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AULA 01
Direito Administrativo
Teoria Geral e Princípios Administrativos
Professor Fabiano Pereira
Olá!
Fico muito feliz em saber que você deseja conhecer os “atalhos” para
garantir uma excelente produtividade em seu concurso público. Doravante,
iremos estudar os principais tópicos do Direito Administrativo em
conformidade com as questões elaboradas pela ESAF, CESPE, FCC e FGV, que
são as responsáveis pelos principais concursos públicos realizados no país.
Em relação ao nosso curso, tente alcançar o máximo de produtividade. Para
isso, é necessário e imprescindível que você resolva todas as questões que forem
apresentadas, bem como envie para o fórum todas as dúvidas que surgirem.
Independentemente de sua experiência em concursos públicos (iniciante ou
profissional), aproveite a oportunidade para esclarecer todos aqueles pontos que
não foram bem assimilados durante a aula.
A propósito, você perceberá que a presente aula tem um formato
diferente, conforme antecipei na aula demonstrativa. Trata-se de uma
experiência que estou fazendo para verificar qual será a receptividade
da nova forma de exposição do conteúdo, que tem o formato mais
parecido com o de um livro, com citações diretas (tanto de questões
como de doutrinadores).
Por favor, conto com a sua colaboração no sentido de se manifestar
sobre a sua percepção sobre o novo formato da aula: se é melhor, pior,
não percebeu diferenças marcantes etc. Enfim, gostaria de seu feedback
para saber como irei desenvolver os próximos cursos.
Fique à vontade para apresentar sugestões ou críticas, pois TODAS serão
bem-vindas e respondidas.
Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
1. O DIREITO ADMINISTRATIVO
1.1. O Direito Administrativo como sub-ramo do Direito Público
Para facilitar o estudo do Direito em geral, a doutrina costuma desmembrá-
lo em dois grandes ramos: direito público e direito privado.
Apesar da divisão dicotômica, deve ficar claro que o Direito é um só,
indivisível. O desmembramento é realizado apenas para fins didáticos,
permitindo um estudo mais eficiente e especializado dos vários sub-ramos
jurídicos (disciplinas) que o compõem.
Ao direito privado incumbe disciplinar as relações jurídicas em que
prevalecem os interesses dos particulares, sem a participação direta do
Estado na transação. Podemos incluir nesse ramo o Direito Civil e o Direito
Empresarial. Se o indivíduo A deseja comprar um veículo do indivíduo B, por
exemplo, a relação jurídica será regulada pelo Direito Civil, sub-ramo do direito
privado.
De outro lado, se é o Estado que deseja adquirir alguns veículos para
compor a sua frota, a relação jurídica será disciplinada pelo direito público, mais
precisamente pelo Direito Administrativo (Lei Geral de Licitação e Contratos
Administrativos – 8.666/1993, em regra).
Ao direito público compete regular as relações jurídicas entre Estado e
particulares; entre os órgãos públicos e seus agentes; e entre entidades estatais
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e/ou entidades administrativas
(autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações
públicas e consórcios públicos de direito público). Podemos incluir entre os seus
sub-ramos o Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Processual Civil
e Penal, Direito Ambiental, Direito Tributário, Direito Financeiro, Direito Penal e
Direito Urbanístico.
Agora ficou fácil!
Considera-se o Direito Administrativo um sub-ramo do direito público
porque se trata de disciplina jurídica que tem por objetivo, dentre outros, regular
as relações jurídicas entre Estado, de um lado, e particulares, de outro; ou, ainda,
as relações existentes entre as próprias entidades integrantes da Administração
Pública, seus órgãos e agentes públicos.
1
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed. São Paulo: Malheiros, 2002, p.46.
2
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2011, p.1.
3
ARAÚJO, Edmir Netto de. Curso de Direito Administrativo. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p.9.
4
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Procurador da Assembléia Legislativa do
Estado do Amazonas, realizado em pelo ISAE – Instituto Superior de Administração e Economia.
5
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Procurador do Tribunal de Contas do Distrito
Federal, realizado pelo CESPE.
6
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.43.
7
Agnès Blanco, no ano de 1873 (na época com cinco anos de idade), ao atravessar uma rua na cidade de Bordeaux acabou
sendo atropelada por vagonete da Companhia Nacional de Manufatura de Fumo (empresa estatal). Após seu pai ter proposto
ação indenizatória contra o Estado Francês na justiça comum civil, surgiu um grande debate sobre a competência para
julgar o caso. Na oportunidade, discutiu-se se o caso deveria ser julgado em conformidade com as regras do direito privado
(na justiça comum civil) ou do direito público (jurisdição administrativa - Conselho de Estado), prevalecendo,
posteriormente, a segunda tese. A partir do caso Blanco passou-se a fixar a competência da jurisdição administrativa em
razão da prestação de serviços públicos, isto é, se algum dano fosse causado a particular em razão da prestação de serviços
públicos, a jurisdição administrativa é que deveria julgar eventual pedido de indenização.
É o que ocorre, por exemplo, com o Direito Tributário, Direito Penal, Direito
Constitucional, entre outros, que também regulam as relações jurídicas em que
estejam presentes o Estado, de um lado, e o administrado, de outro.
8
ARAÚJO, Edmir Netto de. Curso de Direito Administrativo. 4 ed., p.76.
9
Enunciado (adaptado) considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Procurador do Tribunal de Contas
do Distrito Federal, realizado pelo CESPE.
10
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Administrador do Tribunal de Justiça de
Roraima, realizado pelo CESPE.
11
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Procurador do Distrito Federal, realizado pela
ESAF – Escola Superior de Administração Fazendária.
12
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed., p.38.
13
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.48.
14
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Atlas, 2013, p.8.
15
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed., p.38.
“ação social do Estado” (atividade de traçar as diretrizes sociais que devem ser
seguidas pelo Estado), pois esta incumbe ao Governo.
16
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Juiz Federal Substituto do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, realizado pelo próprio Tribunal.
17
Para fins de concursos públicos, as expressões função administrativa e atividade administrativa são utilizadas como
sinônimas. Todavia, Marçal Justen Filho afirma que “a função administrativa é um conjunto de competências, e a atividade
administrativa é a sequência conjugada de ações e omissões por meio das quais se exercita a função e se persegue a
realização dos fins que a norteiam e justificam sua existência. A função administrativa se traduz concretamente na
atividade administrativa”. In Curso de Direito Administrativo. 8. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p.98.
18
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.195.
19
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Jurídico da Procuradoria Geral do
Distrito Federal, realizado pelo IADES – Instituto Americano de Desenvolvimento.
20
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 23.
21
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 36.
22
Na verdade, a banca simplesmente reproduziu a definição de função administrativa elaborada por Marçal Justen Filho,
disponível em seu Curso de Direito Administrativo. 8. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 94.
23
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.54.
24
A Lei 7.735/89, alterada pela Lei 11.516/07, dispõe em seu art. 2º que o IBAMA foi criado com a finalidade de: “I -
exercer o poder de polícia ambiental; II - executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições
federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos
naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio
Ambiente; III - executar as ações supletivas de competência da União, de conformidade com a legislação ambiental
vigente”.
25
Acessado em http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/06/dado-consolidado-aponta-baixa-recorde-no-desmate-da-
amazonia.html. Acesso em 20/06/13, às 8h55m.
26
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Engenheiro Civil do INSS, realizado pelo
CESPE.
27
LAROUSSE, Ática. Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. São Paulo: Ática, 2001, p. 453.
2.2.1.1. Leis
Em decorrência do princípio da legalidade, a lei é a mais importante de
todas as fontes do direito administrativo30, apresentando-se como o único
instrumento hábil a criar obrigações e deveres para a Administração Pública e
para os que com ela se relacionem juridicamente.
No âmbito da expressão “lei” devem se incluídas as normas constitucionais
e os atos normativos primários previstos no artigo 59 da Constituição Federal
(emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, medidas
provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções),
independentemente do ente estatal responsável pela edição (União, Estados,
Municípios e Distrito Federal).
A Administração Pública deve sempre observar os mandamentos previstos
nesses instrumentos normativos para exercer a atividade administrativa.
