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RESUMO1

Foram aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com unanimidade de


votos, as cotas raciais em universidades. Os dez juízes do STF votaram contra um
recurso apresentado em 2009 pelo Democratas(DEM), uma decisão aplaudida por
milhões de negros e mestiços que se queixam de não terem as mesmas
oportunidades daqueles que são considerados brancos. A decisão do Tribunal
habilita as cotas raciais em todas as universidades públicas de um país com cerca
de 51% de negros e mestiços, segundo dados de 2010 do IBGE.

A questão das cotas para estudantes negros foi discutida porque o partido
alegava que a Universidade de Brasília (UnB) feria vários pontos da Constituição
Federal com a medida, como o direito universal à educação e o princípio da
igualdade, além de alimentarem o racismo ao criar privilégios baseados na raça.

Segundo o ministro Luiz Fux, “a opressão racial dos anos da sociedade


escravocrata brasileira deixou cicatrizes que se refletem no campo da escolaridade e
que a injustiça do sistema é absolutamente intolerável.”

O ministro Ricardo Lewandowski declarou que apesar de a Constituição


Brasileira dizer que todos são iguais perante a lei, há, ainda hoje, uma desigualdade
na prática. O número reduzido de negros que exercem cargos de destaque é
resultado da discriminação histórica sofrida por esse grupo.

Era quase um consenso entre os relatores do processo serem favoráveis às


cotas para negros, mas pensavam, também, que a aplicação dessas medidas
afirmativas não deveriam ter uma duração indefinida, sendo adotadas por tempo
necessário para a correção das disparidades.

Os críticos das cotas, como o presidente do Conselho do Instituto de Estudos


do Trabalho e da Sociedade (Iets), Simon Schwartzman, consideram que, "quando é
criada uma situação na qual dividimos as pessoas entre beneficiários de cotas e não
beneficiários, isso gera uma discriminação".

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Resumo elaborado pelos graduandos João Henrique Risuenho, Juliana Fagundes e Letícia Serra.
Segundo a advogada do DEM, a adoção de cotas pode trazer mais danos que
benefícios.

Se você não tem um critério para definir quem é o pardo e


quem é o moreno, as consequências da implementação desta
medida por meio da lei que vão criar categorias raciais no
Brasil podem ser mais desastrosas do que os eventuais bônus
que a política pode ocasionar. (KAUFMANN, Roberta)

Segundo consta no 5º Artigo da Constituição Federal, todos são iguais perante


a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo a todos os residentes no país a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
prosperidade. Porém, a verdade é que a sociedade está longe de ser considerada
igualitária e por isso somos “forçados” a nos apegarmos ao conceito de eqüidade, de
Aristóteles, o qual baseia-se em tratar os iguais de forma igual e os desiguais de
forma desigual na medida de sua desigualdade, para assim, chegarmos a um
equilíbrio.

Classificadas dentro das ações afirmativas, as políticas de cotas raciais têm a


intenção de provocar o resgate de uma dívida social a um segmento da sociedade
que, historicamente, vem sendo discriminado. Levando em conta que, ao longo de
décadas, os negros fossem expulsos e empurrados continuamente para as margens
da sociedade, sem condições de mobilidade social, ou seja, não conseguiam
adentrar em escolas públicas e muito menos nas instituições de ensino superior.

A política de ações afirmativas representa qualquer política que operando com


o critério de discriminação positiva, vise favorecer grupos socialmente discriminados
por motivo de raça, religião, sexo e etnia e que, em decorrência disto, experimentam
uma situação desfavorável em relação a outros segmentos sociais. E ainda,
possuem o critério de temporaneidade, ou seja, não são ações permanentes ou
definitivas, mas com determinado prazo de vida.

No Brasil é possível perceber uma nítida discriminação social com base na cor
da pele e na etnia do sujeito. Esta noção de prática do racismo pode ser confirmada
em cada ato preconceituoso que se vivencia ou se percebe cotidianamente.

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