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Aula 04

Direito Administrativo p/ CBM-SE (Soldado) - Pós-Edital


Professor: Herbert Almeida
Direito Administrativo p/ CBM-SE
   Soldado do Corpo de Bombeiros
Teoria e exercícios comentados
Prof. Herbert Almeida – Aula 4

AULA 4: Ato Administrativo

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Olá pessoal, tudo bem?
Na aula de hoje, vamos estudar os seguintes itens do edital: “Atos
Administrativos: conceito e requisitos; atributos; invalidação;
classificação; espécies; do uso e do abuso do poder.”.
Aos estudos, aproveitem!


 


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O exercício da função executiva da Administração Pública se expressa


por meio de uma espécie de ato jurídico denominada de ato administrativo.
Portanto, o ato administrativo é uma espécie do gênero ato jurídico.
O antigo Código Civil (1916) denominava de ato jurídico o “ato licito,
que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou
extinguir direitos”. Contudo, o novo Código Civil (2002) não apresenta mais
essa definição, alinhando-se, portanto, à doutrina moderna1. Nessa linha, o
ato jurídico é a manifestação unilateral humana voluntária que possui uma
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finalidade imediata – ou direta – de produzir determinada alteração no


mundo jurídico2.
Na teoria geral do direito, podemos definir como fato jurídico em
sentido amplo – fato jurídico lato sensu – o elemento que dá origem aos
direitos dos sujeitos, impulsionando a criação da relação jurídica,
concretizada pelas normas jurídicas3. Em termos mais simples, é todo
acontecimento que possui algum significado para o direito. O fato
jurídico lato sensu abrange:
a) fato jurídico em sentido estrito – é o acontecimento
independente da vontade humana, que produz efeitos jurídicos. Por
exemplo, nascimento, maioridade, decurso do tempo, catástrofe
natural que ocasiona a destruição de bens, etc.;
b) ato jurídico – é o evento, dependente da vontade humana, que
possua a finalidade de realizar modificações no mundo jurídico.
Não nos interessa aprofundar o conceito de ato jurídico, uma vez que
o seu estudo cabe a outras disciplinas. Sabe-se, pois, que ele possui
diversas classificações e que seu conceito não é unânime na doutrina. Para
a nossa aula, contudo, vamos interpretá-lo como manifestação da vontade
humana unilateral (por exemplo, promessa de recompensa, uma oferta de


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ações de uma sociedade anônima, a assinatura de uma nota promissória),


seguindo os ensinamentos de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo,
deixando o vocábulo “contrato” para expressar os vínculos jurídicos que
dependem da manifestação de vontade de mais de uma pessoa para se
aperfeiçoar.
A partir daí, podemos concluir que o ato administrativo é uma espécie
específica de ato jurídico, caracterizando-se, principalmente, pela finalidade
pública.

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De acordo com Hely Lopes Meirelles, o conceito de ato administrativo


é fundamentalmente o mesmo do ato jurídico, diferenciando-se por ser uma
categoria direcionada à finalidade pública.
José dos Santos Carvalho Filho, por outro lado, apresentando uma
diferenciação mais completa, aduz que existem três pontos fundamentais
para a caracterização do ato administrativo:
a) é necessário que a vontade emane de agente da Administração
Pública ou de alguém dotado das prerrogativas desta;
b) seu conteúdo há de propiciar a produção de efeitos jurídicos com
fim público;
c) toda a categoria de atos deve ser regida basicamente pelo direito
público.
O primeiro ponto é que os atos administrativos devem ser praticados
por um agente da Administração Pública (como um servidor público) ou por
aqueles que estão dotados das prerrogativas públicas. Dessa forma, os atos
administrativos também podem ser praticados por particulares que tenham
recebido do Estado, por delegação, o dever de executá-los, ou seja, os
particulares investidos da função pública. É isso que ocorre na concessão,
permissão e autorização de serviço público.

 


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No entanto, o ato administrativo só ocorre quando a Administração


Pública ou os particulares estejam atuando com o fim de atender a uma
finalidade pública. Neste caso, é necessário que eles estejam investidos
das prerrogativas do regime-jurídico administrativo, agindo em situação de
verticalidade perante o administrado. Por conseguinte, como o ato
administrativo ocorre no exercício das funções públicas, eles são
executados com predomínio do direito público.
Nesse contexto, podemos analisar as definições de alguns de nossos
principais doutrinadores:
 José dos Santos Carvalho Filho:
“[...] a exteriorização da vontade de agentes da Administração
Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime
de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o
fim de atender ao interesse público.”

 Maria Sylvia Zanella Di Pietro,


“[...] pode-se definir ato administrativo como a declaração do
Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito
público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.”

 Hely Lopes Meirelles,


“Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim
imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si
própria.”

 Celso Antônio Bandeira de Mello,


“declaração do Estado (ou de quem lhe faça as vezes – como,
por exemplo, um concessionário de serviço público), no exercício de
prerrogativas públicas, manifestada mediante providências
jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento,
e sujeitas a controle de legitimidade por órgãos jurisdicional.”

