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Bhairava
Muitas vezes Bhairava aparece segurando uma cabeça humana junto de um cão
(geralmente negro). O cão sempre está à espera, a fim de lamber o sangue da cabeça.
No Rig Veda (o documento mais antigo da literatura Hindu), Rudra é associado
à Shiva, e nos Puranas (em sânscrito, Purāṇa, "dos tempos antigos", um outro antigo
texto Hindu), são descritos os 11 Rudras como formas de Shiva. São 11 aspectos de
Shiva que podem ser relacionados aos Maruts do período Védico.
Shiva é também conhecido como “O senhor da dança”. Aquele que “dança sob as
ruínas do cosmos reduzido ao caos". Rudra Tandava é a dança que retrata a natureza
violenta de Shiva, também chamada de “A dança da destruição”. Shiva dança em uma
auréola de Fogo, criando tempestades com grande fúria em todo o universo. O Fogo
representa a transformação, por exemplo, ao jogarmos um corpo ao fogo, ele se
transforma em cinzas.
O Tandava tradicional é uma dança onde o devoto de Shiva, em uma noite de lua
nova permanece segurando um crânio em sua mão simbolizando o universo vazio e um
punhal na outra mão simbolizando a sensibilidade mental para abrir a consciência.
Essa dança é extremamente rápida e dura 40 minutos sem trégua, levando o
devoto à uma extrema exaustão, onde seu coração a esta hora está extremamente
rápido.
Ao som do tambor o devoto encerra sua dança e se deita no solo imediatamente.
Nesta brusca parada é onde se abre a consciência do devoto ou o leva a morte. Logo
após ocorre outro toque da Mridanga e o devoto se senta e começa a meditar.
Dentro da tradição Hindu existem diversos tipos de cânticos devocionais. Os
Mantras são os cânticos mais conhecidos no ocidente, e são entoados como orações
repetidas. Estes Mantras são entoados para atingir diferentes objetivos como facilitar a
concentração, a meditação, vibrar canais energéticos para desobstruí-los, para
despertar etc.
Mas além dos mantras ainda existem diferentes formas devocionais, como os
Bhajans, que são cânticos devocionais acompanhados de instrumentos musicais.
Existem também os Stotras, que também são hinos endereçados a divindade,
geralmente Tântricos ou Purânicos que eventualmente são acompanhados por
instrumentos.
Os Kirtanas também são cânticos devocionais que transcorrem ao som de
música e são realizados através de “comando-resposta”, onde uma pessoa canta um
verso e os outros adeptos respondem. E também os Hinos Védicos, que possuem um
ritmo de acordo com o que é recitado, porém não transcorrem ao som de música,
igualmente ao Kavacam. E o Path, que é uma recitação ritual de longos textos de forma
métrica.
ali
Kali é a esposa de Shiva. Aquela que antes do início do mundo criado existia na
forma de escuridão que estava além da fala e da mente, não é associada à ideia de
renovação de um ciclo, mas sim com o término de tudo.
No Maha Nirvana Tantra (O Tantra da Grande Libertação) existem alguns versos
sobre a natureza de Kali que se encaixam perfeitamente com esta afirmação. Estes são
alguns dos versos:
Na nossa própria interpretação gnóstica a cerca dos mitos, nós não concordamos
com a visão tradicional onde o objetivo levará todos os seres a fundir-se com Brahma.
Também não concordamos com a narrativa em Vishnu Purana que afirma que Shiva
nasceu da ira do Deus criador Brahma.
Isto porque para nós Brahma é apenas mais um dos nomes usados para
descrever o Demiurgo enquanto Shiva é o destruidor da ilusão (Maya). Shiva segurando
a cabeça decapitada de Brahma em suas mãos é uma das verdadeiras manifestações
do adversário, juntamente com sua esposa Kali.
úcifer no aganismo e no ristianismo
Dentro de várias religiões/tradições/cultos, observamos que Lúcifer é descrito
de variadas formas. Os Romanos, em seu culto pré-cristão, cultuavam o
antigo Deus do Esplendor, conhecido como “Dianus Lucifero” (também
chamado de Lúcifer).
Eles associavam Lúcifer ao planeta Vênus, ou seja, com a Estrela da Manhã
(Estrela d'Alva) e também Vésper (a estrela da tarde). Dentro do mito romano, Dianus
Luciferu recebe o fogo do dia que está terminando e atravessa a noite escura
transportando o fogo durante a longa noite, até que como “Estrela da Manhã” ele
transporta esse fogo que vai acender a luz do Sol de um novo dia. Por isto, neste
sentido, dentro do mito Romano, Lúcifer era considerado o Príncipe das Trevas.
No cristianismo, Lúcifer é visto como um anjo caído, aquele que foi expulso do
céu por ter se rebelado contra Deus. É interessante deixar bem claro que o nome
“Lúcifer” nunca foi citado na bíblia. Então como surgiu este mito?
Temos então um erro primário de tradução que não teria a menor consequência
(como tantos outros erros) se não fosse o fato de que a Igreja Católica tinha a
necessidade de combater o Paganismo (religião praticada pelos camponeses). Na
época esses Pagãos (Pagus = Campo) tinham como uma das suas principais divindades
Lúcifer. Interessante observar que o próprio Jesus Cristo considerava-se “a Estrela da
Manhã” em uma passagem do Apocalipse:
Portanto todos os textos devem ser bem interpretados, pois da mesma forma que
afirmamos anteriormente que diferentes nomes podem ter o mesmo significado em
diferentes culturas, também afirmamos que alguns nomes podem ser os mesmos, porém
com significados totalmente diferentes. Lúcifer dentro da tradição Satânica possui outro
significado, não sendo um anjo caído e nem o Deus Pagão.
homem. Esta visão se deve ao fato de que eles, como monoteístas, acreditam que Deus
criou a luz e as trevas, como é citado em Isaías 45:7. Deus (O Demiurgo) diz:
"Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o
Senhor, faço todas estas coisas.” Isaías 45:7
Essa afirmação provém de mais uma tentativa manipuladora dos judeus para
poder afirmar a ideia de um Deus uno supremo, criador de tudo e que tem poder sobre
todas as coisas.
