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BRASIS
gia brasileira, com séries e novelas como O Bem-Amado
ou Roque Santeiro, que emblematizam o carácter nacional
brasileiro. Ariano Suassuna (1927), outro autor bastan-
te presente, escreveu uma mão cheia de farsas brilhan-
tes, que congregam as tradições nordestina e ibérica,
entre as quais se encontra o mundialmente famoso Auto
da Compadecida (1955). Suassuna foi também a figura
principal do Movimento Armorial, um dos mais influen-
tes movimentos da criação artística brasileira contem-
porânea, lançado no Recife em 1970.
A
origem de um dos maiores mananciais da dramatur- a Primeira Feira Paulista de Opinião, com textos curtos de
gia de língua portuguesa é o Brasil, em particular São vários autores, entre os quais ele próprio, Guarnieri e
Paulo e o Rio de Janeiro, onde estrearam as mais rele- Plínio Marcos, mas também Lauro César Muniz (1938)
vantes peças teatrais e os mais brilhantes dramatur- e Jorge Andrade (1922-1984), recém-saídos do curso
gos. A importância dessa produção para a dramatur- de dramaturgia da Escola de Arte Dramática, onde se
gia ocidental ainda está por avaliar. Com este artigo formou também Renata Pallottini (1931). Maria Clara
pretende-se dar um primeiro passo nessa avaliação, fazen- Machado (1921-2001) é o nome de referência no teatro
do um sumário de obras e autores recomendáveis. para crianças. A esta geração nascida nos anos 20 e 30
do século XX podem juntar-se os escritores modernistas
Os dramaturgos mais célebres do Brasil, de quem o vi- Oswald de Andrade (1890-1954) e Mário de Andrade
sitante actual encontrará sempre uma peça em cartaz, (1893-1945), o primeiro porque é autor da peça O Rei
são Nelson Rodrigues (1912-1980), autor de Boca de da Vela (1937), que fez a fortuna crítica do Teatro Oficina
Ouro (1959), Beijo no Asfalto (1961) e A Serpente (1978); e de José Celso Martinez Correa, numa versão afamada
e Plínio Marcos (1935-1999), que escreveu Dois Perdi- de 1967 que se tornou um marco da encenação no Bra-
dos Numa Noite Suja (1966), Navalha na Carne (1967) sil; o segundo porque escreveu Macunaíma (1928), que
ou Querô (1979). O primeiro autor retrata as neuroses Antunes Filho encenou numa adaptação igualmente cé-
sexuais dos moradores do Rio de Janeiro, o segundo o lebre, em 1978, e o libreto da ópera Café (1942).
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panorãmicas dramaturgia dos brasis
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entrevista dramaturgia dos brasis
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