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CATEGORIA DE TRIBUTOS

Art. 145 – CF e Art 5º CTN

IMPOSTO
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Tributo não vinculado à atividade estatal. Não tem contraprestação do estado. Para o pagamento do
imposto, basta a realização pelo particular, do fato gerador, não correspondendo a preço por vantagens
que o estado conceda ao obrigado, mas captação de riqueza para o tesouro público. Este é o motivo do
imposto ser um tributo unilateral. Para ser exigido o imposto de certo indivíduo, não é preciso que o
Estado lhe preste algo determinado.

Ex: Caio, proprietário de uma casa, localizada na zona urbana, deve pagar o IPTU, sem qualquer atuação
estatal paralela. Porém, quando o município presta a Caio um serviço público específico e divisível, Caio
deve pagar uma taxa de serviço ao ente político

A receita do imposto não pode se atrelar a qualquer órgão, fundo ou despesa, consoante proibição
derivada do principio da não-afetação (IV art 167 CF).

Impostos e competência:
União
II – Imposto de importação; 153-I
IE – de exportação; 153 II
IR – Renda; 153 III
IPI – Produtos Industrializados; 153 IV
IOF – sobre Operações Financeiras, 153 V
ITR – Territorial Rural, 153 VI
IGF – Sobre Grandes Fortunas, 153 VII
Imposto residual: impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 154 I
Imposto Extraordinário de Guerra: na iminência ou no caso de guerra externa, impostos
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos,
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 154 II

Estados e Distrito Federal


ITCD – Transmissão causa mortis e doação: de quaisquer bens e direitos; 155 I
ICMS – Circulação Mercadoria e Serviços: prestação de serviços de transporte interestadual,
intermunicipal e de comunicação. 155 II
IPVA – Propriedade veículos automotores: 155 II

Municípios:
IPTU – Propriedade territorial urbana – 156 I e 32 CTN
ITBI – Transmissão de bens inter vivos – 156 II
ISSQN – Sobre serviços de qualquer natureza: excetuados os casos de ICMS; 156 III

Os impostos previstos na CF devem ser instituídos por meio de lei ordinária, porém o IGF e o Imposto
Residual atrelam-se à lei complementar.

Classificação dos impostos:


a) Direto e indireto: direto é aquele que não repercute, uma vez que a carga econômica é suportada
pelo contribuinte (IR, IPTU, IPVA,ITBI, ITCD). Indireto é aquele cujo ônus tributário repercute
em terceira pessoa, não sendo assumido pelo realizador do fato gerador (ICMS E IPI).
b) Pessoais e reais: Pessoais levam em conta as condições particulares do contribuinte (IR). Reais:
são aqueles que levam em consideração a materia tributaria, ou seja, o proprio bem ou a coisa,
sem cogitar das condições pessoais do contribuinte (IPI, ICMS, IPVA, IOF).
c) Fiscais e Extrafiscais: Fiscais são aqueles que possui intuito estritamente arrecadatório, devem
prover de recursos o Estado (IR, ITBI, ISS). Extrafiscais tem finalidade reguladora de mercado ou
da economia

TAXA
Tributo imediatamente vinculado à ação estatal, atrelando-se à atividade pública, e não à ação do
particular. Seu fato gerador não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado.

Diferença taxa e imposto: Taxa é um tributo vinculado a uma contraprestação direta e os impostos são
tributos desvinculados de qualquer contraprestação.

As taxas podem ser criadas pela A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a semelhança do
que ocorre com os impostos, segundo art 147 CF. Não é adequado afirmar que território federal pode
instituir taxa.

O fato gerador da taxa é o exercício do regular do poder de polícia (atividade do estado que verifica o
cumprimento das exigências legais pertinentes e concede a licença, a autorização, o alvará...) ou a
utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto
à sua disposição (especifico é o serviço em que se discriminar o usuário e divisível é aquele suscetível de
utilização individual pelo contribuinte ex: esgoto).

Serviços públicos universais não remunerados por taxas: Segurança pública, Limpeza pública (varrição,
lavagem, capinação, desentupimento de bueiros pois é prestação de serviço indivisível e inespecifico,
insuscetível de ser referido a determinado contribuinte.) Devem ser remunerados por impostos.
Iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. A taxa de limpeza pública (inconstitucional)
não se confunde com a costumeira taxa municipal de coleta domiciliar de lixo, que é considerada válida
pelo STJ uma vez que tende a beneficiar unidades imobiliárias autônomas. Obras de pavimentação
asfáltica devem ensejar contribuição de melhoria e não taxa, em face da ausência dos requisitos da
especificidade e divisibilidade.