Nos textos bíblicos é descrito que o Deus criador precisava expelir o caos para
que pudesse manter a criação ordenada, separando a luz das trevas, assim como
descrito nos textos sumerianos, dos quais os semitas beberam da fonte e fizeram
alterações posteriormente. Acreditamos que o Caos e a obscuridade inefável são
totalmente opostos a YHWH e sua criação, e por isso nós que temos esta obscuridade
inefável dentro de nós, ou seja, a essência da Serpente/ Diabo, nos sentimos tão
atormentados e inquietos neste mundo criado. Se entendermos que este mundo criado é
limitador e estagnador, entenderemos que a liberdade só será atingida quando
conseguirmos atravessar estas barreiras e nos libertar desta prisão.
Ao estudarmos sobre a história dos judeus e sobre o judaísmo iremos descobrir
uma forte influência das tradições mesopotâmica e podemos notar nas escrituras como
os judeus modificaram esta visão mesopotâmica criando a cosmogonia semita como
conhecemos hoje.
É interessante notar como os judeus mesmo dizendo que luz e trevas são criações
de Deus, eles sentem um grande temor ao falar sobre as forças caóticas e obscuras
dentro da Cabala. Muitos deles se recusam a falar sobre os ensinamentos da Árvore da
Morte, enquanto outros ao tentar expor alguns ensinamentos sobre as Qliphoth repetem
a todo momento como devemos temer estas energias e nos afastarmos delas.
A partir do texto abaixo iremos explicar o conceito de caos nas antigas
civilizações e falaremos um pouco sobre os sumérios e a influência que eles tiveram na
tradição judaica, assim poderemos compreender ainda mais a noção de que o caos e a
criação são duas coisas opostas e que em verdade, nunca foram para manter o
equilíbrio do universo.
" Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo "
George Santayana
emonologia esopotâmica,
o onceito de aos nas ntigas ivilizações
e a nfluencia sobre os emitas
s Assiriólogos afirmam que os Sumérios foram o primeiro povo a habitar a
região da Mesopotâmia, apesar da origem dos sumerianos ainda ser incerta
e sua história ainda ser pouco conhecida, sabemos que eles ocuparam e
urbanizaram as margens dos rios Tigre e Eufrates a cerca de 5 000 a.C.
Muito dos documentos sumérios que os pesquisadores tem acesso são tabuletas
feitas de argila com escrita cuneiforme e cozidas no forno. Estas tábuas foram
preservadas ao longo dos tempos e hoje são estudadas, porém infelizmente ainda são
poucas em relação aos documentos que precisam serem traduzidos e descobertos para
que se tenha um conhecimento mais amplo sobre os sumerianos.
As tábuas de argila feita pelos sumerianos com escritas cuneiformes são os
registros mais antigos de um sistema de escrita já encontrado. Estas Tábuas foram
usadas para registrar as leis da cidade, suas tradições, seus poemas e muitas outras
coisas.
Ao longo da história os sumérios e semitas sempre apareceram lado a lado. A
origem dos semitas também é incerta, alguns estudiosos afirmam que eles vieram da
Arábia, mas devido a esta proximidade entre eles, os semitas absorveram e assimilaram
diversos elementos sumérios, sofrendo modificações na religião, na arte, no comércio e
até na língua.
É interessante notar que a língua dos sumérios é não semítica enquanto a assírio-
babilônica é semítica. Os semitas tomaram emprestado o vocabulário dos sumérios
diversos termos que lhe eram carentes e em seguida fizeram adaptações em tais
termos.
A língua semítica dos Assírio-Babilônicos sofreu influência dos elementos das
mais antigas populações da Ásia, fazendo com que dentro do vocabulário assírio tenha
termos que não sejam de origem semítica.
Isso explica uma série de semelhanças entre os poemas épicos babilônicos,
sumérios e acadianos com os judeus, e obviamente os cristãos.
Escrito em 7 tábuas de argila, o Enuma Elish é um poema épico da criação da
antiga Babilônia e é uma das principais fontes para o entendimento a cerca da
cosmovisão daquela civilização. O Enuma Elish nos descreve a rivalidade existente
entre os deuses da ordem contra os Deuses do Caos.
Quando falamos em caos observamos que desde os primórdios esta é a área em
que poetas e cientistas sempre caminham juntos. Os primeiros e antigos teóricos sobre
o caos iniciaram falando de Deuses, e descreveram os mitos a luta entra o Caos e à
ordem.
O Caos (σάορ) é descrito nestas primeiras manifestações literárias, entre
aproximadamente 2500 e 4000 anos, e foi narrado através de vários outros mitos e em
diferentes teorias filosófico religiosas.
Analisando o conceito de caos nas antigas civilizações, se iniciando pelo texto
sumério da criação, o Caos é entendido como o estado primordial, o acaso, o ilimitado e
sem forma. Já a palavra cosmo, cuja origem encontra alicerces na
palavra grega “κόσμος”, no aspecto essencialmente científico, é o universo ordenado,
uma estrutura causal e limitada e se contrapõe ao conceito de Caos.
Bíblia:
Ainda na bíblia, no Evangelho segundo João, que foi escrito mais tarde e é
seguido pelos cristãos, também podemos observar claramente o entendimento da
oposição entre Logos (verbo), o princípio cósmico da Ordem e o Caos, que seria as
trevas, sem limites, parte do estado primordial cujo Deus criador tem o propósito de
separar a luz das trevas para ordenar e limitar o mundo.
ebitti
Os Sete (Sebitti), também conhecidos como “as armas proibidas”, em origem,
são as personificações do caos primordial, indefinido e sem forma e são citados durante
a batalha entre Erra/Nergal e Marduk.
Nergal, o Deus da morte e da guerra e também das doenças é marido de
Ereshkigal, a Rainha dos Mortos e do Mundo subterrâneo. Nergal é capaz de abrir os
umbrais do submundo para permitir a passagem de uma alma. Erra/Nergal, o senhor do
submundo pretende através dos Sete aniquilar o Cosmo e Marduk.
Os mesopotâmios identificavam Os Sete como detentores da morte, do caos, das
maldições, das doenças e das pragas. Os Sebitti eram mais ativos nas guerras
enquanto Erra matava por doença. Tudo indica que os Sete são descendentes
longínquos de Tiamat (possuindo a mesma essência caótica).
Segundo o mito, Os Sete produzem “um vento mau”, chamado também de “o
vento que derrota a Terra”. Os Sete são portadores da “nuvem da morte” capaz de fazer
todos os Deuses cósmicos serem obrigados a fugir de seus domínios e são poderosas
armas que poderão aniquilar Marduk.
