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Fundamentos do Contraponto

(Contraponto 1)
Aula 1 – Primeira Aula

Roteiro de Estudos

Introdução ao Contraponto: Entendendo o Método de Fux

Josephus – Antes de iniciar nossos exercícios, venerável mestre, poderia ainda


perguntar o que se entende pelo termo contraponto? Tenho ouvido essa
palavra usada não só por músicos, mas também por leigos.

Aloysius – Tua questão é pertinente, este é exatamente o primeiro tópico de nossos


estudos e trabalhos. É necessário que saibas que em tempos de outrora, ao
invés de nossas notas modernas, os pontos eramutilizados. Assim se
costumava chamar uma composição, na qual pontos foram colocados
contra pontos, contrapunctus; este maneira é ainda seguida hoje, ainda
que a forma das notas tenha mudado. Pelo termo contraponto, portanto,
entende-se uma composição escrita estritamente de acordo com certas
regras técnicas. O estudo do contraponto, como gênero, compreende
diversas espécies as quais vamos considerar uma por vez. Antes de todas
então, a mais simples das espécies.

Diálogo retirado do início Gradus ad Parnassum (1725) de J. J. Fux

Josephus é o aluno

Aloysius é o professor

O texto abaixo, de Alfred Mann (o tradutor do Gradus ad Parnassum de Fux), apresenta referências
históricas sobre o método de Fux.

“O Estudo do Contraponto” do Gradus ad Parnassum de Johann Joseph Fux

Seguindo essa vertenteintrodutória e conceitual do Gradus ad Parnassumde Fux, acesse o link abaixo.Será
apresentada uma série de links para textos introdutórios de autores importantes no estudo do
contraponto.

Contraponto
Como pode ser observado, cada um dos textos oferece pontos de vista sobre o desenvolvimento e a
importância do estudo e, portanto, refletem parcialmente o conceito, o significado e o método de
abordagem do estudo do contraponto.

Todos os textos afirmam direta ou indiretamente o estudo do contraponto como essencial na formação do
músico. Alguns dos motivos apresentados relacionam-se com:

 aqualidade da percepção musical e a relação com a audição interior;


 o complexo da escrita musical;
 a compreensão da linearidade temporal através da identificação de vozes (fontes sonoras) e
melodias;
 a compreensão da estrutura do discurso musical;
 a compreensão entre a interação de melodias (e não somente de acordes) na formação do
discurso harmônico;

O Gradus ad Parnassum(1725) de Fux fornecerá as bases metodológicas do nosso curso:

Procurando uma solução para esse problema, comecei, portanto, vários anos atrás, a
desenvolver um método similar ao pelo qual as crianças aprendem primeiro letras,
depois sílabas, depois combinação de sílabas e finalmente, como ler e escrever. E isso
não foi em vão. Quando utilizei esse método no ensino, observei que os alunos fizeram
um progresso assombroso em curto espaço de tempo. Então achei que prestaria um bom
serviço à arte se o publicasse para o beneficio dos jovens estudantes, e repartisse com o
mundo musical a experiência de quase trinta anos, durante os quais servi três
imperadores (pelo que devo, com toda modéstia, meu orgulhar). Além disso, como
Cícero cita de Platão: "Nós não vivemos apenas para nós mesmos; nossas vidas
pertencem também ao povo, aos nossos pais e a nossos amigos".

Fux, acrescenta:

Para o bem da melhor compreensão e maior clareza, eu me servi da forma de diálogo.


Por Aloysius, o mestre, refiro me à celebre Luz da Música de Praeneste (ou como
dizemoutros, Praeeste [Palestrina]), a quem devo tudo que sei desta arte, e cuja
memória não cesso de estimar com um sentimento de profunda reverência. Por Josephus
tenho em mente o aluno que deseja aprender a arte do contraponto.No mais, não se
ofenda com a simplicidade de meu estilo, pois não clamo por outro latim que a do
viajante retornando a uma terra a qual uma vez chamou de lar. E eu preferiria antes ser
inteligível a parecer eloquente. Adeus... aproveita e sê Indulgente. Se, leitor
benevolente, achares desvios da maneira adequada de se apresentar algo,confio que
haverás de aceitá-los com a mente tranquila.
Arnold Schoenberg o autor de Exercícios Preliminares em Contraponto (o nosso livro principal adotado),
nos orientará durante todo o curso de contraponto, também adota o método por espécies de Fux,
enfatizandoo seu propósito como um método de treinamento e não como uma teoria.

Exercícios Preliminares em Contraponto

Algumas afirmações de Schoenberg são muito elucidativas, nesse sentido:

Por tudo isso, a teoria do contraponto será tratada, aqui, de forma totalmente diferente.
Não será considerada, de modo algum, uma teoria, mas um método de treinamento,
cujo propósito principal será ensinar o aluno de forma a torná-lo apto a utilizar
posteriormente seu conhecimento quando compuser [reger, tocar ou cantar]. Assim
sendo, será aqui visado não apenas o desenvolvimento da habilidade do aluno na
condução de vozes, mas também a sua introdução aos princípios propriamente artísticos
e composicionais [da música], de modo que ele reconheça até que ponto esses princípios
são duradouros na arte [musical].

Mas, como é o Método de Fux?

Wikipédia: Gradus ad Parnassum (em inglês)

O método de Fux está expresso no próprio título do trabalho: Gradus ad Parnassum, que subentende
atingir uma determinada meta, objetivo ou conhecimento (Parnassum), através de exercícios que
gradativamente (passo-a-passo) tornam-se cada vez mais complexos.

