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DO CONCRETO EM BARRAGENS
CURITIBA
2007
ESTUDO DE FISSURAÇÃO TÉRMICA
DO CONCRETO EM BARRAGENS
CURITIBA
2007
Anthony Perevalo Wendler
Celso Turra
Idanir Serigheli Junior
DO CONCRETO EM BARRAGENS
CURITIBA
2007
TERMO DE APROVAÇÃO
Anthony Perevalo Wendler
Celso Turra
Idanir Serigheli Junior
CONCRETO EM BARRAGENS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................1
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................63
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................68
v
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
O estudo dos efeitos das variações volumétricas de origem térmica é uma das
2005). Sua presença gera cuidados especiais durante a vida útil através de
com o meio ambiente, mas nessa fase o mesmo ganha rapidamente tanto
(PAULON, 1987).
de juntas de contração.
autores, quando detectado um quadro de fissuração que pode ou não ser reparado,
3
1.1. OBJETIVOS
substancial.
1.2 JUSTIFICATIVAS
das Minas e Energia prevêem que deve ser realizado um aumento na capacidade de
1997).
seu funcionamento em horários de pico. Caso este quadro de estagnação não sofra
seu rendimento, à sua eficiência ou à sua durabilidade, este material vem sendo
(IBRACON, 2005).
CIGB, 1997).
térmica chegue a ponto de ameaçar sua estabilidade estrutural. Neste caso, todo o
reorganizado para suprir a demanda que deixou de ser produzida, com risco de não
ser possível esta manobra, podendo ocorrer racionamento de energia. Além disto, o
poder público terá que arcar com o custo de uma grande intervenção para
passante pelas fissuras, que poderia agregar valor pela geração de energia ou pelo
regiões mais pobres como, por exemplo, a região Nordeste, sendo que muitas delas
estiagem, e outras tantas são utilizadas para armazenar água para gerar energia e
benefícios sociais, pois o valor economizado com manutenção pode ser aplicado
na comunidade.
organizada.
seu mecanismo, noções das tensões atuantes, fatores influentes e medidas para
2.1.1. Conceito
e foto.
10
FONTE: Projeto executivo da derivação do Rio Jordão (COPEL), apud MARQUES FILHO, 2005
estudo de blocos em regime elástico, via método dos elementos finitos. Os modelos
CIGB, 1997).
2005).
a barragem de San Mateo, nos Estados Unidos da América, construída entre 1887 e
alturas e volumes cada vez maiores (CBGB, 1989 apud MARQUES FILHO, 2005).
concreto massa, sendo definido por aquele lançado em grandes volumes e que
pozolanas naturais e artificiais, escória de alto forno moída, sílica ativa e agregado
pulverizado, com destaque especial às pozolanas que reagem muito bem com o
construção da UHE Ilha Solteira. Inúmeras inovações a partir daí surgiram, como a
gelo, estudos térmicos utilizando ensaios para caracterização térmica dos materiais
temperaturas (projeto);
(execução);
(operação).
fissuras;
e destacamentos de material;
2005).
2.2.1. Conceito
Mas nessa fase o mesmo ganha rapidamente tanto resistência como rigidez,
temperatura máxima
resfriamento
temperatura média
elevação
anual
meio das superfícies de seu contorno (CALMON, 1995 apud IBRACON, 2005). Logo,
NEVILLE, 1982).
geram calor, bem como as camadas anteriores continuam com calor gerado que
ϕ •
ϕ
ϕ
é deformável, e esse cubo tende a expandir-se mas é contido pela massa que o
equação:
Onde:
KA = Condição de restrição;
υA = Temperatura ambiente;
elasticidade do concreto.
22
for pequena;
mas seu efeito é desprezável no cálculo das tensões térmicas (PAULON, 1987).
de juntas de contração.
2.2.3.1. Restrição
(Ka), obtido diretamente da figura 2.8, segundo critério estabelecido pelo ACI 207 .