Qualquer conduta administrativa exercida sem amparo legal é, no mínimo,
ilegítima, ensejando, assim, a respectiva anulação pela própria Administração
ou pelo Poder Judiciário.
28
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 27.
29
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal Regional
Eleitoral de Pernambuco, realizado pela Fundação Carlos Chagas – FCC.
30
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal Regional do
Trabalho da 10ª Região, realizado pelo CESPE.
2.2.2.1. Jurisprudência
A jurisprudência pode ser definida como o conjunto reiterado de decisões
dos Tribunais, acerca de determinado assunto, no mesmo sentido. É
importante esclarecer que várias decisões monocráticas (proferidas por juízes
singulares de primeira instância, por exemplo) sobre um mesmo assunto, ainda
que proferidas no mesmo sentido, não constituem jurisprudência. Para que
tenhamos a formação de jurisprudência é necessário que as decisões (várias)
tenham sido proferidas por um Tribunal (STF, STJ, TRF da 1ª Região, TRE/MG
etc.).
Exemplo: atualmente, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no
sentido de que candidato aprovado em concurso público, dentro do limite de
vagas disponibilizadas no edital, tem direito líquido e certo à nomeação dentro
do prazo de validade do certame.
Caso o prazo de validade do concurso público tenha expirado sem a
nomeação do candidato, este pode impetrar mandado de segurança no Poder
Judiciário para assegurar o seu direito, ainda que não exista lei assegurando o
provimento.
31
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista de Planejamento do INPI, realizado
pelo CESPE.
existe a obrigatoriedade de sua manutenção para casos futuros, já que a lei pode
alterá-lo ou vedá-lo a qualquer momento.
2.2.3. Doutrina
32
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 15. ed. p. 75.
3. Sistemas administrativos
Em termos gerais, afirma-se que os atos editados pela Administração
Pública podem ser submetidos a dois sistemas distintos de controle jurisdicional,
variando em razão do ordenamento jurídico sob análise: o contencioso
administrativo (também chamado de sistema francês) e o sistema judiciário
ou de jurisdição única (também conhecido como sistema inglês).
33
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Técnico Judiciário do Tribunal Regional
Eleitoral do Maranhão, realizado pelo CESPE.
34
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Procurador Federal da Advocacia Geral da
União, realizado pelo CESPE.
35
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed., p.52.
36
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Promotor de Justiça do Estado de Santa
Catarina, realizado pelo próprio órgão.
37
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed., p.966.
4. Regime jurídico-administrativo
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para
designar, em sentido amplo, os regimes de direito público e de direito privado
a que pode submeter-se a Administração Pública38.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 173, caput, preceitua que
ressalvados os casos previstos em seu texto, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos
em lei.
Apenas em situações excepcionais o Estado irá explorar atividade
econômica, valendo-se, nessas hipóteses, de empresas públicas e sociedades de
economia mista. Ademais, caso isso ocorra, ficará sujeito ao regime jurídico de
direito privado próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos
e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
Nesse caso, o Estado não gozará de prerrogativas especiais em suas
transações com os particulares, pois será estabelecida uma relação jurídica
horizontal. E não poderia ser diferente. Se o Estado está atuando em setor
inicialmente reservado à iniciativa privada, seria injusto que pudesse usufruir de
“vantagens” não outorgadas aos seus concorrentes. Assim, será nivelado aos
particulares.
As empresas públicas (Caixa Econômica Federal e Correios, por exemplo)
e as sociedades de economia mista (Banco do Brasil, Banco do Nordeste,
Petrobrás etc.), que atuam na exploração de atividades econômicas, reger-
se-ão pelas mesmas regras impostas às demais empresa que atuam em seus
respectivos mercados, isto é, normas de direito privado.
Lembre-se: o Estado não possui a faculdade de optar pelo regime jurídico
que melhor atenda às suas necessidades. Caso esteja atuando na exploração de
atividade econômica, submeter-se-á obrigatoriamente às regras de direito
privado, nos termos do art. 173, § 1º, II, da CF/1988.
Entretanto, são freqüentes as questões de concursos afirmando que o
regime jurídico a que se sujeitam as empresas públicas e as sociedades de
economia mista é de natureza híbrida39, pois, mesmo quando explorando
38
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil, realizado pela ESAF.
39
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Auditor de Controle Externo do Tribunal de
Contas do Espírito Santo, realizado pelo CESPE.
40
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.63.
41
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p. 55.
42
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p. 70.
43
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed, p. 72
44
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.63.
45
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.63.
1. Considerações iniciais
Quando alguém está iniciando a construção de um edifício sempre se
preocupa em realizar uma boa fundação, pois esta é responsável pela
sustentação da obra. A fundação, juntamente com os pilares da construção,
servirá de base para o assentamento dos tijolos e demais produtos que
culminarão no imóvel.
Se posteriormente o proprietário quiser derrubar uma parede de tijolos do
imóvel para aumentar o tamanho de um quarto, provavelmente será autorizado
pelo engenheiro. Todavia, se pretender quebrar um pilar, que é responsável pela
estrutura da edificação, certamente será desaconselhado.
No Direito, os princípios exercem função semelhante à da fundação e dos
respectivos pilares, pois servirão de base à criação das leis e execução da
atividade administrativa. Os princípios são verdadeiros guias que
estruturam, orientam e direcionam o legislador, no momento da elaboração
das leis, assim como o administrador público, no momento de sua aplicação.
Leis editadas em desconformidade com os princípios podem ser declaradas
inconstitucionais. Condutas administrativas que contrariem mandamentos
contidos em princípios podem ser consideradas ilegítimas e estão sujeitas à
invalidação pela própria Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.
Em brilhante explanação, Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que
“[...] violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma
qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um
específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É
a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o
escalão do princípio violado, porque representa insurgência contra todo o
sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível
a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra46”.
46
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p.53.
47
GARCIA. Emerson; Alves, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa. 6. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p.
46.
48
BARROSO, Luís Roberto; BARCELLOS, Ana Paula de. A nova interpretação constitucional dos princípios. In:
LEITE, George Salomão (org). Dos princípios constitucionais. Considerações em torno das normas princípiológicas da
Constituição. São Paulo: Malheiros, 2003, p. 109.
49
No julgamento do Recurso Especial nº 1.185.474/SC, cujo acórdão foi publicado pelo Superior Tribunal de Justiça
em 29/04/2010, o Ministro relator Humberto Martins afirmou que “a insuficiência de recursos orçamentários não pode
ser considerada uma mera falácia. Tanto é assim que a doutrina e jurisprudência germânica, conscientes da existência de
limitações financeiras, elaboraram a teoria da "reserva do possível" (Der Vorbehalt des Möglichen ), segundo a qual os
direitos sociais a prestações materiais dependem da real disponibilidade de recursos financeiros por parte do Estado”.
Se não existe regra que permita, por meio de sua aplicação direta,
apresentar a solução jurídica para o problema real, o exame dos princípios
gerais da Administração Pública sempre apresentará a solução. Os princípios da
moralidade, impessoalidade, eficiência, razoabilidade, finalidade, motivação e
tantos outros sempre permitem a construção de soluções juridicamente
adequadas quando aplicados ao caso em concreto, tanto para questões já
enfrentadas quanto para as novas situações nunca enfrentadas e que requerem
a adoção de solução por parte do administrador50.
50
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Fórum, 2007, p. 92.
51
LEITE, George Salomão; LEITE, Glauco Salomão. A abertura da Constituição em face dos princípios.. In: LEITE,
George Salomão (org). Dos princípios constitucionais. Considerações em torno das normas princípiológicas da
Constituição. São Paulo: Malheiros, 2003, p. 154.
52
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Juiz do Trabalho do TRT da 23ª Região,
realizado pelo próprio Tribunal.
53
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Agente Técnico Legislativo da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, realizado pela Fundação Carlos Chagas.
54
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do TRT da 15ª Região,
realizado pela Fundação Carlos Chagas.
55
GARCIA. Emerson; Alves, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa. 6. ed., p. 68.
