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Viagens das ideias: encontros e conflitos

A CIDADE NOS POEMAS DE ASTRID CABRAL E AL BERTO


Kenedi Santos Azevedo – UERJ1
kenedi.santosazevedo@gmail.com
RESUMO:
O presente trabalho tem como propósito fazer uma leitura comparativa das obras de Astrid Cabral e Al
Berto, Visgo da Terra, de 2005 e Horto de Incêndio, de 2000, respectivamente, apontando a imagem
poética da cidade (des)construída por ambos. Enquanto no livro da poetisa amazonense a cidade é
recuperada por meio da memória, “Caricatura da Grécia/ a Manaus da minha infância/ essa Atenas
tropical/ plantada de pára-quedas/ entre vegetais e colunas/ e doces mares singrados/ das proas de
canoas e catraias/ pelo Peloponeso dos baré” (p. 56). No livro do poeta português destaca-se a imagem de
uma cidade subvertida no presente “mas lisboa é feita de fios de sangue/ de províncias/ de esperas diante
dos cafés/ de vazio sob um céu plúmbeo que ensombra/ os jardins de estátuas partidas” ( p. 46). Além
disso, pretende-se mostrar que ambos os poetas são contemporâneos, e mesmo assim, suas visões acerca
da cidade contrapõem-se, apesar de os dois vislumbrarem de longe o espaço urbano, Astrid pelas
lembranças pueris, Al Berto pela melancolia.

Palavras-Chave: Cidade. Astrid Cabral. Al Berto. Poesia Amazonense. Poesia Portuguesa.

INTRODUÇÃO

Astrid Cabral é uma das vozes femininas que se destaca na verve da poesia escrita no
amazonas. Tornou-se nome de relevância no movimento literário gestado na cidade de Manaus
em 1954, uma união dos vários intelectuais a que viria constituir-se um dos mais influentes na
literatura regional desse período: o Clube da Madrugada.
Publicado em 1963, o livro de contos intitulado Alameda faz com que Astrid ganhe
destaque na literatura, apesar de, até então, ser o único livro do gênero produzido pela escritora.
Depois de quase duas décadas sem publicar traz a público, em 1979, seu primeiro livro de poesia
intitulado Ponto de cruz, sobrecarregado de intimismo cuja intensificação se verá nos livros
posteriores, como em Visgo da terra, objeto deste estudo.
Em Visgo da terra, há uma divisão dos poemas por temas, ficando assim: na primeira parte
a Terra, na segunda a Água e na última os Seres. Todos entrelaçados por uma re-visitação ao
passado do sujeito poético, trazendo ao presente, por meio da memória, imagens da paisagem
que constitui o ajuntamento de elementos que ajudam a entender o lirismo sensível da poetisa.
Para além de uma poética da sensibilidade, há em Visgo da terra a metaforização de um
tempo atravessado por inúmeros resquícios pueris, no qual se pinta o cenário panorâmico de um
lugar vislumbrado ao longe, que fora vivido, mas que teima em retornar, como memórias
levemente fragmentadas. Nesses fragmentos notam-se a paisagem natural e citadina
amalgamarem-se como no excerto que se segue “Boa ponte a terra abraça/ num vigor ferro e
cimento/ maternal ao igarapé/ dismilinguido no vento.” (CABRAL, 2005, p. 27). Deve-se dizer
do surgimento da cidade em meio à floresta, quando o cimento invade a terra, onde o ferro tem
que viver com a madeira.
A mesma “Manaus de matinês que sabem a flerte e chicletes,/ Chaplin, bangue-bangues,
Gordo e Magro, astros a brilhar/ nas telas dos cines Polytheama, Guarany, Avenida Éden.”, é a
Manaus que reverbera em um Cenário Arcaico “O mundo? Aquele quintal/ pulando cercas e ruas/
até mergulhar raízes/ no raso rio vizinho.// Ah verde dossel de folhas/ periquitos papagaios/
mil sombras à flor da terra/ retalhos de azul e céu”. Isto é, o insulamento na Manaus provinciana,