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Art 81 CF

Toda vez que o poder público realizar uma obra pública que trouxer benefícios traduzíveis em valorização
para os proprietários de bens imóveis, poderá ser instituída contribuição de melhoria, desde que vinculada
a exigência por lei. É tributo federal, estadual ou municipal.

Fato gerador é a valorização imobiliária decorrente de obra pública.

Sujeito passivo é o proprietário do imóvel.


A contribuição de melhoria é cobrada à luz do critério da mais-valia imobiliária, porém tendo como limite
total o custo da obra.

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

Tributo que consiste na tomada compulsória de certa quantidade em dinheiro do contribuinte a título de
"empréstimo", para que este o resgate em certo prazo, conforme as determinações estabelecidas por lei.

Pode ser instituído para atender despesas extraordinárias (calamidade pública e guerra externa) e para
investimento público de carater urgente e interesse nacional.

É tributo e não contrato.


Deve ser instituído por lei complementar. É de competência da União, vedado intituição por DF, Estado e
Município. Diferentemente dos impostos, taxas e contribuição de melhoria, que pode ser criado por lei
federal, estadual, distrital ou municipal.
Empréstimo compulsório e principio da anterioridade:
Os empréstimos compulsórios podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os houver instituido en casis de despesas extraordinarias, decorrentes de calamidade
pública ou guerra externa. Porém, se instituido para viabilizar investimento público de carater urgente e
relevante interesse social, será imprescindivel a observancia do principio da anterioridade.

Fato gerador: Não é a guerra, a calamidade pública, nem o investimento publico, porem estes, nas
circusntancias previstas, condicionam o exercicio da competencia tributaria e direcionam a aplicação do
produto da arrecadação.

Diferença das demais espécies tributarias é a restituibilidade.

CONTRIBUIÇÕES
Art 149 e 149-A CF

O que caracteriza as contribuições especiais é que o produto de suas arrecadações deve ser carreado para
financiar atividades de interesse público, beneficiando certo grupo, e direta ou indiretamente o
contribuinte.

As contribuições (sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias


profissionais ou econômicas) são de competencia exclusiva da União.

Princípio legalidade: As contribuições devem ser instituidas por lei ordinaria. Diante da majoração da
contribuição social por meio de decreto presidencial, para que tenha eficácia no mesmo exercício
financeiro da sua aplicação, será possivel afirmar que tal majoração é inconstitucional, pois depende de
lei, ainda que tenha eficácia do mesmo exercício financeiro ao da sua aplicação.
Princípio anterioridade: todas as contribuições devem respeitar os princípios da anterioridade anual e
nonagesimal.
Principio vedação ao confisco: no campo das contribuições, a nocao de confisco despontará quando
houver desproporção entre o vulto da exação e a atuação do Estado, ou, igualmente, quando inexistir a
atuação estatal.

Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas


As contribuições de interesse das categoriad profissionais ou economicas, também chamadas de
contribuições profissionais ou corporativas, são de competencia exclusiva da Uniao, apresentando-se
sempre como tributos federais.

Contribuição anuidade: Visa prover de recursos os órgaos controladores e fiscalizadores das profissões.

Contribuição sindical: Modalidade de contribuição parafiscal, na subespécie corporativa ou profissional


que tem vulgarmente recebido o nome impróprio de imposto sindical. Porém esta contribuição é espécie
tributária distinta que nao se confunde com o imposto. Esta também nao se confunde com a contribuição
confederativa, pois esta é desprovida de natureza tributária e compulsoriedade.
Há bitributação no confronto contribuição – anuidade x contribuição sindical?
Aos conselhos, compete atuar como ente de fiscalização profissional, enquanto aos sindicatos cabe a atuação sobre
as relações e condições de trabalho, portanto, atividades intrinsecamente diferenciadas. Sob esse prisma, são
devidos dois recolhimentos.

O que é a contribuição assistencial? Confunde-se com a confederativa?


Não se confundem. Enquanto a contribuição confederativa serve para o custeio do sistema confederativo, a
contribuição assistencial tem por finalidade custear os serviços assistenciais prestados pelo sindicato ou os
decorrentes da negociação coletiva.

As anuidades cobradas pela OAB são contribuições corporativas?


