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. COMUNICA-CÃO PARECER N2 56/PGM/2018 À AUTO DE INFRAÇ...

Assunto: COMUNICAÇÃO PARECER N.° 56/PGM/2018 À AUTO DE INFRAÇÃO Ne 2732/2017


De: COREN-RS Subseção Santa Cruz <substc@portalcoren-rs.gov.br >
Data: 06/06/2018 15:06 COREN • RS j
Para: juridico <juridico@portalcoren-rs.gov.br > Protocolo re 2-G c‘ 11-
Data:_93j 0G V2
Servidor:
Senhor Coordenador,

Encaminhamos anexa COMUNICAÇÃO PARECER N° 56/PGM/2018 Ak AUTO DE


INFRAÇÃO N° 2732/2017.
O documento original foi protocolado sob n°26968/18 e será encaminhado via malote.

Atenciosamente,

Luiz Souza
Assistente Administrativo
COREN-RS Subseção Santa Cruz
Rua 28 de Setembro 221 Sala 503
CEP 96810-042 Centro
Santa Cruz do Sul RS

Anexos:

2018-06-06 (1).pdf 4,1MB

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UNIDADE CENTRAL DE FISCALIZAÇÃO EXTERNA
n° 755 - CEP 96810-198 — Bairro Centro — Santa Cruz do Sul — RS
Rua Galvão Costa,
Fone (51) 3711-9404 - ernaii: hualizaceo@santacruz.rs.gov br

COMUNICAÇÃO PARECER N° 56/PGM/2018 À AUTO DE INFRAÇÃO NP 2732/2017.

QUalificação Autuado:
Nome: Conselho Regional de Enfermagem
CNPJ: 87.088.670/0001-90
Atividade: Conselho

Local da infração:
Rua 28 de Setembro n° 221 sala 503 — Santa Cruz do Sul — RS.

Resumo da infração:
Exercício de atividade sem previa inscrição no cadastro municipal mobiliário - Ref.A1 2732/2017

Penalidades constantes na infração:


R$. 291,11 (100% UPM)

Comunicação da Decisão
Encaminha-se em anexo o Parecer n° 56/PGM/2018, referente ao Recurso apresentado em face
do Auto de Infração 2732/2017.
O Parecer em comento, opina pelo desacolhimento do recurso apresentado. Isto posto, concede-
Se o prazo de 30 dias para encaminhamento da respectiva inscrição no cadastro municipal
mobiliário,

Santa Cruz do Sul, 06 de junho de 2018.

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PARECER NIR 56/PGM/2018

j.

Assunto: Solicitação — Parecer


Referência: Memorando n2 41/UCEFEX/SEFAZ/2018

Interessado: Secretaria Municirial de Fazenda (Unidade Central de Fiscalização Externa)

I - RELATÓRIO

Trata-se de pedido de parecer encaminhado pelo Senhor Secretário Municipal da


Fazenda através do Memorando n2 41/UCEFEX/SEFAZ/2018, o qual solicita parecer jurídico em

razão dos recursos apresentados pelo Conselho Regional de Medicina e pelo Conselho Regional de

Enfermagem, em razão das autuações 2761/2017 e 2732/2017, respectivamente.

Instruem o pedido de parecer cópias dos referidos autos de infração, bem como as
defesas apresentadas por ambos os conselhos de fiscalização.

É o sucinto relatório.

Passa-se a opinar.

11— MÉRITO

A equipe de fiscalização municipal autuou o Conselho Regional e Medicina do Rio


Grande do Sul (Auto de Infração n2
2761/2017), e o Concelho Regional de Enfermagem do Estado
do Rio Grande do Sul (Auto de Infração n2 2732/2
017), forte na Lei Complementar ng 04/97,
alterada pela Lei Complementar n2 211 de 31/12/2003, pelo
"exercício de atividade sem prévia
inscriçáo no cadastro municipal mobiliário", razão pela qual restou violado o artigo 81, inciso
I, de

Telefone: (SU 3713-81001www• santacraz gov br

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referido ordenamento municipal vigente à época.

irresignados, ambas as entidades interpuseram recursos, consoante breves


considerações.

11.1. Do recurso aóresentado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do


Sul

Sustenta referido Conselho não se enquadrar no conceito de "contribuinte", não se


amoldando à definição contida no artigo 62, da Lei Complementar n.2 4, de 29/12/1997.

Ademais, assevera ostentar natureza de autarquia pública federal desempenhando


atividade típica de poder de policia, não havendo a incidência de ISSQN sobre suas atividades, à

medida que não efetua cobrança sobre os serviços prestados.

Outrossim, alega estar imune à cobrança de imposto, conforme disciplina a alínea


"a" do § 22 do inciso VI do artigo 150 da CF/88.

11.11. Do recurso apresentado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Estado do


Rio Grande do Sul

Inicialmente, sustenta a nulidade do auto de informação, por ausência de


especificação quanto à obrigação descumprida.

No passo seguinte, também sustenta sua natureza de autarquia federal, de modo


que estaria amparada pela imunidade recíproca prevista no texto constitucional.

