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Capitulo 1 - Dalgarollando
Semiologia = sinais
Apesar de ter relação com a linguística, a semiologia geral também é expressão de signos que
podem ser gestos, comportamentos não verbais, sinais matemáticos, etc.
Elemento nuclear da semiologia: SIGNOS = sinal provido de significação, podendo ser qualquer
estímulo emitido pelos objetos no mundo.
Divisão da semiologia
Semiotécnica
o Refere-se às técnicas e procedimentos específicos de observação e coleta de
sinais e sintomas, assim como a descrição de tais sintomas.
o Exemplo: Entrevista direta com o paciente, familiares, etc.
o Realização de perguntas e timing;
Semiogênese
o É o campo da investigação da origem, dos mecanismos, do significado e do
valor diagnóstico e clínico dos sintomas e sinais.
Cada sintoma terá uma forma e conteúdo específico que formam sua estrutura básica.
Capitulo 2 – Definição de Psicopatologia - Dalgarollando
Campbell define psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da
doença mental – suas causas, mudanças estruturais e funcionais. Pode ser definida também
como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano.
Segundo Isaias Paim psicopatologia é o estudo dos fenômenos anormais da vida mental e tem
como método a fenomenologia.
Elucidativo;
Sistemático;
Desmistificante;
Amoral;
Doença mental são vivências, estados mentais e padrões comportamentais que apresentam
por um lado, uma especificidade psicológica (as vivências dos doentes mentais não são
apenas exageros do normal, mas são genuínos e possuem dimensão própria) e conexões
complexas com a psicologia do normal (o mundo da doença mental não é um mundo
totalmente estranho às experiências psicológicas normais).
Dito de outra forma, não se pode compreender ou explicar tudo o que existe em
um homem por meio de conceitos psicopatológicos.
Observação
CLASSIFICAÇÃO
Fenômenos Semelhantes
o São experiências semelhantes encontradas basicamente em todas as
pessoas.
o Ex: fome, sede, sono, cansaço.
o Também se inclui o medo de um animal, o desejo pela pessoa amada;
Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes
o Todo homem comum pode sentir tristeza mas esta sensação é apenas
em parte semelhante quando comparamos esta tristeza com a que o
doente mental vivencia.
o Ex: a depressão grave com ideias de ruína, introduz algo
qualitativamente novo na experiência humana.
o Seria a maioria das doenças mentais, as neuroses. Tudo que as pessoas
sentem, o doente mental sentirá em grau bem maior
Fenômenos qualitativamente novos, diferentes
o São praticamente próprios apenas a certas doenças e estados mentais.
o Ex: fenômenos psicóticos como alucinações, delírios, turvações da
consciência, alteração da cognição nas demências.
o Poderia se dizer que aqui seriam as psicoses.
DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO
Os fenômenos
Fenômenos semelhantes
Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes
Fenômenos qualitativamente novos, diferentes
OS MANUAIS
Diagnóstico Multiaxial
AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA
A Entrevista
o O contexto do paciente;
o O contexto institucional;
o O contexto dos entrevistados;
ANAMNESE PSIQUIÁTRICA
1. Identificação;
a. Dados básicos do paciente como nome completo, naturalidade, profissão,
local onde mora, se tem filhos, idade.
2. Queixa e duração;
a. Relato objetivo do transtorno mental do indivíduo, ou de seu problema e a
duração em dias da internação.
3. História pregressa da moléstia atual;
a. Relato sobre o episódio da última internação até a primeira. Deve-se escrever
o que aconteceu nestes episódios que levaram até sua internação.
4. Interrogatório Complementar;
a. Se já fez uso de drogas e substâncias alcoolicas.
5. História pessoal;
a. Sua história de vida antes dos primeiros sintomas da doença.
6. História familiar;
a. Se tem algum familiar com histórico de doenças mentais.
7. Exame psíquico;
a. Diagnóstico inicial do paciente.*
8. Impressões gerais do grupo.
PRIMEIRA INSTÂNCIA PSÍQUICA – CONSCIÊNCIA
A palavra consciência tem sua origem latina onde cum significa com e scio significa conhecer.
Definição neurológica
o Entende o termo como estado vígil = vigilância, igualando a palavra
consciência ao grau de clareza do sensório.
o É o estado de estar desperto, acordado, lúcido.
o É o nível de consciência
Definição psicológica
o Conceitua como a soma total das experiências conscientes do indivíduo em um
determinado momento.
o É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito quando este olha para
a realidade.
o Aqui, a consciência significa que ela é a capacidade do indivíduo entrar em
contato com a realidade, percebendo e conhecendo os objetos ao seu redor.
Definição Ético-Filosófica
o Refere-se à capacidade de tomar ciência dos deveres éticos;
o Também é assumir a responsabilidade quanto aos direitos e os deveres
concernentes a esta ética.
o É a consciência moral ou ética;
Toda experiência é algo essencialmente subjetivo, pois ela é realizada por cada indivíduo e
vivenciada em primeira pessoa.
Unidade;
Subjetividade;
Caráter qualitativo;
Este conceito afirma que a capacidade de estar desperto e agir conscientemente depende da
atividade do tronco cerebral e do diencéfalo.
Sabe-se que as áreas corticais visuais, que contém amplas redes neurais bidirecionais, são uma
pré-condição para a visão consciente.
Além do SRAA, o tálamo,e as regiões do córtex parietal direito e pré-frontal direito tem
importância estratégica para o funcionamento da consciência.
CAMPO DA CONSCIÊNCIA
INCONSCIENTE
A cisão é a noção que deu origem a separação da inconsciência, esta instância psíquica do
campo da consciência em virtude da incompatibilidade de sua natureza.
O verdadeiro inconsciente
o Este é totalmente incapaz de consciência;
o Sua forma de se revelar é através de subprodutos que surgem na consciência;
o São chamadas de formações do inconsciente:
Sonhos;
Atos falhos;
Chistes (brincadeiras fora de hora);
Sintomas neuróticos, análise.
O inconsciente pré-consciente
o Este é composto por representações, ideias e sentimentos suscetíveis de
serem recuperados por meio de esforço voluntário.
o São fatos, lembranças e ideias esquecidas que podem ser trazidas de volta de
forma voluntária.
4 características do inconsciente:
1. Atemporalidade
a. Não existe tempo, presente, passado ou futuro;
2. Isenção de contradição
a. Não há lugar para negação ou dúvida;
3. Princípio do prazer
a. Não segue ordens da realidade, apenas obedece ao princípio do prazer;
b. Evita-se o desprazer e a busca do prazer acontece com a descarga de
excitações no aparelho psíquico;
4. Processo primário
a. As representações psíquicas ou ideias do inconsciente possuem catexias que
nada mais são do que cargas energéticas;
O sono é um estado especial da consciência que ocorre de forma recorrente e cíclica nos
organismos superiores.
