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Finanças básicas para médicos:

Escrevi este texto há uns três anos aqui no DM. Deveria ter postado mais vezes para
ajudar estudantes, residentes e colegas a se preparar para a aposentadoria e planos
após esta. Não sou especialista, apenas gosto de finanças.

1- Premissas básicas: em primeiro lugar, aproveitem a vida, estudem, lutem pela


profissão e para começar, GASTEM MENOS DO QUE GANHAM (parece óbvio...).
Chequem onde podem economizar no dia a dia, na luz, água, telefone, celular e
pacotes de TV a cabo. Combinem em planos e exijam descontos. Apostem na
economia doméstica, leiam sobe isso e apliquem. Muito importante também é
negociar com seus gerentes de banco desconto ou até ausência de tarifas, em
especial para quem contrata vários produtos dos bancos. Tenha conta em
corretora de valores, que não cobrem nada para aplicar no Tesouro Direto e
com corretagem de ações barata.
2- INSS: Sabemos que a previdência pública é alvo de corruptos, mal gerida e
deficitária, MAS AINDA NÃO HA SEGURO MAIS COMPLETO PARA O BRASILEIRO,
EM ESPECIAL EM INÍCIO DE CARREIRA E MULHERES. Cada vez mais iremos ver,
apesar dos governos populistas, aumento na idade mínima para se aposentar e
tempo de contribuição. POR ISSO COMECEM A CONTRIBUIR CEDO. Depois de
alguns meses de contribuição, variando de 1 a 12 meses, quem contribui já tem
direito a auxílio doença (afastamento maior que 15 dias), auxilio acidente
(bateu de carro com lesão, etc), auxílio maternidade (muito importante para as
mulheres), entre outros benefícios. Quem tem carteira assinada em mais de um
emprego, lembre de que se já contribui pelo teto, deve levar o comprovante
aos demais vínculos para não pagar a mais que o teto, pois o dinheiro é perdido
para o governo. O novo valor vai valer a partir da competência 01/2016 que é
paga, no caso das contribuições previdenciárias, até o dia 15.02.2016. O valor a
ser preenchido na guia será, de acordo com o plano de contribuição, o
seguinte:

- quem contribui pelo plano normal de contribuição previdenciária, que pode recolher
entre o mínimo e o teto, que será fixado futuramente, deve recolher:

a) código 1007 - contribuinte individual - R$ 176,00, que equivale a 20% do salário-


mínimo, R$ 880,00.
b) código 1406 - contribuinte facultativo - R$ 176,00, que equivale a 20% do salário-
mínimo, R$ 880,00.
- quem recolhe pelo plano simplificado de contribuição previdenciária, que recolhe
11% do valor do salário-mínimo, deve preencher a guia com o seguinte valor:

a) código 1163 - contribuinte individual - R$ 96,80, que equivale a 11% do salário-


mínimo, R$ 880,00.

b) código 1473 - contribuinte facultativo - R$ 96,80, que equivale a 11% do salário-


mínimo, R$ 880,00.

- quem recolhe pelo plano família de baixa renda, mais conhecido como plano das
donas de casa, que recolhe 5% do valor do salário-mínimo, deve preencher a guia com
o seguinte valor:

a) código 1929 - contribuinte facultativo - R$ 44,00, que equivale a 5% do salário-


mínimo, R$ 880,00.

Vocês podem acessar o site da previdência social para pagar a guia adequada ao seu
caso, ou programar em sua conta bancária o pagamento mensal, o serviço é gratuito
para todo correntista. Não deixe de contribuir para o INSS, lembrando que quem tem
ao menos um emprego de carteira assinada (CLT) já contribui, só cuidado para não
pagar acima do teto e perder dinheiro.