Se a OAB não é uma autarquia, nem mesmo de regime especial, se nao apresenta qualquer relacao com órgao
publico, se nao está voltada com exclusividade para as finalidades corporativas, e sim para finalidade institucional,
torna-se deliccada a manutencao do entendimento que chancela a fisionomia tributária da anuidade da OAB.

Contribuição de intervenção no domínio econômico


É um tributo federal. Somente pode ser utilizada, em regra, como instrumento regulatório da economia, cobrável
quase sempre, dos integrantes do setor ao qual seja dirigida a atuaçao de intervenção da União.
Ex: CIDE- Combustíveis e a CIDE- Royalties
Cide combustíveis: incide sobre a importação e a comercialização de petróleo e gás natural e seus derivados.
Cide Royalties: tem por fim atender o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à
Inovação, com o fito de fomentar o desenvolvimento tecnológico brasileiro, mediante o incentivo da pesquisa.
Características contribuições sociais gerais: Competencia da Uniao, regidas pelo mesmo sistema jurídico das
contribuições do art 149, sujeitam-se ao regime constitucional tributário sem comportar exceções, instituídas por lei
ordinaria e obedecem a anterioridade comum, custeiam ação do Estado em outros campos sociais diversos do art
195, quais sejam, saude, previdencia e assistencia social.

As contribuições sociais observam o principio da anterioridade anual e nonagesimal.

Art. 149-A - Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas
leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de
energia elétrica.

LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR

Princípio da Legalidade - Art 150 I

Nenhum tributo será instituído ou aumentado, a não ser por intermédio de lei. O consentimento emanará
da lei ordinária. Este é o veículo normativo hábil a instituir e a aumentar as exações tributárias.

Ex: Se há um IPTU em dado município, há, por certo, uma lei ordinária municipal que o instituiu e que
deverá veicular, quiçá, um possível aumento.

Todavia, há casos de tributos federais que, obedecendo ao postulado da legalidade tributária, avocam o
processo elaborativo de edição de lei complementar. São eles: IGF, Emp. Compulsório, Impostos
Residuais, Contribuições social-previdenciárias Residuais.
As matérias cabentes à lei complementar não poderão ser objeto de medida provisória. Daí se afirmar, p. ex., que
seria inconstitucional um empréstimo compulsório ou mesmo, uma residual contribuição-social previdenciária,
instituídos por medida provisória.

O principio da legalidade comporta exceções: Segundo art 153 §1º CF, há quatro impostos federais que poderão ter
suas alíquotas majoradas ou reduzidas por ato do Poder Executivo Federal, o que se dá comumente por decreto
presidencial ou portaria do Ministro da Fazenda: II, IE, IPI, IOF, Cide-Combustivel e ICMS-Combustivel (EC
33/2001).

Ex: Lei do IE estipula alíquota de 20% para um certo bem exportável. Pode o PE reduzi-la para 10% e, se quiser,
retorná-la a seu patamar máximo de 20%.

Atualmente, sabe-se que a medida provisória (art 62 §2º) é meio idôneo de instituição e majoracao de imposto.
Pode haver MP para criar e aumentar imposto. Assim não há inconstitucionalidade em aumento de ITR, de IR ou
outro imposto federal por MP.

Princípio Anterioridade

A anterioridade objetiva ratificar o sobreprincípio da segurança jurídica, evitando-se que o contribuinte se veja
diante de inesperada cobrança tributária.

Anterioridade ≠ Anualidade

Anualidade: Nenhum tributo poderia ser exigido sem que a lei instituidora ou majoradora tivesse obtido a
autorização orçamentária. Diante disso, a arrecadação de um novo tributo ou aumento dos já existentes,
eventualmente não inscritos na lei orçamentária, demandaria a espera do próximo orçamento.

Anterioridade: Exige que a lei instituidora ou majoradora do tributo seja publicada antes do final do exercício
financeiro.

Porém, uma lei que extinga ou reduza um tributo, mitigue-lhe uma alíquota, conceda isenção ou dilate o prazo para
pagamento, sem provocar qualquer onerosidade, deverá produzir efeitos imediatos, com pronta incidência.

Ex: Em 20/03/00 o Presidente editou MP aumentando alíquota da contribuição social a cargo das empresas
destinadas à seguridade social. Tal norma incidirá no 91º dia a contar de 20/03/00

Em 20/03/00 o Presidente editou MP reduzindo a alíquota da contribuição social a cargo das empresas destinadas à
seguridade social. Tal norma incidirá na data da publicação da MP (20/03/00).

Anterioridade anual: Determina que os entes tributantes não podem cobrar tributos no mesmo exercício
financeiro que tenha sido publicada a lei majorada ou instituidora do comando.