NÃO-REM
o Sono sincronizado e sem movimentos oculares rápidos
o Possui quatro estágios
REM
o Sono dessincronizado e com movimentos rápidos dos olhos;
o Também acontece um relaxamento muscular profundo e generalizado, com a
interrupção esporádica com a contração de pequenos grupos musculares.
o Irregularidades na frequência cardíaca, respiratória e pressão sanguínea,
seguida de ereções no pênis.
o É nesta fase que ocorrem a maior parte dos sonhos;
Os sonhos costumam ter conteúdo visual e não costumam ter uma lógica na sua vivência,
misturando histórias e fatos.
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
Obnulação
o Rebaixamento do nível de consciência em leve grau podendo chegar a
moderado;
o Diminuição da clareza do sensório, com lentidão da compreensão e
dificuldade de concentração.
o Bebidas e calmantes podem gerar este estágio;
Sopor
o Rebaixamento mais elevado do nível de consciência;
o Estado de marcante turvação da consciência;
o Incapaz de qualquer ação espontânea.
Coma
o Grau profundo de rebaixamento do nível de consciência
o Ausência de consciência;
o Movimentos oculares errantes;
Características principais:
Demência
Estado Onírico
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
Estados crepusculares
Transe
Estado Hipnótico
Atenção é:
a direção da consciência;
é o foco da consciência;
é o conjunto de processos psicológicos que torna o indivíduo capaz de selecionar, filtrar
e organizar as informações. Isto contribui para a estrutura do pensamento e da
memória.
Voluntária;
o Concentração focalizada sobre um objeto.
Espontânea;
o Concentração passiva sobre um objeto.
o É como se fosse um radar dos estímulos periféricos.
Qualidade da atenção para Bleuler
Tenacidade;
o Capacidade de manter/focar/sustentar a atenção em um objeto;
o Relacionada com a atenção voluntária;
Vigilância;
o Capacidade de trocar/mudar o foco da atenção para vários objetos;
o Relacionada com a atenção espontânea;
Direção da atenção
Direção interna;
o Tem como foco os processos internos do indivíduo;
Direção externa;
o Tem como foco os processos do mundo externo;
Amplitude da atenção
Atenção Focal
o Se mantém concentrada sobre um campo determinado e delimitado;
Atenção Dispera
o Não se concentra em um campo determinado, espalhando-se.
Atenção Flutuante
Conceito desenvolvido por Freud onde esta seria a forma como a atenção do analista
deveria funcionar, permitindo estar com CS e ICS livres e suspensos de motivações.
Psicologia Contemporânea
PATOLOGIAS DA ATENÇÃO
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
HIPERPROSEXIA
HIPOPROSEXIA
APROSEXIA
ALTERARAÇÕES QUALITATIVAS
Distração
o Não é muito grave, é menos patológica;
o Tem muita interferência afetiva;
Distraibilidade
o Não consegue manter a atenção em nada;
o Incapacidade quase completa de fixar a atenção;
TIPOS DE ORIENTAÇÃO
Orientação autopsíquica
o É a orientação do indivíduo em relação a si mesmo.
o Ex: saber quem é, seu nome, idade;
Orientação Alopsíquica
o É a orientação relacionada ao tempo e espaço.
o Relação com o tempo cronológico que se está vivendo;
o Ex: Que dia da semana, ano, o lugar que vive;
o Subdivisão da alopsíquica:
Temporal;
Espacial;
1. Orientação autopsíquica;
2. Orientação espacial;
3. Orientação temporal;
É o SNC que possibilita o entendimento das orientações acima. Com 1 ano e meio, a criança já
tem um SNC mais maduro, auxiliando no desenvolvimento destas orientações.
Ex:
doença de Alzheimer;
Delirium;
Lesões cerebrais bilaterais;
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DISTINÇÃO DO TEMPO
Tempo subjetivo
o Interior, pessoal
Tempo objetivo
o Exterior, cronológico, mensurável.
Alterações do tempo
1. Estado de depressão
O tempo é vivenciado de forma lenta e vagarosa;
Lentificação das funções psíquicas = BRADIPSIQUISMO
2. Estado de mania
O tempo é vivenciado de forma rápida e acelerada;
Aceleração das funções psíquicas = TAQUIPSIQUISMO
Alucinógenos;
Psicoestimulantes;
Fases agudas e iniciais das psicoses;
4. ATOMIZAÇÃO DO TEMPO
a. Refere-se à redução atomizante do tempo, esquecendo que existe um
vínculo do presente com o passado e futuro.
b. Ex: Exaltação e agitação maníaca;
5. INIBIÇÃO DA SENSAÇÃO DE FLUIR DO TEMPO
a. Corresponde à sensação da falta de passar o tempo subjetivo;
b. Perde-se o sincronismo entre o tempo objetivo/cronológico com o
tempo subjetivo/interno.
c. Ocorre síndromes depressivas graves.
Alterações do Espaço
Extâse
o Aqui, há uma perda das fronteiras entre o eu e o mundo externo.
o O sujeito sente-se como que fundido ao mundo exterior.
Depressiva
o O espaço externo é vivenciado como encolhido.
Maníaco
o Vivencia o espaço de forma extremamente dilatada e ampla.
Paranóia
o Vivencia seu espaço interno como invadido por aspectos perigosos,
ameaçadores e hostis do mundo.
IMAGEM X REPRESENTAÇÃO
Imagem
Características da Imagem
Nitidez
o A imagem é clara, possui contornos precisos.
Corporeidade
o A imagem é viva, tem cores, tem brilho, é corpórea.
Estabilidade
o Imagem não muda de um momento para outro.
Extrojeção
o Imagem tem origem no espaço externo.
Ininfluenciabilidade voluntária
oO indivíduo não consegue alterar voluntariamente a imagem
percebida.
Completitude
o Imagem tem desenho completo com detalhes.
Representação
Características da representação
Pouca nitidez
Pouca corporeidade
Instabilidade
Introjeção
Incompletude
SUBTIPOS DA REPRESENTAÇÃO
Imagem Eidética
Pareidolias
Ex: a criança ao olhar uma nuvem, visualiza um gato. Isto seria pareidolia.
Imaginação e Fantasia
Quantitativas
Hiperestesias
Hipoestesia
Qualitativas
Ilusões
Visuais
o O paciente vê monstros, bichos, pessoas.
o Imagem do deserto onde o indivíduo acrescenta um oásis.
o Esta ilusão também acontece nos estados de fadiga grave e de
inatenção.
Auditivas
Nos estados de rebaixamento do nível de consciência, por turvação da mesma, pode ocorrer
ilusões, pois a percepção torna-se imprecisa e tende a ver os estímulos de forma deformada.
Alucinações
É a vivência de percepção de um objeto sem que ele esteja presente, esteja real na
presença da pessoa.
A alucinação é uma vivência real do objeto, pois possui características de como se este
objeto (ex: escutando vozes) estivesse presente.
Normalmente, quem tem alucinações, possuem um comportamento como se esta
alucinação fosse real, movendo seu pensamento, sentimentos, ações em torno desta
convicção que a alucinação é algo verdadeiro.