Lamasthu
s eiticeiros
s feiticeiros eram temidos pelos Babilônicos, eles exerciam suas tarefas
durante a noite e realizavam trabalhos direcionados aos Deuses do Caos. Os
feiticeiros que possuíam esta conexão com os Deuses obscuros eram
designados por diversos nomes que fazem referência a seus poderes.
O feiticeiro é “aquele que age”, mas também aquele “que envenena”, ele é "aquele que
cerca”, e também aquele que “maneja a saliva”, considerada o veneno das Serpentes/
Dragões.
Os sacrifícios e oferendas tinham um papel preponderante nas cerimônias do
culto, carneiros e cereais eram servidos em baixelas de ouro e prata.
Os encantamentos eram frequentes na sociedade mesopotâmica, os bruxos e
feiticeiros fabricavam estatuetas (por exemplo, de pasta ou cera) e se dava a forma da
pessoa a quem queria atingir, geralmente colocavam na estatueta algo do corpo da
vítima, como cabelos ou unhas, além de em algumas ocasiões vestir a estatueta com
algum tecido em que a vítima teria usado.
O mago negro durante a cerimônia exerceria sevícias sobre a estatueta, seguido
de fraturas ou profundas perfurações.
Havia também trabalhos de Necromancia, onde evocavam os mortos para que
posteriormente fossem oferecidos oráculos aos feiticeiros. Os ritos poderiam ser feitos a
Nergal, que é capaz de abrir umbrais do submundo permitindo a passagem do morto.
De acordo com a crença mesopotâmica os mortos apareciam em sonhos ou como
sombras. As evocações Mesopotâmicas ocorriam através de libação e sangue de
carneiro, em que as almas dos mortos se atraiam com o odor do sangue.
Ereshkigal na suméria era chamada de Rainha dos Mortos e do Mundo
subterrâneo. As sombras dos mortos pertencem a Ereshkigal. Portanto o feiticeiro ou
mago antes de realizar um ritual de Necromancia deve dar um sacrifício de sangue para
a deusa da morte.
hriman e as ostes nfernais no
oroastrismo
oroastro também descreveu a guerra entre o caos e a ordem em um
dualismo cosmológico. Mesmo com algumas incertezas sobre sua existência
histórica, Zoroastro é considerado uma grande figura religiosa do Irã pré –
Islamita.
Ele foi responsável por transmitir seus ensinamentos religiosos através da tradição
oral. Zoroastro modificou o antigo panteão Iraniano, mas não o omitiu, por trás desse
monoteísmo se esconde muitos aspectos do panteão indo-europeu original. Pode-se
dizer que Zoroastro foi um reformador e não um revolucionário.
Baseado em um monoteísmo Zoroastro reconhece a singularidade dos Deuses
em um único Deus, Ahura Mazda (O Demiurgo), onde segundo seus fieis é chamado de
“soberano” e “supremo”, o deus supremo e único, "o grande criador".
Sete entidades abstratas refletem emanações ou aspectos de Ahura Mazda (O
demiurgo) na mitologia, são os Amesha Spentas.
Os Amesha Spentas são: Spenta Mainyu ("Espírito Santo"), Vohu Manah ("Bom
Pensamento"), Asha Vahishta ("Retidão Suprema", “Ordem"), Spenta Ameraiti
("Piedade Sagrada"), Khashathra Vairya ("Governo Ideal"), Hauravatat ("Perfeição"),
Ameretat ("Imortalidade").
De acordo com o mito, Ahura Mazda (O Demiurgo) tem um inimigo
chamado Angra Mainyu (ou Ahriman), também conhecido como “o espírito do mal”.
Zoroastro, diferente dos judeus, compreendia que o caos e a escuridão amorfa
era a antítese da ordem e da criação.
Na teologia da criação no Zoroastrismo, o primeiro dos arcanjos, Spenta Mainyu,
tem um irmão gêmeo chamado Angra Mainyu (o destruidor). Ambos surgiram na origem
do ciclo cósmico e separaram-se por sua livre escolha.
Isto pode ser identificado com a teologia da criação na cabala citado no texto
anteriormente, quando YHWH emitiu sua ”totalidade divina” (Pleroma) fazendo surgir a
árvore da vida e as 10 Sephiroth, e em contrapartida, ao mesmo tempo em “Ain Soph”
surgiu forças adversas que desejavam permanecer no sagrado repouso da não
existência do universo criado para se manter a união do não-eu, o vazio e as trevas.
Ahura Mazda no zoroastrismo é identificado como aquele que repele as trevas
frias e mortas onde se compraz o “espírito mal”.
Isto também pode ser identificado com as passagens nos textos sumérios e
bíblicos, onde são descritos como se o Deus criador eliminasse o caos e fizesse a
criação ordenada separando a luz das trevas
Ahriman é a grande serpente, hostil e destruidora, é o Caos que clama além das
estrelas ,a antítese do universo criado que reside nas Trevas do Vazio Imenso e busca
destruí-lo juntamente com toda a criação de Ahura Mazda. Todos aqueles que
compreendem claramente a vontade de Ahriman poderão passar além das portas da
criação e penetrar nos abismos.
Ahriman é a fonte de escuridão, é a porta e o caminho para a escuridão amorfa e
a libertação do espírito. Ele age quebrando todos os liames e emitindo suas energias
acausais.
Junto a Ahriman existe um numeroso exército demoníaco na batalha contra
Ahura Mazda.
Aeshma é o mensageiro de Ahriman, é o demônio da ira, é a antítese de Asha
Vahishta , o Amesha Spenta . Aeshma destrói o pensamento da criação e esta ligado
a violência na guerra.
Aka Manah é a “mente maligna”. Ele é a antítese de Vohu Manah e também
está ligado a intuição sutil, levando o indivíduo a ver a verdade sobre este mundo e
consequentemente a ter "maus pensamentos" e “propósitos malignos”. Ele recria o
indivíduo para a manifestação de Ahriman. Ele está ligado a doenças, mortalidade e a
decomposição.
Apaosha é o grande cavalo negro e foi criado por Ahriman. É o demônio da
seca, o inimigo de Tishtrya (anjo da chuva), que é representado por um cavalo branco.
Astovidad é o poderoso demônio da morte e da doença cujo Ahriman deu
grandes poderes.