1
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Graduado
em Letras: Língua e Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Amazonas.
dos bondes e do teatro, do igarapé e das canoas, cruzando-se e entrecruzando as vidas dos
moradores, por hora retomada pela poetisa.
Mesmo iniciando a vida literária nos anos sessenta, Astrid Cabral compõem o grupo de
escritores nos anos setenta que ajudam na calcificação da poesia escrita no amazonas que então
passa por um marasmo quase crônico no fazer poético. Tenório Teles (2005) fala que Astrid
surge nesse contexto como “[...] um lampejo de luz, uma voz que apresenta ressonâncias novas
no discurso poético regional” (p. 15).
É justamente esse período que se liga a poetisa com o poeta português a que tencionamos
fazer a leitura comparada. Os anos setenta são de grandes transformações em todo o mundo,
tanto na política, na sociedade, como na literatura, todos estão vivendo a virada do século, os
países tentam desvencilhar-se das amarras da ditadura. As pessoas são iluminadas pelo relâmpago
da liberdade, e isso será predominante nas obras dos escritores desse período. No Brasil e em
Portugal isso não é diferente, apesar de no Brasil ainda continuar por mais dez anos, no país de
Al Berto isso se encerra com a Revolução dos Cravos em 1974.
Toda essa problemática, resultado dos tempos escuros de Portugal, ressoa na obra poética
de Al Berto, desde o primeiro livro publicado até o último, Horto de Incêndio, objeto deste trabalho.
Como um demiurgo, o poeta volta ao passado glorioso português, dando novo significado às
imagens e paisagens tais como o mar, Lisboa, a praia, além da forte alusão à epopéia de Camões,
mesmo que seja de forma desconstrutiva.

1. POR UMA DESCONSTRUÇÃO

Subverter as chamadas verdades empregadas pelos pressupostos históricos torna-se uma


constante na literatura contemporânea. Al Berto, pseudônimo de Alberto Raposo Pidwell
Tavares, não faz diferente, desde que ingressou no campo da literatura em 1977 com o livro À
procura do vento num Jardim d‘Agosto, escreve sobre temas que vão desde a melancolia, sexualidade e
a morte até um retorno ao passado obscuro de Portugal na tentativa de entender esse tempo para
construir, no presente, meios para manter-se no futuro, além da ânsia pela liberdade de
expressão.
Antes de começar a sua vida literária, Al Berto tem um envolvimento muito forte com as
artes plásticas, tanto foi que ainda jovem é enviado para estudar na Escola António Arroio em
Lisboa. Em seguida vai para Bruxelas onde ingressa na École Nationale Supérieure d’Architecture et des
Arts Visuels na Bélgica. Contudo, são com seus livros de poesias escritos com um tom prosaico,
todos com minúsculas e em vertigem que fica conhecido nacional e internacionalmente.
O livro Horto de Incêndio traz distribuído em duas partes poemas que se configuram como
um anúncio da morte, dentre os quais recado “que o dia te seja limpo/ e para lá da pele constrói o
arco de sal/ a morada eterna – o mar por onde fugirá/ o etéreo visitante desta noite/ não
esqueças o navio carregado de lumes/ de desejos em poeira – não esqueças o ouro/ o marfim –
os sessenta comprimidos letais/ ao pequeno almoço” (AL BERTO, 2000, p. 9, 10), a morte do
corpo, a morte do cidadão lisbonense, além de um poema longo dedicado ao poeta francês
Arthur Rimbaud intitulado morte de rimbaud dita em voz alta no coliseu de lisboa 20 de novembro de 1996.
Além da constante referência e alusão à morte, em seu último livro apresentam-se poemas
construídos a partir de imagens e paisagens da cidade, exemplo disso temos em Lisboa (1), (2),
(3), (4) “ao fundo do restaurante o olhar preso em ti/ da dama do charuto – café flor do mundo/
encruzilhada onde se dorme frente à europa/ apercebida como uma sombra que se afunda/ nas
veias dos arrumadores de carros” (p. 45), de uma obscuridade levada ao extremo.
Um dos aspectos que importa destacar na obra dos escritores em questão está na
fundação da cidade. A Manaus de Astrid Cabral, por exemplo, emerge em meio à floresta, ao rio
e seus mitos e lendas. Já a Lisboa de Al Berto, convive com um dos elementos enigmáticos e de
maior importância na história de Portugal: o mar e sua sacralização. Destarte, as paisagens
urbanas que se arquitetam nos livros de ambos os escritores, da brasileira como do português, são
impregnados de reflexões de determinada época.
O tom melancólico encontrado na poesia al bertiana, aparece de forma concreta nos
comentários de Eduardo Lourenço (2001) acerca da cultura portuguesa na atualidade “[...] foi um
pouco o melancólico alimento da nossa cultura nessa época, já de si predisposta para
melancolias” (p. 13), principalmente no Pós-Revolução dos Cravos. A saudade dos tempos de
infância e a melancolia intensa são traços estudados no tópico seguinte, sempre ligado à paisagem
urbana desconstruídas nos poemas de Astrid Cabral e Al Berto.

