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CLEOMAR LEITE DA SILVA MATOS

ROSILENE DOS SANTOS

O CRACK E A SAÚDE PÚBLICA: suas complicações e o despreparo público

Aprovado em:______/______/_______

Nota:_______

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Ana


Neri do curso Técnico em Enfermagem como parte das
exigências para obtenção de nota da disciplina de Iniciação ao
Estudo e Pesquisa- IEP II.

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Prof.ª Orientadora: Adriana Santos da Silva

Bacabal-MA.
2017
COMPLICAÇÕES CAUSADAS PELO CRACK E O DESPREPARO DA SAÚDE
PÚBLICA

Cleomar Leite da Silva Matos*


Rosilene dos Santos**

RESUMO: O presente projeto de pesquisa abordará incialmente assunto


relacionado à história do crack levando em conta, comentários sobre a cocaína, que
por sinal é uma substância que faz parte da composição do crack, posteriormente
em pauta o serviço público oferecido, na ocasião veremos o despreparo no trato de
pacientes com uso compulsivo do crack, a falta de treinamento marcada pelo
péssimo atendimento que deixa o próprio usuário inseguro da qualidade do
tratamento oferecido, finalmente será tratado ainda neste trabalho à questão dos
Sinais e Sintomas da síndrome de abstinência e dependência do crack no
organismo do indivíduo, as causas e danos à saúde muito bem exemplificada nas
fases que mostram a progressão dos sinais de sintomas após a cessação de uso.
Com os exposto acima pretende-se alertar ao leitor sobre atual realidade que
enfrenta o cenário que envolve o setor da saúde pública na tentativa de resolver este
problema, por suas vez, nas considerações finais serão apontadas segundo a ótica
do autor, medidas que possam melhorar os problemas mostrados ao longo do
discorrer do referencial teórico.

Palavras-Chave: Crack. Serviço Público. Sinais e Sintomas da Síndrome de


Abstinência e Dependência.

ABSTRACT: This research project will address initially issue related to crack the
story taking into account comments about cocaine, which by the way is a substance
that is part of the crack-up later on the agenda the public service provided, on
occasion we will see unpreparedness in tract of patients with compulsive use of
cracks, lack of training marked by the terrible service that lets the user himself unsure
of the quality of care offered finally will still be treated in this study the issue of
withdrawal and crack addiction in an individual's body, the causes and injury to health
very well exemplified in the stages that show the progression of the signs of
symptoms after cessation of use. With the foregoing is intended to alert the reader
about current reality facing the scenario involving the public health sector in an
attempt to solve this problem, for its part, in the final considerations will be identified
from the viewpoint of the author, measures that can improve the problems shown
over the theoretical discourse.

Keywords: Crack. Public Service. Signs and Symptoms of abstinence and


dependenc,syndrome

1. INTRODUÇÃO
A sociedade ao longo dos anos vem sendo marcada por diversos problemas
sociais que a impedem de apostar em um futuro melhor, corrupção, desigualdades
sociais, crise globalizada, estatística de vida, todos esses são fatores que maltratam
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o desenvolvimento do mundo, porém, não podemos nos esquecer de que além


desses, temos também as drogas que retardam ainda mais as expectativas de vida
e se tratando do crack delimitando em nosso país, os dados são alarmantes de tal
forma que se faz necessária a presença de todos no combate a esta droga, o
governo não tem medido esforços na luta contra esta mazela, seja na área da
educação, segurança e saúde, na forma de tratamento, projeto de prevenção,
programas de conscientização , investimentos em tecnologias de segurança que
garanta a integridade das pessoas que são vítimas do uso desta substância.

Esta pesquisa pretende mostrar primeiramente uma abordagem histórica do


crack retratando sua origem, levando em conta aspectos de sua composição e as
iniciais formas encontradas para o consumo, as preocupações que surgiram com a
contaminação da AIDS no ato de compartilhar o crack entre eles, compreender a
relação de dependência e abstinência, sobretudo os processos de recaída que
passa o indivíduo para se livrar do vício. Apresentar as fases: “I Crash, II Disfórica, III
Extinção,” essas fases apresentam a progressão dos sinais e sintomas após a
cessação de uso. O presente trabalho vai tratar do crack como uma questão pública,
onde serão apontadas as principais dificuldades ao lidar com o problema das
drogas, a falta de instrumentos e profissionais capacitados para exercer um serviço
de saúde eficaz.