3- Previdência Privada: é uma aplicação programada que investe em títulos


públicos e privados de baixíssimo risco ou que pode arriscar mais, até 49% em
ações e títulos privados, se for do seu desejo. Você pode programar todo o mês
aplicar determinada quantia e também fazer aportes esporádicos a hora que
quiser. Muito importante são a taxa de administração e a taxa de
carregamento. A primeira é quanto o banco ou a seguradora cobram pra
administrar seu plano (é cobrada uma vez por ano) e a segunda é a taxa
cobrada sobre cada aplicação que você faz. Tentem sempre planos com taxa de
administração menor ou igual a 1% ! Se vocês fizerem uma aplicação de maior
valor para inaugurar o plano, podem conseguir de cara. Mas briguem pela
menor taxa possível sempre, pesquisem. E taxa de carregamento, quanto mais
produtos tiverem no banco, melhor, exijam taxa zero! Taxa de carregamento é
um absurdo, não paguem ou tentem o mínimo possível. Se você recebe salário
no banco, tanto melhor para barganhar tudo isso. Outra coisa, o imposto de
renda pago é só ao final do plano, ou seja, na hora de sacar ou receber a renda
vitalícia. Pode ser regressivo ou progressivo. Eu prefiro a tabela regressiva pois
tenho certeza que não vou mexer no plano até o final. Depois de 10 anos da
aplicação de cada mês, você pagará “apenas” 10% de IR, e sobre o capital. Ou
seja, se juntou 1 milhão, pagara R$100.000 Já a progressiva é para quem tem
certeza que não sacará o dinheiro todo e que a renda que receberá na
aposentadoria será baixa, pagando pouco imposto (não recomendo para
médicos, apenas para os planos feitos para escolas, faculdade ou bens dos
filhos). E tem como diminuir o prejuízo do imposto de renda (IR)? Tem sim,
quem declara IR pela declaração completa, pode abater até 12% de sua renda
BRUTA todos os anos! Se você ganha R$200.000 por mês tributável (não entra
o que ganha como pessoa jurídica PJ), você pode aplicar até 12% disso, ou seja,
R$ 24.000, durante o ano em seu plano de previdência PGBL, que isso será
abatido de seu IR (seção pagamentos efetuados) e somando com abatimento
de plano de saúde, médicos, etc, fará você receber restituição! Esta restituição,
se for reaplicada em outro investimento ao final de muitos anos compensará
grande parte do imposto pago ao sacar o saldo do plano. Quem não faz o IR
pela declaração completa, deve fazer um plano VGBL, que não entra em
inventário no caso de morte precoce e no qual o IR só vai incidir sobre os
rendimentos e não sobre o capital. Eu tenho um plano PGBL, tabela regressiva,
com taxa de administração 1% (quero reduzir) e sem taxa de carregamento.
Estou satisfeito. Quem tem a oportunidade de aplicar também em plano de
previdência oferecido pela empresa, hospital, etc, VALE MUITO A PENA. Em
troca de você permanecer na empresa por determinado período mínimo, a
empresa aplica também uma porcentagem do que você deposita, turbinando o
valor. Além disso as taxas geralmente são bem baixas.

4- Tesouro Direto: o Tesouro Direto é o programa do governo que permite a você


aplicar em títulos públicos, ou seja, você empresta dinheiro ao governo e
recebe com juros pré ou pós-fixados. Apesar do PT, é o investimento mais
seguro de todos, pois quem garante é o Tesouro Nacional. Sugiro entrar no site
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto e ler tudo com calma. É
fácil e seguro. Recomendo também investir via corretora de valores
reconhecida e sólida, pois muitas não cobram nada, já os bancos tem interesse
que você aplique em seus fundos e não direto no tesouro. Tem a tabela de
todo as corretoras no site e quanto elas cobram (ou não) para aplicar seus
títulos. Mesmo que a corretora quebre, os títulos ficam em seu CPF,
custodiados. Tem vários títulos com nomes auto explicativos, que você pode
comprar pelo valor de face, ou até com pequenos valore a partir de R$ 30,00 .
Temos por exemplo o tesouro SELIC, pós-fixado, ou seja, você paga a taxa de
juros fixada pelo governo. Como nossa taxa Selic (juros do governo) estão em
valores muito altos, você trava uma remuneração de mais de 1% ao mês, se
investir hoje. Se os juros subirem você ganha mais. Se cairem você mantém o
acordado, desde que segure até o vencimento. Você pode revender os títulos,
mas não recomendo, pois oscilam muito. Só vale a pena se aumentarem de
valor naquele dia. Os pré-fixados, por exemplo, Tesouro IPCA, você garante a
inflação do IPCA daqueles anos em que segurar o título, mais um rendimento
líquido, acordado na hora em que você compra o título, por isso é pré fixado.
Se os juros caírem você lucra mais, pois estará com um tesouro em mãos.
Recomendo levar sempre até o vencimento, para objetivos de médio e longo
prazo. Leiam mais no site.
5- Poupança: Não paga taxas nem impostos, mas quase sempre perde da
inflação! Só vale para quem quer que o dinheiro renda um pouco para depois
usar em período curto de tempo, até 6 meses, quando o imposto pago aos
fundos ou tesouro são altos. Serve para guardar uma reserva de emergência
que equivale, idealmente, a 3 a 6 meses de sua renda.
6- Fundos de Investimento: Tem de vários tipos, pós fixados que são os de menor
risco, até fundos multimercado ou de ações, com risco maior e retorno
também, a longo prazo. A regra é a mesma, procure aqueles como menor taxa
de administração (até 1%), procure deixar pelo menos 2 anos para pagar o
menor IR ao sacar e observe o histórico dos últimos 12 meses dos fundos, para
investir em bons fundos. Quem quer proteger o dinheiro aplique em fundos DI
ou renda fixa (este último em especial nos momentos de queda dos juros da
taxa SELIC). Quem quer aplicar em ações e não tem tempo pode aplicar uma
parcela pequena dos seus investimentos (a critério de cada um), em fundos de
ações que apliquem em várias ações de determinado setor da economia
(prefiro consumo, setor bancário, etc), ou de vários setores ao mesmo tempo,
equilibrados. Fundos multimercados aplicam em títulos privados, de maior
risco, debentures (empréstimos a empresas), títulos mais conservadores,
moedas, commodities (gado, soja, café). Tudo balanceado para tentar o maior
lucro. Lembrem que podem ter perdas grandes também, maiores que o capital
investido. Apliquem com cuidado e, após um período de ganhos, saquem uma
parte e invistam em Tesouro Direto ou fundos DI.
7- CDBs, LCIs, LCAs, LCs: Comprem livros e revistas de investimento como
Infomoney, Você SA (especial de previdência, investimentos), Investimentos
Inteligentes (Gustavo Cerbasi), para ler sobre tudo isso acima melhor. CDB e
RDB você empresta dinheiro ao banco em troca de rendimento de juros pré-
fixados combinados na hora ou pós fixados, que pagam uma porcentagem do
CDI (taxa de juros SELIC). Paga IR, valendo a pena deixar até o fim do prazo para
receber na conta. Exijam a maior taxa possível seja prefixada ou do CDI (maior
que 90% a 100% do CDI). LCI e LCA até o momento não pagam IR, mas exigem
valores um pouco maiores para investir. O ideal é em bancos médios, via sua
corretora de valores, pois podem pagar até 120% do CDI! É muito. Mas
lembrem de aplicar até R$ 250.000 por CPF em cada título deste, pois bancos
médios podem quebrar e até este valor é garantido pelo Fundo garantidor de
Crédito (FCC). Bancos sólidos e grandes remuneram 80% do CDI ou pouco mais,
pagam pouco por serem mais seguros. LCI e LCA, em que você ajuda a financiar
crédito imobiliário e agrícola respectivamente, são uma boa a para o médio e
longo prazo. Após a aplicação inicial, as subsequentes podem ser mais baixas.