2. A CIDADE COMO CONSTRUÇÃO POÉTICA

Apesar de viajar ainda criança por algumas cidades do país, Astrid Cabral tem em Manaus
o ponto de referência à sua produção poética já que “aos quatro anos, com a morte de seu pai,
retornou à casa dos avós maternos, passando a morar num sobrado em frente ao Palácio Rio
Negro” (SAMYN, 2006). É desse espaço que a poetisa vê o tempo passar, observando as
paisagens, imagens e miragens que despontarão posteriormente por meio dos fragmentos da
memória, de lembranças telúricas revisitadas no presente e transformadas em poesias. Como se
nota no poema Palácio Rio Negro e as Palafitas.

Pernaltas sem pernas, as palafitas


filhas legítimas da mata, à fímbria
d’água entre barrancos, perfilavam-se
prolongando a verde jade paisagem:
paredes e pilares de anchos galhos
pardos telhados de velha palha.
Mas aquele imponente palácio
de adventícia pedra européia
enxertado junto à margem do rio
caíra de algum pára-quedas mágico
por estratégia do Barão de Munchaüsen.
os soldados dos lavrados portões
viravam a cães na calada da noite
uivando por salões e corredores
e havia fantasmas de lindas fadas
engalanadas de pluma e espuma
desfilando pelas escadarias...
(Espiã, de um olho-de-boi, eu via!)
(CABRAL, 2005, p. 48).

A imponência e a suntuosidade do Palácio Rio Negro, representação do ambiente


citadino, contrasta com a simplicidade das palafitas, prolongamento da “verde jade paisagem:/
paredes e pilares de anchos galhos/ pardos telhados de velha palha”. Há no poema uma
constatação: o desenvolvimento urbano, com suas “adventícias pedras européias”, impondo-se ao
cenário natural da região. Sem passar despercebido pelo puerício “olho-de-boi” da poetisa, que se
intitula: espiã.
Já Al Berto, passou a infância em um sítio na cidade de Sines. Suas lembranças, porém,
são da cidade de Lisboa onde passou a adolescência até seu auto-exílio em Bruxelas. O poeta,
assim como os portugueses de seu tempo, vive um período de re-construção da cidade, de uma
identidade estilhaçada pelo regime ditatorial, tão presente nas obras dos escritores
contemporâneos. Exemplo disso temos em carta de emile “a minha cidade tinha um rio/ donde
sobe hoje o cheiro a corações de lobo/ e um eflúvio de enxofre e de moscas cercando/ as
cabeças dos vivos// as pontes/ as que vi ruírem nas imagens dos jornais/ continuam de pé
algures na memória” (AL BERTO, 2000, p. 48), apreende-se as lembranças de um período que
ficará apenas na memória e que voltará algures. Não obstante, esse tempo já chegou, por isso, a
fractal recordação tende a latejar emergindo no presente “mas não podíamos sair dali/ ir falar ou
trocar fosse o que fosse – ou resistir/ - porque não tínhamos nada para trocar exceto/ a fome e a
vontade de viver” (Idem.) e intensifica-se no excerto seguinte “nem pão nem balas/ nem
esperança – e cada um de nós metamorfoseou-se/ num cemitério ambulante – cada um de nós/
sepultou na alma uma quantidade desumana/ de dor e de mortos” (Idem. p. 48, 49). O tom de
denúncia apóia-se à busca de um momento de reflexão sobre a estagnação histórica do país.
Se a poetisa amazonense tem na infância elementos para re-construção desse período, o
poeta português rejeita qualquer vestígio pueril da sua vida “É verdade, não insista mais, não
tenho lembranças de infância. Não, senhor, não me lembro de nada em particular: nasci em
Coimbra, aos quatro anos fiquei órfão de pai, e passei os primeiros anos de vida em Sines, junto
com meus irmãos mais novos. É tudo” (ANGHEL, 2006, p. 21). As imagens citadinas presentes
em Horto de Incêndio são de uma Lisboa que beira o caos, onde os moradores não têm como o
povo de antes, uma perspectiva de vida, parece mesmo que vivem em um tempo suspenso.
Afora isso, Astrid e Al Berto comparam-se ao se posicionarem de longe, como
observadores, como contempladores dessas paisagens. Aquela re-visita a Manaus provinciana, a
Manaus dos bondes, dos cinemas, com os resquícios da belle époque, Manaus dos banhos agrestes,
de canoas e igarapés a serpenteá-la, cantada em sua jeremiada Elegia derramada.