Ex: a) Tributo majorado ou criado em março de 2002: incidência em 1/01/03


b) Tributo majorado ou criado em novembro de 2003: incidência em 01/01/04

Anterioridade nonagesimal: Veda a cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias da data em que tenha sido
publicada a lei que haja instituído ou majorado o tributo.
Deve ser obedecer à anterioridade anual e nonagesimal cumulativamente.

Ex: Lei majorou um tributo em 15/12/07. Aumento: Projeta-se incidência para o ano seguinte em respeito a
anterioridade anual: 01/01/08. Após, projeta-se a incidência para o 91º dia a contar do termo inicial (15/12/07)
chegando a uma data final em meados de março de 2008. Por fim, escolhe-se a data maior.

Anterioridade Anual – EXCEÇÕES


II, IE, IPI, IOF, IEG, EC-cala/gue, Cide-combustivel, ICMS-combustivel

Anterioridade Nonagesimal – EXCEÇÕES


II, IE, IR, IOF, IEG, EC-cala/gue, alteração na base de cálculo IPTU e IPVA
Caso o tributo não esteja nas exceções, deverá ser objeto da aplicação cumulativa das anterioridades anual e
nonagesimal.

Princípio Isonomia Tributária – Art 150 II


A regra consiste senão em tratar igualmente aos iguais e desigualmente aos desiguais na medida em que se
desigualam.
O legislador ao pretender realizar o principio da isonomia tributaria deverá levar em consideração as condições
concretas de todos aqueles envolvidos, evitando que incida a mesma carga tributaria sobre aqueles
economicamente diferenciados, sob pena de sacrificar as camadas pobres e médias, que passam a contribuir para
alem do que podem, enquanto os ocupantes das classes abastadas são chamados a suportar cargas aquém do que
devem.

Princípio Capacidade Contributiva


Está expresso no art 145 §1º, onde se prevê que, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributaria identificar,
respeitados os direitos individuais nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte. Mas, em situações iguais, o principio da capacidade contributiva não se resume a dar igualdade de
tratamento. Dois contribuintes em idêntica situação tem direito a tratamento igual, todavia, alem disso tem também
(ambos e cada um deles) o direito de não ser tributados alem de sua capacidade econômica.
Tratamento igual para os iguais: contribuintes com igual capacidade de pagar deverão contribuir com a mesma
quantidade pecuniária, destinada aos cofres do estado.
Tratamento desigual para os desiguais: contribuintes que possuam desigual capacidade de pagar deverão contribuir
com diferentes quantidades pecuniárias, destinadas aos cofres do estado.
Princípio Irretroatividade
Veda a aplicação da lei Nova, que criou ou aumentou tributo, a fato pretérito, que, portanto, continua sendo não-
gerador de tributo, ou permanece como gerador de menor tributo, segundo a lei da época de sua ocorrência. Lei
tributaria que eleja fatos do passado, como suporte fático da incidência de tributo antes não exigível, será
inconstitucional, por ferir principio da irretroatividade da lei criadora ou majoradora do tributo.

Irretroatividade e Anterioridade:
O convívio entre os dois principios é intimo. Ex: Em 10/08/2008, publica-se lei instituidora de um certo tributo,
entrando a norma em vigor nessa mesma data. De inicio, assegura-se que todos os fatos geradores anteriores à data
mencionada 10/08/2008 não serão atingidos pela lei tributaria. O respeito com a anterioridade fará com que se
postergue a eficácia para o primeiro dia do exercício financeiro seguinte (01/01/09). Assim, em consonancia com
os princípios da anterioridade e irretroatividade tributarias, a mencionada lei atingirá apenas fatos geradores
ocorridos a partir de 01/01/09.

Não existem exceções ao principio da irretroatividade.

O art 106 II do CTN, aproximando-se do campo afeto as sanções tributarias, permite que se aplique retroativamente
a lei nova, quando mais favorável ao sujeito passivo, comparativamente à lei vigente a época da ocorrência do fato.
Trata-se de comando que se refere às infrações e penalidades, e não ao tributo em si mesmo. O não pagamento do
tributo não avoca a aplicação retroativa do art 106 do CTN caso sobrevenha uma normal isentiva da exação
tributária.
A aplicação retroativa da lei tributaria não é admitida quando estabelecer hipótese de isenção. A lei tributaria não
será aplicada a fato anterior a sua vigência, quando extinguir tributo, já que vem em beneficio do contribuinte.

