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Tratamentos de Água:

Filtração

Professor: Pedro Hermano Menezes de Vasconcelos

Fortaleza – CE
07/06/17
Filtração

- Processo unitário mais importante na cadeia de processos de tratamento de água.

- Pode ser o único (filtração lenta) ou apenas precedido pela coagulação-floculação


(filtração direta).

- Classificados em lentos e rápidos.

- Os filtros rápidos operam com taxas superiores a 40 vezes a taxa dos filtros
lentos.

- Os filtros rápidos são limpos por lavagem a água contracorrente, em uma


operação rápida de limpeza (alguns minutos).

- Os filtros lentos são limpos com uma menor frequência, com uma remoção
geralmente manual da camada superior do leito (pode durar horas).
Filtração

- Processo físico-químico para a remoção de impurezas em suspensão na


água, mediante sua passagem por um meio poroso.

- Diversos materiais granulares podem atuar como meio poroso.

- Areia é o mais comum, seguido pelo antracito (carvão fóssil, de alto teor de
carbono que submetido a processo físico-químico possui excelente
propriedades para a sua utilização como meio filtrante).

- Os tamanhos dos grãos e dos poros têm grande influência na remoção de


matéria em suspensão pelos filtros.
Filtração
A função do filtro é reter as impurezas não retidas pelos decantadores.

A filtração ocorre por meio poroso. Talvez seja esta a etapa mais importante
do processo, pois é nela que se verifica o “polimento”da água.

- Em principio, acreditava-se que predominava a ação de coar.

Filtração não é uma simples ação de coar!

Partículas consideravelmente menores que os poros são removidas


no filtro!

- A teoria da filtração identifica uma série de mecanismos de remoção, incluindo:

- Interceptação; / Difusão; / Inercia; / Sedimentação; / Ação hidrodinâmica.


Filtração

A eficiência na remoção de sólidos por um filtro é


extremamente dependente da área total da superfície das
partículas do meio filtrante.

Diâmetro do Grão Eficiência

Entretanto, o gradiente hidráulico resultante é um fator


limitante na escolha da granulometria do leito filtrante.
Os fenômenos que ocorrem durante a filtração são:
a) ação mecânica de coar;
b) sedimentação de partículas sobre grãos de areia;
c) floculação de partículas
d) formação de película gelatinosa na areia, promovida por microorganismos
que aí se desenvolvem.

A medida que o filtro é utilizado, a areia vai retendo o material mais grosso em
suspensão (algas, protozoários etc.), que vão formando sobre ela uma camada de
lodo (camada biológica).
Quando esta se forma, por ser gelatinosa, vai absorvendo partículas menores
(colóides, emulsóides, etc.) e melhorando a qualidade da água.

Continuando a filtração, a camada de lodo vai aumentando e oferecendo maior


resistência à passagem da água o que é chamado de perda de carga, pois, o filtro
vai perdendo vazão. Então o filtro deve ser lavado.
Atualmente, nas estações de tratamento de água, o meio filtrante mais
usado é uma combinação de areia, carvão mineral (antracito) e seixos,
colocados no leito de um tanque na ordem citada.

Teoricamente o filtro pode conter várias camadas, embora na prática existam


algumas restrições para isso.

Camadas constituintes do filtro:


carvão, antracito, areia e
pedregulho em diferentes
granulometrias e fundo falso em
PVC
Geralmente as partículas suspensas que estão na água que segue para
filtração possuem diâmetro de 1 mm a 10-3 mm e podem ser:

Eletronegativas,
Eletropositivas,
Neutras,
Polímeros adicionados ou formados na fase de coagulação.

O fluxo de água pode ser:


Descendente ou
Ascendente (filtro russo ou clarificador por contato).

Filtros lentos (para águas com baixa velocidade)


Filtros rápidos (para águas com velocidades elevadas)
Tradicionalmente existem dois processos distintos de filtração: filtração lenta e
filtração rápida.