C
L
1.00 H
Altura Proporcional Acima da Base
90
L/H = 20
10
80
8 6
7 5 4
70
3
60
2
50
40
L/H = 10
30
20
10
0
1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0
Restrição, ka (1.0 100%)
DILATAÇÃO TÉRMICA
1:1 13,5
1:3 11,2
1:6 10,1
hidratação.
cimento, sendo que quanto mais finas as partículas, mais rápidas serão as reações
III. Difusividade
INFLUÊNCIA DA DIFUSIBILIDADE
25
Elevação de Temperatura (°C)
Basalto
23
Gnaise
Granito
21
Diferença Quartzito
Temp. Concreto –
Contorno: 0 °C
19 Cascalho
Intervalo entre (Sílex)
Lançamentos:
7 dias
Cascalho (Quartzo)
17
0,06 0,09 0,12 0,15 0,18
2
Difusibilidade Térmica (m /dia)
deformar-se ao longo do tempo sob carga constante. Esta ocorre com resfriamento
2.2.3.4. Temperaturas
I. Temperatura de Equilíbrio
tração.
endurecido.
temperatura;
• Redução da durabilidade;
T (˚C)
T máx1
T máx2
∆T1 ∆T2
TL = T1
TL = T2
Idade (dia)
hidratação dissipa-se facilmente para o ambiente e o pico térmico pode não ser
dissipação do calor para o ambiente, reduzindo portanto o pico térmico. Para efeito
de cálculo, os blocos são considerados com dimensões menores e após cumprir sua
(PAULON, 1987).
temperatura:
não há muitos componentes como nas instalações frigoríficas usuais. Porém, devido
ao seu alto custo e cuidados para o manuseio, sua aplicação fica restrita a pequenas
o consumo de cimento;
quente;
SKWARCZYNSKI, 1988).
Segundo IBRACON (2005), o uso de sílica ativa é uma das medidas mais
requerido na mistura.
cimento.
elevação de temperatura.
14 H = 2,250 m
12
∆θ máx (˚C)
10
8 H = 1,125 m
6
H = 0,750 m
4
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
IL (dias)
FONTE: PAULON, 1987
Logo, o intervalo mínimo entre concretagens deve ser aquele suficiente para o
cujo aumento não trará mais benefícios ao controle térmico (MARQUES FILHO,
2005).
quando da ausência de dados ou estudos, para barragens usuais com alturas entre
30m e 120m, camadas de concretagem com altura entre 1,5m e 2,0m, com
USBR, 1975).
hidratação.
20
Baixo calor
10
0
0 2 4 6 8 10 12
Idade (dias)
e SKWARCZYNSKI, 1988).
de dissipação de calor.
choque térmico. Esse vai desde a manutenção das formas de madeira ou de metal,
(PAULON, 1987).
mais comuns.
36
Coeficiente de transmissão
Tipo de isolamento
Superficial (kcal/m3 .h ˚C)
Concreto - ar 11,6
Concreto – água de cura 300,0
Concreto – madeira - ar 2,6
Concreto – metal - ar 11,6
Concreto – isolante - ar 2,0
FONTE: PAULON, 1987
37
térmica, que serve como orientação para o início das análises e serviços.
em concreto realizada nos Estados Unidos em 1903, diz que uma sistemática
apropriada de reparo, que obtém uma solução mais adequada e econômica, deve
As figuras 3.1, 3.2 e 3.3 mostram alguns tipos de fissuras que são comumente
pode estar sendo danificada, s fissuras podem ser individuais, quando ocorrem em
Segundo ACI Commitee 201 (1980), uma inspeção de fissuras é uma vistoria
demarcada. Em alguns casos podem e/ou devem ser utilizados ensaios mais
sônicas.
dimensões das fissuras. Estas informações devem ser guardadas para servir de
base para subseqüentes inspeções. Pode ser traçada uma fina linha ao lado das
faremos agora?”.
individuais, porém nem todas as fissuras são determinantes para a presença de não-
CBGB (1996) cita que no período operacional, mesmo após alguns anos de
previsto no projeto;
segurança da barragem.
pode-se dizer que a barragem dotada de projeto bem elaborado será tão mais
desejadas, de forma que existem diversos tipos de instrumentos para a medida das
concreto:
maciço de concreto;
do maciço de concreto;
maciço de concreto;
43
do maciço de concreto;
do maciço de concreto;
para medir cada manifestação patológica entre as mais importantes que devem ser
(DONGJIE et al.1999);
MOSER, 2006).
longo do tempo.
uma fissura.
no futuro.
Os serviços que não sejam julgados urgentes devem ser agendados para
apenas criaram novas juntas de dilatação que podem ser deixadas livres para
elasto-plástico que veda a passagem de água pelo maciço, mas permite relativo
concreto utilizado em sua construção com relação às suas dimensões, bem como
do limite superior da rocha e que não afetem a segurança da estrutura, estas não
pode ser rebaixado a injeção pode ser o único método possível de utilização.