Jeh, a predadora, consorte de Ahriman. O demônio feminino das sombras
amorfa que luta pela destruição da existência e consequentemente deste mundo criado.
Druj Nasu, o demônio feminino que tem forma de mosca. No zoroastrismo é
condenado o sacrifício de sangue, e também é recomendado que se afaste o corpo do
morto, além de considerarem os restos mortais como fonte de impurezas. Druj Nasu
assume a forma de mosca para adentrar na carne e na matéria morta, se alimentando
da carne dos mortos e despertando o espírito não-criado.
Há também os Yatus, que são um grupo de magos/ feiticeiros. Demônios que
estão ao lado de Ahriman.
Dahark, o demônio imortal. Azi Dahak é aquele que trás tempestades, pragas e
doenças, é prole de Ahriman. O Dragão de três cabeças que segundo o mito foi
acorrentado pelos falsos deuses na montanha Damavand, pois ninguém poderia matá-
lo porque ele é imortal. Mesmo preso, AZi Dahak continua sem cessar a emitir sua
força acausal. Azi Dahak, que segundo o mito se libertará e irá contaminar a água e a
vegetação, irá matar grande parte dos seres humanos e se unir a Aeshma-Diva (O
Deus da Ira) e ao grandioso exército de Ahriman para transformar o mundo em cinzas.
Tanto no zoroastrismo como na antiga escatologia Iraniana, é anunciado o fim do
ciclo cósmico, o crepúsculo dos Deuses.
Zoroastro e os demais adoradores do Demiurgo (inclusive da religião primitiva)
anunciam o fim do ciclo cósmico e logo depois o nascimento de uma nova idade de
ouro. De acordo com os adoradores de Ahura Mazda, se o ”bem” triunfa, esta
transformação tem por meta que o mundo seja imortal por toda a eternidade.
Mas sabemos que este mundo é finito e Ahura Mazda é mortal, por isso a nova
idade de ouro anunciado por Zoroastro e os adoradores do Demiurgo nunca existirá.
truscos e a ombra da orte
m dos primeiros passos do adepto ao começar adquirir uma sabedoria
suprema é a glorificação da morte, pois a morte é a musa da filosofia
gnóstica. A glorificação da morte é de certa forma um dos pontos mais
importantes dentro da nossa tradição, porque somente através dela podemos
Vanth, o demônio feminino alado, era tradicionalmente parte dos cultos etruscos.
Ela sempre estava representada na arte funerária, caracterizando a capacidade de
viagem entre diferentes dimensões, mantendo uma íntima ligação com o demônio
Charun. Ambos simbolizando sempre a morte e seu processo de transição para a
eternidade etrusca, o "tornar-se um deus espiritual". A arte etrusca contida nos aspectos
funerários e suas celebrações sempre deixou bastante evidente a face violenta do
demônio Vanth, tal qual estava presente em figuras relacionadas aos abates,
extermínios, sacrifícios, etc. Urnas funerárias de guerreiros eram frequentemente
adornadas com a figura do demônio da tocha.
A relação de Vanth com a morte nos cultos etruscos vai desde o início até o
ponto final do processo espiritual de passagem, ela é retratada em várias imagens em
diferentes momentos da morte, estando presente em todos os mais diversos momentos
quando se está prestes a morrer. Os etruscos acreditavam que a presença de Vanth era
dominante em todos os âmbitos de morte, desde o leito de um doente a um guerreiro
recém abatido em combate; tudo conduzia ao cortejo ao submundo.
Vanth é claramente o demônio da transição, a companheira e guardiã mórbida.
Aquela que junto ao espírito caminha para a eternidade, além deste mundo criado.
Algumas fontes errôneas colocam Vanth como uma entidade “benevolente”, mas
tal afirmação cai por terra por suas associações a outros demônios e sua natureza
essencialmente obscura, mantendo sempre uma posição extremamente violenta perante
a vida.
Seus simbolismos são metodicamente aplicáveis a todo o processo de morte. Sua
tocha, sempre em suas mãos, simboliza a iluminação do caminho rumo à eternidade
para fora deste mundo criado, adquirida através da morte, caminho este que era
buscado incessantemente pelos etruscos.
Por vezes Vanth era encontrada acompanhada, não se sabe ao certo se eram
espíritos livres ou outros demônios.
harun
EXU ORIXÁ – Este Exu não possui nenhuma ligação com a Quimbanda. Dentro
do Candomblé ele tem a mesma posição e importância que os demais Orixás, assim
como Oxossi, Ogum, Iemanjá, Iansã, Logun Ede, Oxum Maré e etc. Deve ser cultuado
como Orixá, tem rito de raspagem (iniciação onde o adepto raspa os cabelos e
sobrancelhas, passa alguns dias confinado em um quarto e é interligado com seu Orixá).
EXU BARÁ – Também não possui nenhuma ligação com a Quimbanda. Eles são
os Exus que trabalham diretamente fazendo a vontade dos seus respectivos Orixás,
fazem parte do Candomblé, porque alguns com raras exceções se manifestam na
Umbanda.
Exemplo: Exu Lalu é o Exu que trabalha nas vontades de Oxalá, Exu Alaketu, é aquele
que trabalha muito com Oxossi, Exu Lonan - senhor da porta, que trabalha com Ogum,
etc.
Todos os tipos de oferendas aos Exus devem ser entregues em numero ímpar.
Exemplo: 7 velas , 3 charutos, 1 garrafa de bebida, 7 pregos etc.
Em verdade, nenhuma entidade faz uso das oferendas físicas. As oferendas são
veículos de energia, e, por isso, nós somos quem necessitamos oferecer para que possa
surgir uma ligação entre quem está ofertando e quem está recebendo. Ela é uma
ferramenta que facilita a conexão entre o adepto e a entidade.
eitiços e ferendas
Na Quimbanda existe a tradição de se entregar regularmente oferendas
tradicionais como forma de demonstrar devoção aos Exus e Pomba Giras, aumentando
assim a ligação energética entre o adepto e a entidade.
Essas oferendas são entregues geralmente em cima de um altar, ou no chão ao
redor de estátuas que representam as entidades. Elas devem ser entregues sempre nas
sextas ou segundas-feiras, e consistem de velas, charutos, cigarrilhas e bebidas
(aguardente e bebidas doces).