Tipos Auditivas
o Mais frequente
o Alucinação audioverbal, onde escuta-se vozes sem nenhum estímulo
real presente.
o Não tem bom conteúdo, normalmente são comentários ou comandos
o Sonorização do próprio pensamento – vivência alucinatório delirante
o Comuns em esquizofrenias, depressões graves e crises maniformes
Alucinação Musical
o Audição de tons e melodias musicais
o Manifestação rara
Alucinação visual
o São visões nítidas que o paciente experimenta
o Dividem-se em:
Simples FOTOPSIAS
Cores, bolas, pontos
Complexas CENOGRÁFICAS
Figuras complexas
Alucinação Táteis
o O paciente sente espetadas, choques, insetos na pele
o Esta alucinação é comum no Delirium Tremens (abstinência ao álcool)
e intoxicações por Cocaína
o Quando o paciente vivência esta alucinação, por sentir que é real, ele
tomará uma ação em relação a esta vivência, como se fosse real.
o Ex: Começa a sentir insetos andando na pele, ele ficará se debatendo;
Alucinações Olfativas e gustativas
o Alucinações raras
Alucinações Cinestésicas e Cenestésicas
o Cenestésicas
Sensações incomuns e anormais em diferentes partes do
corpo
Ex: sentir o cérebro encolhendo, o fígado despedaçando
o Cinestésicas
Sensações alteradas de movimentos das partes do corpo
Pernas encolhendo, braços aumentando
Alucinações Fisiológicas
o Hipnopômpicas
Ocorrem na fase que o indivíduo está despertando
o Hipnagógicas
Ocorrem na fase que o indivíduo está adormecendo
o Estas alucinações são fenômenos normais
Alucinações Funcionais
o Alucinações causadas por outros fenômenos
Torneira – lavar mãos – alucinações
Alucinose
o Fenômeno pelo qual o paciente percebe a alucinação como estranha
à sua pessoa, mas mesmo vendo uma imagem alucinatória ou
escutando um ruído alucinatório, ele não tem a crença na alucinação
como tem o alucinado.
o Ex: Alucinose alcoólica são alucinações auditivas na terceira pessoa
Pseudo-alucinação
Fenômeno que se parece com alucinação, mas não é pois não apresenta aspectos vivos e
corpóreos de uma perspectiva real.
PSICOFARMACOLOGIA
Agentes psicotrópicos
Drogas antipsicóticas
Drogas antidepressivas
Drogas antimaníacas ou
estabilizadoras do humor
Drogas ansiolíticas
Neurotransmissores principais:
Serotonina
Noradrenalina
Dopamina
Acetilcolina
Histamina
Antipsicóticos
Clorpromazina- AMPLICTIL
Haloperidol- HALDOL
Risperidona- RISPERDAL
Olanzapina- ZYPREXA
Aripiprazol- ABILIFY
Clozapina- LEPONEX
Antidepressivos
Clorimipramina- ANAFRANIL
Imipramina- TOFRANIL
Fluoxetina- PROZAC
Sertralina- ZOLOFT
Paroxetina- AROPAX
Benzodiazepínicos
Diazepam- VALIUM
Alprazolan- FRONTAL
Lorazepan- LORAX
Bromazepan- LEXOTAN
Clonazepan- RIVOTRIL
Estabilizadores do humor
Lítio
Carbamazepina- TEGRETOL
Oxcarbazepina- TRILEPTAL
Hábito
Disposição duradoura
Uma rotina
Automatismo
TIPOS DE MEMÓRIA
Genética
o Herança genética
o DNA;
o Conteúdos de informações biológicas adquiridos ao longo da história
filogenética da espécie;
Imunológica
o Vacinação;
o Informações registradas e recuperáveis pelo sistema imunológico;
Cognitiva ou Psicológica;
o Memória altamente diferenciada do SNC, que permite ao indivíduo registrar,
manter e evocar a qualquer momento os dados aprendidos da experiência;
o Esta memória possui três fases:
Fase de registro (percepção, gerenciamento e início da fixação);
Fase de conservação (retenção);
Fase de evocação (também chamada de lembranças, recordações ou
recuperações);
Memória Cultural;
o Conhecimentos e práticas culturais de um povo (costumes, valores,
habilidades artísticas, estética);
o Ex: Carnaval no Brasil;
o São produzidos, acumulados e mantidos por um grupo social minimamente
estável;
FIXAÇÃO (ENGRAMAÇÃO)
Do ponto de vista psicológico, para que ocorra a engramação – fixação, depende de:
CONSERVAÇÃO (MANUTENÇÃO/RETENÇÃO)
Repetição
o Quanto mais se repete um conteúdo, mais de conserva;
Associação com outros elementos
PRIMING
Esquecimento normal/fisiológico;
o Ele ocorre por desuso ou por desinteresse;
Esquecimento por repressão;
o Quando se trata de conteúdo agradável ou pouco interessante;
Esquecimento por recalque;
o Quando algum conteúdo mnêmico é emocionalmente insuportável;
Segundo Ribot, o individuo que sofre uma lesão ou doença cerebral, se isso afetar os
mecanismos mnêmicos de registro, ele terá o esquecimento, seguindo abaixo:
Memória de trabalho;
o Combinação de habilidades de atenção e da memória imediata;
o Ex: reter número de telefone para em seguida digitá-lo;
o Objetivo de selecionar um plano de ação e realizar determinada tarefa;
o Regiões pré-frontais corticais;
Tarefas verbais – frontal esquerda inferior – área de Broca e
Tarefas verbais – temporal esquerda superior – área de Wernicke
Tarefas visuoespaciais – área pré-frontal direita
o O sono, cansaço, preocupações afetam esta memória
o Tem relação a manter informações novas e antigas para serem manipuladas;
o Relação com a memória implícita;
Memória episódica;
o Subtipo da memória explicíta;
o Rememorização não é tão fidedigna;
o Refere-se à recordação consciente de fatos autobiográficos reais circunscritos;
o
o
Memória semântica;
o Refere-se ao aprendizado de palavras e seu significado;
o Componente da memória de longo prazo.
Memória de procedimento;
o
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA MEMÓRIA
Hipermnésias
Amnésias
Perda de memória;
Perda da capacidade de fixar ou de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos;
TIPOS DE AMNÉSIA
Amnésia Psicogênica
o Relacionado a um trauma
o Há perda de elementos mnêmicos focais que tem um valor psicológico
específico (simbólico, afetivo);
o Ex: esquecer um evento especial de sua vida, mas se recordar do que
acontecia ao seu redor;
Amnésia Orgânica
o Há perda da capacidade de fixação;
o Esta amnésia segue a lei de Ribot;
o Tem lesão orgânica específica;
Amnésia Anterógrada
Indivíduo esquece de tudo que aconteceu depois do trauma.
Só lembra dos acontecimentos antes do trauma;
Amnésia Retrógrada
Indivíduo esquece de tudo que aconteceu antes do trauma.