Art. 144 CTN- O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

PRINCÍPIO VEDAÇÃO AO CONFISCO


Será confiscatório o tributo que exceder a capacidade contributiva sem, todavia, ofertar critérios objetivos para sua
verificação.
Define-se confisco como o ato pelo qual se apreendem e se adjudicam ao fisco bens pertencentes a outrem, por ato
administrativo ou por sentença judicial, fundados em lei.
O principio da vedação ao confisco deriva do principio da capacidade contributiva, atuando aquele em conjunto com
este, porquanto essa capacidade econômica traduz a aptidão para suportar a carga tributaria sem que haja perecimento
da riqueza tributável que a lastreia, calcada no mínimo existencial. Mínimo existencial é a quantidade de riqueza
mínima, suficiente para a manutenção do individuo e sua família.

IMUNIDADES – ART 150 VI a-d


A imunidade para tributos representa uma delimitação negativa da competência tributária. A norma imunitória se
mostra como um sinalizador de incompetência tributaria. Há determinados campos competenciais, próprios de não
incidência, onde não exsurge a tributação, inexistindo competência tributaria, por meio da supressão da competência
impositória. A imunidade é uma forma qualificada ou especial de não incidência, por supressão na CF, da competência
impositiva ou do poder de tributar, quando se configuram certos pressupostos, situações ou circunstancias previstas
pelo estatuto supremo.
Imunidade ≠ Isenção
No campo do tributo, a imunidade é uma forma de não incidência constitucionalmente qualificada, enquanto a isenção
é uma possibilidade normativa de dispensa legalmente qualificada. A imunidade é norma constitucional enquanto a
isenção se dá no plano da legislação ordinária.
Há dispositivos constitucionais que veiculam falsas isenções, hospedando entretanto, nítidas imunidades. São eles: art
195 §7º e 184§5º da CF. Em tais preceptivos, onde se lê são isentas entenda-se são imunes.
Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que
atendam às exigências estabelecidas em lei.
Art. 184 - Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não
esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula
de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis
desapropriados para fins de reforma agrária.

Imunidade e outras espécies tributarias


Ainda que as principais imunidades versem com exclusivismo sobre impostos (art 150VI a-d) mister se faz apresentar
alguns comandos imunitorios que prevêem a desoneração de outros tributos, até porque a proposição afirmativa de que
a imunidade é instituto que só se refere aos impostos carece de consistência veritativa.

Urge destacar que inexistem imunidades para as contribuições de melhoria e os empréstimos compulsórios. Acresça-se
também o fato de que as imunidades circunscritas, em geral a um único tributo, diante de conveniências especiais, são
denominadas imunidades especificas. Há relevantes preceitos imunitorios afetos a um e outros impostos:
a) Não-incidencia do ICMS na operação que destine combustível a outro Estado da Federação.
b) A não incidência de ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica.
A imunidade recíproca dos entes federados não abrange as taxas.

Estudo art 150


Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2º - A vedação do inciso VI, (a), é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.
A imunidade recíproca prevista da alínea “a” deve ser analisada com a leitura do §2º. Tal dispositivo, afastando a
incidencia de impostos, impõe uma extensão da imunidade intergovernamental às autarquias e fundações públicas,
federais, estaduais ou municipais, que desempenham atividades próprias da soberania, em razao da personalidade
jurídica de direito publico de que são possuidoras.
Porém, a entidade autárquica ou fundacional, para fruir a imunidade, deve cumprir a finalidade essencial ou alguma
que dela decorra.
§ 3º - As vedações do inciso VI, (a), e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
A parte inicial do §3º diz que se há o interesse de uma pessoa política em explorar atividade econômica, é natural que
o faça valendo-se de empresa publica ou sociedade de economia mista, e não por intermédio do próprio órgão publico,
sob pena de se ter uma deturpação das atividades típicas de Estado.

b) templos de qualquer culto;


Não estão exonerados os demais tributos, diversos dos impostos, que terão normal incidência, pois, uma vez que o
texto constitucional fala em impostos, relaciona-se ao fato de tal imunidade não se aplicar as taxas, contribuição de
melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios.

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas (b) e (c), compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
O preceptivo que desonera, alcança o patrimônio mobiliário e imobiliário dos tempos, as rendas e os serviços
vinculados a finalidades religiosas. Assim, não há incidência de IPTU sobre o prédio utilizado para culto, IPVA sobre
o veiculo utilizado para o trabalho eclesiástico, ITBI sobre aquisição de prédio destinado ao tempo, IR sobre dízimos e
doações e nem ISS sobre batismos.