Para os Exus são servidos aguardente, conhaque, whisky, sempre em um copo
de vidro que nunca tenha sido utilizado para outro fim. Para as Pombas Giras são
servidas bebidas doces, como champagne ou vinho em uma taça, de preferência
vermelha.
O adepto deve acender o charuto e dar sete tragadas, em seguida ele deve
colocar sobre a borda do copo que contém a bebida para os Exus. Depois deve ser
aceso uma cigarrilha, e novamente dar sete tragadas, colocando a cigarrilha sobre a
borda da taça que contém a bebida para Pomba- Giras.
O adepto pode também oferecer sete charutos e sete cigarrilhas, acendendo-os
da mesma maneira descrita acima e colocando-os deitados sobre 7 caixas de fósforos.
Cada caixa de fósforo deve ter 7 palitos para fora. Por último ele deve acender as
velas, que podem ser pretas, vermelhas ou vermelhas e pretas.
É importante ressaltar que as oferendas sempre devem ser servidas em número
ímpar. As oferendas são deixadas durante sete dias, após esse período, o adepto deve
recolher as cinzas e restos de velas e despachar em uma encruzilhada ou cemitério. As
bebidas que restarem devem ser jogadas no chão em formato de "x".
Itens necessários:
- 7 velas pretas
- 1 garrafa de conhaque
-1 copo virgem de vidro
- 7 charutos
- 7 caixas de fósforos
- 1 pano vermelho
- Uma bacia de barro virgem
- Um coração ou fígado de boi
- Farofa, pimenta vermelha, azeite de oliva ou azeite de dendê.
Acenda 7 velas pretas em cima de 7 catacumbas seguidas, cada vela deve ser
colocada em cima de cada catacumba. Após acender as velas abra uma garrafa de
conhaque e derrame em cima de cada uma das 7 catacumbas fazendo o formato de um
círculo ao redor de cada uma das 7 velas.
Derrame o restante da bebida dentro do copo virgem e coloque ao lado a garrafa
em cima da última catacumba. Acenda 7 charutos e dê 7 baforadas em cada um.
Coloque cada charuto em cima de cada uma das 7 catacumbas. Os charutos
devem ser acompanhados por 7 caixas de fósforos, sendo que cada caixa de fósforo
deve ficar com 7 palitos para o lado de fora. Cubra a última catacumba com um pano
vermelho e colocar em cima do pano um prato ou bacia de barro (Virgem) acompanhado
com um coração ou fígado de boi. O coração ou fígado pode ser coberto com farofa,
pimenta vermelha, azeite de oliva ou azeite de dendê.
Após o término da oferenda, faça uma saudação ao Exu das 7 Catacumbas, dê 7
passos para trás olhando para a oferenda. Após contar os 7 passos virar de costas e ir
embora sem olhar para atrás.
Itens necessários:
- Pólvora
- 7 velas vermelhas
- Um maço de cigarro
- 1 garrafa de pinga
Esta oferenda deve ser realizada em uma rua sem saída. Abra um tubo de
pólvora e derrame 7 punhados no chão com distancia de 30 centímetros um do outro.
Coloque 7 velas vermelhas em cima de cada um dos 7 punhados de pólvora.
Certifique-se que as velas estão colocadas de forma que antes de chegar a seu término,
ela queime a pólvora que esta ao seu redor.
Após acender as velas abra um maço de cigarros, coloque um cigarro aceso ao
lado de cada uma das 7 velas. O que restou do maço deve ser colocado ao lado da
última vela acompanha por uma garrafa de pinga que após aberta deve ter sua metade
derramada no chão em formato de X .
O que sobrar da bebida deverá permanecer dentro da garrafa, a garrafa deve ser
colocada ao lado da última vela, próximo ao maço de cigarros. Ao término da oferenda
feche os olhos e só abra novamente quando se virar de costas para a oferenda. Após
abrir os olhos vá embora sem olhar para atrás.
Oferenda para Exu Veludo
Itens necessários:
- 7 velas pretas
- 3 pedaços de carne fresca
- 1 prato de barro virgem
- Azeite
- Farofa
- 1 garrafa de whisky
- 1 copo de vidro virgem
- 1 caixa de fósforos
- 1 charuto
Itens necessários:
- Um caixão preto pequeno de madeira
- 1 boneco de pano
- 7 velas pretas
- 1 Charuto
- 1 caixa de fósforo
- 1 garrafa de aguardente
- 1 copo de vidro
- 1 pequeno punhal
- Terra de cemitério
- Linha preta
- Pertences do alvo (foto, objeto pessoal, cabelo, unhas ou pedaço de roupa).
Coloque dentro de uma tronqueira um coco seco e aberto no colo de uma imagem
consagrada ao Exu Tatá Caveira. Deixe-o repousar por 3 luas cheias e nesse período
coloque todos os dados dos inimigos que você pretende prejudicar. Adicione também
aguardente barata, pimenta e sangue. No clarear da terceira lua cheia, pegue o coco e
enterre-o no cemitério, de preferência em um cruzeiro, cova ou tumulo abandonado.
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Maioral Lucifer Pomba Gira Rainha Exu Veludo Exu Sete Cruzes
Exu Rei Exu Sete Catacumbas Exu Pedra Negra Exu Pinga Fogo
Exu do Fogo Exu do Lodo Exu Morcego Exu do Cemitério
Exu Caveira Exu Capa Preta Exu Calunga Pomba Gira das Almas
Exu dos Rios Exu Maioral Exu Tronqueira Exu Rei das Sete Encruzilhadas
Exu Tranca Ruas Exu Tranca Rua das Almas Exu Morcego Exu Veludo
Exu dos Ventos Exu Mirim Exu da Meia Noite Maria Padilha
Maria Quitéria Exu Kaminaloa Exu Pedra Negra Exu Sete Porteiras
Exu Sete Sombras Exu Tata Caveira Exu Sete Catacumbas Exu Sete Covas
Exu do Lodo
Sete facas espetadas
Na boca de uma garrafa
Sete facas espetadas
Na boca de uma garrafa
Eu vou chamar Exu do Lodo
Pra acabar com a sua raça !
Eu vou chamar Exu do Lodo
Pra acabar com a sua raça !
Exu Morcego
Voando em duas asas negras
Voando pelo mundo inteiro !
Voando em duas asas negras
Voando pelo mundo inteiro !
Na lei de Exu,
Exu Morcego,
É o Diabo que eu chamei primeiro !