As fissuras a serem injetadas devem ser limpas, tendo-se que remover toda a
realizar a limpeza, cada uma com um grau de sucesso. A mais utilizada segundo o
remoção deste produto do interior da fissura pode ser muito penoso e criar mais
problemas do que a sua não adição à água. A utilização de ácidos para a limpeza
quando uma fissura será submetida à injeção de epóxi com função estrutural
jusante pode ser uma indicação disto, não existem alternativas para executar
sobre toda a face de montante. Para isto existem vários materiais que podem ser
percolação de água do reservatório pelo maciço de concreto para que não sejam
3.2.2.1. Manta
caso a manta não deve ser colada diretamente sobre a superfície do concreto.
Normalmente são utilizados perfis de aço colados com resina na face da barragem
mecanismo contínuo para fixação da manta sob pressão. Elas também funcionam
projetada a face do concreto da barragem deve ser muito bem limpa com martelete
com armadura de aço ou com fibras. Algumas vezes torna-se necessário instalar
concreto da barragem.
argamassa projetada.
De acordo com ICOLD-CIGB (1997), uma nova face de concreto pode ser
3.2.3. Pós-tencionamento
atualmente..
53
diminuindo o módulo do momento fletor aplicado pela água de forma simples e com
1996).
RECLAMATION, 1996).
a sua freqüência;
fissura;
inclinação;
- condições ambientais;
Materiais à base cimentícia são rígidos e frágeis e não possuem uma garantia
tipos de cimentos podem ser utilizados para injeção, incluindo os micro-cimentos que
RECLAMATION, 1996).
inferiores a 0,005” (0,127mm) com epóxi, assim como é difícil conter o epóxi em
projetos da Reclamation após análise verificou-se que a resina epóxi não se igualou
efetivamente.
resinas poliuretanas são usadas para selar e eliminar ou reduzir a infiltração de água
em fissuras e juntas. Elas podem ser injetadas também em fissuras que apresentam
sistema de resina poliuretana com duas partes sólidas. Fissuras com largura inferior
à 0,005” (0,127 mm) não podem ser injetadas com resinas poliuretanas. Até a data
alguma forma de água para iniciar a reação de cura e, assim, surge a classificação
ambiente seco.
57
3.3.2.1. Manta
fabricação por extrusão são adicionados entre 100 à 800 g/m² de fibra de poliéster.
comprimentos superiores a 200 m. A maioria das mantas possui boa resistência aos
durabilidade superior a vinte anos. A vida útil estimada fica entre 20 e 40 anos,
argamassas possuem água, cimento portland e areia. O cimento deve ser do mesmo
tipo do utilizado no concreto a ser reparado. A água e a areia devem ser as com
peneira nº 16. O traço do cimento e da areia deve ficar entre 1:2 e 1:4, dependendo
da técnica de aplicação. A água a ser adicionada deve ser a mínima para permitir a
3.3.3. Pós-tencionamento
podem ser barras de aço, porém o material mais usual é o cabo de aço. Este é
resinas podem ser injetadas com vários tipos de equipamentos e podem ser
com equipamentos para pintura com baixa pressão. Como o “tempo em aberto” da
resina epóxi é relativamente curto, este tipo de técnica torna-se crítica a medida que
para resinas epóxis quanto para resinas poliuretanas, assim como para limpeza de
fissuras com água. As figuras 3.16 e 3.17 apresentam alguns tipos de bicos
FIGURA 3.16 BICOS PARA LIMPEZA COM ÁGUA PRESSURIZADA E INJEÇÃO COM RESINAS
FIGURA 3.17 BICOS PARA LIMPEZA COM ÁGUA PRESSURIZADA E INJEÇÃO COM RESINAS
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
intervenção, seja apenas para reduzir a percolação de água pelo maciço ou garantir
sua estabilidade.
locais.
64
da barragem podem ser afetadas, uma vez que esta sofre ações de pressão de
(ICOLD-CIGB, 1997):
• Descomissionamento da barragem.
de intervenção.
maior relevância aquele cuja localização da fissura esteja abaixo do nível d’água, na
que passa através da mesma. Quanto maior for esta vazão, maior será a
elas:
considerados.
68
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACI – COMMITTEE 207 – “Mass Concrete for Dams and Other Massive Structures”
– American Concrete Institute
DONGJIE, Y.; XISHENG, H; TENG, H. The datum and optimization of dam safety
monitoring system. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON DAM SAFETY AND
MONITORING, 1., 1999, TGP Job site. Proceedings… China book press, 1999.