Só lembra dos acontecimentos depois do trauma;
Amnésia Anteroretrograda
Indivíduo esquece tudo, antes e depois do trauma;
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
1. Ilusões mnêmicas
a. Lembrança adquire um caráter fictício;
b. O indivíduo distorce os fatos e não é por mentira, e sim por ser uma patologia
grave;
c. Ex: Esquizofrenia
2. Alucinações mnêmicas
a. São verdadeiras criações imaginativas;
b. Tem a aparência de lembranças ou reminiscências que não correspondem a
qualquer elemento mnêmico ou qualquer lembrança verdadeira;
c. Pode surgir de forma repentina;
FABULAÇÕES OU CONFABULAÇÕES
CRIPTOMNÉSIAS
ECMNÉSIA
LEMBRANÇA OBSESSIVA
DEMÊNCIAS
Existem vários tipos de demência.
As síndromes demenciais abarcam todas as doenças.
Prejuízo da memória;
Prejuízo do pensamento abstrato;
Prejuízo do julgamento;
Alterações da personalidade;
Alterações das funções executivas
Na demência não há alteração no nível de consciência
A síndrome demencial é decorrente de doença cerebral difusa, crônica;
TIPOS DE DEMÊNCIAS
TRATAMENTO
Medicamentoso
Apoio familiar
Testes neuropsicológicos
Terapia Ocupacional
DELIRIUM
Todo delirium é potencialmente reversível.
EVOLUÇÃO
Toda doença tem uma fase prodômica (Fases iniciais da doença onde se verifica o
começo dos sintomas)
Hipóxia
o Aumento do oxigênio no cérebro;
Anóxia
o Ausência do oxigênio no cérebro;
Substância Psicoativa é qualquer substância química que, quando ingerida, modifica uma ou
várias funções do SNC, produzindo efeitos psíquicos e comportamentais.
Álcool;
Maconha;
Cocaína;
Nicotina;
Heroína;
Café;
Organismo passa a necessitar de quantidades cada vez maiores da substância para que se
obtenha o mesmo nível inicial de seu efeito.
Síndrome de abstinência é o conjunto de sinais e sintomas que ocorrem horas ou dias após o
indivíduo cessar ou reduzir a ingestão da substância que vinha sendo consumida geralmente
de forma pesada e contínua.
Para cada substância ou grupo de substâncias, há diferentes sinais e sintomas. Os mais comuns
são:
Ansiedade;
Inquietação;
Náuseas;
Tremor;
Sudorese;
Convulsões;
Coma e morte;
Curiosidade;
Excitação por fazer algo ilegal;
Secreto;
Convivência ou pressão do grupo social pertencente;
Aceitação do grupo;
Expressão de hostilidade;
Redução de sensações desagradáveis (tristeza, solidão, ansiedade).
ALCOOL
O álcool é uma substância que produz, ao longo dos anos, significativa tolerância e
dependência física.
Alcoolismo pode ser definido como a perda da liberdade de escolher entre beber e não beber.
Dimensão física;
Dimensão psicológica;
Dimensão social;
A vida afetiva é a dimensão psíquica que atribui cor, brilho e calor a todas as vivências
humanas.
As cinco vivências afetivas são Humor ou estado de ânimo, Afetos, Sentimentos, Emoções e
Paixões.
Humor – é a base para os estados emocionais. Deve ser estável. É a disposição afetiva de
fundo. Não pode variar. Se variar, é patológico. Este estado afetivo está frequentemente
acompanhado por reações somáticas.
Paixões – é um estado afetivo extremamente intenso. Ele domina a atividade psíquica como
um todo. Dirige nossa atenção e interesse em um único ponto, deixando de lado os demais
interesses. Normalmente uma paixão intensa impede o funcionamento de uma lógica
imparcial.
A paixão cega é a ausência de objetividade. Na paixão o indivíduo projeta no outro o que ele
tem de melhor. Nos apaixonamos porque projetamos.
Ambivalência, brincar, choro, atração sexual, esperança, empatia, inveja, medo, orgulho
A afetividade também altera as expressões, sendo que em cada cultura existe uma forma de
expressão diferente.
A afetividade deve estar sobre uma base estável. Não pode variar o estado.
RAZÃO x EMOÇÃO
Alguns autores acreditam que a emoção turva a razão e distancia o homem da verdade e da
conduta correta.
Outros afirmam que a emoção pode contribuir e não atrapalhar no contato do homem com a
realidade.
CATATIMIA
As duas instâncias psíquicas mais afetadas pelos estados afetivos são a memória e o
pensamento.
REAÇÃO AFETIVA
A vida afetiva sempre ocorre em relação do Eu com o mundo e os outros.
Sintonização afetiva
o Capacidade de o indivíduo ser influenciado afetivamente por estímulos
externos;
o É uma reação do grupo;
o Participar de um grupo com uma vibe boa por exemplo.
Irradiação afetiva
o Capacidade do individuo transmitir ou contaminar os outros com seu estado
afetivo momentâneo. Isto faz com que os outros entrem em sintonia com ele;
o É uma reação própria do indivíduo.
Rigidez afetiva
SISTEMA LÍMBICO
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ALTERAÇÕES DO HUMOR
DISTIMIA
O extremo dos polos são patológicos = doenças. Para que seja definido como doença, é
necessário que exista sinais e sintomas
O termo distimia hipotimica é a mesma coisa que depressão e atualmente usa-se mais o termo
depressão = tristeza patológica.
Ideias suicidas:
Planos suicidas:
Atos suicidas:
Tentativas Suicidas
DISFORIA
Este termo está relacionado a distimia com a diferença desta ter uma tonalidade afetiva
desagradável. Por exemplo um quadro maníaco (distimia hipertímica) acompanhado de um
forte componente de irritação, desgosto, agressividade.
Uma pessoa não fica somente no polo maníaco. Ou ele está no polo depressivo ou está
transitando nos dois polos.
ELAÇÃO
Além da alegria patológica, ocorre a expansão do Eu, que é uma sensação de grandeza e de
poder.
PUERILIDADE
ESTADO DE ÊXTASE
IRRITABILIDADE PATOLÓGICA
Síndromes depressivas;
Quadros maníacos;
Transtornos ansiosos;
Esquizofrenia;
Não é a ausência e sim a redução emotiva e afetiva. Pode ficar cada vez mais hiporreativa (é
um tanto faz, tanto fez).
É a diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. A pessoa não sente alegria e nem tristeza,
não sente nada.
Na incontinência afetiva, a pessoa chora ou dá risada por longos tempos sem parar. Pode
durar horas.
Hipomodulação do Afeto
Revela desarmonia profunda da vida psíquica. Contradição entre esfera afetiva e ideativa.
Embotamento Afetivo
É a vivência da incapacidade para sentir emoções, experimentada de forma muito penosa pelo
paciente.
Anedonia
Antes do adoecimento conseguia ter prazer sexual, prazer na comida, com amigos e agora não
senti mais nada.
