Todas as realizações de despesas orientadas para a aquisição de bens ou serviços destinados a
satisfazer necessidades públicas se integram na actividade financeira. E para que as entidades públicas possam realizar essas despesas têm de obter receitas adequadas, as quais não correspondem a uma massa homogénea. Algumas assemelham-se a receitas de particulares, como é o caso das obtidas pela exploração do património do Estado. Muitas outras oferecem características inseparáveis do sector público. Assim sucede com os impostos e as receitas dos chamados “monopólios fiscais”. Não obstante a heterogeneidade dos fenómenos que se integram na actividade financeira, todos se situam no plano da obtenção e do emprego de meios económicos adequados à satisfação de necessidades públicas. Todos eles têm, pois, natureza económica. São fenómenos económicos. 2. Direito Financeiro, Direito Tributário e Direito Fiscal. Âmbito do Direito Fiscal: Só quando assume uma posição característica, inconfundível com as posições dos particulares, no exercício da sua actividade financeira, é que o estado se subordina a normas jurídicas próprias, cujo complexo tem sido designado por Direito Financeiro. Trata-se da definição jurídica dos poderes das entidades públicas na obtenção e no emprego dos meios económicos destinados à realização dos seus fins. Este conceito baseia-se numa ideia central de limitação de poderes das entidades públicas, como tais. Como disciplina jurídica da utilização de meios económicos pelas entidades públicas, o Direito Financeiro abrange um amplíssimo sector de receitas públicas (o das receitas públicas não apenas pelo destino, mas também pela natureza, pela origem), todo o sector das despesas públicas e a coordenação das despesas e das receitas públicas. O Direito Financeiro compreende três ramos que, embora, cada um deles, sem autonomia científica, são nitidamente separáveis – o direito das receitas, o direito das despesas e o direito da administração financeira. Por sua vez, estes ramos de Direito Financeiro admitem divisões. E entre elas
É dirigida em requerimento ao Juiz do Tribunal Tributário de 1ª instância. Neste caso, junto
ir além dos documentos comprovativos, as respectivas testemunhas. A petição é apresentada junto ectiva repartição de finanças. O contribuinte, após a liquidação adicional, tem 90 dias para apresentar a impugnação judicial. Esquema: 90 dias *** Liquidação Reclamação Decisão Adicional Graciosa da AP fiscal ∑ *** - indeferimento expresso – 8 dias – impugnação judicial; indeferimento tácito – 90 dias – ação judicial. c) reclamação para uma comissão distrital de revisão: Em resposta ao recurso feito pela AP fiscal aos métodos indiciários, que são admitidos (art. 51 o CPT apresenta uma nova garantia (arts. 84 e ss), que é a reclamação para uma comissão distrital ão, actualmente constituída por três entidades: o director-geral de Finanças; o vogal nomeado pela a Pública e o vogal nomeado pelo contribuinte. A constituição e os poderes desta comissão vão ser reforçados no âmbito da reforma fiscal em
uma das mais importantes conclusões deste grupo de trabalho re
sidiu na constatação que o texto da Diretiva não tinha correspon dência literal no texto do Art.º 23 e consequentemente, não tinha também correspondência na prática comum dos sujeitos passivo mistos: “Do teor literal da referida disposição do CIVA, emerge a ideia de que o âmbito da previsão do n.º 1 do Art.º 23 respeita a todos ben e serviços adquiridos pelos sujeitos passivos mistos, incluindo aquele bens ou serviços que sejam objeto de utilização exclusiva em opera ções que conferem direito à dedução ou de utilização exclusiva em operações que não confiram esse direito. Assim, atendendo apena ao teor literal da redação da mencionada norma, fica a ideia de que por exemplo, um sujeito passivo misto que adote o método do pro rata para determinar a medida do respetivo direito à dedução deve subme ter também a essa percentagem de dedução o IVA relativo aos ben e serviços que tenha utilizado apenas na realização de operações que conferem direito à dedução. A vingar essa aceção, o referido sujeito passivo, mesmo em relação aos bens e serviços utilizados na referidas circunstâncias, não deduziria a totalidade do IVA suportado em tais bens e serviços, mas apenas a proporção desse IVA correspon dente ao pro rata da sua atividade” 9.