Logo, a necessidade de inscrição junto ao cadastro municipal não teria amparo legal,
pois violaria expressamente a legislação de criação dos conselhos regionais.

Telefone: (51) 3713-81001www.santacruz.rs.gov.br


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11.111. Da regularidade das autuacões

De pronto destacamos, não assiste razão às recorrentes.

Os Conselhos foram autuados pelo Município de Santa Cruz do Sul, haja vista o
exercício de atividade se prévia inscrição no cadastro municipal mobiliário.

Nesse contexto, aduzem não exercerem atividade empresarial, ostentando a

natureza de autarquias federais, com poder de polícia, responsáveis pela normatização técnica e
fiscalização de atividades profissionais.

Logo, não seriam entes voltados para a atividade comercial.

Imperioso destacar que a ausência de natureza comercial da autarquia federal nã,o a

exime da obtenção de alvará de funcionamento, estando ela sujeita ao poder de polícia municipal,
logo, necessitado ter o exercício de sua atividade inscrita no cadastro municipal mobiliário.

Assim, necessária a regularização de seu funcionamento físico, mediante o

processamento do competente alvará de localização e funcionamento, passando a constarem com


inscrição perante a municipalidade.

Veja-se que os Conselhos autuados são pessoas jurídicas de direito público, os quais

desempenham atividades de fiscalização, motivo pelos quais possuem sede administrativa em


prédio urbano.

Sendo assim, possuem localização física, o que demanda a preexistência de alvará


de localiza e funcionamento, tomo qualquer outra pessoa física ou jurídica que exerça atividades

de modo permanente ou provisório.

Telefone.. 51) 3713-8100 l www.santacruz.rs.gov.br


SANTA CRUZ DO SUL

No momento em que referidos Conselhos, independente de serem órgãos federais

ou não, pretendem exercerem atividades em sede física no âmbito do perímetro urbano de Santa

Cruz do Sul, passam a condição de administrados e necessitam sim, autorização expressa da


administração pública.

Não se pode admitir a situação hipotética de que determinados organismos estejam


dispensados de autorização prévia para funcionamento, sem que a administração pública local

tenha conhecimento o possa exercer atividade de fiscalização sobre os mesmos.

E mais, o poder de polícia da administração decorre da disposição contida no artigo


30, inciso VIII da Constituição Federal, que trada do controle de uso do solo urbano, que, dentre

outras forma, se insere a emissão de autorizações de funcionamentó.

Ou seja, o Município tem poder de polícia em relação a órgãos, sejam eles federais
ou estaduais, que se situem sobre o seu território, no âmbito da competência municipal,
inexistindo qualquer relação de hierarquia que possa encetar conclusão contrária, sob pena de

mácula ao princípio federativo (arts. 12, caput c.c 18, caput da Constituição).

Entendimento contrário equivaleria a dizer, na próxis, que qualquer entidade ou

órgão público federal- estaria imune ao cumprimento de normas sanitárias e de segurança


estabelecidos legalmente e, consequentemente, imunes ao poder de polícia municipal.

A funcionalidade de qualquer órgão ou entidade pública (e, a este passo, não há


qualquer relevância em classificá-los em federal, estadual ou municipal) está condicionada, legal e
legitimamente, ao respeito ao poder de polícia.

Portanto, é viável, em tese, venha um Município a obstar o funcionamento de um


órgão ou entidade federal que descumpra as normas municipais de segurança e higiene, por
exemplo.

Telefone: (51, 3713-8100 1 www.santact uz rs


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E tal exigência não configura qualquer ingerência indevida, respeitados 9s limites da


legalidade.

Não se trata de o Município outorgar às autarquias 'consentimento' para a


funcionalidade da entidade, mas. sim que as mesmas estão aptas, ou não, a operarem segundo os

preceitos legais que traduzem o poder de polícia local, com fundamento constitucional (art. 30 da
CRFB-1988)

A esse propósito, o artig678 do Código Tributário Nacional (CTN) nos traz o conceito
e abrangência do poder de polícia, in verbis:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração


pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão, de
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e -
aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato
Complementar n9 31, de 28.12.1966)
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder

Logo, devidamente fundamentados os autos de Infração quanto ao exercício de


atividade sem prévia inscrição no cadastro municipal mobiliário, fato que, por via de
consequência, denota que referidos Conselhos estão operando sem os devidos Alvarás ,de
Localização e Funcionamento.

Telefone: (51) 3713-8100 I %MV/ santacruz.rs gov.br


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A exigência de Alvará de Localização/Funcionamento tem legitimação


constitucional (art. 145, II da Carta da República).