Na lei de Exu,
Exu Morcego,
É o Diabo que eu chamei primeiro !
Exu Lúcifer
Satanás, Satanás
Lúcifer é Satanás
Satanás, Satanás
É um Exu, É Satanás
Lúcifer é Satanás,
Satanás, Satanás.
*
Deu meia noite.
Deu meia noite já !
Sete facas cruzadas em cima de uma mesa
Quem atirou foi Lúcifer
Para mostrar quem ele é.
Maria Quitéria
Existe um Exu mulher,
Que não passeia à toa.
Quando passa pela encruzilhada
Maria Quitéria não vacila
Ela não faz coisa boa.
Maria Padilha
Cemitério é praça linda
Mas ninguém quer passear
Lá tem sete Catacumbas
Maria Padilha mora lá.
Mora lá,mora lá.
Maria Padilha mora lá.
Tatá Caveira
Portão de ferro
cadeado de madeira
Na porta do cemitério eu vou chamar Tatá Caveira.
*
Eu fico no portão do meu cemitério
Presto conta e tomo conta
Na porteira do inferno
*
Um pombo preto voou da mata
Voou e pousou lá na pedreira
Onde os Exus se reúnem
Mas o reino é de Tatá Caveira
*
Tatá Caveira chegou no Reino
Ele chegou para demandar
Eu vim buscar quem não presta
É para calunga que eu vou levar
*
E lá vai seu Tatá Caveira
Na porta do cemitério
Ele vai para bem longe !
Para as catacumbas do inferno
Exu Caveira
A porta do cemitério estremeceu
Veio todo mundo para ver quem era
Ouviu-se uma gargalhada na encruzilhada
Era seu Caveira com a mulher de Lúcifer.
Exu Mirim
Passei lá no cemitério
E vi um moleque lá
Pulava de cova em cova
A procurado do seu lugar
Que moleque era aquele
Era o Diabo
Exu Tiriri
Matei um homem e fiz um buraco no chão
Mas o defunto no buraco não cabia
Eu vou chamar seu Tiriri para me ajudar
Quanto mais ele cavava mais defunto aparecia
Cava aqui, cava lá !
Exu Omulu
Galinha Preta
7 Facas, 7 Velas
e 7 penas de Urubú!
Galinha Preta
7 Facas, 7 Velas
e 7 penas de Urubú!
É lá na calunga
que vou saudar seu Exu Omulu !
É lá na calunga
que ou saudar seu Exu Omulu !
Exu 7 Cruzes
Exu é Sete Cruzes
Sete Cruzes ele é.
Reino da Lira
Este reino é chefiado por Exu Rei das Sete Liras e Maria Padilha. São espíritos
que possuem alguma afinidade com arte, música, dança, poesia e boêmia.
Linha Malei
É a linha de Exu Rei. Esta linha rege e administra o reino de Exu.
Linha Nagô
É a linha de Exu Gererê. Os espíritos que são os componentes desta linha são
feiticeiros, geralmente com influências Yoruba.
Linha de Mossorubi
É a linha de exu Kaminaloá. Dentro desta linha se apresentam os espíritos que
possuem um grande conhecimento sobre a mente humana. Eles são evocados para o
desenvolvimento mental e também para causar perturbações na mente dos inimigos.
Linha Mista
É a linha do Exu dos Rios ou Campinas. Exu dos Rios domina as margens dos
rios, usa vestimentas de penas negras e apresenta também chifres. Os espíritos que
compõem esta linha não são Exus, mas sim espíritos de mortos que trabalham para Exu.
Estão ligados doenças e loucuras. Estes espíritos atacam suas vítimas transmitindo
doenças que eles tiveram quando em vida.
ssentamentos
Os assentamentos são um grupo de fetiches que concentram forças e poderes
magísticos dentro de um espaço limitado onde as forças que estão no plano espiritual e
os poderes que vivem no plano divino enviam suas vibrações auxiliando nos trabalhos
espirituais.
Os assentamentos de Exu e Pomba Gira possuem estes elementos materiais do
qual se atribuem poderes mágicos, e eles são ativados através de uma ritualística e de
acordo com as necessidades do local e do adepto.
Um assentamento pode ser destinado a uma só força ou poder ou a varias forças
e poderes. Mas normalmente se faz um para cada força ou poder que se deseja
assentar. O assentamento serve como uma ligação energética entre o adepto e a
entidade. É aconselhável que os assentamentos se localizem em cômodos isolados da
casa e com acesso restrito, inacessível ao público.
Os elementos utilizados podem se diferenciar de local para local, não possuindo
uma única forma de se fazer.
Objetos usados:
- Um alguidar (prato de barro) pintado de preto
- Terra de 7 catacumbas, peneirada.
- Uma pedra de basalto (rocha ígnea eruptiva)
- Uma corrente
- 13 moedas
- 7 cadeados
- Um tridente de ferro
- 7 ímãs
- Lascas de caixão
- Sete pregos extraídos de um caixão
. O adepto então coloca seu nome e a data de nascimento em um papel junto com o
ponto do exu no fundo do alguidar;
. A pedra de basalto é colocada em cima do papel;
. A terra é colocada dentro do alguidar e deve ser misturada, sem prensá-la;
. A corrente é colocada nas bordas do alguidar formando um círculo;
. As 13 moedas são passadas pelo corpo do adepto e colocadas no alguidar;
. Os 7 cadeados são deixados abertos e colocados em volta, dentro do alguidar;
. O tridente de ferro é fixado na terra;
. Os sete ímãs são espelhados pelo assentamento, sem que eles se prendam ao tridente
de ferro, as moedas ou ao cadeado;
.As lascas de madeira extraídas de um caixão são colocados na terra dentro do alguidar;
. Os sete pregos extraídos de um caixão são colocados na terra do assentamento
virados com a ponta para cima;
. O adepto então pega um galo negro de esporas e lava o bico e as patas. Então ele diz
o que ele deseja perto do bico do animal, oferece água ardente ao galo e o deseja uma
boa passagem.
. O adepto pega uma faca virgem bem afiada e faz o corte rápido no pescoço do galo.
Ele deve ter todo o cuidado para não fazer o animal sofrer, caso o animal sofra sua
oferenda pode ser recusada.
. O Sangue do animal então escorre no alguidar, e sua cabeça é espetada no tridente e
as asas ficam abertas.