56
No julgamento do recurso de apelação nº 2001.01.00.037891-8/DF, de relatoria do Desembargador Souza Prudente, o
Tribunal Regional Federal da 1ª Região considerou ilegítima a cobrança obrigatória de gorjeta sem autorização ou
determinação legal, ao decidir que “o pagamento de acréscimo pecuniário (gorjeta), em virtude da prestação de serviço,
possui natureza facultativa, a caracterizar a ilegitimidade de sua imposição, por mero ato normativo (Portaria nº. 4/94,
editada pela extinta SUNAB), e decorrente de convenção coletiva do trabalho, cuja eficácia abrange, tão-somente, as partes
convenientes, não alcançando a terceiros, como no caso, em que se pretende transferir ao consumidor, compulsoriamente,
a sua cobrança, em manifesta violação ao princípio da legalidade, insculpido em nossa Carta Magna (CF, art. 5º, II) e ao
Código de Defesa do Consumidor (Lei nº. 8.078/90, arts. 6º, IV, e 37, § 1º), por veicular informação incorreta, no sentido
de que a referida cobrança estaria legalmente respaldada”.
57
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do TRT da 22ª Região,
realizado pela Fundação Carlos Chagas.
58
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed., p.86.
59
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Juiz Substituto do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro, realizado pela Fundação VUNESP.
60
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p.101.
61
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Executivo da SEGER/ES, realizado
pelo CESPE.
62
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do TRT da 4ª Região,
realizado pela Fundação Carlos Chagas – FCC.
63
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal Regional
Eleitoral de Santa Catarina, realizado pela PONTUA.
64
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 14. ed. Rio de Janeiro: Impetus,
2007, p. 139.
65
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista de Finanças e Controle da Secretaria
do Tesouro Nacional, realizado pela ESAF.
66
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Mutações do Direito Administrativo. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2007, p.
218.
67
A Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4568/DF, através da qual o PPS, PSDB e DEM pediam a declaração de
inconstitucionalidade dos dispositivos legais que permitiam o reajuste do valor do salário mínimo através de decreto, foi
julgada improcedente pelo Supremo Tribunal Federal, que, nesses termos, reconheceu a aplicação da tese da
deslegalização no direito brasileiro.
68
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 8. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p.201.
69
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para Titular de Serviços de Notas e de Registros – TJ/RJ,
realizado pelo CETRO.
70
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p.114.
71
É importante destacar que recentemente o Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a existência
de repercussão geral da questão constitucional suscitada no Recurso Extraordinário (RE) 710293, em que se discute a
74
No julgamento da apelação nº 2005.37.00.004467-5, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região confirmou sentença que
determinou a retirada do letreiro com o nome de José Sarney da fachada da sede do Tribunal Regional do Trabalho do
Maranhão (16ª Região), por manifesta violação ao princípio da impessoalidade.
75
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p. 244.
76
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região,
realizado pelo próprio TRT/2ª Região.
77
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed., p.90.
78
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para Juiz Substituto do Tribunal de Justiça do Estado da
Bahia, realizado pelo CESPE.
Todavia, é importante destacar que “a função pública deve ser tida como
exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor
público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional”
(Decreto nº 1.171/1994, inciso VI).
79
Esse é o posicionamento, por exemplo, de José Afonso da Silva. In SILVA, José Afonso da. Curso de Direito
Constitucional Positivo. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 669.
80
LAROUSSE, Ática. Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. p. 690.
81
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para Delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro,
realizado pela FUNCAB.
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu
teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a
classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os
seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
II - secreta: 15 (quinze) anos; e
III - reservada: 5 (cinco) anos.
Por último, destaca-se ainda o teor do art. 93, IX, da CF/1988, ao impor
que “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”.
82
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 11. ed. p. 12.
83
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed. p.92.
84
Enunciado considerado incorreto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do TRE/MT, realizado
pelo CESPE.
85
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed., p.29.
86
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed., p.94.
87
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para Titular de Serviços de Notas e de Registros do Tribunal de
Justiça de Rondônia, realizado pelo IESES.
88
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed., p.32.
8. Princípios implícitos
89
Maria Sylvia Zanella di Pietro também denominada o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado como
princípio da finalidade.
90
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do Ministério Público da
União, realizado pela ESAF.
91
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed., p.33.
92
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.65.
93
O art. 7º da Lei 12.153/2009, que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, afirma que “não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer
ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a
audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias”. Todavia, essa restrição somente
abrange os processos que tramitarem no âmbito dos Juizados Especiais de Fazenda Pública e Juizados Especiais
Federais (Lei 10.259/2001, art. 9º).
94
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista de Trânsito do Detran/PE, realizado
pela FUNCAB.
95
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Advogado da CELESC, realizado pela FEPESE.
§ 1º. Quando a causa envolver valores superiores ao limite fixado neste artigo, o
acordo ou a transação, sob pena de nulidade, dependerá de prévia e expressa
autorização do Advogado-Geral da União e do Ministro de Estado ou do titular da
Secretaria da Presidência da República a cuja área de competência estiver afeto o
assunto, ou ainda do Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
do Tribunal de Contas da União, de Tribunal ou Conselho, ou do Procurador-Geral
da República, no caso de interesse dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário,
ou do Ministério Público da União, excluídas as empresas públicas federais não
dependentes, que necessitarão apenas de prévia e expressa autorização de seu
dirigente máximo.
96
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Agente Administrativo da Polícia Rodoviária
Federal, realizado pelo CESPE.
97
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.81.
98
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p. 111.
99
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p. 109.
100
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Técnico Judiciário do Tribunal Regional
Eleitoral do Acre, realizado pela Fundação Carlos Chagas.
101
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed., p.43.
Gabarito: Letra b
102
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Assessor do Tribunal de Contas do Rio
Grande do Norte, realizado pelo CESPE.
Gabarito: Letra b.
103
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 15. ed. p. 93.
104
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para a função de Técnico de nível superior do Ministério das
Comunicações, realizado pelo CESPE.
105
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal Regional do
Trabalho da 1ª Região, realizado pela Fundação Carlos Chagas.
106
Supremo Tribunal Federal. Acórdão. Recurso em Mandado de Segurança nº 25.805/DF. Rel. Ministro Celso de Mello.
DJE 25.03.2010.
107
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.87.
108
SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia do Direito Fundamental à Segurança Jurídica: Dignidade da Pessoa Humana,
Direitos Fundamentais e Proibição de Retrocesso Social no Direito Constitucional Brasileiro. In: ANTUNES, Cármen
Lúcia (Org.). Constituição e segurança jurídica: direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. Estudos em
homenagem a José Paulo Sepúlveda Pertence. Belo Horizonte: Fórum, 2004, p. 97/98.
109
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.88.
110
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.88.
para aferir-se a consonância da conduta administrativa com a lei que lhe serviu
de arrimo111.
Ao motivar os atos praticados, o agente público apresentará, por escrito,
os pressupostos, razões ou fundamentos de fato e de direito que justificaram a
respectiva edição. Na concessão de licença à servidora pública federal gestante,
por exemplo, o pressuposto de fato (acontecimento, situação real) será o início
do nono mês de gravidez ou o parto em si. De outro lado, o pressuposto de
direito (dispositivo legal que autoriza ou determina a edição do ato) será o art.
207 da Lei 8.112∕1990.
Alguns doutrinadores entendem que a motivação dos atos administrativos
não é obrigatória112. Outros, porém, defendem que todos os atos administrativos
devem ser motivados, sejam eles discricionários ou vinculados113.
Para responder às questões de concursos públicos é mais prudente adotar
o entendimento da segunda corrente doutrinária, que é majoritária. Ademais,
esse também é o posicionamento que vigora no âmbito do Superior Tribunal
de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
ADMINISTRATIVO. ATO ADMINISTRATIVO. MOTIVAÇÃO. AUSÊNCIA.
1. O motivo é requisito necessário à formação do ato administrativo e a
motivação, alçada à categoria de princípio, é obrigatória ao exame da
legalidade, da finalidade e da moralidade administrativa.
2. Como ato diverso e autônomo que é, o ato administrativo que torna sem efeito
ato anterior, requer fundamentação própria, não havendo falar em retificação, se
o ato subseqüente não se limita a emendar eventual falha ou erro formal,
importando na desconstituição integral do ato anterior.