Casos:
1. Igreja A, proprietária de dezenas de imóveis, locados a terceiros, questiona se deve haver a imunidade de
IPTU sobre os bens a estes alugados.
Não, pois há que se estender a imunidade aos tais bens imóveis da Igreja A, desde que se prove tratar-se de
atividade correlata de uma ação ocasional, e não de uma atividade principal. É razoável a locação de uma,
duas ou mais sem a finalidade econômica e concorrência desleal; todavia, locando-se dezenas de bens,
configuraria uma feição de imobiliária celestial, não se fazendo justiça ao lhe estender a benesse
constitucional.

2. Igreja B, verificando o mercado de roupas, decidiu abrir uma fabrica, haja vista o êxito alcançado pelas
empresas locais na mencionada atividade. Questiona se deve haver imunidade de ICMS sobre a saída de
mercadoria do estabelecimento comercial.
Não, há que se estender a imunidade às mercadorias comercializadas pela Igreja B, desde que se prove tratar-
se de atividade conexa de uma ação ocasional, a titulo precário, sem cunho empresarial. A imunidade deve
cessar a partir do momento em que o templo passa a exercer atividade econômica em caráter empresarial.

3. Igreja C, arrendou um terreno, localizado ao lado do templo para uma empresa particular, a fim de que esta
viesse a explorar a atividade econômica de estacionamento de veículos. Assim, questiona se deve haver a
imunidade quanto ao IR, relativamente a renda auferida da atividade.
No problema não ficou claro se o imóvel é utilizado como estacionamento com o intuito de auferir recursos a
serem utilizados no objeto social dessa entidade. Nesse caso, não remanesce duvida de que deve subsistir a
imunidade. O estacionamento, sendo utilizado apenas pelos fieis, pagando ou não pela utilização do recinto,
será palco de inequívoca imunidade, porquanto a renda é proveniente dos seguidores do templo. Por outro
lado, sendo aberto ao publico, para uso coletivo, a manutenção dos efeitos da norma imunitoria já se torna
duvidosa.

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
Trata-se de dispositivo que hospeda imunidade não autoaplicaveis, pois atrela a fruição da benesse
constitucional ao cumprimento de requisitos definidos na lei complementar (CTN ART 14 I a III).
Desse modo, por exemplo, sendo locatárias a igreja, o partido político ou a entidade beneficente, haverá
normal incidência sobre o proprietario, pois as clausulas contratuais que deslocam o onus para terceira
pessoa não tem o condao de alterar a sujeicao passiva.
Assim, permance imune ao IPTU o imóvel alugado a terceiro, pertencente à entidade que goza de
imunidade tributaria, desde que o valor dos alugueis seja aplicado nas atividades essenciais de tais
entidades. Não permanece imune ao IPTU o imóvel alugado a terceiro, pertencente à entidade que goza de
imunidade tributaria, qualquer que seja a destinação do valor dos alugueis arrecadados.

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas (b) e (c), compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.


Refere-se aos impostos ditos reais ICMS, IPI, II e IE. Os demais impostos incidem normalmente.

Pacificado o entendimento de que o benefício não alcança só o papel, mas também os filmes e papeis
fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. Estão incluídas nesse entendimento as
revistas.

A imunidade e a publicação eletrônica


A jurisprudência tem enfrentado o tema sem ofertar posicionamento uníssono, conquanto tenda a chancelar
a imunidade. A doutrina mostra-se dividida. Sabbag entende que deve estender a imunidade às obras
impressas ou virtuais.

FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO


As fontes formais correspondem ao conjunto das normas no Direito Tributario, estando inseridas no art 96 do CTN
sob o rotulo de legislação tributaria.

Art. 2 CTN O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de
dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas
competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.

Art. 96 CTN - A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções


internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes.

Art. 59 CF - O processo legislativo compreende a elaboração de:


I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos; (é diferente do decreto do chefe do Poder Executivo, Presidente, prefeito)
VII - resoluções. (é diferente da resolução do chefe do Poder Executivo, Presidente, prefeito)

Art. 146 CF - Cabe à lei complementar:


III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno
porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239

É possível legislar sobre tributo por meio de lei delegada?


Sim, ressalvados os casos de tributos instituídos por meio de lei complementar previstos no texto
constitucional (IGF, EC, IResiduais, Contribuicao Social Residual)

Lei complementar institui normas gerais e a lei ordinária institui normas específicas, detalhes.

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