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Aula 06
Métodos de controle e prevenção da poluição
Objetivos Específicos
• Planejar ações baseadas nos métodos de controle e prevenção da poluição.
Temas
Introdução
1 Controle da poluição da água
2 Controle da poluição do solo
3 Controle da poluição do ar
Considerações finais
Referências
Professora
Renata Cristina de Souza
Prevenção e Controle de Poluição
Introdução
Caro(a) aluno(a), nesta aula vamos falar sobre a poluição oriunda das atividades humanas,
que a cada dia estão mais intensas, devido ao avanço tecnológico e ao desenvolvimento
industrial, que tem acarretado em uma série de consequências na nossa saúde e ao meio
ambiente.
Bons estudos!
No caso dos efluentes sanitários (esgoto), considera-se que têm alta biodegradabilidade.
No entanto, isso vem mudando no decorrer dos anos, com novos contaminantes integrando
o esgoto doméstico, pois fazemos uso de medicamentos, desinfetantes, cosméticos e outros
produtos químicos, que são substâncias de difícil degradação nas estações de tratamento de
esgoto.
Para onde vai nosso esgoto? Você sabe o que acontece com a água da
descarga da sua casa? O que acontece com a água das máquinas de lavar? E
com a água da pia quando lavamos a louça? Acesse o link disponível na Midiateca
e reflita sobre essa questão.
Outro tipo de efluente urbano são os efluentes provenientes de serviços de saúde (ou
hospitalares) que têm características semelhantes aos domésticos no que se diz respeito à
presença de sólidos e matéria orgânica, contudo, a presença de substâncias como antibióticos,
fármacos, microrganismos patógenos (mais resistentes), compostos clorados, rejeitos com
presença de metais pesados, medicamentos, além do grande volume gerado por dia, fazem
que esse efluente tenha um alto grau de refratariedade, (ou seja, compostos por substâncias
de difícil degradação, com baixa biodegradabilidade) sendo necessárias medidas como
a redução na fonte, ou seja, melhor segregação desses efluentes, medidas de controle de
descarte de materiais (como medicamentos, fármacos, antibióticos) e reaproveitamento de
alguns materiais. Na maioria dos hospitais não é feito nenhum tratamento antes do descarte
na rede coleta de esgotos, e essas substâncias podem causar problemas no tratamento
biológico, uma vez que são compostos de difícil degradabilidade (VON SPERLING, 2005, p.
98).
Já no que se diz respeito aos efluentes industriais, é necessário conhecer todo processo
produtivo, bem como a planta industrial, matéria-prima, pois os efluentes industriais têm
características específicas dependendo da atividade em que estão inseridos. Por isso, é
importante uma caracterização desses efluentes para garantir a representatividade da
amostra, a fim de determinar as diferentes características e os possíveis impactos que
poderão causar no corpo receptor ou na estação de tratamento de esgoto, além disso, a
caracterização é fundamental para adoção da forma de tratamento desses efluentes.
que efluentes de qualquer fonte poluidora poderão ser lançados diretamente no corpo
receptor, desde que atenda aos parâmetros listados no Quadro 01.
Ainda, deve incluir aspectos corretivos por meio do uso de técnicas de engenharia, no
que se refere à execução de sistemas de prevenção da contaminação das águas subterrâneas
e sistemas de controle de erosão, como: alteração da declividade, operações em curva de
nível, execução de canaletas de drenagem (BRAGA et al., 2005, p. 140).
O Capítulo III, art. 14, da referida Resolução trata da prevenção e controle da qualidade
do solo, os empreendimentos que desenvolvem atividades com potencial de contaminação
dos solos e águas subterrâneas devem:
3 Controle da poluição do ar
A poluição do ar é um dos grandes problemas ambientais da atualidade nos centros
urbanos (IBGE, 2012), trazendo consequências dramáticas para a saúde da população,
principalmente para idosos, crianças e portadores de doenças do trato respiratório, como
bronquite, asma, insuficiência respiratória.
No Brasil, os padrões de qualidade do ar são fixados pelo CONAMA, por meio da Resolução
CONAMA 03/90 (BRASIL, 1990). O monitoramento da qualidade do ar é feito para determinar
o nível de concentração de um grupo de poluentes. Para cada uma dessas substâncias,
foram definidos limites máximos de concentração que, à medida que esses parâmetros são
ultrapassados, podem vir a afetar a saúde e o bem-estar da população, além de ocasionar
sérios danos ao meio ambiente.
Derísio (2012, p. 155) afirma que o problema da poluição atmosférica pode ser
considerada quatro etapas: a produção, emissão, transporte e recepção dos poluentes, e em
cada uma dessas etapas é possível intervir para reduzir os riscos da poluição e aplicar alguns
métodos, tais como:
• Diluição por meio de chaminés altas: tem por objetivo reduzir a concentração de
poluentes ao nível do solo, sem a redução da quantidade emitida.
• Filtro de Tecido: são classificados de acordo com o formato, podendo ser filtros de
manga ou do tipo envelope, são sistemas comumente utilizados. Seu funcionamento
é simples, o filtro constitui-se de um tecido de lã ou de feltro, e consiste na passagem
de gases carregados com partículas sólidas, que ficam aderidas ao filtro, de tempos
em tempos esse material deve ser retirado. Ainda, podem operar em regime contínuo
ou intermitente. A operação intermitente é empregada quando a operação da fonte
poluidora pode ser interrompida para limpeza, por exemplo, em operações de
polimento, ensacamento. O regime contínuo é possível por meio do banghouse em
paralelo, ocorrendo à limpeza sem interrompimento do fluxo.
• Ciclones (ou Separadores Ciclones): são coletores que utilizam a força centrífuga
para coletar as partículas. Podem ter entrada tangencial ou radial. São compostos por
um corpo cônico cilíndrico, no qual entram tangencialmente os gases a depurar por
uma abertura na parte superior do equipamento. As partículas, submetidas à força
centrífuga no final de certo número de voltas, chocam-se com a parede e terminam
depositando-se na parte inferior do cone.
Considerações finais
Podemos observar que uma das formas de minimizar a poluição é a prevenção na fonte,
e também vimos que temos inúmeras formas de tratamento dos poluentes, o importante é
observar cada particularidade, cada característica de cada poluente, para em seguida tomar
as medidas de tratamento e minimização da poluição.
Além disso, devemos seguir os critérios estabelecidos pela legislação ambiental vigente,
que visam reduzir os poluentes, bem como estabelecer critérios e parâmetros a serem
seguidos.
Referências
BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J. G. L.; MIERZWA, J. C.; BARROS, M. T. L. de; SPENCER, M.;
PORTO, M.; NUCCI, N.; EIGER, S. Introdução à Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo: Prentice
Hall, 2005.
______. ______. 2011. Resolução CONAMA n. 430, de 28 de dezembro de 2011. Dispõe sobre
as condições e padrões no lançamento de efluentes. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em: 01 nov. 2014.
DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4. ed. São Paulo, SP: Oficina de
Textos, 2012.
ROCHA, A. A. Controle da Qualidade do Solo. In: PHILIPPI JR., Arlindo (editor). Saneamento,
Saúde e Ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. São Paulo: Manole,
2005.
SILVA, F. R. da. Guia de Tecnologias Ambientais - ar e poluição do ar. CIDADE: Via Sapia, 2011.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas a ao tratamento de esgotos. 3. ed. 462p.
Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental: Universidade Federal de
Minas Gerais, 2005.