada pela a ação dos enteógenos, como o DMT ou a psilocibina, entre outros, de forma
semelhante a ação de outro neuro-hormônio denominado de melatonina, também produzida pela
glândula pineal, e que é responsável pelo sono, ou seja, pelas as ações introspectivas da mente
humana. Este movimento introspectivo, dependendo da formação cultural e espiritual de cada um,
bem como das condições ambientais em que ocorre a experiência, pode ser mais ou menos
potencializado e variar sua intensidade, chegando em alguns casos às camadas mais profundas da
mente humana, como a mente inconsciente ou o “inconsciente coletivo”, citado por Jung, que
transcende ao tempo, espaço e pessoa, ou mesmo, em casos mais raros, à Mente Cósmica, a mente
de Deus – “Satcittananda”, a Eterna Consciência Bem-aventurada.

Por outro lado, na esfera da psicologia humana, me atrevo a dizer, com lúcida certeza, que os
enteógenos podem e devem ser uma excelente ferramenta futura para diversas psicoterapias,
referentes a distúrbios paranóicos, certos tipos de esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva, etc.,
através de métodos como a regressão de vidas passadas, psicanálise ou qualquer outro processo de
reestruturação do "self", em sua sadia relação com o Cosmos, a natureza e a sociedade humana, em
razão exatamente da capacidade do "sonhar acordado" e da intensa expansão de consciência
produzida pela interiorização compulsória, que a experiência enteógena claramente possibilita,
preferencialmente em mãos habilitadas de profissionais da área médica psiquiátrico-psicanalítica
que tenham forte sensibilidade espiritual.

Como vimos, a chave para criar antidepressivos que não causem efeitos colaterais adversos repousa
no fato de que essas drogas provocam efeitos desejáveis e indesejáveis de formas diferentes.
Imagina-se que os benefícios dessas drogas advenham do aumento da transmissão
da norepinefrina e da serotonina. Mas a sedação, a confusão mental e o perigoso impacto sobre o
coração resultam da interferência em outros sistemas transmissores. É possível existir drogas
naturais que atuem somente na reabsorção denorepinefrina e de serotonina? É o que, atualmente,
os químicos e alquimistas do terceiro milênio devem buscar descobrir, bem como é o que sugere as
semelhanças estruturais moleculares dos alucinógenos de núcleo indólico. Portanto, a descoberta
de tal substância seria um grande passo no aperfeiçoamento das drogas antidepressivas do futuro, e

a "Ayahuasca" parece apontar nessa direção.

Considerando que para vivermos fisicamente necessitamos a ingestão de vitaminas, sais minerais,
carboidratos, proteínas e gorduras, o que nos impede supor que no plano psíquico não
necessitaríamos de determinadas substâncias, como os alcalóides psicoativos de núcleo indólico por
exemplo, para que o cérebro venha a utilizar parte de seu grande potencial psíquico latente, desde
que na dose adequada.

Em experiências pessoais, constatou-se que, após uma sessão xamânica


com psilocibina ouayahuasca, mesmo que anteriormente houvesse tido distúrbios fisiológicos
ou conflitos psíquicos durante a experiência, sempre houve um aumento bastante acentuado da
capacidade de atenção objetiva e de raciocínio lógico ao final de todo o processo, terminando com
um estado de espírito “sereno e alerta”. As exceções ficavam por conta dos raros casos de
processos não adequadamente conduzidos. O que nos leva a concluir que, em função
do antagonismo metabólico, estas experiências xamânicas devam provocar uma resposta de
aumento dos hormônios da pineal, no caso serotonina, e melatonina; devido a invasão de
seus espaços sinápticos pela DMT ou psilocibina, e que após a ausência destas, em
decorrência de suas naturais degradações metabólicas, ocorra a possibilidade de ganho de um
possível maior equilíbrio hormonal no cérebro humano nos teores de serotonina,
e melatonina, como uma reação natural de nosso organismo, na busca do domínio dos espaços
sinápticos, anteriormente perdidos pela invasão das substâncias enteógenas.