3. O ato administrativo, como de resto todo ato jurídico, tem na sua publicação o
início de sua existência no mundo jurídico, irradiando, a partir de então, seus
legais efeitos, produzindo, assim, direitos e deveres. (STJ. AgRg RMS nº
15.350∕DF. Rel. Min. Hamilton Carvalhido. DJe 08.09.2003)
111
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Juiz do Trabalho do Tribunal Regional do
Trabalho da 24ª Região, realizado pelo próprio Tribunal.
112
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26. ed., p.115.
113
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.213.
114
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal de Justiça
do Rio de Janeiro, realizado pelo CESPE.
115
ARAÚJO, Florivaldo Dutra de. Motivação e controle do ato administrativo. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2005, p.
119
116
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Procurador do Município de Teresina∕PI,
realizado pela Fundação Carlos Chagas – FCC.
117
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed., p. 398.
B para gozar as suas férias a partir do dia 01∕10∕2013 sob a alegação de que
seria conveniente e oportuno ao interesse público.
Ora, no exemplo citado, não restam dúvidas de que o motivo inicialmente
informado pela autoridade administrativa não era verdadeiro, pois, alguns dias
depois, foi simplesmente desconsiderado na motivação de ato administrativo com
o mesmo objeto. Nesse caso, o servidor público A poderia pleitear a anulação do
ato administrativo que indeferiu o seu pedido de férias, baseando-se, para isso,
na teoria dos motivos determinantes.
118
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 1. 15. ed. Salvador: JusPodium, 2013, p. 57.
119
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24. ed., p.69.
120
Enunciado considerado correto e cobrado no concurso para o cargo de Procurador do Município de Teresina∕PI,
realizado pela Fundação Carlos Chagas – FCC.
121
GARCIA. Emerson; Alves, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa. 6. ed., p. 68.
MAPA MENTAL
91. (CESPE/ Escrivão de Polícia Civil - PC-GO /2016) Sem ter sido
aprovado em concurso público, um indivíduo foi contratado para exercer
cargo em uma delegacia de polícia de determinado município, por ter
contribuído na campanha política do agente contratante.
Nessa situação hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio
da
a) supremacia do interesse público.
b) impessoalidade.
c) eficiência.
d) publicidade.
e) indisponibilidade.
GABARITO
97.B 98.
05. O agente público só poderá agir quando houver lei que autorize a
prática de determinado ato.
Segundo o saudoso professor Hely Lopes Meirelles, “enquanto os indivíduos, no
campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador público
só pode atuar onde a lei autoriza”. Assertiva correta.
Nem tudo que é legal é moral. Assim, atos praticados em conformidade com a
legislação vigente podem ser posteriormente anulados, caso fique demonstrada
expressa violação ao princípio da moralidade. Assertiva incorreta.
específica. Desse modo, fica claro que não há exercício irrestrito do direito de
greve. Assertiva incorreta.
A Lei 9.784/99, em seu art. 54, dispõe que “o direito da Administração de anular
os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé”. Assertiva incorreta.
Art. 1º É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha
se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer
modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas
jurídicas da administração indireta.
A CF/1988, em seu art. 37, § 1º, dispõe que “a publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos”.
Para evitar que abram mão do interesse público para beneficiarem a si próprios
ou a terceiros, os agentes públicos estão obrigados a observar diversas restrições
(também denominadas de sujeições) impostas pelo princípio da indisponibilidade.
Como atuam apenas como administradores dos bens e interesses comuns
(considerados inalienáveis), não podem praticar atos sem que exista autorização
legal, principalmente se onerosos à coletividade. Assertiva correta.
91. (CESPE/ Escrivão de Polícia Civil - PC-GO /2016) Sem ter sido
aprovado em concurso público, um indivíduo foi contratado para exercer
cargo em uma delegacia de polícia de determinado município, por ter
contribuído na campanha política do agente contratante. Nessa situação
hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio da
a) supremacia do interesse público.
b) impessoalidade.
c) eficiência.
d) publicidade.
e) indisponibilidade.
Comentários
Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que o princípio da impessoalidade
“traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados
sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismos nem
perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais,
políticas ou ideológicas não podem interferir na atuação administrativa.
O princípio em causa não é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia ”.
A obrigatoriedade de realização de concurso público para a seleção de
pessoal (CF/1988, art. 37, II), bem como licitação para as obras, serviços,
compras e alienações no âmbito da Administração Pública, são consequências dos
mandamentos contidos no princípio da impessoalidade (ou isonomia, nas
palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello).
Gabarito Letra B
Diante do exposto, deve ficar claro que após a tomada de contas especial, com o
reconhecimento definitivo de irregularidades praticadas pelo Estado (ou outro
ente estatal), permite-se a respectiva inscrição nos cadastros de restrição aos
créditos organizados e mantidos pela União, ainda que as obrigações tenham sido
assumidas por gestões anteriores.
Gabarito: Letra A
Esse princípio não exige que o Estado só possa exercer sua função
administrativa sob o regime de direito público. Tanto é verdade que em diversas
situações o Estado deve exercer a sua função administrativa sob o regime
de direito privado, sem que isso signifique agressão ao princípio da
indisponibilidade do interesse público, a exemplo do que ocorre nas atividades
exercidas pelas empresas públicas e sociedades de economia mista. Assertiva
incorreta.
Gabarito: Letra C
Comentários
d) Assim como ocorre na esfera judicial, em que certos atos podem ter sua
publicidade restrita em virtude da preservação da intimidade das partes, alguns
atos administrativos também poderão ter sua publicidade restrita com
amparo em dispositivo da Constituição Federal.
Gabarito: Letra B
Comentários
Gabarito: Letra d.
b) impessoalidade.
c) segurança jurídica.
d) razoabilidade.
e) proporcionalidade.
GABARITO
25. A
Comentários
Item I – O princípio da publicidade, assim como todos os demais previstos
no art. 37, caput, da CF/1988, aplicam-se indistintamente a todas as entidades
da Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e
Administração Pública Indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista e empresas públicas). Assertiva incorreta.
Item II - Não há hierarquia entre os princípios administrativos, apesar de
vários autores afirmarem que o princípio da supremacia do interesse público
sobre o interesse privado é o princípio fundamental do Direito Administrativo.
Assertiva incorreta.
Item III - O princípio da eficiência somente foi introduzido no texto
constitucional em 1998, com a promulgação da Emenda Constitucional nº. 19.
Antes disso, ele era considerado um princípio implícito. De qualquer forma,
lembre-se de que o princípio se impõe a todas as entidades da Administração
Pública Direta e Indireta. Assertiva correta.
Gabarito: Letra a.
e) eficiência.
Comentários
Em razão do princípio da impessoalidade, neste caso previsto no art. 37, §
1º, da CF∕1988, ao realizar a divulgação dos atos, programas, obras e serviços
executados pela Administração Pública, o gestor público não pode se valer da
oportunidade para promover o seu nome ou imagem perante a sociedade,
apresentando-se como se fosse o único responsável pelos feitos administrativos.
Também não pode ser aproveitar do fato de exercer função pública (o que lhe
garante respeito e prestígio perante outras autoridades) para atribuir o seu nome
ou de parentes vivos a bens públicos.
Gabarito: Lera d.
Comentários
Apesar de a motivação dos atos administrativos ser imposta como regra
geral, deve ficar claro que existem exceções pontuais.
Para responder às questões de concursos públicos, por exemplo, lembre-
se de que os atos de nomeação e exoneração em cargos de confiança (também
denominados de cargos em comissão), não exigem motivação, pois se trata de
hipótese muito cobrada pelas bancas.
Gabarito: Letra a.
Comentários
No julgamento do recurso extraordinário nº 191.668/RS, de relatoria do
Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal afirmou que “o caput e o
parágrafo 1º do artigo 37 da Constituição Federal impedem que haja qualquer
tipo de identificação entre a publicidade e os titulares dos cargos alcançando os
partidos políticos a que pertençam. O rigor do dispositivo constitucional que
assegura o princípio da impessoalidade vincula a publicidade ao caráter
educativo, informativo ou de orientação social é incompatível com a menção de
nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que caracterizem promoção
pessoal ou de servidores públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo da
divulgação com o partido político a que pertença o titular do cargo público mancha
o princípio da impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de
orientação que constam do comando posto pelo constituinte dos oitenta”.