Sintoma central das síndromes depressivas e pode ocorrer em transtornos de personalidade.
Indiferença afetiva
Trata-se de certa frieza afetiva incompreensível diante dos sintomas que o paciente apresenta.
Neotimia
Medo
O medo não é uma emoção patológica, mas uma característica universal do homem.
FOBIAS
TRANSTORNOS DO HUMOR
A depressão e a mania não são simplesmente doenças dos afetos e sim do humor.
Bile
Fleugma
Sangue
Bile Negra
ETIOLOGIA DO TDM
DSM-V
No DSM, para que um transtorno seja considerado TDM, ao menos cinco sintomas devem
perdurar por duas semanas e representam uma alteração do funcionamento anterior. Dos
cinco sintomas, ao menos entre eles devem ter um dos dois sintomas abaixo:
1. Humor deprimido;
2. Perda do interesse ou prazer (anedonia);
3. Perda ou ganho significativo de peso;
4. Insônia ou hipersônia;
5. Agitação ou retardo psicomotor;
6. Fadiga ou perda de energia;
7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva;
8. Capacidade diminuída de pensar ou concetrar-se;
9. Pensamentos de morte – ideação suicida.
INSONIA
Inicial
o Dificuldade em adormecer
Intermediário
o Despertar precoce, acordado de madrugada
Terminal
o Indivíduo acorda de madrugada e não consegue mais dormir
CATEGORIAS DA DEPRESSÃO
Depressão LEVE
Depressão MODERADO
Depressão GRAVE
CURSO E PROGNÓSTICO
TRANSTORNO DISTIMIA
Distimia é um humor cronicamente deprimido que ocorre na maior parte do dia, na maioria
dos dias, por pelo menos dois anos.
É uma depressão crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura. Começa no início
da vida adulta e persiste por vários anos.
Sintomas depressivos mais comuns no Transtorno Distimia são:
Diminuição da auto-estima
Fatigabilidade aumentada
Dificuldade em tomar decisões ou concentrar-se
Mau humor crônico
Irritabilidade
Sentimento de desesperança
Todos estes sentimentos devem estar presentes de forma ininterrupta por pelo menos dois
anos.
Espectro bipolar
Quem tem o espectro bipolar tem que tomar doses pequenas de medicação. O humor neste
caso precisa ser estabilizado.
MANIA
No DSM V
Auto-estima inflada
Redução da necessidade de sono
Pressão para falar
Fuga de ideias
Distraibilidade
Envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto risco para consequências
dolorosas
Tem ciclos de mania, depressão e eutimia que pode durar entre 1 mês ou 1 ano.
THB2
THB3
Ocorre o Efeito kinddling – quanto mais crises tiver, mais terá novamente
TRATAMENTO DO THB
Doses de lítio
Anticonvulsionantes
Antidepressivos
Psicoterapia
SUICÍDIO
O TH é a base da ideação suicida e é grave quando existe essa ideação com a psicose.
Ideação suicida
Tentativas de suicídio
Suicídio completo
Homens
Ocorre em maiores de 60 anos, tem alta letalidade
Causado por Alcoolismo, depressão, TP
Ocorre privadamente e isolado
Utiliza o método de enforcamento e arma de fogo
Tentativas de Suicídio
Mulheres
Ocorre em menores de 35 anos
Baixa letalidade
Não costuma ter diagnóstico psiquiátrico
Costuma ter fácil observação a tentativa
Utiliza como métodos os medicamentos e o cortar-se
TIPOS DE TENTATIVAS
MÉTODOS VIOLENTOS
o Enforcamento
o Mutilações
o Salto de elevações
o Uso de armas de fogo e arma branca
MÉTODOS NÃO-VIOLENTOS
o Superdosagem de drogas
o Inalação de gases tóxicos
PSICOPATOLOGIA DO SUICÍDIO
Se inicia com uma ideia com conteúdo de morte onde através da impulsividade surge uma
ideia obsessiva ou prevalente que leva até o ato suicida.
IDEIA OBSESSIVA
É uma ideia invasiva, repetitiva e que traz uma angústia, sofrimento para o indivíduo
IDEIA PREVALENTE
É uma ideia invasiva, repetitiva e que não traz sofrimento, o indivíduo sente prazer
com a ideia.
FATORES DEMOGRÁFICOS
o Idosos e adolescentes
o Solidão
o Luto próximo
FATORES PSIQUIÁTRICOS
o THB
o TP
o Dependencia e abuso de drogas
FATORES MÉDICOS
o HIV
o Cancer
FATORES FAMILIARES
o História de suicídio na família
o Abuso físico e sexual na infância
FATORES RELACIONADOS AO COMPORTAMENTO
o Melancolia
o Impulsividade
o Tentativas de suicídio prévia
TRATAMENTO
Antidepressivos
Benzodiazepínicos
Estabilizadores do humor
Na pessoa que tenta o suicídio, existe a melancolia = vazio existencial e sempre tem uma
intenção própria no suicídio.
DADOS
Os homens conseguem se matar mais que as mulheres porém elas tentam mais.
O que costuma segurar o melancólico é a religião.
No CID-10 o suicídio não é um transtorno mental.
Para cada 1 mulher que se mata, 3.6 homens cometem o suicídio.
Atualmente os idosos são o grupo etário que mais comete o suicídio porém a taxa de
jovens tem crescido exponencialmente.
80% das tentativas de suicídio ocorrem por envenenamento com taxa de suicídio de
31%
Vontade é uma dimensão complexa da vida mental, relacionada intimamente com as esferas
instintiva, afetiva e intelectiva. A vontade envolve avaliar, julgar, analisar e decidir.
DESEJOS
Fixos
Inatos
Independentes da cultura
Independentes da história individual
NECESSIDADES
Móveis
Moldados
Transformados socialmente
Transformados historicamente
Ato volitivo está relacionado as expressões como “eu quero” e “eu não quero”. Isto caracteriza
a vontade humana em sentido específico.
O ato volitivo acontece através do processo volitivo, no qual se distinguem por quatro etapas:
1. Fase de INTENÇÃO
a. Se esboçam tendências básicas do indivíduo, suas inclinações e interesses.
b. Nessa fase, impulsos, desejos e temores inconscientes exercem influência
decisiva sobre o ato volitivo.
c. Estes impulsos e desejos muitas vezes podem ser imperceptíveis para o
próprio indivíduo.
d. A intenção envolve a escolha, esta que envolve a liberdade que é o querer ou
não querer.
2. Fase de DELIBERAÇÃO
a. Diz respeito à ponderação consciente
b. Leva-se em conta tanto os motivos como os móveis implicados no ato volitivo
c. Aqui o indivíduo faz uma análise básica do que seria bom ou ruim na sua
decisão:
i. positivo ou negativo
ii. Favorável ou desfavorável
iii. Benéfico ou maléfico
d. Seria um momento de reflexão que leva a um discernimento
3. Fase de DECISÃO
a. É o momento culminante no processo volitivo
b.
