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Sumário
1. Introdução. 2. A doutrina brasileira e o
enquadramento da prática nacional entre o
monismo e o dualismo. 3. O “debate originário”
sobre dualismo e monismo. 4. O marco inicial da
vigência do tratado internacional. 4.1. Vigência
de tratados no ordenamento brasileiro. 4.2.
Acordos executivos. 4.3. O costume. 5. A norma
internalizada e os fatos internacionais posterio-
res à sua vigência. 5.1. Efeitos da denúncia sobre
o tratado vigente internamente. 5.2. A vigência
internacional do tratado para outro Estado Parte.
5.3. Acordos cuja vigência está subordinada à
observância da reciprocidade. 6. Conclusões.
1. Introdução
Tema dos mais constantes na lista das
publicações brasileiras sobre Direito Inter-
nacional, a relação do Direito Internacional
com o Direito Interno provoca distintos
debates, teóricos e práticos. Quanto à te-
oria, uma análise da doutrina evidencia
séria discordância entre os autores, cujas
leituras dos textos clássicos sobre o assunto
André Lipp Pinto Basto Lupi é Professor de nem sempre são convergentes. No mais das
Direito Internacional da Universidade do Vale vezes, esse desafino dá-se no plano descri-
do Itajaí (programas de Mestrado em Ciência tivo; são tentativas distintas de classificar
Jurídica, graduação em Direito e graduação em as posturas adotadas pela nossa legislação
Relações Internacionais). Doutor em Direito
e jurisprudência. À moda dos debates
Internacional pela Faculdade de Direito da Uni-
versidade de São Paulo, com estágio doutoral no doutrinários, dois rótulos identificam as po-
Institut Universitaire de Hautes Études Internatio- sições em oposição: dualismo e monismo.
nales de Genebra. Bacharel e Mestre em Direito No curso dos anos, essas fórmulas foram
pela Universidade Federal de Santa Catarina. modificadas, relativizadas, modalizadas.