Gabarito: letra c.
Comentários
No julgamento do Agravo Regimental no Recurso Especial nº 681.571∕GO,
o Superior Tribunal de Justiça ratificou o entendimento de que “se há para o
Estado interesse em defender seus agentes políticos, quando agem como tal,
cabe a defesa ao corpo de advogados do Estado, ou contratado às suas custas.
Entretanto, quando se tratar da defesa de um ato pessoal do agente político,
voltado contra o órgão público, não se pode admitir que, por conta do órgão
público, corram as despesas com a contratação de advogado. Seria mais que uma
demasia, constituindo-se em ato imoral e arbitrário”, configurando
improbidade administrativa.
Gabarito: Letra a.
Comentários
A Administração Pública, mesmo após a edição de seus atos, continua
realizando sobre eles efetivo e constante controle administrativo, conseqüência
do princípio da autotutela. Assim, caso verifique posteriormente que editou
ato ilegal, está autorizada a anulá-lo. No mesmo sentido, caso edite ato legal
que futuramente se torne inconveniente ou inoportuno, poderá realizar a
revogação.
Gabarito: Letra b.
Comentários
a) Errado. Não há hierarquia entre os princípios administrativos, portanto,
o princípio da supremacia do interesse público não irá sobrepor-se aos demais,
apesar de ser um dos princípios fundamentais do regime jurídico-administrativo.
Diante de um aparente conflito entre princípios o intérprete (administrador ou
juiz) deverá valer-se da ponderação de interesses, valorando as circunstâncias
GABARITO: LETRA D.
Comentários
a) O princípio da legalidade, previsto no art. 37, caput, da Constituição
Federal de 1988, realmente impõe que a Administração Pública atue nos estritos
termos da lei, sendo-lhe vedada a criação de obrigações ou reconhecimento de
direitos através de atos administrativos, por exemplo. Assertiva correta.
b) Nos termos da alínea “e”, parágrafo único, artigo 2º, da Lei nº 4.717/65
(Lei de Ação Popular), o desvio de poder ou finalidade ocorre quando “o agente
pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente,
na regra de competência”. Assertiva correta.
c) A atividade discricionária da Administração Pública caracteriza-se pela
conveniência e oportunidade, isto é, ao agente público competente é
assegurada legalmente uma relativa margem de liberdade para atuar,
materializada na escolha dos requisitos “motivo” e “objeto” do ato
administrativo.
Todavia, deve ficar claro que a discricionariedade não estará presente na
atividade vinculada da Administração Pública, pois, neste caso, a própria lei se
encarregou de estabelecer todos os requisitos do ato administrativo
(competência, forma, finalidade, motivo e objeto), impossibilitando que o agente
público atue da maneira que entender mais conveniente e oportuna para o
interesse público. Assertiva incorreta.
d) Não restam dúvidas de que a publicidade é requisito de eficácia e
moralidade do ato administrativo, pois, somente com a sua divulgação nos
órgãos oficiais de imprensa ou boletins internos, quando for o caso, é que os
administrados terão acesso ao seu conteúdo, podendo impugná-lo perante o
Poder Judiciário ou Administração Pública. Assertiva correta.
e) O princípio da eficiência, previsto expressamente no caput do art. 37 da
Constituição Federal de 1988, impõe que a Administração Pública atue com
rapidez, perfeição e rendimento. Assertiva correta.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
Para responder às questões da Fundação Carlos Chagas sobre o princípio
da eficiência, é importante ficar atento às seguintes informações:
1ª - Trata-se de princípio expresso, já que insculpido no caput do art. 37
da Constituição Federal de 1988;
2ª - Se o princípio consta expressamente no texto constitucional, não pode
ser considerado infralegal (abaixo da lei);
3ª - Até a promulgação da emenda constitucional nº 19, em 04/06/1998,
que foi responsável pela sua inclusão no texto constitucional, era
considerado princípio implícito;
4ª - Impõe-se tanto à Administração Pública quanto aos seus agentes, já
que ambos devem sempre atuar na incansável rotina de alcançar os
melhores resultados para a coletividade, com máxima produtividade;
5ª - Está relacionado diretamente com o princípio da economicidade
(alguns autores o consideram uma espécie deste), que impõe à
Administração Pública a obrigatoriedade de praticar as atividades
administrativas com observância da relação custo/benefício, de modo que
os recursos públicos sejam utilizados de forma mais vantajosa e eficiente
para o poder público.
GABARITO: LETRA E.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
Por serem considerados essenciais à coletividade, existem alguns serviços
públicos ou atividades que devem ser prestados de forma ininterrupta, a
exemplo do tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de
energia elétrica, gás e combustíveis, entre outros.
Nesses termos, caso o particular responsável pela execução não tenha
condições de garantir a sua fruição pelos usuários, o Poder Público está
autorizado legalmente a utilizar os bens materiais de titularidade da empresa
para assegurar a sua prestação, consequência direta do princípio da
continuidade do serviço público.
Somente em situações excepcionais, previstas legalmente, poderá ocorrer
a interrupção da prestação de serviços públicos, a exemplo daquelas contidas no
art. 6º, § 3º, da Lei 8.987/1995, que assim dispõe:
§ 3º. Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em
situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
GABARITO: LETRA A.
Comentários
a) É importante esclarecer que o direito de greve dos servidores públicos
não é proibido pelo texto constitucional, que, em seu art. 37, VII, é expresso ao
reconhecê-lo. Todavia, lembre-se de que a Constituição Federal de 1988
Comentários
Ao responder às questões da Fundação Carlos Chagas, lembre-se sempre
de que os princípios administrativos se dividem em expressos e implícitos.
Princípios expressos são aqueles taxativamente previstos em uma
norma jurídica de caráter geral, obrigatória para todas as entidades políticas
(União, Estados, Municípios, Distrito Federal e seus respectivos órgãos públicos),
bem como para as entidades administrativas (autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista). Não interessa se a norma
jurídica de caráter geral possui status constitucional ou infraconstitucional,
mas sim se é de cunho obrigatório para toda a Administração Pública, em todos
os níveis.
Por outro lado, princípios implícitos são aqueles que não estão previstos
expressamente em uma norma jurídica de caráter geral, pois são consequência
dos estudos doutrinários e jurisprudenciais.
Em termos gerais, deve ficar claro que os princípios não são prevalentes
em relação às leis que regem a Administração Pública, pois são aplicados
concomitantemente à legislação vigente.
Gabarito: Letra d.
Comentários
Gabarito: Letra e.
b) publicidade.
c) motivação.
d) supremacia do interesse privado sobre o público.
e) impessoalidade.
Comentários
Não restam dúvidas de que o Diretor Jurídico da autarquia praticou conduta
configurada como nepotismo, vedada expressamente pela Súmula Vinculante 13
do Supremo Tribunal Federal, que assim dispõe:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou
de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia
ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança
ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta
em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola
a Constituição Federal.
Analisando-se o texto da citada súmula vinculante, constata-se que estão
impedidos de exercer cargos ou funções de confiança na Administração Pública
os seguintes parentes de autoridades administrativas com poder de nomeação,
além do cônjuge e companheiro:
Parentes em linha reta
GRAU DE Consanguinidade Afinidade
PARENTESCO
1º Não há Não há
Comentários
O princípio da motivação impõe à Administração Pública a obrigação de
apresentar as razões de fato (o acontecimento, a circunstância real) e as
razões de direito (o dispositivo legal) que a levaram a praticar determinado
ato.
Sendo assim, no momento de motivar o ato, o administrador não pode
limitar-se a indicar o dispositivo legal que serviu de base para a sua edição. É
essencial ainda que o administrador apresente, detalhadamente, todo o
caminho que percorreu para chegar a tal conclusão, bem como o objetivo que
deseja alcançar com a prática do ato.
Agindo dessa maneira, o administrador estará permitindo que os
interessados possam exercer um controle efetivo sobre o ato praticado, que
deve respeitar as diretrizes do Estado Democrático de Direito, o princípio da
Comentários
GABARITO: LETRA C.
Comentários
O art. 37 da Constituição Federal preceitua que “a administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência”.
