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ÓRGÃO ESPECIAL
Antes de mais nada, tribunal pleno é o tribunal na sua inteireza. É o tribunal
reunido na sua integralidade. É o tribunal com todos os seus membros reunidos
para decidir causas de sua competência. Todavia, o tribunal pode julgar por meio
de seus órgãos fracionários (turmas, câmara, seções). Assim, existem causas
que serão julgadas pelo tribunal pleno. Outras, são julgadas por órgãos
fracionários. Além desses, é possível a constituição de outro órgão chamado
ESPECIAL. Dele tratam os parágrafos abaixo.
O inciso XI do art. 93 da CF/88 autoriza a constituição de órgão especial,
que terá no mínimo 11 e no máximo 25 membros. Esse órgão especial, acaso
constituído, terá atribuições administrativas e jurisdicionais, que lhe serão
outorgadas pelo Tribunal Pleno.
Impende salientar que o tribunal tem a faculdade de constituir o órgão
especial. Porém, só poderá fazê-lo, se este mesmo tribunal possuir mais de 25
julgadores. Nos termos constitucionais, os tribunais com número superior a vinte
e cinco julgadores poderão constituir órgão especial, com o mínimo de onze e o
máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno.
Perceba que as vagas existentes nesse órgão especial serão providas
(preenchidas): (a) metade por antiguidade e (b) metade por eleição realizada
pelo tribunal pleno.
Assim, a fim de diluir sua competência, o tribunal pleno poderá constituir
um órgão especial, delegando-lhe atribuições que pertencem ao próprio tribunal
pleno, mas que doravante serão também do órgão especial. Tal fenômeno
(constituição do órgão especial) viabiliza que determinadas decisões sejam
proferidas por um órgão cujo número de integrantes seja reduzido,
principalmente quando o tribunal pleno possui um número elevado de julgadores,
a exemplo do Tribunal de Justiça de São Paulo que possui mais de 600
desembargadores. Ora, reunir mais de 600 desembargadores para decidir uma
causa é um tanto contraproducente, por isso, ao tribunal facultou-se a
constituição de um órgão especial para que este pudesse exercer as atribuições
que, a princípio, são do pleno. Mas lembre-se de que este órgão especial
somente pode ser constituído quando o tribunal possuir mais de 25 julgadores. O
STF, por exemplo, não pode constituir um órgão especial, pois só possui 11
julgadores.