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Projeto de estruturas de aço

Aula 01 - Introdução
Prof. Maria Carolina
Tipologia
Histórico do aço
• 1750 – descobriu-se como produzir o aço industrialmente.
• 1757 – ponte de ferro fundido, na Inglaterra.
• 1780 – escadaria do Louvre, na Franca.
• 1880 – primeiros edifícios em aço, em Chicago – EUA.
• No Brasil:
▫ 1812 – inicio da fabricação de ferro.
▫ 1857 – ponte de Paraíba do Sul – RJ.
▫ 1921 – implantação da Companhia Siderúrgica Belgo-
Mineira.
▫ 1940 – instituída a Comissão Executiva do Plano Siderúrgico
Nacional.
▫ 1941 – fundação da Companhia Siderúrgica Nacional.
▫ década de 60 – inicio das operações da Usiminas e da Cosipa.
Evolução do aço estrutural
Vantagens das estruturas de aço
• alta resistência do material em diversos estados de
tensão;
• organização do canteiro de obra;
• alivio nas fundações;
• vão livres maiores;
• racionalização de material e Mao de obra;
• menor prazo de execução;
• retorno financeiro mais rápido;
• garantia de níveis e prumo;
• facilidade de montagem e desmontagem;
• otimização de ampliação e reformas;
• compatibilidade com sistemas construtivos;
• fabricação das estruturas com precisão milimétrica;
• Garantia das dimensões e propriedades dos
materiais.
Desvantagens das estruturas de aço
• limitação de execução em fábrica em função do
transporte ate o local de sua montagem final;

• necessidade de tratamento superficial das pecas


contra oxidação devido ao contato com o ar
atmosférico;

• necessidade de mão de obra e equipamentos


especializados para sua fabricação e montagem;

• limitação de fornecimento de perfis estruturais.


Aço estrutural – Aço carbono
• Os aços-carbono são aqueles que não contêm elementos de liga,
podendo ainda, ser divididos em baixo, médio e alto carbono,
sendo os de baixo carbono (C ≤ 0,30%), os mais adequados à
construção civil. Destacam-se:
▫ ASTM-A36 - o aço mais utilizado na fabricação de perfis soldados
(chapas com t ≥ 4,57 mm), especificado pela American Society for
Testing and Materials;
▫ NBR 6648/CG-26 - aço, especificado pela ABNT, utilizado na
fabricação de perfis soldados e que mais se assemelha ao anterior;
▫ ASTM A572/Gr50 - aço utilizado na fabricação de perfis laminados
▫ NBR 7007/MR-250 - aço para fabricação de perfis laminados, que
mais se assemelha ao ASTM A-36;
▫ ASTM-A570 - o aço mais utilizado na fabricação de perfis formados
a frio (chapas com t ≤ 5,84 mm);
▫ NBR 6650/CF-26 - aço, especificado pela ABNT, utilizado na
fabricação de perfis estruturais formados a frio que mais se
assemelha ao anterior.
Aço carbono
Aços de baixa liga sem tratamento térmico
• Os aços de baixa liga sem tratamento térmico
são aqueles que recebem elementos de liga, com
teor inferior a 2%, suficientes para adquirirem
ou maior resistência mecânica (fy ≥300 MPa) ou
maior resistência à corrosão, ou ambos.
• São adequados à utilização na construção civil,
fazendo-se necessária uma análise econômica
comparativa com os aços-carbono, pois estes
têm menor resistência, mas menor custo por
unidade de peso. A seguir serão destacados os
principais deles.
Aços de baixa liga sem tratamento térmico
• COS-AR-COR - aços de alta
resistência à corrosão atmosférica,
especificado pela COSIPA;

• USI-SAC - aços de alta resistência


à corrosão atmosférica,
especificado pela USIMINAS;

• CSN-COR - aços de alta resistência


mecânica e de alta resistência à
corrosão atmosférica,
especificados pela CSN.
Aços de alta resistência e baixa liga com
tratamento térmico
• Os aços de alta resistência e baixa liga com
tratamento térmico são aqueles, que além de
possuírem em sua constituição os elementos de
liga com teor inferior a 2%, recebem um
tratamento térmico especial, posterior à
laminação, necessário a adquirirem alta
resistência mecânica (fy ≥ 300 Mpa).