A opção por um dos métodos depende principalmente da qualidade da água


bruta e do volume a ser tratado e implica em profundas diferenças no projeto da
ETA.

O processo de filtração lenta é um pouco estático em suas alternativas de


projeto.

Filtração lenta: Processo simples e de grande eficiência. O inconveniente é que


ele funciona com taxas de filtração muito baixas, sendo aplicável apenas às
águas de pouca turbidez (até 50 ppm), exigindo, por isso, grandes áreas de
terreno e volume elevado de obras civis.
A areia deve ter as seguintes características:
- Ser isenta de materiais orgânicos;
- Situar-se entre as peneiras de 0,15mm a1,41mm.

Quanto aos resultados os filtros lentos têm um excelente desempenho na


remoção de bactérias, superiores aos filtros rápidos quanto à uniformidade
dos resultados. Em geral pode-se apresentar como expectativa os seguintes
valores:

- Remoção de turbidez - 100%;


- Remoção de cor (baixa) - < 30%;
- Remoção de Ferro - até 60%;
- Boa remoção de odor e sabor;
- Grande remoção de bactérias - > 95%.
A operacionalmente tem as vantagens de:

Facilidade e simplicidade de operação e fácil controle,

Porém são importantes desvantagens:

A sua inviabilidade para turbidez superior a 40ppm ou


Para turbidez + cor acima de 50ppm e, também;
Sua baixa velocidade de filtração, o que implica em grandes áreas de
ocupação.

Assim os filtros lentos têm sua aplicabilidade restrita a


tratamento de pequenas vazões de consumo, águas pré-
decantadas ou de baixa turbidez, e para localidades
onde os terrenos não sejam muito valorizados.
Filtração Rápida:
Processo bastante dinâmico em termos de alternativas de desenhos, podendo
ser projetado com materiais diferentes, dispositivos para aumento da
capacidade de filtração, bem como fluxos por gravidade ou forçados,
ascencionais ou descendentes

Apresentam uma boa remoção de bactérias (90 a 95%), grande remoção


de cor e turbidez, pouca remoção de odor e sabor.

Como vantagens são citadas:


Maior rendimento,
Menor área,
Aproveitamento de águas de pior qualidade.

Como desvantagens:
Requerem um controle rigoroso da ETA,
Pessoal habilitado e especializado,
Laboratório de análise.
A limpeza, ou recuperação da taxa de filtração, consiste na remoção de 2 a
4 cm da camada superior a medida que o filtro perder sua capacidade de
produção. Quando a altura do leito arenoso estiver reduzida a espessura de
0,60m, devido às sucessivas operações de limpeza, deve-se providenciar a
reposição da areia até o restabelecimento da altura do leito original.
A filtração pode ocorrer com ação de profundidade ou com ação superficial.

No caso da filtração com ação de profundidade, a retenção das impurezas


ocorre em todo meio filtrante e a carreira de filtração é máxima.

Já com ação superficial, a retenção das impurezas ocorre somente na superfície


(ou seja, nas primeiras camadas do meio filtrante), e a carreira de filtração é
mínima.

A principal diferença entre os dois mecanismos de filtração esta na uniformidade


do meio filtrante.

“A filtração rápida de água coagulada ou floculada deve, preferencialmente, ser


realizada com ação de profundidade, pois caso contrário gerará carreiras de
filtração curtas, com baixa produção efetiva de água”.
. Luiz Di Bernardo, 2005:
O material particulado deve ficar retido na superfície dos grãos do meio
filtrante e entre eles permanecer, resistindo à força do fluxo da água.

Em se tratando de partículas maiores que os poros do meio filtrante, o


processo se dá por peneiração.

Se o material for mais fino que o diâmetro dos poros, a retenção ocorre por
outros mecanismos, e o material parte do meio filtrante antes de ser retido.

• Os mecanismos de filtração podem ser divididos em:


Transporte das partículas dentro dos poros;

Aderência das partículas aos grãos do meio filtrante.