[...]
Manaus que acorda com bondes dlém-dlém por ruas de pedra,
resmundo de lanchas pelas barrancas a luzir lamparinas,
ruído de serras a esfarelar lenha pras bandas do Caxangá
bate-bate de lavadeiras limpando as nódoas da vida
nas propícias cacimbas e rasas correntezas do Quarenta.
Manaus cheirando a borracha, bogaris, andiroba, e pau-rosa,
pães-de-milho e erva-doce que chegam pontuais às portas
em vespertinas visitas de tabuleiros e cestas de vime.
[...]
Manaus de portas lojas de turcos, brilhosas fazendas no chão
de vitrines entupidas, vidros de perfume, potes de brilhantina
quinquilharias, peça de rendas sujas, ranço de mofo e mijo.
Bares, joalherias e farmácias belle époque, requinte e luxo
de mármores e cristais que invadem escadarias e esquadrias
de solarengas casas num outrora de acácias e buganvílias.
Manaus dos banhos e agrestes piqueniques em picadas e igarapés,
passeios em férreas pontes e improvisadas hesitantes pinguelas,
flutuantes que são favelas em baixo-relevo no painel dos rios,
pardas praias em que aportam catraias de relutantes peixes,
cais de diligentes incansáveis guindaste abastecendo a cidade
de esnobes fomes de batata-inglesa, manteiga da Holanda,
rubros redondos queijos do Reino, vinho da França, linhos da Irlanda
e mais mil cargas de sonhos e fugas estocadas nos anchos bojos
de vapores tisnados da Europa, vigias fedendo a gringa maresia,
âncoras nas mesmas águas de mendigas canoas e nativos gaiolas,
abarrotados de gente carimbada de impaludismo e miséria.
[...]
Manaus de negras águas onde naufrago. Manaus de águas passadas.
(CABRAL, 2005, p. 37-39).

O poeta português, por sua vez, como uma testemunha, dá indício de um lugar em plena
ruína, que teima em se restabelecer, assim, os quatro poemas dedicados a lamentar essa situação
de Lisboa, configura-se pelo cariz denunciativo e ao mesmo tempo, melancólico. O mesmo tom
melancólico já verificado por Eduardo Lourenço (2001) “É a mitificação de um sentimento
universal que dá a essa estranha melancolia sem tragédia o seu verdadeiro conteúdo cultural e faz
dela o brasão da sensibilidade portuguesa” (p. 113). Vejamos o poema Lisboa (2).
desejaste um país de silêncio
de chuvas salgadas – sem caminhos nem sonhos

tiveste um país sombrio


onde a realidade devorou o delírio e
ficou desabitado – este país nocturno que geme
contra a solidão do corpo – perguntas-te

que espécie de lume cospem os cardos?


caberá o mar dentro da tua ausência? e o caule
negro dos analgésicos por mim acima... que cidade
de areia construída grão a grão aparecerá?
quantas lisboas estão enterradas? ou submersas?

o vento traz-te o aroma dos trópicos


dos tamarindos floridos das avenidas e dos fenos
primaveris das planícies – o vento
protege-te – leva-te no alado ácido
das geadas e das incertezas

dirás coisas alucinadas – as almas


uma álea de roseiras e
da bruma desprende-se
o adocicado olor da morte
(AL BERTO, 2000, p. 43, 44).