. É colocado uma bebida na frente do assentamento, um charuto e uma vela de 7 dias,
onde são deixados por 3 dias.
. Depois do terceiro dia, o adepto limpa seu assentamento e despacha as coisas em
uma encruzilhada ou no mato.
arte II
uimbanda e itra hra
Nesta segunda parte serão explorados alguns aspectos esotéricos da Quimbanda
e suas conexões com Sitra Ahra.
O fato de a Quimbanda ser um eclético sistema magístico faz com que existam
muitos outros aspectos ocultos além dos já tradicionais citados anteriormente, e é
trabalhando com estes outros aspectos que adentramos no sagrado culto da morte,
Magia Negra e feitiçaria nos conectando ao reino de Sitra Ahra.
Exu é identificado como aquele que “abre os caminhos”. Ele detém as chaves
para todos os caminhos que estão fechados. Dentro de nossa tradição isto pode ser
interpretado como Exu sendo aquele que tem as chaves para abrir os portões do reino
dos mortos e os portões para Sitra Ahra, nos levando ao “outro lado”.
A Quimbanda é um culto perfeito onde existe a união entre os Deuses Obscuros
(Exus Primordiais), o espírito dos vivos (os adeptos) e os espíritos dos mortos (os Exus
Catiços), e também é onde pode ser trabalhado tanto com a Magicka interna,
transformando o indivíduo em um novo ser mais forte e com uma visão muito mais
ampla sobre a realidade que o cerca, quanto com a Magicka externa (feitiçaria),
realizando mudanças de eventos externos de acordo com os desejos do feiticeiro.
Os Exus primordiais são os "nascidos primeiro", "primordiais", e são as divindades
que nasceram no sistema hipotético da formação do universo (cosmogonia).
Um dos exemplos de seres primordiais na Quimbanda é a Pomba Gira Alteza, ela
possui muitas características associadas a Lilith.
Pomba Gira Alteza é tida como a senhora primordial, a mãe da desgraça e da
destruição. O fato de ela agir levando a escuridão e a destruição pode ser entendido
como os mesmos fatores descritos pelos demônios na Árvore da Morte, que quebram as
leis e procuram decompor todo o reino Sephirótico, buscando a essência divina presa na
matéria guiando-as para Sitra Ahra.
Pomba Gira Alteza é a senhora das encruzilhadas, da lua, das serpentes e das
sombras. A Deusa regente dos feiticeiros, iluminando com a luz da sabedoria proibida
provinda do mundo primordial que chamamos de Sitra Ahra.
Seus ritos estão diretamente ligados a destruição do ego, purificando a mente,
recriando um novo ser e conduzindo o adepto ao “outro lado”, elevando a essência do
espírito não-criado.
Outro exemplo feminino primordial ligado a libertação do espírito não-criado é a
Pomba Gira Dama do Sangue. Conhecida como a senhora dos “Makau Ma Manhínga”
(cálices de sangue). Dentro da Quimbanda esta “senhora do derramamento de sangue”
está ligada ao “Reino das almas”, e está conectada a necrotérios, hospitais, cemitérios e
crematórios. Dentro do seus cálices cheios de sangue há também o veneno das
serpentes (as serpentes de Sitra Ahra descritas na árvore da morte) emitindo energias
acausais. Este veneno é responsável por dissolver o ego e matar o ser fraco que habita
no receptáculo material. Durante seus ritos, quando a lua está negra, colocamos um
grande cálice, que é comparado ao Graal Negro. Dentro deste cálice há energias
acausais que orientam o homem para o despertar e a libertação deste mundo criado.
Suas oferendas exigem sangue, ossos humanos, uma caldeira de ferro, cálices e
velas untadas em sangue e são feitas geralmente na terceira noite de lua nova, ou
quando a lua ascende "vermelha" (a popular lua de sangue).
Alguns outros exemplos de forças primordiais que atuam na Quimbanda podem
ser encontrados facilmente nos estudos sobre demonologia.
Dentro da Quimbanda, Lúcifer (ou Exu Maioral Lúcifer) é considerado uma
divindade suprema. Lúcifer dentro de nossa própria prática esotérica é o transmissor da
sabedoria provinda do “outro lado”. É aquele que através de sua luz não-criada acausal
ilumina o caminho para “a escuridão exterior” e ao mesmo tempo é responsável por nos
mostrar a escuridão interior através da abertura do terceiro olho.
Podemos citar também como exemplo o Exu Belzebuth, o “senhor das moscas”, o
devorador de cadáveres. Aquele que instiga guerras e nos faz despertar nosso instinto
assassino. Ele está ligado a elevação mental para abrir portas para o inconsciente
acausal e a aniquilação do reino Sephirótico. E Astaroth (também chamado de Exu Rei
das 7 Encruzilhadas), também sendo o senhor dos assassinatos, ligado a misantropia,
sabedoria, filosofia e também a abertura do olho da destruição. Satanás (Lúcifer),
Belzebuth e Astaroth são citados na Árvore da Morte sendo Deuses supremos que irão
matar a Árvore da Vida.
Os Exus Catiços são aqueles que já tiveram encarnação neste mundo e
conseguiram posição de destaque e um "batismo" no mundo espiritual, se tornando
Exus. São espíritos de antigos bruxos, sacerdotes, assassinos, dentre outros que se
encaixam na vibração energética do culto. Dentro de nossa própria prática esotérica
consideramos os Exus Catiços como seres portadores da essência de Sitra Ahra. São
espíritos que quando em vida praticavam diversas tradições do caminho da mão
esquerda.
Um exemplo de Exu Catiço seria o Exu Capa Preta, que atua nos cemitérios e
encruzilhadas. Ele está relacionado ao desenvolvimento de processos alquímicos
através das práticas de Magia Negra e feitiçaria. Dentro da nossa tradição ele é visto
como um dos responsáveis por através da alquimia fazer com que o adepto descubra a
fórmula de Alkahest, que é o solvente universal que possui o poder de dissolver
qualquer outra substância.
Outro exemplo seria o Exu Morcego, que se encontra nas matas dos cemitérios,
ou seja, nas árvores que se encontram nos cemitérios onde morcegos estão presentes,
ou em cavernas e antigos castelos ou casas e até em encruzilhadas. Ele está
relacionado a mudança alquímica, além do vampirismo, do desenvolvimento mental e
também é capaz de criar perturbações na mente dos inimigos e gerar problemas
psíquicos.