Por outro lado, no Gênese bíblico, há referências sobre o nascimento da humanidade a partir de
Adão e Eva, e a posterior expulsão destes do paraíso, devido a desobediência ao Supremo Deus,
quando da ingestão do “Fruto Proibido”, oriundo da “Árvore do Conhecimento do Bem e do
Mal”, situada no centro do Jardim do Éden. Isto nos sugere que o homem primitivo, evoluído dos
primatas, ao vivenciar experiências com enteógenos, como os cogumelos mágicos alucinógenos,
entre outros, lentamente desenvolveu, a partir da mente consciente e instintiva, um maior
aprofundamento da mente subconsciente, racional, individualista e dualista, através do aumento do
teor de serotonina, em função das reações acima comentadas, já que a serotonina é uma substância
encontrada em proporções expressivas somente nos seres humanos, e que, portanto, o cérebro
humano desenvolveu uma reação antagônica as invasões dos espaços sinápticos dos seus neurônios
por alcalóides de núcleo indólicos, produzindo maior teor de serotonina,perdendo assim o paraíso
animal, da mente consciente instintiva, e, conseqüentemente, caindo no inferno da dualidade e
racionalismo. Essa individualidade conquistada, inicialmente mesquinha e egoística, foi a
responsável pelo desenvolvimentos das “civilizações”, das ciências e suas tecnologias.
PARAÍSO ANIMAL + FRUTO PROIBIDO + SURGIMENTO DO EGO = EXPULSÃO DO PARAÍSO

Neste alvorecer de uma Nova Era, uma outra possibilidade ganha força, a do desenvolvimento
da mente supraconsciente, intuitiva e universal, quando o eu individual, renuncia a sua luta
incessante para conquista do domínio supremo, da posição de Senhor, e passa a condição de servo,
no serviço ao Plano Cósmico de Deus, até alcançar, finalmente, a Auto-realização do Eu Cósmico, a
“ Yoga” – União - a fusão da individualidade com a Consciência Cósmica. Aqui não há espaços
para a renúncia da intelectualidade, apenas a percepção de seus estreitos limites, porém
fundamentais para a materialização do Plano Cósmico, como instrumento e ferramenta do Supremo
na eficaz manipulação da matéria, fundamentalmente na construção do caminho aos nossos irmãos
vindouros, no trilhar da “sádhana”, esforço espiritual - prática essencial para as realizações mais
profundas do Eu Cósmico.
Consideramos também que as práticas milenares de meditação e as asanas da “Yoga”, são um
processo extremamente elaborado, datando sua origem há mais ou menos 7 mil anos atrás, que
surgiu como forma de se alcançar maior auto-controle e auto-suficiência nas práticas espirituais, já
que no sistema shamânico há um dependência externa de substâncias naturais, enquanto que na
"Yoga" estas mesmas substâncias são estimuladas endogenamente. Logo a "Yoga" se constitui, por
si só, em uma importante via de acesso aos “Estados Alterados de Consciência ”, de forma lenta e
gradual, porém permanente, e pode igualmente ser utilizada como coadjuvante nas curas
psicoterápicas ou mesmo como forte aliada em toda e qualquer prática mística de busca da Auto-
realização, em razão de seus diversos benefícios, como: maior equilíbrio dos diversos neuro-
hormônios, os quais condicionam nossa saúde física e mental; uma mente humana melhor
controlada e potencializada, com mais capacidade de memória, raciocínio e intuição; um
comportamento mais ético, devido sua filosofia neo-humanista – universalismo -, bem como devido
aos sentimentos de fraternidade, resultantes de uma prática sistemática e sincera no serviço à
humanidade. A “Yoga”, por sua abordagem racional em proporcionar um “Acercamento subjetivo
através de um Ajustamento objetivo”, é capaz de favorecer para a Comunhão Ecumênica de
todos os credos e religiões, e portanto, é profundamente capaz de contribuir para o parto final da
“Mãe Terra”; no nascimento de uma Civilização Humana Espiritualista, Universalista,
Racionalista e Intuitiva, finalmente livre dos estreitos limites das supertições e dogmas. Dessa
forma, a irracionalidade dogmática de querer parar os processos de transmutação e evolução da
humanidade no seu caminho até seu“Desideratum” Supremo – Deus, será finalmente superada e
banida do seio da Humanidade.