Astrid Cabral viaja pelas águas de sua cidade, singra por intermédio das lembranças do
passado a um instante de sua história, que se formarão, em síntese, como a memória de vários
momentos e espaços destacados, que se vinculam com o esforço da imaginação poética,
decorrendo assim, em uma edificação, em uma estratégica apreensão seqüencial e contínua do
tempo. Em Al Berto, porém, nota-se que o corolário basilar de entendimento do instante como
fundamento da realidade é que é imposta, essencial e indiscutivelmente, a descontinuidade do
tempo, porque “a realidade devorou o delírio”. Não há constância afinal. Há rupturas com o
passado e, portanto fragmentação da memória suspensa. A seqüência não é mais do que uma
impressão proveniente de instantes plurais e múltiplos. Na poesia al bertina a única realidade
temporal é a percebida no instante presente. É somente hoje que se pressentem os cacos
resultados do passado vil de seu país.
A cidade provinciana de Astrid foi plantada, enxertada, construída com pedras
estrangeiras, suas ruas, avenidas e a própria população constitui-se do resultado de imigrações de
adventícios povos. Uma cidade resultada de uma época de fartura que tenta manter a riqueza a
todo custo, e que já não tem todo o esplendor de outrora, mas, edifica-se adentrando a mata,
cortando os rios com suas pontes, alimentando as pessoas com produtos de fora, trazidos pelos
vapores principalmente da Europa. Cercada por flutuantes cheios de vida, com barcos e canoas
atracadas. Banhada pelo Rio Negro berço da cidade, lugar de imersão da poetisa em busca dessas
lembranças passadas.
Na outra ponta, a urbe poética de Al Berto passa por momentos difíceis em que o
solipsismo desponta para um novo tempo, onde a cidade de areia construída de grão em grão,
desfaz-se à beira do desconstruído mar português, porque o mar de hoje não é mais dos barões
assinalados, o mar de hoje é símbolo da dessacralização do esplendoroso passado do país. Na
contemporaneidade vivem-se da reflexão, das interrogações acerca das verdades preteritamente
em voga, por isso as indagações feitas pelo poeta “que espécie de lume cospem os cardos?/
caberá o mar dentro da tua ausência? e o caule/ negro dos analgésicos por mim acima... que
cidade/de areia construída grão a grão aparecerá?/ quantas lisboas estão enterradas? ou
submersas?” (p. 43). São perguntas que podem ser respondidas ou não, mas que insistentemente
aparecem no poema e no ideário dos portugueses contemporâneos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AL BERTO. Horto de Incêndio. Lisboa: Assírio & Alvim, 2000.


ANGHEL. Gólgona. Eis-me acordado muito tempo depois de mim. Uma biografia de Al
Berto. Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2006
CABRAL, Astrid. Visgo da Terra. Manaus: Editora Valer/ Governo do Estado do Amazonas/
Edua/ UniNorte, 2005.
LOURENÇO, Eduardo. A nau de Ícaro e Imagem e miragem da lusofonia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2001.
LOURENÇO, Eduardo. Portugal como Destino seguido de Mitologia da Saudade. 3. ed.
Lisboa: Gradiva, 2001.
SAMYN, Henrique Marques. Antologia de uma vida. In: Jornal de Poesia. Fortaleza, 2006.
Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/hmarques.html#astrid. Acesso: 17/03/2012.
TELES, Tenório. Mais que uma sensibilidade feminina. In: CABRAL, Astrid. Visgo da
Terra. Manaus: Editora Valer/ Governo do Estado do Amazonas/ Edua/ UniNorte, 2005.

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