A Pomba Gira da Figueira, que se apresenta com um aspecto extremamente
selvagem e com características tribais, domina a manipulação das ervas e magias
relacionadas a conjuração das plantas (e de toda uma gama de elementos naturais), e
de conhecimentos extremamente válidos sobre totens, e sistemas de magia negra
relacionados ao reino verde.
O Exu Marabô pertence a Linha Malei e mantém diversas características de
acordo com o trabalho a ser efetuado, estando ligado a diversas práticas de bruxaria e
feitiçaria, sendo seus domínios as encruzilhadas e os caminhos de ferro (trilhos de
trem).
Outra manifestação muito interessante são a dos chamados Exus Mirins. Eles são
tidos dentro da Quimbanda como espíritos de crianças. Muitas vezes, segundo o mito,
eles se manifestam pulando de cova em cova nos cemitérios, outras vezes brincando
com seus carrinhos, apitos, bonecos etc, e geralmente são bem agitados. Essas
crianças são responsáveis por criar meios ou situações para o desenvolvimento do
intelecto e o amadurecimento das pessoas.
Exu Kaminaloá, chefe da linha Mossurubi, é também uma poderosíssima
entidade. Ele aparece comandando um grande número de espíritos ornados com penas
na cabeça e na cintura, e com argolas nos lábios, nas orelhas e nos braços e são
especialistas em causar doenças mentais.
Outra entidade bem conhecida dentro do culto é o Exu Tatá Caveira. “Tatás” são
sacerdotes nas linhas da Quimbanda, são seres que possuíram de certo modo uma
“evolução” magística (quando vivos), acima da média.Tatá Caveira é tido como um sumo
sacerdote egípcio de grandes saberes. Este Exu pertence a Linha do Cemitério (ou linha
dos caveiras).
Existem verdadeiras legiões dentro dos cemitérios, como o Exu 7 Campas, que é
uma entidade que está fortemente ligado ao Exu Omolu e aos caveiras. Ele trabalha nos
cemitérios e é responsável por receber os espíritos que acabam de se desligar do corpo.
Há também o Exu 7 Crânios, que habita nos ossários e muitas vezes age escravizando
as sombras das pessoas mortas forçando-os a seguir nas legiões sombrias.
Todos estes são apenas alguns exemplos dentro da Quimbanda conectados a
Sitra Ahra, porém adentrando ainda mais nos aspectos esotéricos deste vasto império
poderíamos ainda citar o Exu Omolu e Exu da Morte, que são considerados os “Anjos da
Morte”. Eles governam os espíritos dos mortos, ambos são conectados aos portais entre
os reinos de Sitra Ahra e este mundo criado, e também o portal para o vale dos mortos.
Este vale dos mortos é considerado um plano espiritual, muitas vezes é descrito como
um lugar extremamente escuro, regiões trevosas abissais, onde diversos espíritos se
encontram presentes.
Não se deve confundir Exu Omolu com o Orixá Omolu. Quando se fala em
Quimbanda há grandes equívocos e muitas pessoas costumam fazer ligações com
cultos que envolvem Orixás. Na Quimbanda não existem cultos aos Orixás, muito pelo
contrário, grande parte dos Orixás (com algumas exceções) possuem energias opostas
a dos Exus. Por exemplo, o Orixá Oxalá é o próprio demiurgo.
Exu Omolu governa a alma dos mortos e pertence ao reino dos cemitérios e a
Linha das Almas atuando no cemitério e em cruzeiros. Ele pode causar mortes violentas
e doenças em seus inimigos. Dia 2 de novembro (Dia dos mortos) seus adeptos
costumam realizar oferendas no cemitério.
Muitas vezes os trabalhos realizados a Exu Omolu são feitos em conjunto
também com Exu Caveira e Exu da Meia-noite.
O Exu da Morte também pertence ao reino do cemitério e a Linha das Almas. Ele
pode causar depressão e ideias de suicídio, além também de causar morte aos inimigos.
Abaixo uma imagem de Exu da Morte com sua foice para decepar, remover ou
eliminar qualquer obstáculo ou inimigo.
s ampiros na uimbanda
Os mitos e lendas sobre vampiros provavelmente existem muito antes da origem
da escrita. Se perdendo assim nas antigas tradições orais eles estão presentes sob
diferentes formas em várias culturas mundiais, geralmente relacionados ao grande temor
aos mortos e a crença nas propriedades mágicas do sangue.
Os Ashanti no Oeste Africano descreviam um vampiro chamado Obayifo, e que
posteriormente foi citado em tribos vizinhas.
Asasabonsan era outro nome encontrado nas lendas dos povos Ashanti de Gana,
na África Ocidental.
Os Dahomeanos o chamavam de Asiman, no Haiti eram chamados de Loogaroo,
o Asema do Suriname, e o Sukuyan de Trinidad.
O Yara-ma-yha-who dos Aborígines Australianos e os Bhutas Indianos são bem
semelhantes aos vampiros de mitos africanos.
É difícil afirmar quando surgiu o mito sobre os vampiros. Na Grécia há várias
lendas sobre Lâmia (uma vampira que muitas vezes é descrita como uma Bruxa
devoradora de crianças). Em uma das lendas seu corpo, abaixo da cintura, tem a forma
de uma cauda de serpente.
É sabido que as lendas sobre vampiros se originaram no oriente e chegaram até
o ocidente. Os eslavos são os que mais influenciaram na cultura mundial sobre o mito
dos vampiros.
Os Romenos em grande parte são cercados pelos povos eslavos, sofrendo
grandes influências em relação aos mitos. Na Transilvânia o vampiro é descrito como o
espírito de uma pessoa morta, que na maioria dos casos foram bruxas, magos,
feiticeiros ou suicidas (da mesma forma que os Exus Catiços).
Dentro da Quimbanda há uma série de Exus e Pombas Giras que agem como
vampiros, transformam a vitalidade em energia caótica treinando a mente do adepto
para pensar como um espírito devorador. Tais Exus absorvem e canalizam as energias
vitais de volta para o “outro lado”. Eles drenam energia de outros seres vivos e da Árvore
da Vida e levam de volta a sua verdadeira origem. Alguns deles são o Exu Vampiro,
Exu Morcego, Exu Lobo, Exu do Sangue E Dama do Sangue.