4. Fase de EXECUÇÃO
a. É ato concreto consumado.
b. É a fase onde o componente motor final é realizado.
c. Psicomotricidade
Abulia – ausência da vontade, não gera tristeza, pois não deseja se fazer nada. Não há
remédios para o tratamento.
Dois níveis:
Negativismo
Obediência Automática
Paciente se comporta como um robô.
Não existe deliberação, ponderação
Fenômenos em Eco
Ecolalia
o O indivíduo repete de forma automática as palavras ou sílabas do
outro.
Ecopraxia
o O indivíduo repete de forma automática, durante a entrevista, os
últimos atos do entrevistador.
Ecomimia
o O indivíduo repete de forma automática as reações mímicas do outro,
suas expressões faciais.
Automatismo
Atos impulsivos
São atos onde ocorrem um curto circuito do ato voluntário. Ocorre um curto circuito da fase
de intenção para a fase de execução. Não há deliberação.
O indivíduo está ego-sintônico. Está em sintonia consigo mesmo e não tem sentimentos de
culpa.
Atos compulsivos
São atos repetitivos gerados por uma ideia obsessiva. Existe deliberação na compulsão e é
reconhecido pelo indivíduo como indesejável e inadequado.
Após sua deliberação e execução do ato, ele senti um alivio da ideia obsessiva, mas depois tem
sentimentos de culpa devido a um conflito moral e traz sofrimento.
Processo da compulsão:
1. Desconforto subjetivo
2. Ego-distônico
3. Tentativa de resistir
4. Alívio ao realizar o ato compulsivo
5. Associado a ideias obsessivas
Tipos de impulsos e compulsões relacionadas à auto/heterodestrutivas
Automutilação
o Auto-enucleação – arrancar os olhos
o Auto-amputação – cortar o pênis
Frangofilia
o Agitação patológica
o Indivíduo quebra tudo que vê pela frente
Piromania
o Indivíduo coloca fogo em objetos – atear fogo
Impulso ou ato suicida
Dipsiomania
o Ingestão de bebidas alcoólicas até cair no chão, perder a consciência
Bulimia
o Grande ingestão de alimentos e em seguida retirada dos alimentos do
estômago através do vomito
Potomania
o Intoxicação por água. Tomar muita água ou ingerir água de privada ou
torneira.
Sexualidade
1. Identidade sexual
a.
2. Orientação sexual
3. Papel Sexual
a. É a determinação sexual a partir da cultura em que o indivíduo está inserido.
b. Ex: Travestismo
Fetichismo
o Caracteriza-se pela obtenção do prazer e excitação pelo uso particular de
objetos, roupas.
o É uma teatralização, uma grande representação.
o O fetiche é um objeto pervertido. É o desvio da função.
o Masturba-se no contato com o objeto de prazer que normalmente está
relacionado ao corpo: meias, lingeries, luvas
Frotismo
o É o ato de esfregar os genitais em outra pessoa.
o Acontece mais em homens.
Exibicionismo
o Caracterizado pela compulsão e pelo prazer em mostrar o corpo nu, com
ênfase nos genitais, a uma pessoa estranha, que percebe isto como uma
violência.
Voyerismo
o É a compulsão em observar uma pessoa (normalmente mulher) se despindo
ou tendo relações sexuais.
Pedofilia
o É a preferência em realizar, ativamente ou na fantasia, práticas sexuais com
crianças ou menores de 18 anos.
Pederastia
o É a preferência em realizar, ativamente ou na fantasia de homens/mulheres
muito mais velhos, práticas sexuais com indivíduos homossexuais menores de
18 anos.
Gerontofilia
o É a preferência em realizar, ativamente ou na fantasia de homens/mulheres
muito mais velhos, práticas sexuais com indivíduos heterossexuais menores de
18 anos.
Zoofilia
o Desejo sexual dirigido aos animais.
Necrofilia
o Desejo sexual dirigido aos cadáveres.
Coprofilia
o Prazer sexual com excrementos
Ninfomania
o É o desejo sexual na mulher quantitativamente muito aumentado.
Satiríase
Compulsões a utilizar clisteres
Outras Compulsões
Poriomania
Cleptomania
PSICOMOTRICIDADE
NITIDEZ
o Imagem é nítida, clara
CORPOREIDADE
o Imagem é viva, corpórea, tem brilho
ESTABILIDADE
o Imagem não muda de um momento para outro, estável
EXTROJEÇÃO
o Imagem tem origem no espaço externo
ININFLUENCIABILIDADE VOLUNTÁRIA
o Não é possível alterar voluntariamente a imagem
COMPLETITUDE
o Imagem tem desenho completo, com detalhes
REPRESENTAÇÕES
POUCA NITIDEZ
o Contornos da representação são esfumados
POUCA CORPOREIDADE
o Representação não tem vida de uma imagem real
INSTABILIDADE
o A representação pode aparecer e desaparecer do campo da consciência
INTROJEÇÃO
o Representação tem origem no espaço interno
INCOMPLETITUDE
o Representação tem desenho indeterminado, com poucos detalhes
Conceito
o Os conceitos são as bases do pensamento.
o É formado a partir das representações;
o O conceito não apresenta elementos de sensorialidade.
o Não é possível senti-lo, ouvi-lo ou visualiza-lo;
o O conceito apresenta apenas os aspectos mais gerais (generalizações) dos
objetos e fenômenos;
o Conceito é um elemento puramente cognitivo, intelectivo.
Formação do conceito em dois passos:
Eliminação da sensorialidade
o O conceito não deve exprimir características sensoriais
do objeto como cadeira azul.
o Apenas deve definir cadeira como objeto de quatro
pés usada para sentar.
Generalização
o O conceito deve ser aplicado para todos os tipos de
cadeiras.
Juízo
o É a qualidade do pensamento. São associações que agregam uma informação,
que qualificam um conceito.
o É o processo que conduz ao estabelecimento de relações significativas entre
conceitos básicos.
o É a afirmação de uma relação entre dois conceitos.
o Ex: a cadeira é útil.
Raciocínio
o É o estabelecimento de vários conceitos em uma ideia/frase.
o É a representação de um modo especial de ligação entre conceitos e sequencia
de juízos.
o É o encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros.
o A ligação entre conceitos formam os juízos.
o A ligação entre juízos formam novos juízos.
A CULTURA (música, leitura, artes) incrementa o pensamento. O primeiro elemento para se ter
cultura é ter interesse.
Conceitos
ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO
PENSAMENTO MÁGICO
1. Este pensamento fere frontalmente os princípios da lógica formal;
2. Não respeita a realidade;
3. Sua orientação é através do s desejos, fantasiase temores conscientes e
inconscientes;
4. O sujeito adequa a realidade a seu pensamento.
5. Comum em personalidades imaturas e em quadros de TOC.
PENSAMENTO CONCRETO
1. É o pensamento que não distingue entre dimensão abstrata/simbólica e a
dimensão concreta e imediata dos fatos.
