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ARTIGOS

Títulos de Crédito
Título de Crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. ( Cesare Vivante )

Modo de Circulação

Título ao portador - é aquele que circula com muita facilidade, transferindo-se de pessoa para pessoa pela simples entrega
do título. Não consta deste título o nome da pessoa beneficiada. Por isso , o seu portador é, presumivelmente, seu proprietário.
Exemplo desse título: cheque ao portador.
Título nominativo - é aquele cujo nome do beneficiário consta no registro do emitente. Trata-se, portanto, do título emitido
em nome de pessoa determinada. Exemplo desse título: cheque nominal.

Endosso

Endosso - é o ato cambiário que tem por objetivo transferir o direito documentado pelo título de crédito de um credor para
outro. O endosso pode ser em branco ou em preto.
Endosso em branco é aquele em que o endossante (pessoa que dá o endosso) não identifica a pessoa do endossatário
(pessoa que dá o endosso). O endosso em branco consiste na assinatura do endossante, fazendo com que o título nominal
passe a circular como se fosse título ao portador. Esse endosso deve ser conferido na parte de trás do título.
Endosso em preto é aquele em que o endossante identifica expressamente o nome do endossatário. Esse endosso pode ser
conferido na frente (face ou anverso) ou atrás (dorso ou verso) do título.

Aval

Aval : é o ato cambiário pelo qual terceiro, denominado avalista, garante o pagamento do título de crédito.
Avalista - é a pessoa que presta o aval. Para isso, basta a sua assinatura, em geral, na frente do título. Devemos destacar que
o avalista assume responsabilidade solidária pelo pagamento da obrigação. Isto significa que, se o título não for pago no dia do
vencimento, o credor poderá cobrá-lo diretamente do avalista, se assim o desejar.
Avalizado - é o devedor que se beneficia do aval, tendo sua dívida garantida perante o credor. Se o avalizado não pagar o
título, o avalista terá de fazê-lo. A Lei assegura, entretanto, ao avalista o direito de cobrar, posteriormente, o avalizado.
Admite-se o aval, ainda que posterior ao vencimento do título, produzindo idênticos efeitos.
Se não houver indicação do avalizado, este será considerado como aquele que vier indicado logo abaixo de sua assinatura.
Fora desses casos, o avalizado será o comprador.

Títulos de crédito mais usuais


Duplicata, Cheque e Nota Promissória.

Duplicata
Legislação Aplicável : Lei 5.474, de 18 de Julho de 1968

Conceito – art.1º
A duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda comercial ou prestação de
certos serviços.
É um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação jurídica que lhe dá origem que é a compra e venda mercantil.
Somente a compra e venda permitem o saque da duplicata mercantil.
A duplicata surge por ocasião da venda de uma mercadoria, com prazo não inferior a 30 dias.
O vendedor deverá extrair a respectiva fatura para apresentá-la ao comprador.
No momento da emissão da fatura, ou após a venda, o comerciante poderá extrair uma duplicata que, sendo assinada pelo
comprador, servirá como documento de comprovação da dívida.
A duplicata após receber o aceite, passa a ser um título de crédito, circulável à ordem, ou seja, por endosso; antes não, pois é
apenas um documento.
Rubens Requião - Curso de Direito Comercial, Saraiva, S. Paulo, 12.ª ed., vol. 2,

Figuras intervenientes
A duplicata mercantil contempla duas figuras que a integram:
o sacador e o sacado
O sacador é o vendedor da mercadoria e deverá ser comerciante ( credor ).
O sacado é o comprador.
Logo, o sacador emite a duplicata em seu favor e contra o sacado.
Podem figurar na duplicata outras duas pessoas: o endossante e o avalista.
A duplicata, como título formal que é, poderá circular por meio de endosso.
E o primeiro endossador do título, como é óbvio, será o vendedor, que emite a duplicata em benefício próprio contra o
comprador.
O endosso em preto transfere a propriedade da duplicata.
Embora tanto as notas promissórias como as duplicatas sejam uma promessa de pagamento, elas não se confundem, pelo
simples fato de ser a duplicata um título causal, que para sua validade deverá originar-se de um contrato de compra e venda
comercial ou prestação de serviço, ao passo que a nota promissória é um título abstrato que não permite, após sua criação, a
discussão de sua origem.

Requisitos de validade – art. 2º


O artigo 2º da Lei da Duplicata traz os requisitos sem os quais o título não valerá como duplicata :
- denominação duplicata, data de emissão e nº de ordem ;
- número da fatura ;
- vencimento ( ou declaração de ser à vista );
- nome e domicílio do vendedor e do comprador ;
- valor ;
- local de pagamento ;
- cláusula à ordem ;
- aceite do devedor ( sacado ) ;
- assinatura do emitente.

Documento emitido sem obediência àquele modelo não gera efeito cambial.

Recusa e Aceite - art. 8º


O aceite – escreve o Prof. Frederico Moura de Paula Lima – “é a declaração pela qual o comprador (sacado) assume a
obrigação de pagar a quantia indicada no título, na data do vencimento”
O aceite dado pelo comprador mediante sua assinatura na duplicata é uma maneira de reconhecer a exatidão da mesma e a
obrigação de realizar o seu pagamento.
Em certas circunstâncias poderá o comprador deixar de aceitar a duplicata :
a- avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
b- vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovadas;
c- divergências nos prazos ou nos preços ajustados.