Diante da complexidade do processo, deve-se considerar que mais de um


mecanismo está envolvido no transporte e na adesão das partículas a serem
filtradas, a fim de obter um efluente límpido como é desejado.
1- Transporte:

• 1.1- Peneiração:

Grãos: 0,5 mm Poros: 0,1 a 0,2 mm.


Grãos: 1,2 mm Poros: 0,3 a 0,6 mm.

A peneiração é um mecanismo que independe das características químicas do


material a ser retido.

Probabilidade de retenção de uma partícula por peneiração:

d = diâmetro da partícula;
D = diâmetro do poro do meio filtrante.
1- Transporte:

• 1.2- Sedimentação:

A superfície do meio filtrante é muito grande!

1 m3 de areia com grãos de 0,35 mm 8.000 m2 de superfície.

A sedimentação ocorre na superfície superior dos grãos.

Enquanto algumas partes dos grãos estão em regiões de alto fluxo de água,
impedindo a sedimentação, restam aproximadamente 5,56 % de área livre, ou seja,
444 m2 de área onde pode ocorrer a sedimentação.

A sedimentação ocorre com o material relativamente grande que conseguiu


penetrar no leito filtrante. Nas posições onde há sedimentação, o fluxo de água deve
ser baixo para não deslocar as partículas sedimentadas.
1- Transporte:

• 1.3- Intercepção:

As partículas dispersas são carregadas pela água, seguindo as linhas de fluxo.


Nas regiões em que os poros sofrem um estrangulamento, as linhas de fluxo se
estreitam, promovendo o contato entre os flocos e os grãos do meio filtrante.

Os flocos se aderem inicialmente à parte superior das partículas, recobrindo o grão


com uma fina película.

Aos poucos essa película também reveste a parte inferior do grão.

Com o espessamento da camada de revestimento, a passagem da água diminui,


aumentando a velocidade do fluxo, dificultando a adesão de novas partículas na
parte superior do grânulo e continuando a agregar partículas na parte inferior.
1- Transporte:

• 1.3- Intercepção:
1- Transporte:

• 1.3- Intercepção:

Devido à velocidade da água, ocorre rompimento de alguns segmentos que


serão retidos posteriormente em outros locais.

A intercepção é um fenômeno independente das características químicas das


partículas.

Mas a adesão das partículas nos grânulos do meio filtrante é dependente das
características químicas das partículas e do pH do meio.

Partículas que aderem fracamente à superfície são substituídas por outras que
se ligam a elas mais fortemente.
1- Transporte:

• 1.4- Impacto Inercial:

As partículas dispersas são carregadas pela água, seguindo as linhas de fluxo.

Se neste fluxo ocorre algum obstáculo as linhas se curvam.

Nesse momento, se a velocidade for alta, as partículas forem relativamente


grandes e a quantidade de movimento suficiente, devido ao efeito de inércia, seguem
a trajetória sem fazer curva e se chocam como o obstáculo.

Este mecanismo não é muito relevante na filtração, visto que a viscosidade da


água dificulta a aquisição da quantidade de movimento necessária para que ocorra o
impacto.
1- Transporte:
• 1.5- Difusão:

Passagem das partículas do meio mais concentrado para o de menor


concentração, em consequência da energia livre favorável ao processo.

Também é um mecanismo responsável pela adesão de partículas aos grãos do


meio filtrante, em locais onde o fluxo de água é praticamente nulo.

A sedimentação, intercepção e principalmente a peneiração ganham importância


e eficiência a medida que o tamanho dos flocos aumenta.

Ao contrário, a difusão é mais eficiente para partículas menores.

O impacto inercial apresenta pouca importância e pode ser desconsiderado.


2- Aderência:

Não basta às partículas entrarem em contato com os grãos do meio filtrante. É


preciso que fiquem aderidas aos grãos.