• Sua aplicação está restrita a tanques, vasos de


pressão, dutos forçados, ou onde os elevados
esforços justifiquem economicamente sua
utilização.
Aços sem qualificação estrutural
• Apesar de não serem considerados “aços estruturais”, os
tipos de aço especificados pela SAE (Society of Automotive
Engineers) são frequentemente empregados na construção
civil como componentes de telhas, caixilhos, chapas xadrez
e até, indevidamente, em estruturas.

• Esses tipos de aço são designados por um número de


quatro algarismos (por exemplo, SAE 1020), sendo que o
primeiro representa o elemento de liga (para o aço-
carbono o algarismo é 1), o segundo indica a porcentagem
aproximada da liga (zero significa a ausência de liga) e os
demais dígitos representam o teor médio de carbono (20
significa 0,20% médio de carbono).
Aços sem qualificação estrutural
• A norma brasileira equivalente à SAE é a ABNT NBR
6006:1980 “Classificação por composição química de aço
para a construção mecânica”, cuja designação é similar à
SAE. Por exemplo, ABNT 1020/NBR 6006 = SAE 1020.

• Segundo a Norma Brasileira ABNT NBR 14762:2010


“Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por
perfis formados a frio”, a utilização de aços sem
qualificação estrutural para perfis é tolerada se o aço
possuir propriedades mecânicas adequadas a receber o
trabalho a frio. Não devem ser adotados no projeto valores
superiores a 180 Mpa e 300 MPa para a resistência ao
escoamento fy e a resistência à ruptura fu, respectivamente.
Diagrama tensão x deformação do aço
Propriedades do aço estrutural
• Ductilidade: é a capacidade do material de se deformar
sob a ação de cargas, sem sofrer fraturas na fase inelástica.
• Fragilidade: é o oposto da ductilidade. Os aços podem
ter características de elementos frágeis em baixas
temperaturas ambientes.
• Resiliência: é a capacidade do material em absorver
energia mecânica em regime elástico.
• Tenacidade: é a capacidade do material de absorver
energia mecânica com deformações elásticas e plásticas.
• Dureza: resistência ao risco ou abrasão. Combinação de
resistência e ductilidade.
• Elasticidade: é a capacidade do material de voltar a sua
forma original após sucessivos ciclos de carga e descarga.
• Fadiga: ocorre quando o material e submetido a
solicitações repetitivas de tensões acima de sua capacidade
limite.
Chapas
• Chapas são produtos planos laminados de aço com
largura superior a 500 mm. São classificadas como
chapas grossas (espessura superior a 5 mm) e chapas
finas (espessura inferior ou igual a 5 mm).
• As chapas grossas são fabricadas pelas siderúrgicas com
espessuras entre 5,00 mm e 150,00 mm, largura-padrão
entre 1,00 m a 3,80 m e comprimento-padrão entre 6,00
m a 12,00 m.
• As dimensões preferenciais, ou seja, as mais econômicas,
são: 2,44 m de largura, 12,00 m de comprimento e
espessuras.
• As chapas grossas são utilizadas geralmente para a
fabricação dos perfis soldados, mas também podem ser
utilizadas, dependendo da disponibilidade de
equipamento adequado para dobramento, em perfis
formados a frio.
Chapas
• As chapas finas são fabricadas pelas siderúrgicas
com espessuras variando entre 0,60 mm e 5,00 mm.
As chapas finas apresentam largura-padrão entre
1,00 m e 1,50 m e comprimento-padrão entre 2,00
m e 6,00 m.
• As dimensões preferências fornecidas pelas
siderúrgicas, na forma plana, são: 1,20 m por 2,00
m e 1,20 m por 3,00 m. As chapas finas podem
também ser fornecidas em forma de bobinas,
possuindo nesse caso custo unitário menor. As
espessuras preferenciais são as fornecidas na tabela
3.2.
• As siderúrgicas brasileiras que fabricam chapas são
a COSIPA – Companhia Siderúrgica Paulista,
USIMINAS, CSN – Companhia Siderurgica Nacional
e ArcelorMittal Tubarão.
Chapas
Perfis
• Entre os vários componentes de uma estrutura
metálica, tais como: chapas de ligação, parafusos,
chumbadores e perfis, são os últimos,
evidentemente, os mais importantes para o projeto,
fabricação e montagem.