Contudo, há de reiterar sugestões para tornar este trabalho decisivo na luta


contra o crack, as considerações finais vão apontar sugestões segundo a visão do
autor que podem ajudar a melhorar o cenário da saúde publica, tanto na questão de
1treinamentos para profissionais da área, quanto nas melhorias estruturais, por fim,
ressalvando que o caráter preventivo sempre será umas das formas principais na
luta contra o crack.

2. HISTÓRICO DO CRACK

O Crack surgiu em meados da década de 70 nos estados unidos, era


produzido através da mistura da cocaína e bicabornato de sódio, o foco maior dos
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usuários da droga na época era a cocaína, consumida pelos ricos, porém, a mesma
custava um preço elevado não acessível às pessoas de classes mais baixas, neste
contexto o crack ganha destaque já que na sua composição eram misturadas outras
substâncias químicas que tornava o preço mais acessível para o consumo. Logo
surgiram também as preocupações com a contaminação do vírus da AIDS, que se
propagava por diversos meios através do compartilhamento da droga pelos os
usuários, isso trouxe um novo jeito de consumir o crack, de forma injetável, com
efeito igual, intenso aos demais.
Estudos revelam que o crack está cada vez mais presente nos centros
urbanos e rurais do país, muito comumente compartilhados nas festas, clubes, bares
e etc. Como uma forma de lazer, comemoração de acontecimentos. Esta mazela
fortemente presente na sociedade trem sido vítima dos esforços do governo que
tenta até hoje minimizar os danos causados pela infestação do crack.
Durante muito tempo procurou-se por diversas vezes entender a relação de
dependência que a droga causa no indivíduo, sobretudo a o perfil deste, bem como
a questão sociocultural que o abarca, e que o faz vulnerável ao consumo, a quem
afirme que o fenômeno da dependência química, seja, complexo e multifatorial,
devendo ser entendido nos seus diversos elementos constitutivos inter-relacionados
que são os aspectos biológico, psicológico, sociocultural e as drogas em si, ou seja,
compreendendo o homem de uma forma integral. Assim faz-se necessário analisar
não somente pelo jeito médico, mas também pela própria sociedade onde ela é
apresentada como fenômeno.
Bucher (OLIVEIRA, 2003, p. 61) realiza essa analise ao discutir que:

[...] o engendramento de droga dições corresponde a um processo


complexo onde intervém, além de substancia, o contexto sociocultural e
econômico (com suas pressões e condicionamentos múltiplos) e a
personalidade do usuário (com suas motivações pessoais, conscientes e
inconscientes).

É mais do que comprovado que para uma política de prevenção é preciso que
faça um levantamento a fim de revelar os fatores de ricos e fatores de proteção, de
forma a compreender os indivíduos analisando as condições que ele está sujeitos a
aumentar ou diminuir os riscos de contato com as drogas. Portanto, ao analisar a
Constituição percebemos que é dever do Estado, garantir o direito de qualquer
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pessoa que por motivo, venha se infiltrar em um caminho sem volta o que acontece
com vítimas do crack, álcool, maconha, automedicação e outras drogas. O Estado
deverá criar meios através de políticas públicas que garanta um tratamento
consistente para os dependentes de maneira à ressocializa-lo, devolvendo ao
convívio social.
Além disso, é importante ressaltar:

A política realinhada orienta-se pelo princípio da responsabilidade


compartilhada, adotando como estratégia a cooperação mútua e a
articulação de esforços entre governo, iniciativa privada, terceiro setor e
cidadãos, no sentido de ampliar a consciência para a importância da Inter
setorial idade e descentralização das ações sobre drogas no país (BRASIL,
Legislação e Políticas Públicas sobre Drogas no Brasil, 2010).