Nesse ponto entram em atuação as forças químicas, as mesmas que agem na


coagulação.

• Forças de Van der Waals:

São as forças de Van der Waals que ligam as partículas aos grãos do meio
filtrante.

Independem das cargas eletrostáticas das partículas ou dos grãos.


2- Aderência:

• Forças de Van der Waals:


Agem a curtas distâncias e podem ser determinadas através da Equação:

K = constante de atração de Van der Waals. Depende da massa específica


das partículas, sendo maior para partículas de maior massa específica.

d = diâmetro da partícula. Deve ser muito menor que o diâmetro do grão.

r = distância entre a partícula e o grão do meio filtrante.


2- Aderência:

• Forças de Van der Waals:

O raio de ação dessas forças na água destilada é de 0,2 µm, enquanto para águas
naturais está em torno de 0,02 µm.

Assim, sua capacidade de atrair partículas é quase nula. Entretanto são capazes
de retê-las quando estas entram em contato com a superfície do grão.

Como a filtração é uma operação que depende do pH, e as forças de Van der
Waals não dependem das características da fase aquosa, pode-se concluir que
outras forças atuam neste processo.
2- Aderência:
• Forças Eletrostáticas:
A combinação entre forças de Van der Waals e de Coulomb é que promove a
adsorção entre as partículas (também para coagulação).
Sejam três situações envolvendo as forças eletrostáticas:
- 01. Quando os grãos do meio filtrante são eletricamente negativos e as partículas
carregadas com cargas positivas, a atração e a adesão entre elas são
consequência natural das cargas opostas.
- 02. Quando os particulados são negativos e os coágulos negativos, há repulsão
entre partículas e coágulos, formando uma barreira de energia que dificulta a
aproximação. Todavia, as forças hidrodinâmicas podem provocar o contato.
Havendo o contato, e a partícula entrando no raio de ação das forças de Van der
Waals, pode ocorrer a adesão, mas a probabilidade de adesão por número de
contatos é bem maior.
- 03.Quando os grãos são negativos e os coágulos neutros, não ocorre a formação
da barreira de energia, facilitando o contato entre elas, com provável adesão.
2- Aderência:
• Forças Eletrostáticas:

A combinação entre forças de Van der Waals e de Coulomb é que promove a


adsorção entre as partículas (também para coagulação).
Sejam três situações envolvendo as forças eletrostáticas:
- 01. Quando os grãos do meio filtrante são eletricamente negativos e as
partículas carregadas com cargas positivas, a atração e a adesão entre elas são
consequência natural das cargas opostas.

- 03. Quando os grãos são negativos e os coágulos neutros, não ocorre a


formação da barreira de energia, facilitando o contato entre elas, com provável
adesão
2- Aderência:

• Forças Eletrostáticas:

Essas hipóteses são coerentes porque a eficiência do processo de filtração


sofre influência da dosagem de coagulante, que, por sua vez, determina a
carga predominante nos coágulos.
2- Aderência:
• Ponte Química:

Os agentes químicos adicionados na fase de coagulação formam produtos que, a


um determinado pH, se polimerizam. Nessa fase são adicionados ajudantes de
coagulação, os polieletrólitos, que muito auxiliam na adesão das partículas ao meio
filtrante.

As cadeias poliméricas ligadas aos flocos por algumas sedes ativas deixam
segmentos soltos na água. Esses segmentos são adsorvidos pelas sedes ativas dos
grãos do meio filtrante, ficando ligadas a estas.

Em regiões de estrangulamento dos poros, onde o contato é facilitado, cadeias


poliméricas já ligadas aos grãos enlaçam outros flocos que por ali passam, retendo-
os aderidos aos grãos. Em muitas ETAs, é adicionada uma dose de polieletrólitos
antes da filtração, para intensificar o processo.
2- Aderência:
• Ponte Química:

Os filtros devem ser lavados periodicamente a fim de manter sua eficiência na


retenção do particulado.

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