8- Ações: É difícil um médico ter tempo e vontade de ficar na tela do laptop ou


tablete aplicando em ações pela ferramenta online se sua corretora (Home
Broker). Muito fazem, mas estes não precisam de dicas básicas. Eu penso
que a estratégia de comprar ações pelo telefone ou home broker vale a
pena no longo prazo (buy and hold), comprar e guardar, para contar com o
aumento do valor das mesmas e revender uma parte reaplicando na renda
fixa, deixando de herança ou recebendo dividendos (lucros pagãos aos
acionistas periodicamente). Claro que tem de estudar as ações mais sólidas
(blue chips) e as que pagam mais dividendos. Momentos de crise, onde as
ações estão mais baratas, é momento de COMPRAR ações destes tipos
citados. Momentos de euforia prolongada e recordes da bolsa, são para
vender uma parte das ações e reinvestir em renda fixa, mantendo uma
parte (pode ser o capital inicial ou pouco mais) para o futuro e para os
dividendos. Nunca apliquem dinheiro para o grosso da aposentadoria ou já
com destinação certa, seja a curto, médio ou longo prazo, pois pode ter
perda total.

9- Imóveis: Lembrem sempre que um imóvel de forma geral não é


investimento e sim CUSTO, de financiamento, de reformas, etc. O primeiro
imóvel próprio para a família emotivo de muito orgulho e deve ser buscado,
lógico, mas sempre lembrando que tem baixa liquidez (facilidade de virar
dinheiro na mão), além do que você não vende o lugar onde mora para ir a
um pior, só em casos dramáticos. Geralmente passa de herança aos filhos e
vai para um maior ou mais adequado ao momento de vida. Casa de praia e
de campo são ótimas, se a família usufrui e os herdeiros idem, mas não são
investimento. Podem até ser vendidas por quem não usufrui e reaplicando
o dinheiro. Pensando de fato em investir, o ideal é comprar casas ou
apartamentos pequenos, à vista com o maior desconto possível (o preço
dos imóveis ainda vai cair mais), em áreas comerciais, ou residências
suguras, arborizadas, com comércio e transportes plenos, seguras e sem
potencial desvalorização (indevassáveis). Ou salas comerciais em
empreendimentos e locais com estas características, para um bom retorno
de aluguéis.

Enfim, em apenas 6 páginas procurei resumir muito, em noções básicas, o que li em


livros, sites e revistas, que é o que o que procuro fazer, mas insisto para que vocês
leiam e estudem mais, eu tenho prazer nisso, quem não tem, faça um esforço, afinal
já lemos tanto! Um abraço, Roberto Meirelles.

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