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Como fazer uma boa Confissão?

A confissão é o momento no qual Deus nos reconcilia uma e outra vez consigo. É o
sacramento que manifesta o incrível amor de Deus que é infinitamente maior que todos
os nossos pecados. E muitas vezes nos custa muito nos aproximarmos dele. Talvez isso
aconteça justamente porque diante de tanta bondade, nossa miséria fica mais evidente.
Mas é passando por esse fogo que renascemos para a Vida verdadeira.

Muita gente pensa que tendo uma listinha com todos os mais minuciosos pecadinhos (e
“pecadões”) é uma garantia de que se fará uma boa confissão. E muito embora um bom
exame de consciência seja fundamental, existe o perigo de que nos escondamos por trás
de ideias abstratas e não cheguemos ao mal de verdade encarnado em cada um de nós. É
preciso sair desse mundo das ideias e ver como os conceitos e teorias se aplicam a vida
de cada um.

Normalmente existem coisas que nos pesam a consciência sem que façamos um exame
minucioso da mesma. Se fizemos algo grave, isso não sai do nosso pensamento. Se não
estamos arrependidos, começamos a buscar distrações para que a nossa consciência não
nos incomode. Mas se estamos em busca de um perdão, ainda mais de Deus, já sabemos
o motivo pelo qual queremos pedir perdão. E é por isso aí que precisamos começar.

Para que serve então o exame de consciência? É o ponto inicial de uma relação com Deus
que quanto mais cresce, mais nos damos conta, ao mesmo tempo, das nossas faltas e da
infinita misericórdia do Senhor. Quando somos crianças, com a consciência ainda pouco
formada, nos confessamos de pecadinhos que nos parecem pecadões. Quando vamos nos
formando e crescendo na relação com Deus, as vezes nos damos conta de que existem
outras coisas mais importantes que estão na base da nossa relação com Ele, com a qual
faltamos e não nos dávamos conta. Depois, de alguns santos se sabe que voltam a
confessar-se como as crianças, mas com muito mais dor no coração por viver uma relação
tal de amor com Deus, que o menor agravo lhes é insuportável. “Antes morrer do que
pecar gravemente”, diz São Domingos, de 15 anos, justamente para mostrar que essa
maturidade não é uma questão de idade puramente.

Existem muitos recursos hoje em dia para que formemos melhor a nossa consciência.
Podemos fazer um exame baseado nos dez mandamentos, nos mandamentos da Igreja ou
nas obras de caridade. O cuidado me parece que deve ser sempre o de imitar Jesus em sua
encarnação. Como assim? Cada um vive em uma situação única no mundo e Deus não é
indiferente a ela, pelo contrário, é dela mesma que Ele quer nos salvar. Muitas vezes
usamos dessas listas como se elas fossem um padrão ao qual devemos chegar por nossas
forças, quando o movimento do cristianismo é justamente o contrário. É Deus que vem
ao nosso encontro e nos eleva.

De pouco adianta falar muitos pecados se não os percebemos realmente vivos em nós. Se
a boca fala aquilo do qual o coração está cheio, deixemos que saiam os pecados que
experimentamos pulsando e apertando o peito, antes de inventar uns que estão
pacificamente na nossa cabeça. Não se preocupe, quanto mais próximo de Deus ficamos,
mais nos damos conta de que toda confissão é incompleta, imperfeita. Mais percebemos
que é pouco o arrependimento que mostramos ao Senhor. E ao mesmo tempo vemos como
Ele alimenta multidões com esses pequenos dois pães e cinco peixes.

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