Conforme se constata no texto do dispositivo constitucional, não há
qualquer referência ao fato de a entidade ser regida pelo direito púbico ou pelo
direito privado. Assim, não restam dúvidas de que todas as entidades da
Administração Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e
Comentários
possuem um alcance (peso) diferente em cada caso concreto e aquele que possuir
maior abrangência deverá prevalecer.
b) Errado. O princípio da eficiência deve ser aplicado tanto em relação ao
modo de atuação do agente público, quanto em relação à organização e
estruturação da administração pública brasileira.
c) Correto. Os princípios da legalidade e da eficiência não se excluem,
portanto, busca-se a aplicação conjunta durante a execução de todas as
atividades administrativas, garantindo-se, assim, a plena satisfação do interesse
púbico.
d) Errado. O agente público não poderá, sob o pretexto de que o princípio
da legalidade está comprometendo a eficiência da atividade administrativa,
deixar de aplicar a legislação vigente, pois, se assim agir, estará sujeito à
responsabilização na esfera penal, administrativa e cível.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
Segundo a doutrina majoritária, PRINCÍPIOS BÁSICOS da Administração
Pública são aqueles previstos expressamente no art. 37 da Constituição Federal,
a saber: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência (o
famoso L.I.M.P.E.). Nesse sentido, os demais princípios poderiam ser
classificados como GERAIS, pois estão previstos em leis esparsas ou são fruto do
entendimento doutrinário e jurisprudencial.
Analisando-se os últimos editais publicados pela Fundação Carlos Chagas,
constata-se que a banca tem o hábito de incluir no programa de Direito
Administrativo o seguinte tópico: “Administração Pública - princípios
básicos”.
Apesar disso, as questões elaboradas pela FCC não se restringem aos
princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. As
questões também abrangem os demais princípios implícitos impostos à
Administração Pública, a exemplo do Princípio da Segurança Jurídica, Princípio da
Razoabilidade, Princípio da Proporcionalidade, entre outros.
Desse modo, ao se deparar com o tópico “Administração Pública:
princípios básicos” nos editais da Fundação Carlos Chagas, aconselho que você
estude todos os princípios gerais do Direito Administrativo, evitando, assim,
eventuais surpresas desagradáveis no momento da prova.
Em relação às alternativas apresentadas pela questão, somente a letra “a”
pode ser marcada como resposta, pois não existe o “princípio da celeridade na
duração do processo”, mas sim o “princípio da duração razoável do processo”,
previsto no art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal.
GABARITO: LETRA A.
Comentários
Gabarito: Letra E
Comentários
“XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.”.
Gabarito: Letra A
Comentários
Gabarito: Letra A
I. lei.
II. razoabilidade.
III. moralidade.
IV. jurisprudência.
V. proporcionalidade.
Comentários
Gabarito: letra C
Comentários
a)
“Art. 5º. XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito
e a coisa julgada.”. Assertiva incorreta.
( ) Boa-fé;
( ) Presunção de legitimidade e legalidade dos atos da Administração;
( ) Prescrição;
( ) Decadência.
a) 1 / 1 / 2 / 2.
b) 2 / 1 / 2 / 1.
c) 2 / 2 / 1 / 1.
d) 1 / 1 / 1 / 2.
e) 2 / 2 / 2 / 1.
a) legalidade.
b) publicidade.
c) impessoalidade.
d) razoabilidade.
e) moralidade.
GABARITO
09.B 10.B
Se você está assustado (a) com o nível das questões elaboradas pela ESAF,
que, em regra, é bastante elevado, eis um exemplo de que a banca também
“pega leve” em determinados temas.
Perceba que a questão está exigindo do candidato que simplesmente
conheça o inteiro teor do art. 37, caput, da CF∕1988, que assim dispõe: “A
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Gabarito: Letra c.
é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe (princípio da autonomia da
vontade). Por outro lado, em relação à Administração Pública, o princípio da
legalidade impõe a obrigatoriedade de que os atos e condutas praticados no
âmbito administrativo sejam respaldados por lei, conforme preceitua o caput do
artigo 37 da CF/88.
É possível constatar que a banca examinadora simplesmente inverteu as
definições do princípio da legalidade em relação à Administração Pública e em
relação aos particulares. A assertiva está incorreta porque o princípio da
autonomia da vontade se aplica nas relações travadas pelos particulares e não
pela Administração.
b) O princípio da moralidade, previsto expressamente no caput do artigo
37 da Constituição Federal de 1988, determina que os atos e atividades da
Administração Pública devem obedecer não só à lei, mas também à própria moral,
pois nem tudo que é legal é justo e honesto.
A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro nos informa que “sempre que
em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração
ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em
consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa
administração, os princípios de justiça e de equidade, a idéia comum de
honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade.” Por isso, está
correta a assertiva.
c) A proibição de que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em divulgação de atos,
programas ou campanhas de órgãos públicos é uma decorrência do princípio da
impessoalidade e não do princípio da publicidade.
Isso porque os atos e condutas praticados pelos agentes públicos no
exercício da função pública devem ser atribuídos aos órgãos ao qual estão
vinculados e não a si próprios. É o que impõe a teoria do órgão, formulada pelo
alemão Otto Gierke.
d) O princípio da legalidade impede que a Administração Pública conceda
direitos ou imponha vedações e obrigações aos administrados através de ato
administrativo. O inciso II do artigo 5º da CF/88 estabelece expressamente que
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei”. Portanto, está incorreta a assertiva.
e) O princípio da eficiência, denominado pelos italianos de “dever de boa
administração”, impõe aos agentes públicos um modo de atuação pautado no
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GABARITO: LETRA A.
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( ) Boa-fé;
( ) Presunção de legitimidade e legalidade dos atos da Administração;
( ) Prescrição;
( ) Decadência.
a) 1 / 1 / 2 / 2.
b) 2 / 1 / 2 / 1.
c) 2 / 2 / 1 / 1.
d) 1 / 1 / 1 / 2.
e) 2 / 2 / 2 / 1.
Comentários
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que “no direito
comparado, especialmente no direito alemão, os estudiosos se têm dedicado à
necessidade de estabilização de certas situações jurídicas, principalmente em
acontece, por exemplo, quando afirma que foi ele o responsável pela construção
de determinada rodovia, pela reforma do hospital municipal, pela arborização do
parque, etc. Lembre-se sempre de que os atos praticados pelos agentes públicos
devem ser imputados à pessoa jurídica a qual estão vinculados, e não a si
próprios.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
O art. 37 da CF/1988 prevê que “a administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência”.
Esses princípios são considerados expressos, pois é possível identificar,
claramente, o “nome” de cada um deles no texto constitucional. É o que acontece,
por exemplo, com o princípio da moralidade. O nome desse princípio não é
“princípio do respeito à ética e à moral”, mas sim MORALIDADE, com todas as
letras!
Por outro lado, princípios implícitos são aqueles que não estão grafados
expressamente em uma norma jurídica de caráter geral, pois derivam dos
estudos doutrinários e da jurisprudência. São princípios cujos nomes não irão
constar claramente no texto constitucional ou legal, mas que, de qualquer forma,
vinculam as condutas e atos praticados pela Administração Pública.
Um bom exemplo a ser citado é o princípio da razoabilidade. Perceba
que não existe qualquer dispositivo constitucional que determine,
expressamente, que as atividades administrativas sejam razoáveis, isto é,
pautadas no bom senso. Isso porque o princípio da razoabilidade encontra-se
GABARITO: LETRA B.
b) indisponibilidade e legalidade;
c) autotutela e igualdade;
d) impessoalidade e moralidade;
e) isonomia e eficiência.
a) moralidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) legalidade.
a) razoabilidade;
b) competitividade;
c) economicidade;
d) isonomia;
e) impessoalidade.
e) Autotutela.
e) Moralidade.
GABARITO
Comentários
a) A CF/1988, em seu art. 5º, LX, dispõe que a lei só poderá restringir a
publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem. Assertiva incorreta.
b) O princípio que consta expressamente no caput do art. 37 da CF/1988 é o da
impessoalidade e não o da pessoalidade, conforme apresentado no enunciado.
Assertiva incorreta.
Comentários
A CF/1988, em seu art. 37, § 1º, dispõe que “a publicidade dos atos, programas,
obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos”.