A propósito:

DIREITO CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO


FISCAL ECT TAXA MUNICIPAL DE LICENCIAMENTO, LOCALIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO. CONSTITUCIONALIDADE E LEGALIDADE. I. Em se
cuidando de cobrança de taxa, a condição da ECT de empresa pública
federal, ainda que de prestação de serviços públicos considerados
essenciais, não lhe permite invocar qualquer benefício, além do
previsto em lei, e muito menos a imunidade que, por expressão literal
do norma (artigo 150, VI, a, CF), tem aplicabilidade apenas na
hipótese de impostos. 2. É constitucional a Taxa de Licenciamento,
Localização e Funcionamento, exigida por lei municipal, no âmbito
de sua competência tributária, não se-ndo possível presumir a má-fé
do Poder Público ou a inexistência de aparato administrativo, para
o exercício do poder de polida. 3. Sob o foco infraconstitucional, a
revogação da Súmula 157/STJ ('É ilegítima a cobrança de taxa Pelo
município na renovação de licença paro localização de
estabelecimento comercial ou industrial') pacifica em termos legais, e
a favor do Municipalidade, a controvérsia suscitada. 4. A
competência para apreciar causa em que envolvido interesse de
empresa pública federal é da Justiça Federal, não produzindo efeitos
eventual julgamento, ainda que definitivo, promovido por instância
absolutamente incompetente, (AC 00092591620034036104,
DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS MUTA, TRF3 - TERCEIRA TURMA,
DJU DATA:10/10/2007 „FONTE REPUBUCACACk.)

De seu turno, a pesquisa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal nos traz


a convicção quanto à constitucionalidade da taxa municipal de fiscalização, localização e
funcionamento, senão vejamos:

'O Plenário do STF decidiu pela constitucionalidade da instituição do


taxa de fiscalização, de localização e de funcionamento, RE
220.316/MG, Rel. Min. limar Gaivão, DJ de 26-6-2001! (Al 707.357-
M Rel. Min. Ellen Grade, julgamento em 2-2-2010, Segunda Turma,
DJE de 26-2-2010.) No mesmo sentido: AI 763.5.59-AgR, Rei, Min. Eros

Telefone: (51) 3713-8 0 Ritme santacruz rs rim br


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Grau, julgamento em 2-2-2010, Segunda Turma, DJE de 26-2-2010.


Vide: RE 588.322, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 16-6-
2010, Plenário, DJE de 3-9-2010, com repercussão geral. ••

'Taxa. Exercício do poder de polícia. (...) Este Tribunal tem


orientação no sentido de que o exercício do poder de polícia é
presumido em favor da Municipalidade. Precedente. Agravo
regimental a que se nego provimento.' (RE 581.947-AgR, Rel. Min.
Eros Grau, julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE de 27-
2-2009, com repercussão geral.)

Também nesse sentido, posicionamento do Tribunal Federai da 49 Região.

APELAÇÃO CÍVEL N9 5002134-26.2012.404.7119/RS

TRIBUTÁRIO. TAXA DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO.


CONSTITUCIONALIDADE. AUTARQUIA FEDERAL. INMETRO.
NATUREZA DAS ATIVIDADES. IRRELEVÂNCIA

O Supremo Tribunal Federal assentou a constitucionalidade - da


cobrança da taxa de localização, fiscalização e funcionamento, nos
casos em que houver efetivo exercício do poder de polícia e de
Órgãos estatais de fiscalização.

O Município pode obstar o funcionamento de um Órgão ou


entidade federal que descumpra normas municipais. Tal exigência
não configura qualquer ingerência indevida, respeitados os limites da
legalidade.

A ausência de natureza comercial da autarquia federal não a


exime da obtenção de alvará de funcionamento, estando ela sujeita
ao poder de polícia municipal. Cabe ao Município verificar se ela
está apta, ou não, a operar segundo os preceitos legais que
traduzem o poder de polícia local, com fundamento constitucional.
Porto Alegre, 02 de abril de 2014.
[Grifei]

Por tais razões, acertado o posicionamento da autoridade fiscal ao expedir os Autos


de Infração Os 2761/2017 e 2732/2017, subsídios estes que levam ao indeferimento dos recursos
apresentados por ambos os Conselhos.

Telefone: (51) 3713-8100 1 www.santacruz.rs.gov.br


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III - CONCLUSÃO

Diante do exposto, concluímos o que segue:

a) consoante competência constitucional (art. 30 e 145, II, da CRFB-1988), corretas

as autuações (2761/2017 E 2732/2017) diante da constatação de exercício de atividade sem


previa inscrição no cadastro municipal mobiliário, uma vez que a ausência de natureza comercial
das autarquias federais não as eximem da obtenção de alvará de localização e funcionamento
sujeitando-as ao poder de polícia municipal, de sorte que ambos os recursos apresentados
merecem ser desacolhidos.

É o parecer, à superior consideração.

Remeta-se o presente ao Gabi ete da Proc ora-Geral para análise, em 11 de


maio de 2018.

ER N P? NETTt,
URADOR ifo MUNICÍPIO,
OAB/R5 100.840.

Acolho o parecer na íntegra.

2/.44.4. floW4tseec-0--1L-
TRICIA SgAIDHAUER,
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO,
0A8/R5 44.408.

51‘ 3713-8100 1 www.santacruz.n.gov.hr

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