2. Indivíduo não consegue utilizar metáforas
3. Ironia, duplo sentido, subentendido não são compreendidos.
4. A demência e a esquizofrenia grave apresenta este tipo de pensamento.
PENSAMENTO DEFICITÁRIO
1. Caracterizado por memorização mecânica
2. Ilhotas de memória
3. Pensamento de estrutura pobre e rudimentar
4. Abstração apenas ocorre com dificuldade.
5. São os idiotas-sábios
PENSAMENTO INIBIDO
1. Ocorre a inibição do raciocínio, diminuição da velocidade e do número de
conceitos, juízos e representações utilizados no processo de pensar.
2. O pensamento torna-se lento, pouco produtivo à medida que o tempo flui.
3. Ocorre em quadros demenciais e depressivos graves
PENSAMENTO PROLIXO
1. Paciente não consegue chegar a qualquer conclusão sobre o tema que está
tratando, somente após muito esforço.
2. Não é doença, mas é difícil;
3. Fala, fala e não fala nada;
4. Dá longas voltas ao redor do tema.
5. Tangencialidade
Começa a falar do assunto e depois se distancia muito.
Pessoa responde perguntas de forma irrelevante;
Não sabe discriminar o essencial do supérfluo.
Nunca chega ao ponto central
6. Circunstancialidade
É definido como rodando em volta do tema;
Não entra em questões essenciais e decisivas;
Ocorre em pacientes com transtorno de personalidade;
PENSAMENTO DEMENCIAL
1. É um pensamento empobrecido, desigual , gradativo.
2. É decorrente do processo degenerativo demencial.
3. Ocorre uma difuculdade de encontrar palavras
4. Acontece no alzheimer
PENSAMENTO OBSESSIVO
1. Predominam as ideias ou representações, que apesar de terem conteúdo
absurdo e repulsivo pelo indivíduo, se impõem a consciência de forma
persistente e incontrolável.
2. Existe uma luta constante contra as ideias obsessivas
3. Gera um estado de angústia constante devido a tentativa de banir as ideias
Caracteristicas da ideia obsessiva
Repetitiva
Invasiva
Ciclíca
Ego distonica
Aceleração
o Fluência aumentada do pensamento
o Ideias rápidas, sucedendo uma atrás da outra
Lentificação
o Fluência diminuída do pensamento
o Ocorre prejuízo do raciocínio
Bloqueio
o Visto quando o paciente no meio de uma conversa, para subitamente de falar,
de forma repentina
Roubo de pensamento
o Vivência associada ao bloqueio
o Paciente explica o motivo do bloqueio
Fuga de ideias
o Alteração da estrutura do pensamento secundário a uma acentuada
aceleração do pensamento
o Uma ideia se segue a outra de forma extremante rápida
o Ocorre perturbação de associações lógicas entre os juízos e conceitos
Dissociação ou incoerência de pensamento
o
Afrouxamento das associações
Descarrilhamento do pensamento
Desagregração do pensamento
o Ocorre uma profunda e radical perda dos enlaces associativos
o Total perda da incoerência do pensamento
o Sobram apenas pedaços dos pensamentos
o Conceitos e ideias fragmentadas
Perseguição
Depreciativos
Religiosos
Sexuais
De poder
Riqueza ou grandeza
Ruína ou culpa
Hipocondríaco
ERRO SIMPLES
Os erros simples são passíveis de serem corrigidos, pela experiência, pelos dados da
realidade.
PRECONCEITO
o É um juízo sem reflexão
o Tipos de representações sociais do preconceito:
Racismo
Sexismo
Etnocentrismo
Classismo
Religioso
CRENÇAS E SUPERSTIÇÕES
o São crenças compartilhadas por um grupo social e cultural
o Ex: acreditar plenamente na comunicação com espíritos
Ideias prevalentes são:
1. Ideias fixas
2. Ideias repetitivas
3. Invasivas
4. Cíclicas
5. Ego sintônica
6. EXISTE CRÍTICA
7. É uma ideia que prevalece sobre as outras ideias
8. Ex: Não consigo parar de pensar em outra coisa
9. Ideias prevalentes são ideias errôneas por superestimação afetiva.
10. O paciente se identifica plenamente com a ideia prevalente
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DO JUÍZO
DELÍRIO
O delírio ou ideias delirantes são juízos patologicamente falsos.
É um erro do ajuizar.
O delírio possui base mórbida, pois é motivado por fatores patológicos.
Ideia Delirante
1. Convicção absoluta
2. Ideia irremovível, impossível a modificação do delírio pela experiencia;
3. É uma ideia/juízo falso – é uma mentira
4. É associal, a ideia é de uma pessoa só, começa em uma única pessoa.
a. Característica acessório
b. É uma produção associal
c. Passa a criar suas próprias crenças e símbolos.
5. Ex: tenho certeza que meus pais querem me envenenar.
A ideia delirante não tem crítica porque tem uma base mórbida, não é baseada em doença.
Convicção
o O quanto está convencido da realidade de suas ideias delirantes.
Extensão
o Até onde as ideias afetam sua vida (trabalho, higiene pessoal)
Bizarrice
o O quanto a ideia se afasta de comptos aceitos pelo grupo social
o Ideia estranha
o Não cortar unhas
Desorganização
o Qual onível de lógica do delírio
Pressão
o O quanto está preocupado com suas crenças delirantes
Resposta afetiva
o O quanto as ideias delirantes tocam afetivamente o paciente.
Comportamento desviante
o O quanto o paciente age em função de seu delírio
EVOLUÇÃO DO DELÍRIO
É o verdadeiro delírio, ele provoca uma transformação qualitativa em toda sua existência, sua
pessoa se modifica.
Delírios simples
o Possuem tema único
o Ex: Tema religioso ou somente persecutório.
Delírios complexos
o Possuem múltiplos temas
o Ex: tema místico-religioso com ciúmes e perseguição
Delírios não sistematizados
o Pouca associação, frágil estrutura, instáveis
o Encontrados em indivíduos com baixo nível intelectual
Delírios sistematizados
o Bem organizados, com histórias ricas, se mantém como tempo em estrutura
o Ocorrem em indivíduos intelectualmente desenvolvidos
o Inteligência a serviço do delírio
Interpretação
Memória
Afetividade
Consciência
Sensopercepção
Percepção
Intuição
Imaginação
MECANISMOS DE MANUTENÇÃO
DELÍRIO PARANÓIDE
o A paranoia consiste na persecutoriedade
o Existem pessoas muito desconfiadas, que pensam que sempre existem alguém
que quer fazer mal para eles.
