Sie sind auf Seite 1von 3

Universidade Estadual de Feira de Santana

Benis Miguel Bispo Santiago

Condição de saúde dos professores

Feira de Santana
Bahia
A Organização Internacional do Trabalho definiu as condições de trabalho
para os professores ao reconhecer o lugar central que estes ocupam na
sociedade, uma vez que são os responsáveis pelo preparo do cidadão para a
vida (OIT, 1984). Tais condições buscam fundamentalmente atingir a um alvo de
um ensino eficaz. Na atualidade, o papel do professor excedeu a mediação do
processo de conhecimento do aluno, o que era comumente esperado. Ampliou-
se a missão do profissional para além da sala de aula, a fim de garantir uma
articulação entre a escola e a comunidade.
O professor, além de ensinar, deve participar da gestão e do planejamento
escolares, o que significa uma dedicação mais ampla, a qual se estende às
famílias e à comunidade. Embora o sucesso da educação dependa do perfil do
professor, a administração escolar não fornece os meios pedagógicos
necessários à realização das tarefas, cada vez mais complexas. Os professores
são compelidos a buscar, então, por seus próprios meios, formas de
requalificação que se traduzem em aumento não reconhecido e não remunerado
da jornada de trabalho (Teixeira, 2001; Barreto e Leher, 2003; Oliveira, 2003).
A questão do adoecimento dos professores, como resultante das suas
condições de trabalho, vem sendo objeto de estudos tanto no meio acadêmico
quanto no sindical ou de instituições de pesquisa em âmbito nacional. Para
Mazon, Carlotto e Câmara (2008) muitos professores não vislumbram
perspectivas em seu trabalho, não avaliam a satisfação e sucesso que obtém
com ele e estabelecem uma rotina de trabalho esquecendo-se das atividades
extraprofissionais. Vedonato e Monteiro (2008) em pesquisa realizada com 258
professores de escolas estaduais de São Paulo verificaram que a maioria destes
profissionais apresentavam estilos de vida precários, com a presença de muitos
problemas de saúde, como transtornos músculo-esqueléticos, respiratórios e
mentais. Nesta mesma pesquisa, os referidos autores, encontraram que 96,5%
dos sujeitos consideram o trabalho na escola estressante e sugerem que este
fato possa estar relacionado com o aparecimento de transtornos mentais em
20,9% dos entrevistados, sendo que 74,1% destes faziam uso de medicamentos
antidepressivos.
REFERÊNCIAS:
BARRETO, R. G.; LEHER, R. Trabalho docente e as reformas neoliberais. In:
OLIVEIRA, D. A. Reformas educacionais na ormas educacionais na América
Latina e os trabalhadores docentes. Latina e os trabalhadores docentes Belo
Horizonte: Autêntica, 2003. p. 39-60.
OLIVEIRA, D. A. As reformas educacionais e suas repercussões sobre o trabalho
docente. In _____. Reformas educacionais na América Latina e os trabalhadores
docentes. Aut América Latina e os trabalhadores docentes êntica: Belo
Horizonte, 2003, p. 13-35.
Mazon, V.; Carloto, M. S.; Câmara, S. (2008) Síndrome de Burnout e estratégias
de enfrentamento em profesores. Arquivos Brasileiros de Psicología, v. 60, n.1
TEIXEIRA, L. H. G. Políticas públicas de educação e mudança nas escolas: um
estudo da cultura escolar. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, M. R. T. (Orgs.) Política
e trabalho na escola: adm balho na escola inistração dos sistemas de educação
básica. 2.ed., Belo Horizonte, 2001, p. 177-190
Vedovato, T. G.; Monteiro, M. I. (2008) Perfil sociodemográfico e condições de
saúde e trabalho dos professores de nove escolas estaduais paulistas. Rev. Esc.
Enferm. USP [online], v. 42, n. 2, pp. 291-297.

Das könnte Ihnen auch gefallen