Comentários
Princípios básicos da Administração Pública são aqueles expressos no art. 37 da
Constituição Federal de 1988, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (o famoso “L.I.M.P.E.”). Esse é o entendimento da
doutrina majoritária.
Gabarito: Letra a.
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
A anulação e revogação de ato administrativo podem ocorrer tanto de ofício, por
iniciativa da própria administração, quanto por provocação de particulares
atingidos pelos seus efeitos. Entretanto, a possibilidade de a própria
administração revisar os seus atos não afasta eventual controle pelo Poder
Judiciário, que possui a prerrogativa de analisar a legalidade de todos os atos
administrativos, sejam eles vinculados ou discricionários.
Gabarito: Letra e.
e) impessoalidade.
Comentários
O princípio de direito administrativo que objetiva o tratamento igualitário aos
administrados por parte da administração, representando um desdobramento do
princípio da isonomia, é o princípio da impessoalidade.
O princípio da impessoalidade impõe à Administração Pública a obrigação de
conceder tratamento isonômico a todos os administrados que se encontram
em idêntica situação jurídica. Assim, fica vedado o tratamento privilegiado a
um ou alguns indivíduos em função de amizade, parentesco ou troca de favores.
O princípio também proíbe que administradores públicos pratiquem atos
prejudiciais aos particulares em razão de inimizades ou perseguições políticas.
Gabarito: Letra e.
Comentários
Eis uma questão muito simples, que tem sido cobrada frequentemente em provas
da Fundação Getúlio Vargas. De qualquer forma, penso que dificilmente você a
errará se for cobrada no seu concurso!!
Lembre-se de que os princípios básicos da Administração Pública são aqueles
expressos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, a saber: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (o famoso “L.I.M.P.E.”).
Esse é o entendimento da doutrina majoritária.
Todavia, o art. 37 da Constituição Federal não é taxativo, pois, outros princípios
existem, previstos em leis esparsas, ou, mesmo, não expressamente
contemplados no direito objetivo, aos quais se sujeita a Administração Pública
Gabarito: Letra e.
sua prisão em flagrante e liberou seu amigo, inclusive com os bens objeto
do crime. No caso em tela, Daniel ofendeu mais diretamente os princípios
administrativos da:
a) legalidade e pessoalidade;
b) autotutela e disciplina;
c) publicidade e eficiência;
d) hierarquia e disciplina;
e) moralidade e impessoalidade.
Comentários
O princípio da impessoalidade impõe à Administração Pública a obrigação de
conceder tratamento isonômico a todos os administrados que se encontrarem
em idêntica situação jurídica. Assim, fica vedado o tratamento privilegiado a
um ou alguns indivíduos em função de amizade, parentesco ou troca de favores.
Da mesma forma, o princípio também veda aos administradores que pratiquem
atos prejudiciais ao particular em razão de inimizade ou perseguição política,
por exemplo.
Nesse caso, tem-se o princípio da impessoalidade como uma faceta do princípio
da isonomia, e a obrigatoriedade de realização de concurso público para
ingresso em cargo ou emprego público (artigo 37, II), bem como a
obrigatoriedade de realização de licitação pela Administração (artigo 37, XXI),
são exemplos clássicos de tal princípio, já que proporcionam igualdade de
condições para todos os interessados.
Em suma, o princípio da impessoalidade impõe que as condutas praticadas por
agentes públicos tenham o objetivo precípuo de satisfazer o interesse público,
sem favorecer ou prejudicar determinados grupos ou categorias em razão de
condições pessoais, diferentemente da conduta do Policial Militar, que, em razão
da amizade, liberou o seu amigo da prisão.
Gabarito: Letra e.
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
A anulação e revogação de ato administrativo podem ocorrer tanto de ofício, por
iniciativa da própria administração, quanto por provocação de particulares
atingidos pelos seus efeitos. Entretanto, a possibilidade de a própria
administração revisar os seus atos não afasta eventual controle pelo Poder
Judiciário, que possui a prerrogativa de analisar a legalidade de todos os atos
administrativos, sejam eles vinculados ou discricionários.
Gabarito: Letra b.
12. (FGV/Analista Administrativo – PROCEMPA/2015) Assinale a opção
que apresenta somente princípios previstos expressamente no Art. 37,
caput, da Constituição da República Federativa do Brasil.
a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
economicidade.
b) Liberdade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficácia.
c) Legalidade, indelegabilidade, moralidade, pluralidade e eficiência.
d) Legalidade, impessoalidade, modicidade, publicidade e eficiência.
e) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Comentários
Mais uma vez, a banca elaborou uma questãozinha sobre os princípios básicos da
Administração Pública. É muita moleza!
Lembre-se de que os princípios básicos da Administração Pública são aqueles
expressos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, a saber: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (o famoso “L.I.M.P.E.”).
Esse é o entendimento da doutrina majoritária.
Todavia, o art. 37 da Constituição Federal não é taxativo, pois, outros princípios
existem, previstos em leis esparsas, ou, mesmo, não expressamente
contemplados no direito objetivo, aos quais se sujeita a Administração Pública
Gabarito: Letra e.
Comentários
O princípio de direito administrativo que objetiva o tratamento igualitário aos
administrados por parte da administração, representando um desdobramento do
princípio da isonomia, é o princípio da impessoalidade.
O princípio da impessoalidade impõe à Administração Pública a obrigação de
conceder tratamento isonômico a todos os administrados que se encontram
em idêntica situação jurídica. Assim, fica vedado o tratamento privilegiado a
um ou alguns indivíduos em função de amizade, parentesco ou troca de favores.
O princípio também proíbe que administradores públicos pratiquem atos
prejudiciais aos particulares em razão de inimizades ou perseguições políticas.
Gabarito: Letra e.
§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Os atos praticados pelos agentes púbicos devem ser imputados à entidade
política (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) ou administrativa
(autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações
públicas e consórcios públicos de direito público) às quais se encontram
vinculados, portanto, não poderão ser utilizados para a promoção pessoal de
quem quer que seja.
Gabarito: Letra b.
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Item I – A súmula vinculante nº 5 do Supremo Tribunal Federal dispõe
que “a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição”. Assim, pode-se concluir que a presença de advogado
no processo administrativo disciplinar não é imprescindível. Trata-se de uma
faculdade assegurada ao agente público que está sendo processado. Assertiva
incorreta.
Item II - Em relação ao princípio da ampla defesa, afirma-se que está
inserido no âmbito do princípio do contraditório, assegurando aos administrados
a possibilidade de se valerem de todos os meios permitidos legalmente para
fundamentar suas alegações, inclusive a propositura de recursos em face de
decisões que não lhes sejam favoráveis. Assertiva correta.
Item III – Se a defesa é apresentada antes do ato decisório, não restam
dúvidas de que a autoridade responsável pela decisão terá acesso aos
argumentos daquele que está sendo processado, garantindo-se, assim, a
observância da ampla defesa. Assertiva correta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
Item I - A autotutela, uma decorrência do princípio constitucional da
legalidade, é o controle que a administração exerce sobre os seus próprios atos,
o que lhe confere a prerrogativa de anulá-los ou revogá-los (reexaminar o
mérito), sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. Assertiva correta.
Item II – Decorre do princípio da autotutela a prerrogativa assegurada à
Administração Pública de anular os seus próprios atos administrativos, quando
ilegais, mediante provocação de terceiros ou de ofício. Assertiva correta.
Item III – O art. 54 da Lei 9.784∕1999 dispõe que “o direito da
Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé”. Assertiva correta.
Gabarito: Letra a.
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Maria Sylvia Zanella di Pietro afirma que, “na realidade, o princípio da
proteção à confiança leva em conta a boa-fé do cidadão, que acredita e espera
que os atos praticados pelo Poder Público sejam lícitos e, nessa qualidade, serão
mantidos e respeitados pela própria Administração e por terceiros”.
A atividade administrativa deve ser pautada na estabilidade e
previsibilidade, prestigiando-se a confiança depositada pelo administrado de
boa-fé e que o levou a usufruir dos direitos concedidos pelo respectivo ato.