DELÍRIO DE REFERÊNCIA
o Tudo que acontece, que falam, é porque estão falando de mim;
DELÍRIO DE INFLUÊNCIA
o Acontece na esquizofrenia
o Ela faz tudo que o outro diz
o Fica influenciado por qualquer coisa
DELÍRIO DE GRANDEZA
o O indivíduo se torna arrogante, prepotente
o Acontece no THB
DELÍRIO RELIGIOSO
o Envolve temas místicos
DELÍRIO DE CIÚMES
o Chamado delírio de otelo
o Delírio é pensamento
DELÍRIO EROTOMANÍACO
o Pensar que alguém está apaixonado por você
o Relacionado a pessoas importantes, famosas
DELÍRIO CLERAMBEAU
DELÍRIO DE NEGAÇÃO DOS ORGÃOS
o Acredita que seus órgãos estão ausentes
o Que estão morrendo sem estarem de verdade
DELÍRIO CENESTOPÁTICO
o Acredita que tem bichos dentro do próprio corpo (ratos, serpentes)
DELÍRIO DE INFESTAÇÃO
o Também chamado delírio de ekbom.
o Acredita ver saindo do corpo e das coisa, diversos insetos.
CURSO DO DELÍRIO
Agudo
Crônico
NEUROSES
Não é psicótico
Pelo DSM:
Um ideia obsessiva pode encostar em uma ideia delirante mas não se misturam, ou seja, não
ocorre quebra da realidade vigente como acontece na psicose.
SÍNDROMES FÓBICAS
SÍNDROMES OBSESSIVO-COMPULSIVAS
SÍNDROMES HISTÉRICAS
SÍNDROMES HIPOCONDRÍACAS
PSICOSES
DIVISÃO SINTOMÁTICA
Síndromes deficitárias
Sintomas negativos
o Menos claros, que aparecem menos
o Se tem mais sintomas negativos, tem mau prognóstico
o Os remédios tratam pouco destes sintomas
Embotamento afetivo
Retração social
Empobrecimento da linguagem e pensamento
Lentificação psicomotora
Síndromes produtivas
Sintomas positivos
o Mais claros e evidentes
o Aparecem mais
o Possui bom prognóstico, se aparece mais estes sintomas no paciente
o Os remédios tem bom efeito, reduzem os sintomas
Processo alucinatório
Ideias delirantes
Comportamento bizarro
Agitação psicomotora
Ideias bizarras
Neologismo – criação de novas palavras
ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNICA
PARANÓIA – TRANSTORNO DELIRANTE
PARAFRENIA
Início agudo
A pessoa é vulnerável a psicose, e quando usa uma droga, começa a ficar psicótico.
ESQUIZOFRENIA
Esquizo = cisão
Frenia = mente
Descrita em 1911.
QUATRO CARACTERÍSTICAS – As
1. Associações anormais
2. Autismo
3. Afeto anormal
4. Ambivalência afetiva
Pensamentos audíveis
Vozes argumentando, tecendo comentários
Subtração de pensamentos
Experiências de passividade somática
Irradiação de pensamentos
Volição, afetos e impulsos fabricados
CRITÉRIOS DO DSM-IV
No modelo estresse-diátese
Na hipótese dopaminica:
QUADRO CLÍNICO
FASE PRODRÔMICA
Personalidade pré-mórbida
História típica, mas não invariável
Personalidade esquisita
Quieto, passivo
Humor delirante (pré-delírio)
Poucos amigos, inexistência de relacionamentos amorosos
Ideias abstratas
Queixas somáticas e vagas.
SINTOMAS PRINCIPAIS
Perturbações perceptivas
Processo de pensamento desagregado
o Fala, ações desagragadas
Memória
o Alucinação mnêmica
Insight = crítica
o Não há crítica
Não há controle dos impulsos
EVOLUÇÃO – CURSO
Comparado ao THB, este tem evolução cíclica, e ocorre alguma melhora, recuperação entre as
fases positivas (mania) e negativas (depressão). Na esquizofrenia, não há melhora!
PLATÔ
PROGNÓSTICO
BOM
Início tardio
Início agudo
Ser casado
História pré-mórbida
Sintomas afetivos e positivos
MAU
Início precoce
Início insidioso
Comportamento retraído
Sem vínculos afetivos – solteiro
Sintomas negativos
TIPOS CLÍNICOS
ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE
Ocorre no fim dos 20 e início dos 30 anos com personalidades desconfiadas e hostis
ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNICO
Desinibido e desorganizado
ESQUIZOFRENIA CATATÔNICO
ESQUIZOFRENIA RESIDUAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
Hospitalização
o É longa, por anos com idas e vindas
Medicação com antipsicóticos
o O remédio é com injeção no músculo
o Tem muitos efeitos colaterais
o Diminuição da libido e fome
Terapia comportamental
Terapia em grupo
o Psicodrama
Psicoterapia individual
o Ajuda a criar crítica
Terapia Ocupacional
SÍNDROMES NEURÓTICAS
3 tipos de síndromes:
Ansiosas
Fóbicas
Obsessivo-Compulsivas
Neuroses
A grande questão da neurose é o sofrimento que ela traz para o paciente onde se traduz pelas
angústias e necessidades.
Sempre que se fala de angústia e ansiedade, tem que falar do medo.
Sintomas da ansiedade são sudorese, súbita vontade de evacuar, aperto no tórax, batimentos
cardíacos acelerados, dor de cabeça, inquietação.
ESQUEMA DA ANSIEDADE
A ansiedade é patológica quando sua rotina é alterada por ela. Ex: acordar a noite, prejudicar
no trabalho, não conseguir estudar, etc.
TRANSTORNO DO PÂNICO
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
O primeiro ataque é completamente espontâneo, mas podem ocorrer após esforço físico,
sexual ou trauma emocional.
Tem começo, meio e fim. Não há fator desencadeante na crise do pânico. Este transtorno
nunca evolui para uma psicose.
O curso deste transtorno é bom e o tratamento deve ser farmacológico e psicoterápico.
FOBIAS
É um medo irracional, não tem explicação. Procura-se evitar o objeto fóbico o tempo todo.
FOBIA SOCIAL
FOBIA SIMPLES
É uma crença irracional e excessivamente intensa sobre o perigo dos ratos (ex). Na tentativa
de evitar a ansiedade ao objeto, faz-se tudo para se esquivar.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
CURSO E PROGNÓSTICO
A maioria das pessoas com este transtorno conseguem ter uma vida relativamente normal na
fobia simples. Objeto fóbico é facilmente evitável.
TOC
É a mais complexa, crônica dos transtornos. Tem característica essencial o sintoma de
obsessões e compulsões recorrentes, suficientemente graves para causarem acentuado
sofrimento para a pessoa.
Traz sofrimento psíquico para a pessoa. Não consegue pensar em outra coisa. Consome tempo
e sofrimento ativo.
Embora o ato compulsivo possa ser realizado em uma tentativa de reduzir a ansiedade
associada com a obsessão, nem sempre é eficaz.
Realizar o ato compulsivo pode não afetar a ansiedade, podendo até mesmo aumentá-la.
Ideias Obsessivas
EPIDEMIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
PADRÕES SINTOMÁTICOS
CURSO E PROGNÓSTICO