• Os perfis de utilização corrente são aqueles cuja


seção transversal se assemelha às formas das letras
I, H, U e Z, recebendo denominação análoga a essas
letras, e à letra L, nesse caso denominados
cantoneiras.

• Os perfis podem ser obtidos ou diretamente por


laminação ou a partir de operações de: conformação
a frio ou soldagem. São denominados,
respectivamente, de perfis: laminados, formados a
frio e soldados.
Perfis soldados
• Perfil soldado é o perfil constituído por chapas de aço
estrutural, unidas entre si por soldagem a arco elétrico.

• Os perfis soldados são largamente empregados na


construção de estruturas de aço, em face da grande
versatilidade de combinações possíveis de espessuras,
alturas e larguras, levando à redução do peso da
estrutura, comparativamente aos perfis laminados
disponíveis no mercado brasileiro. O custo para a
fabricação dos perfis soldados, no entanto, é maior do
que para a laminação dos perfis laminados.

• A norma ABNT NBR 5884 - "Perfil I estrutural de aço


soldado por arco elétrico" apresenta as características
geométricas de uma série de perfis I e H soldados e
tolerâncias na fabricação. São classificados em série
simétrica e monossimétrica.
Perfis soldados
Perfis Laminados
• Perfis laminados são aqueles fabricados a quente
nas usinas siderúrgicas e são os mais econômicos
para utilização em edificações de estruturas
metálicas, pois dispensam a fabricação “artesanal”
dos perfis soldados ou dos perfis formados a frio.
• A Siderúrgica Aço Minas Gerais – AÇOMINAS, hoje
integrante do grupo Gerdau, foi projetada para
suprir o mercado com perfis laminados adequados
ao uso na construção civil. Por se tratar de um perfil
fabricado diretamente na siderúrgica, há dimensões
padronizadas e o projetista fica restrito a essas
dimensões. Se houver necessidade de perfis de
dimensões diferentes das padronizadas, podem ser
utilizados os perfis formados a frio ou soldados em
substituição ao laminado.
• Os perfis laminados fabricados no Brasil dividem-se
em duas séries: W e HP.
Perfis Soldado
• Processo de Produção:
▫ Soldagem contínua de chapas
▫ Médios investimentos – automática
▫ Baixos investimentos – semi-automática
• Dimensões e Espessuras:
▫ Perfis CS - alturas de 150 a 750 mm
▫ Perfis CVS – alturas de 150 a 850 mm
▫ Perfis VS – alturas de 150 a 2.000 mm
• Principais Características:
▫ Ampla possibilidades de composição
▫ Qualidade de execução das soldas
• Principais Produtores:
▫ Fabricantes de Estruturas e distribuidores
• Normas:
▫ NBR 5884/2003 – Padronização/Tolerâncias
▫ NBR 8800/2008 – Dimensionamento
• Principais Aplicações:
▫ Edifícios, Galpões, Pontes, Passarelas, Chassis
Perfis formados a frio
• Nem sempre são encontrados no mercado os perfis
laminados com dimensões adequadas às
necessidades do projeto de elementos estruturais
leves, pouco solicitados, tais como terças, montantes
e diagonais de treliças, travamentos, etc., enquanto
os perfis estruturais formados a frio podem ser
fabricados nas dimensões desejadas.
• Os perfis estruturais formados a frio, também
conhecidos como perfis de chapas dobradas, vêm
sendo utilizados de forma crescente na execução de
estruturas metálicas leves, pois podem ser
projetados para cada aplicação específica
• Os perfis formados a frio, sendo compostos por
chapas finas, possuem leveza, facilidade de
fabricação, de manuseio e de transporte, além de
possuírem resistência e ductilidade adequadas ao
uso em estruturas civis.
Perfis formados a frio
• Processo de Produção:
▫ Dobramento de chapas finas em temperatura
ambiente
▫ Baixos investimentos – prensa dobradeira ou
perfiladeira
• Dimensões e Espessuras:
▫ Na prensa – espessuras até 12,5mm
▫ Na perfiladeira – espessuras até 6,3mm Alturas de 50
a 300mm
• Principais Características:
▫ São necessários curvaturas
▫ Toda a seção com a mesma espessura
• Prazos de Entrega
▫ Pronta entrega em comprimentos padrão
▫ Sob encomenda para comprimentos especiais
• Principais Produtores:
▫ Fabricantes de estruturas e distribuidores
• Normas:
▫ NBR 6355/2003 – Padronização
▫ NBR 14762/2001 – Dimensionamento
• Principais Aplicações:
▫ Obras de pequeno porte, elementos secundários
Perfis formados a frio
Perfis formados a frio
Definições da NBR 14762:2010
• É fácil identificar um perfil formado a frio: basta
passar o dedo por um de seus cantos. Se o canto for
arredondado, trata-se de um PFF. O
arredondamento da dobra surge do fato de que, por
mais afiado que seja o punção da prensa dobradeira,
ao pressionar a chapa contra a matriz, ele a dobrará
com um raio de dobradura, formando um arco de
dobra.