Vencimento
A duplicata pode ser sacada à vista ou a prazo. Na duplicata à vista, o vencimento é determinado pelo momento da
apresentação do documento ao sacado (comprador).
A lei admite a prorrogação (ou reforma ) do prazo de vencimento, mediante declaração em separado ou nela inscrita, assinada
pelo sacador ou endossatário (possuidor). Na hipótese de haver endossante e/ou avalista necessária se torna a anuência deles
para manter sua coobrigaç

Protesto – art. 13
A duplicata pode ser protestada por falta de aceite, de devolução ou de pagamento ( artigo 13 da LD ).
Permite-se o protesto ainda que sem a apresentação do título no cartório.
Na verdade, trata-se de uma exceção à característica da da cartularidade, já que dispensa vista ao documento, processando-se
por intermédio de indicação do credor ( artigo 13, parágrafo 1º da LD ).
A ausência do protesto, por falta de aceite ou de devolução, não impossibilita o mesmo ato lastreado na falta de pagamento.
No caso da Duplicata, da Letra de Câmbio e da Nota Promissória, se eu não as protesto dentro dos prazos legais (LC e NP em 2
dias úteis do vencimento e a DP em 30 dias do vencimento), perco o direito de execução em face aos endossantes e seus
avalistas, mas não perco em face ao devedor principal e seus avalistas, bem como em face ao sacador da LC e da DP.

Ação Pertinente – art. 15


Desde que seja um título de crédito, a cobrança da duplicata dar-se-á através da Ação Executiva.
Na ação de Execução haverá uma audiência de Conciliação, onde se procurará negociar a FORMA DE PAGAMENTO (não se
discute nada do título - apenas como será feito o pagamento, se será parcelado, etc...).
Mas atenção - para entrar direto com Ação de Execução, o título deve estar dentro do "prazo de validade" (ver “prescrição para
ação “ )
Não esquecer que a duplicata sem o aceite expresso, para a Ação Executiva e, consequentemente, a Falência, deve estar
acompanhada do respectivo comprovante da entrega da mercadoria além do protesto.
A consumação do aceite tácito também é necessária. “O sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo,
nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7.º e 8.º desta lei”.
Ao incluir a duplicata no elenco dos títulos executivos extrajudiciais, o Código de Processo Civil ( art. 585 ) a sujeitou às regras
formais da disciplina do processo executório.
Em São Paulo para intentar ação falimentar há necessidade do Protesto Especial “para fins falimentares”.

Prescrição para Ação – art. 18


A prescrição do prazo para se propor a ação se dá :
- 03 (três) anos da data do vencimento - contra o sacado e respectivos avalistas ;
- 01 (um) ano da data do protesto - contra endossantes e seus avalistas ;
- 01 (um) ano da data do pagamento - quando movida por um coobrigado contra os demais
Os prazos acima referem-se à prescrição para ações de Execução e de Falência.
Para ação Ordinária de Cobrança, contra o devedor, a prescrição é de 20 anos.
Importante: atente para a novidade que o Código Civil trouxe, em seu artigo 202,III – que trata da interrupção do prazo
prescricional pelo protesto.
Assim, torna-se importante saber manusear o protesto, para tirar proveito do mesmo.
No caso da Duplicata, da Letra de Câmbio e da Nota Promissória, se eu não as protesto dentro dos prazos legais (LC e NP em 2
dias úteis do vencimento e a DP em 30 dias do vencimento), perco o direito de execução em face aos endossantes e seus
avalistas, mas não perco em face ao devedor principal e seus avalistas, bem como em face ao sacador da LC e da DP.
Assim, se eu protestar a DP, a NP ou a LC no último dia dos três anos, o prazo prescricional se interromperá e eu ganharei mais
3 anos para intentar a ação executiva em face ao devedor principal e seus avalistas, bem como em face ao sacador da LC e da
DP.
Isso quer dizer que o prazo prescricional da ação cambial executiva poderá se estender a 6 (seis) anos.
E mais, como o avalista que paga uma LC, NP tem o prazo de 6 meses para intentar a ação regressiva, a contar do pagamento
(ou de 1 ano, no caso da Duplicata), posso afirmar que, para a duplicata o prazo prescricional da ação regressiva pode chegar a
7 anos; e da LC e NP pode chegar a 6 anos e 6 meses. Isso, considerando-se que o título foi protestado no último dia de 3 anos
e, também, no último dia dos outros três anos o avalista venha a pagar o título.

Duplicata de Prestação de Serviços – art. 20


A duplicata é um título causal, que tem seu alicerce no contrato de compra e venda mercantil ou na prestação de serviços.
O artigo 20 da Lei n.º 5.474, de 1.968, autoriza as firmas individuais, as sociedades e as fundações a fazerem extração de
duplicatas que correspondam à prestação de serviços em quantias iguais às respectivas faturas, que discriminarão a natureza
dos serviços prestados.
Triplicata – art. 23
Se se extravia ou se perde a duplicata, a Lei da Duplicata autoriza o vendedor a extrair uma triplicata, ou seja, uma cópia da
duplicata, que terá os mesmos efeitos, requisitos e formalidades desta.

Duplicata simulada – art. 172 Código Penal


Duplicata “fria” : sacador e aceitante incorrem em crime de estelionato
A duplicata é titulo cuja existência depende de um contrato de compra e venda comercial ou de prestação de serviço. Toda
duplicata deve corresponder a uma efetiva venda de bens ou prestação de serviços. A emissão de duplicatas que não tenham
como origem essas atividades é considerada infração penal. Trata-se da chamada " duplicata fria" ou duplicata simulada
O Código Penal assim define essa infração:
Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponde à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao
serviço prestado
Pena: detenção de dois à quatro anos, e multa ( Código Penal, art. 172 ).

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