*Ronaldo da Rocha Braga, nasceu em 02/05/54, às 02:00 horas, em Rio


Branco, AC. Em 1973, iniciou sua caminhada espiritual através da leitura do
livro “Da Solidão à Plenitude Humana”, do filósofo espiritualista e anarquista J.
Krishnamurti, nascido em 1895, na Índia. Em 1973 viajou do Acre para Viamão-
RS, após ameaças aos seus pais de abandonar os estudos regulares e
peregrinar em busca de um “Sentido Maior” para a vida, com objetivo de fazer
um curso de Técnico Agrícola, em sistema de internato (oferta do estado do RS
ao estado do AC, em comemoração ao nascimento de Plácido de Castro, gaúcho
líder da Revolução Acreana). Na escola agrícola teve, pela primeira vez,
experiências com cogumelos alucinógenos (Psilocybe cubensis), durante dois
anos, seguindo instruções obtidas a partir de uma reportagem da extinta
revista Realidade, sobre uma "shamam" mexicana, conhecida por Maria Sabina.
Ocasião em que teve uma vivência de transcendência do tempo, espaço e
pessoa e um vislumbre do que seria a Consciência Cósmica. Como se diria em
física quântica: “entrei pela toca do coelho”.

Experiência esta que lhe levou a iniciar, compulsoriamente, estudos e pesquisas


sistemáticas sobre as substâncias alucinógenas, as quais continua até o
presente momento. Em 1975, em Porto Alegre, foi iniciado na Ideologia da
Ánanda Márga Prácaraka Samgha – Organização de Divulgação do Caminho da
Bem-aventurança, fundada na Índia, em 1955, por Shrii Shrii Ánandamúrti,
com objetivos de promover a Autor-realização e o Serviço à Humanidade, na
qual recebeu as seis lições de Sahaja Yoga, durante seis anos de práticas de
meditação, pranayamas, ásanas, jejuns, e serviço social. Recebeu igualmente
instruções teóricas e práticas sobre Tantra Sadhana, Jinana, Karma,
Bhakti,Rajah Yoga, filosofia Neo-humanista e sobre uma teoria política e sócio-
econômica, esta última, conhecida por PROUT, Teoria da Utilização Progressiva.

Permaneceu como trabalhador voluntário nesta instituição de 1976 a 1978 e de


1980 a 1982. Em 1981 casou-se, com Sandra O. Brys (Soma Devii), tendo três
filhos, Jayadeva,Rakesh e Shantie, em 1995, divorciou-se. Em 1983, conheceu
o Mestre do Santo Daime Sebastião Mota, na Colônia Cinco Mil, no Acre,
ocasião em que teve diversas experiências com o chá Santo Daime. A madastra
de sua mãe, Dona Palmira, foi discípula de Mestre Irineu, no Alto Santo, até
seus últimos dias de uma longa vida. Entre 1983 e 1987 teve experiência com
os diversos cultos daimista e de Aoasca do Acre, como os de: Antônio Geraldo e
Manoel Araújo, na Vila Ivonete, no Alto Santo e na União do Vegetal, bem como
experiência independente e pessoal, a nível doméstico. Em 1987 concluiu o
curso de Engenharia Agronômica na Universidade Federal do Acre.

Em 1989, abandonou emprego na Fundação de Tecnologia do Estado do Acre,


em razão do convite para participar da construção da Unidade Mestra Ananda
Kiirtana, em Belmiro Braga/MG, ocasião em que viajou à Índia para conhecer o
pensador espiritualistaShrii Shrii Ánandamúrti (desencarnado em 21 de
outubro de 1990), com o qual teve experiências místicas transcendentais, e
nesta oportunidade conheceu a cidade de Ananda Nagar (na ocasião um
deserto sendo transformado em Óasis), em Bengala ocidental.

Em 1993 trabalhou no Centro de Trabalhadores da Amazônia – CTA e em 1995,


naCooperativa Agro-extrativista de Xapuri, período em que visitou a
Comunidade Céu da Mapiá, em Boca do Acre/AM, onde deixou livros sobre os
códigos de conduta da Yoga, “Yama e Niyama” e sobre a Teoria da
Utilização Progressiva – PROUT, ambos de autoria de Shrii Shrii

Ánandamúrti.

Entre 1996 e 1997 iniciou um projeto de horta orgânica e apicultura na Fazenda


Ananda Kiirtana, em Belmiro Braga. Em 1998 ingressou na EMATER MG,
onde permanece atualmente, trabalhando como extensionista agropecuário. Em
1999 casou-se novamente, com Amritá -Adenice Tousi , com a qual gerou
Raphael Krisna.

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-->Pacce, Lilian. Drogas - Nem Todas São Iguais.

Contatos: Ronaldo da Rocha Braga - Ramesh e-mail: bb210521@yahoo.com.br ou ronaldorochab@hotmail.com

http://www.youtube.com/ramesh1954/ http://kiirtananandamarga.podomatic.com/

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