A primeira divisão intrínseca do método de construção de exercícios de Fux restringe a quantidade global
de notas que poderão ser utilizadas nos exercícios. Essa restrição é obtida com a utilização do
Contraponto Vocal, ou seja, a escrita utilizada nos exercícios é pensada para ser executada por vozes
humanas.

Arnold Schoenberg justifica o estudo do contraponto vocal utilizando as claves “antigas” (principalmente
as claves de Dó) por dois motivos principais:

1 – escrever para vozes reduz o número de erros que um iniciante irá cometer. A extensão das quatro
vozes compreende uma menor quantidade de notas do que a maioria das combinações instrumentais
permitiria. Menor a quantidade de notas, menor a quantidade notas erradas. Além do mais, é mais fácil
ensinar um iniciante a escrever de maneira aceitável para vozes do que para instrumentos. Mesmo
escrevendo para piano, pode ser difícil manter as partes dentro do alcance das duas mãos. Mas, para
escrever adequadamente para outros instrumentos, requer-se um conhecimento de suas técnicas, de suas
extensões individuais, de suas potencialidades de dinâmica e, por fim, mas não menos importante, um
conhecimento de como os ler, já que muitos deles são instrumentos transpositores.

2 – Tornar-se totalmente familiarizado com a leitura e escrita das claves de dó irá auxiliar o aluno a ler e
tocar partituras orquestrais. Não é somente o fato de a viola e trombone alto serem escritos na clave do
contralto, dó na terceira linha, bem como o violoncelo, o fagote e o trombone na clave de tenor, para as
passagens em suas regiões mais agudas -, mas há a vantagem adicional a ser adquirida pela semelhança
de algumas claves com algumas transposições.

As Vozes Humanas e as Claves

Outra divisão intrínseca do método de Fux está na quantidade de melodias utilizadas. Cada melodia é
habitualmente denominada pelo termo vozou parte.

A lógica que está implícita no métodode Fux é a de ser “mais difícil” escrever para duas vozes do que para
uma; para três vozes do que para duas; para quatro do que para três; e assim por diante. E mais, o
conhecimento adquirido, por exemplo, nos exercícios de construção a duas vozes servem como base de
referência, tornando “mais fácil” e possível o aprendizado a três vozes; e assim por diante.

Tendo isso em mente, podemos entender cada incremento no número de vozes como umaEtapa(Gradus)
gradativa do estudo(iniciando com duas melodias ou vozes (ou partes) até n melodias ou vozes (ou
partes)). Desse modo:

 A primeira etapa: estuda duas vozes (melodias ou partes) em contraponto;


 A segunda etapa: estuda três vozes (melodias ou partes) em contraponto;
 A terceira etapa: estuda quatro vozes (melodias ou partes) em contraponto;
 etc.
 A “enésima” (n) etapa: estuda n + 1 vozes (ou melodias) em contraponto.

Em cada uma das etapas uma melodia em semibreves, denominada pela tradição de Cantus Firmus
abreviado por CF(também chamada de Canto Dado),é fornecida como referência à qual se constrói a(s)
outra(s) melodia(s) chamada de voz(es) do contraponto e abreviada(s) por CP. Isso quer dizer que na
primeira etapa o aluno constrói somente uma melodia (CP) em contraponto com o CF; na segunda etapa o
aluno constrói duas melodias CP (1) e CP (2) em contraponto com o CF; e assim por diante.

Completando o esquema acima podemos acrescentar:

 Primeira etapa: estuda duas vozes – CF X CP (ou CP X CF);


 Segunda etapa: estuda três vozes – CF X CP X CP (ou CP X CF X CP; ou CP X CP X CF);
 Terceira etapa: estuda quatro vozes – CF X CP X CP X CP (e as demais combinatórias).
 E assim por diante (cinco vozes; seis vozes etc.).

A segunda divisão intrínseca do método de Fux se dá internamente a cada uma das etapas subdivididas
em cinco espécies. Isso quer dizer que a Primeira Etapa (que estuda duas vozes) passa por:

 Duas vozes primeira espécie;


 Duas vozes segunda espécie;
 Duas vozes terceira espécie;
 Duas vozes quarta espécie;
 Duas vozes quinta espécie.
A segunda etapa (que estuda três vozes) do estudo passa por:

 Três vozes primeira espécie;


 Três vozes segunda espécie;
 Três vozes terceira espécie;
 Três vozes quarta espécie;
 Três vozes quinta espécie.

E assim por diante em relação às outras etapas (terceira etapa – quatro vozes; quinta etapa – cinco vozes
etc.).

Introdução às Espécies do Contraponto

De acordo com o exposto até aqui se pode inferir logicamente que:

 a lógica do método por espécies de Fuxnão limita a quantidade de etapas a serem estudadas
(quantidade de vozes);
 a espécie de cada etapa é determinada pela(s) voz(es) em contraponto (CP) e não pelo canto
dado (CF);
 a cada passagem de Etapa (duas vozes para três; três para quatro etc.) o CF é retirado e
substituído por vozes livres.

Revisão: Introdução às Espécies do Contraponto

O texto abaixo apresenta e discute diversas características do método coligido por Fux:

As Espécies do Contraponto e o Gradus de Fux

Esse outro revisa e apresenta uma síntese do que pode significar o seu estudo regular:

O Valor Pedagógico do Estudo do Contraponto

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