Como pode ser notado, o usuário de crack tem que ser lembrado de forma
observar suas peculiaridades para que seja tratado em todas suas dimensões
físicas, sociais e psicológicas. Para tanto se firma um dos objetivos da PNAD
(Política Nacional de drogas): Implantar rede de assistência, integrada, pública e
privada Inter setorial, para pessoas com transtornos decorrentes do consumo de
substâncias psicoativas, fundamentada em conhecimento validado, de acordo com a
normatização funcional mínima, integrando os esforços desenvolvidos no
tratamento.

3. O CRACK COMO UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

Anteriormente foi citado que o problema do crack é também de


responsabilidade do Estado, e se tratando da saúde pública, percebemos que os
próprios usuários não enxergam no sistema de saúde pública garantias para um
tratamento de referência que possa reabilita-lo. Na maioria das vezes é preciso fazer
o deslocamento até o local em que o usuário se encontra e realizar o tratamento
onde ele está, a Estratégia de Saúde da Família é o que se tem de mais eficiente
para alcançar a localização deste usuário.
A rede de cuidado do usuário de crack é composta pela atenção básica —
equipes de Saúde da Família e agentes comunitários de saúde, Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), especialmente os CAPS-AD (Álcool e Drogas) e os CAPS
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(Infanto-Juvenil) —, leitos de acolhimento e desintoxicação em hospitais gerais,


unidades de acolhimento temporário, como as casas de passagem, e internações
mais longas, quando necessário.
A falta de crédito que se dar aos centros de saúde pode estar na falta de
capacitação profissional aos funcionários públicos, problemas com a estrutura dos
hospitais, falta de aparatos para receber pessoas dependentes do crack e de
qualquer droga, tem que acabar com a crença de que o tratamento somente pode
ser feito em clínicas especializada. No Brasil existem diversas formas tradicionais de
tratamento, com longas internações, conduzidos por instituições religiosas ou
comunidades terapêuticas, são os mais usados pela sociedade. Em geral, são
práticas verticalizadas e distanciadas e, por isso, muitos tratamentos não dão certo.
Não se quer aqui descartas os modelos tradicionais que tem sua parcela de
contribuição, porém, sabemos que eles não resolvem todo o problema. A instituição
ainda é uma opção para os dependentes, mas, por exemplo, não há como colocar
todos os usuários de crack numa instituição, esses locais de tratamento podem
continuar servindo como retaguarda, o que se precisa é conhecer o perfil de cada
usuário, após, cria novos modelos de tratamento e adapta-los ao perfil de cada um.
O caminho é cheio de desafios, mas precisamos nos unir somando os esforços de
todos.

4. SINAIS E SINTOMAS DA SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA E ABSTINÊNCIA


POR CRACK

O crack é considerado uma síndrome que caracteriza a presença de um


padrão compulsivo geralmente voltado para o alívio ou evitação de sintomas de
abstinência, para explicar melhor esse padrão torna-se compulsivo quando o
indivíduo não deseja sentir os sintomas da abstinência do crack ou mesmo a
vontade de sentir os momentos de segundo do êxtase que o crack trás ao usuário,
esse padrão se mostra mais importante do que parte ou a totalidade das atividades
e compromissos sociais realizados pelo indivíduo, falamos que se torna importante
porque consegue afastar do indivíduo aptidão pelas funções exercidas no cotidiano,
passando a tratá-los com negligência ou abandono, a fim de privilegiar o uso.
Durante a abstinência, surgem período de desejo intenso pela cocaína,
acompanhado de outros sintomas causados pela abstinência, anedonia e
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depressão, acabam convencendo o usuário a voltar usar a droga. Nos usuários