• É o que se chama de raio interno de dobramento.

• Subdividindo-se então o perfil, ele será composto


por elementos planos (mesas, almas, enrijecedores),
e por elementos curvos (dobras).
Definições da NBR 14762:2010
• A NBR 14762:2001 define como:
• Elemento a parte constituinte de um perfil formado
a frio.

• Elemento com bordas vinculadas (elemento


AA) é o elemento plano com duas bordas vinculadas
a outros elementos na direção longitudinal do perfil.
• Os elementos AA são conhecidos, também, como
elementos enrijecidos, por ter enrijecedor em ambas
as bordas.

• Elemento com borda livre (elemento AL) é o


elemento plano vinculado apenas uma borda na
direção longitudinal do perfil.
Definições da NBR 14762:2010
• Os elementos AL são conhecidos, também, como
elementos não-enrijecidos, por ter enrijecedor
em uma só borda e a ouyts livre.
Definições da NBR 14762:2010
• Enrijecedor de borda
simples é o enrijecedor
constituído de um único
elemento plano. Pelas
definições anteriores, um
enrijecedor de borda
simples é um elemento
AL.
• Espessura (t) é a
espessura da chapa de aço
que formou o perfil.
• Largura do elemento
(largura) é a largura da
parte plana de um
elemento. Representa-se o
parâmetro largura por b.
Cálculo das características geométricas
• Os PFF, por serem perfis que podem ser criados
pelo projetista, devem ter suas características
geométricas determinadas, ao contrário dos
perfis laminados, que são padronizados, que têm
características geométricas tabeladas.

• A determinação das características geométricas


podem ser feitas através dos métodos:
▫ Método Linear
▫ Método Simplificado
Método Linear
• Consiste em considerar a massa do perfil
concentrada na sua linha média, divide-se o
perfil em elementos primários – linhas e arcos -,
calcula-se a característica geométrica dos
elementos primários e multiplica-se pela
espessura, para obter a característica geométrica
desejada.

• Este método é aproximado, mas oferece


resultados satisfatórios, já que as espessuras dos
perfis são muito pequenas.
Método Linear
Método Linear
Método Simplificado
• Consiste em considerar os perfis com cantos
vivos, desconsiderando-se, no cálculo das
características geométricas, as intersecções dos
elementos dos perfis.

• Dessa maneira, os perfis serão considerados


uma composição de retângulos com base t
(espessura da chapa) e com alturas tendo
dimensões do perfil descontada de duas
espessuras para os elementos AA e descontada
de uma espessura para os elementos AL.
Método Simplificado
• Tomando-se o exemplo do U enrijecido (bw x bf x D x t):
para a aplicação do Método Simplificado as dimensões
dos retângulos usadas no cálculo serão:

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