Assim, não deve ser surpreendido e prejudicado futuramente por eventual
decisão administrativa de extinção de seus efeitos sob a alegação de equivocada
ou má interpretação da legislação vigente. Trata-se de uma decorrência do
princípio da segurança jurídica, com ampla aceitação da jurisprudência nacional.
Gabarito: Letra c.
Comentários
A Lei nº 9.784/1999, em seu art. 2º, XIII, dispõe que nos processos
administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
Analisando-se a regra em comento, que versa sobre o princípio da
segurança jurídica, constata-se que a as entidades e órgãos administrativos
podem alterar as interpretações que possuem sobre a execução dos dispositivos
legais vigentes. Entretanto, a nova interpretação somente poderá ser aplicada
às situações jurídicas futuras, não prejudicando, assim, aqueles que foram
beneficiados pela interpretação administrativa anterior.
Desse modo, não restam dúvidas de que a administração agiu
incorretamente no caso em concreto, pois violou a segurança jurídica.
Gabarito: Letra e.
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Gabarito: Letra d.
Comentários
A Lei nº 9.784/1999, em seu art. 2º, XIII, dispõe que nos processos
administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
Analisando-se a regra em comento, que versa sobre o princípio da
segurança jurídica, constata-se que a as entidades e órgãos administrativos
podem alterar as interpretações que possuem sobre a execução dos dispositivos
legais vigentes. Entretanto, a nova interpretação somente poderá ser aplicada
Comentários
Item I – O enunciado da questão está se referindo ao princípio da
legalidade e não ao princípio da proteção da confiança. Assertiva incorreta.
Item II - O princípio da proteção à confiança não possui previsão expressa
no ordenamento jurídico brasileiro. Para a doutrina majoritária, trata-se de
princípio que corresponde ao aspecto subjetivo da segurança jurídica,
prestigiando-se a confiança depositada pelo administrado de boa-fé e que o levou
a usufruir dos direitos concedidos por ato editado pela Administração Pública.
Assertiva correta.
Item III – Não há qualquer princípio administrativo que impeça a
Administração Pública de alterar o seu entendimento ou mudar de conduta.
Todavia, caso isso ocorra, deve ficar claro que a nova conduta ou entendimento
somente serão aplicados a situações que ainda não estejam concluídas, vedando-
se a aplicação retroativa. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
É difícil acreditar que a Fundação Getúlio Vargas cobre esse tipo de questão,
todavia, está aí para que você possa tirar a prova! Por isso é importante também
fazer uma atenta leitura dos dispositivos constitucionais que foram citados
durante a aula, pois, assim, fica mais fácil a fixação do conteúdo.
A propósito, destaca-se que o art. 37, caput, da CF∕1988, dispõe que “a
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Gabarito: Letra a.
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Item I – Enunciado correto. Em relação à Administração Pública, o
princípio da legalidade dispõe que o administrador público está, em toda a sua
atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem
comum, e dele não pode se afastar ou se desviar, sob pena de praticar ato
inválido e se expor à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso
Item II – Enunciado correto. O princípio da impessoalidade impõe à
Administração Pública a obrigação de conceder tratamento isonômico a todos
os administrados que se encontram em idêntica situação jurídica. Assim, fica
vedado o tratamento privilegiado a um ou alguns indivíduos em função de
amizade, parentesco ou troca de favores. O princípio também proíbe que
administradores públicos pratiquem atos prejudiciais aos particulares em razão
de inimizades ou perseguições políticas.
Item III – Enunciado correto. O princípio da moralidade também está
previsto expressamente no artigo 37, caput, da Constituição Federal de 1988,
impondo que agentes públicos e particulares que se relacionem com a
Administração Pública atuem com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a
isonomia e demais preceitos éticos.
Gabarito: Letra e.
Comentários
Princípios expressos são aqueles taxativamente previstos em uma
norma jurídica de caráter geral, obrigatória para todas as entidades políticas
(União, Estados, Municípios, Distrito Federal e seus respectivos órgãos públicos),
bem como para as entidades administrativas (autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista).
Por outro lado, princípios implícitos são aqueles que não estão previstos
expressamente em uma norma jurídica de caráter geral, pois são consequência
dos estudos doutrinários e jurisprudenciais. São princípios cujos nomes não irão
constar claramente no texto constitucional ou legal, mas que, de qualquer forma,
vinculam as condutas e atos praticados pela Administração Pública.
Dentre as alternativas apresentadas pela questão, somente a letra “b”
apresenta apenas princípios implícitos. Perceba que em todas as demais
alternativas aparece, pelo menos, um dos princípios expressos contidos no caput
do art. 37 da CF∕1988.
Gabarito: Letra b.
Comentários
O art. 37, caput, da CF∕1988, dispõe que “a administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência”.
Comentários
a) Assim como ocorre na esfera judicial, em que certos atos podem ter sua
publicidade restrita em virtude da preservação da intimidade das partes, alguns
atos administrativos também poderão ter sua publicidade restrita com amparo
em dispositivo da Constituição Federal, a exemplo do que ocorre em relação aos
atos imprescindíveis à segurança do Estado e da sociedade (CF∕1988, art. 5º,
XXXIII). Assertiva incorreta.
b) Não restam dúvidas de que a emissão obrigatória de certidões, imposta
à Administração Pública, é uma conseqüência do princípio da publicidade.
Assertiva correta.
c) O princípio da publicidade encontra-se previsto expressamente no art.
37, caput, da CF∕1988. Assertiva incorreta.
d) Não existem princípios absolutos na seara do Direito Administrativo.
Diante de eventual conflito entre princípios, compete ao administrador ou à
autoridade judiciária fazer a ponderação de valores e aplicar o princípio mais
incidente sobre o caso em concreto, reduzindo (e não excluindo) a força
normativa do outro. Assertiva incorreta.
e) A CF/1988, em seu art. 37, § 1º, dispõe que “a publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
a) V, F e V.
b) V, V e F.
c) F, V e F.
d) V, F e F.
e) F, F e V.
Comentários
Item I – O enunciado simplesmente reproduziu o texto do art. 37, caput,
da CF∕1988. Assertiva correta.
Item II - O princípio da eficiência não constava expressamente no texto
original da Constituição Federal de 1988. Somente com a promulgação da
emenda constitucional nº 19, que ocorreu em 04 de junho de 1998, foi inserido
no caput do art. 37 da CF/1988. Todavia, isso não significa que se trata de
princípio de observância facultativa, apresentando-se como obrigatório para toda
a Administração Pública brasileira, assim como os demais previstos no texto
constitucional. Assertiva incorreta.
Item III - Para Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência exige que a
atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento
Gabarito: Letra a.
d) indisponibilidade.
e) razoabilidade.
Comentários
Para evitar que abram mão do interesse público para beneficiarem a si
próprios ou a terceiros, os agentes públicos estão obrigados a observar diversas
restrições (também denominadas de sujeições) impostas pelo princípio da
indisponibilidade.
Como atuam apenas como administradores dos bens e interesses comuns
(considerados inalienáveis), não podem praticar atos sem que exista
autorização legal, principalmente se onerosos à coletividade.
Enquanto o princípio da supremacia do interesse público assegura
prerrogativas (privilégios) para a Administração Pública e seus agentes, o
princípio da indisponibilidade impõe sujeições (restrições). Ambos fundamentam
e disciplinam o regime jurídico-administrativo.
Gabarito: Letra d.
Comentários
a) Para responder às questões de prova, lembre-se de que vários outros
princípios também limitam a discricionariedade administrativa, a exemplo dos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Assertiva incorreta.
b) Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, “enquanto na administração
particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só
é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa ‘pode
fazer assim’; para o administrador público significa ‘deve fazer assim”. Assertiva
correta.
c) É o princípio da autotutela que assegura à Administração Pública a
prerrogativa de policiar e fiscalizar os atos administrativos que edita,
revogando-os, quando inconvenientes ou inoportunos, ou anulando-os,
quando ilegais. Assertiva incorreta.
d) O princípio da eficiência consta expressamente no caput do art. 37 da
CF∕1988, sendo de aplicabilidade imediata. Assertiva incorreta.
e) Trata-se de uma conseqüência do princípio da autotutela, que encontra
fundamento nas súmulas 346 e 473 do Supremo Tribunal Federal. Assertiva
incorreta.
Gabarito: Letra b.