compulsivos ou até os que usam por pouco tempo é possível notar a o aparecimento
da síndrome. Ela é composta por três fases: O Crash, a síndrome disfórica tardia e
extinção. Essas fases apresentam a progressão dos sinais de sintomas após a
cessação de uso.
Fase I – O Crash, o indivíduo tem uma recaída drástica ficando tristes com
pouca energia, os efeitos dessa redução de humor variam de 15 a 30 minutos
podendo se estender até 8 horas ou até mesmo quatro dias.
Fase II – A síndrome Disfórica, é um período de mais intensa depressão que
se inicia de 12 a 96 horas depois de cessado o uso e pode durar de duas a 12
semanas. Nos primeiros quatros dias um grau maior de sonolência invade e toma
conta do corpo de forma atrair a vontade de consumo da droga, anedonia,
irritabilidade, problemas de memória e ideação suicida. Ocorrem reduções
frequentes como forma de tentar aliviar os sintomas disfóricos.
Fase III – Fase da Extinção, nesta última etapa os sintomas disfóricos
diminuem ou cessam por completo e aquele momento de “loucura do desejo de
consumo da droga” torna-se intermitente.
Nota-se que as complicações psiquiátricas são os grandes motivos da busca
ao médico pelos usuários do crack. Esses agravantes agem de forma avassaladora
no organismo, decorrem tanto na intoxicação aguda quanto na fases de abstinência
da substância. A medida que o indivíduo vai sentindo os efeitos da abstinência, o
paciente pode desencadear novos prognósticos e, se não forem detectadas,
favorecem novas recaídas e o abandono do tratamento.
É importante lembrar que varias são as vacinas que tem sido desenvolvido
para o tratamento do crack entre outras drogas, elas agem no organismo de forma a
diminuir as recaídas, porém, ainda é para nós muito pouco, diante de tantos casos
que necessitam dessas vacinas, a grande questão é que essas vacinas são de difícil
comercialização e a demanda é tamanha, poucos conseguem obter uso. Tal
situação geralmente resulta em tolerância e síndrome de abstinência, levando a
pessoa a uma compulsão na repetição do uso da mesma. Essa necessidade
compulsiva pelo uso da droga torna-se permanente na vida do indivíduo acarretando
graves consequências como: abandono do lar, afastamento da família e social,
trabalho, preconceito e problemas de saúde.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O discorrimento dos assuntos pertinentes às complicações do uso do Crack é


corriqueiro, sabemos da luta árdua e intensa que é lidar com tal problema, o
caminho mais correto a trilhar no combate ao crack está na união dos órgãos
públicos de diversas áreas, no esforço de todos, não que isso não aconteça, mas
ainda falta um preparo eficiente que traga resultados. Por ser um problema social ele
necessita de atenção de vários setores, seja da assistência social, da saúde, da
segurança e principalmente da família, pois, está ligada diretamente com o usuário.
Quanto à saúde pública, visto que se faz interesse do tema apresentado, é
necessário mais investimentos no setores que tem contato direto com este tipo de
paciente, uma vez que, foi constatada a falta de capacitação profissional, falta de
instrumentos, isso é o mínimo que deve ser feito, o hospital, centros e postos de
saúde, precisam de treinamento para melhor atender. Mais no geral apostar no
caráter preventivo ainda é a melhor forma de diminuir os índices da ação do crack, a
medida que conseguimos realizar um trabalho de sensibilização através de
palestras, oficinas e propagandas em todos os meios de comunicação que de forma
didática, esclarecem os riscos e danos que pode levar a morte, o indivíduo que
insiste no uso dessa substância.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Legislação e Políticas Públicas sobre Drogas no Brasil, 2010

CFM Conselho Federal de Medicina - DIRETRIZES GERAIS MÉDICAS: Para


Assistência Integral ao Dependente do Uso do Crack, 2014.

http://www.antidrogas.com.br/mostraartigo.php?c=2957&msg=Crack,%20um%20pro
blema%20social.

http://www.antidrogas.com.br/mostraartigo.php?c=1466&msg=Os%20Efeitos%20do
%20Crack%20no%20Organismo%20de%20Usu%E1rio.

http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/crack-um-caminho-sem-volta-
uma-geracao-perdida/71033/.

http://pt.scribd.com/doc/95742003/REFERENCIAL-TEORICO#scribd

https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/42456/crack-um-problema-
que-cresce-a-cada-dia.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000200008#.

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