Apesar de alguns pontos divergentes, o conceito de ato administrativo,


em geral, envolve a manifestação ou declaração da vontade da

 


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Administração Pública, quando atua na qualidade de Poder Público, ou


de particulares no exercício das prerrogativas públicas, com o
objetivo direto de produzir efeitos jurídicos, tendo como finalidade o
interesse público e sob regime jurídico de direito público.
Acrescenta-se, que os atos administrativos sujeitam-se à lei e são
sempre passíveis de controle judicial. Aliás, é importante mencionar que os
particulares, quando realizam atos administrativos, equiparam-se às
autoridades públicas para fins de controle de legalidade por meio das ações
específicas para o controle dos atos estatais, a exemplo do mandado de
segurança (CF, art. 5º, LXIX) e ação popular (CF, art. 5º, LXXIII).
Além disso, conforme ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o
exercício da atividade pública geral engloba três tipos de atos inconfundíveis
entre si: (a) atos legislativos (elaboração de normas primárias); (b) atos
judiciais (exercício da jurisdição); (c) atos administrativos.
Os dois primeiros se referem às funções típicas dos Poderes Legislativo
e Judiciário, enquanto o último trata da função típica do Poder Executivo.
Contudo, os órgãos daqueles Poderes também realizam atos
administrativos, em particular nos atos de gestão interna, nomeação de
servidores, aquisição de material, etc.

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Este é um tema bem controverso, uma vez que os principais


doutrinadores apresentam conceitos diferentes para fato administrativo.
Em uma primeira análise, o fato administrativo tem o sentido de
atividade material no exercício da função administrativa, que visa a
efeitos de ordem prática para a Administração. São exemplos a apreensão
de mercadorias, a dispersão de manifestantes, a limpeza de uma rua.
Muitas vezes, o fato administrativo é a consequência de um ato
administrativo, isto é, é a operação material do ato administrativo. Dessa
forma, após o Estado manifestar a sua vontade, cumpre o dever de executá-
la. Por exemplo, a demolição de um prédio (atividade material – fato
administrativo) é resultante da ordem de serviço da administração
(manifestação da vontade – ato administrativo); a edição de um decreto

 


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(ato administrativo) por ter como consequência a desapropriação de um


bem particular (fato administrativo)4.
Assim, muitas vezes teremos o fato administrativo como a operação
material de um ato administrativo.
Entretanto, há fatos administrativos que não decorrem de um ato
administrativo. Alguns decorrem das chamadas condutas administrativas,
isto é, as ações da Administração não formalizadas em um ato
administrativo. Por exemplo, a mudança de um departamento de local não
é, por si só, um ato administrativo. Entretanto, representa uma atuação
material da Administração.
Além disso, existem os atos materiais que decorrem dos fenômenos
naturais que repercutem na esfera da Administração. Como exemplos,
podemos citar um raio que vier a destruir um bem público ou, então, uma
enchente que inutilizar equipamentos públicos.
Assim, a partir dos ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho,
podemos constatar que os fatos administrativos se subdividem em dois
grupos: voluntários e naturais. Os fatos administrativos voluntários
podem se materializar por duas maneiras (a) por atos administrativos, que
formalizam a providência desejada pelo administrador por meio da
manifestação da vontade; (b) por condutas administrativas, que refletem
os comportamentos e as ações administrativas. Por outro lado, os fatos
administrativos naturais são aqueles que se originam de fenômenos da
natureza, cujos efeitos venham a refletir na órbita administrativa.

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Numa segunda definição, apresentada por Marcelo Alexandrino e


Vicente Paulo, os fatos administrativos são quaisquer atuações da
Administração que produzam efeitos jurídicos, sem que esta seja a sua
finalidade imediata. Essas atuações não correspondem a uma manifestação
de vontade da Administração, porém trazem consequências jurídicas.


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Os autores citam como exemplo a colisão de um veículo oficial da


Administração Pública dirigido por um agente público, nesta qualidade, e
um veículo particular. No caso, a colisão resultou de uma atuação
administrativa e produzirá efeitos jurídicos, porém não se trata de ato
administrativo, pois não ocorreu uma manifestação de vontade com a
finalidade de produzir efeitos jurídicos. Logo, trata-se de um fato
administrativo.
A atuação administrativa gerou consequências jurídicas, todavia não
podemos falar de ato administrativo, já que não houve manifestação de
vontade direcionada a produzir esses resultados.
Uma terceira aplicação vem dos ensinamentos de Maria Sylvia Zanella
Di Pietro. Segundo a doutrinadora, o ato é sempre imputável ao homem,
enquanto o fato decorre de acontecimentos naturais, que
independem do homem ou dele dependem apenas indiretamente. Um
exemplo de fato é a morte, que é algo natural5.
Quando um fato corresponde a algum efeito contido em norma legal,
ele é um fato jurídico, pois produz efeitos no Direito. Se este fato produzir
efeito no Direito Administrativo, trata-se de um fato administrativo. A
morte de um servidor é um fato administrativo, pois tem como efeito a
vacância do cargo.
Dessa forma, Maria Di Pietro só considera como fato administrativo o
evento da natureza cuja norma legal preveja algum efeito para o
Direito Administrativo. Ainda segundo a autora, se o fato não produz
efeitos jurídicos no Direito Administrativo, ele será um fato da
administração.

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Até agora falamos sempre de “declaração”, “manifestação”, “conduta”,


“atuação”. Entretanto, não falamos como se classifica a “omissão” da
Administração que possua efeitos jurídicos. Se a Administração

 


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simplesmente não fizer nada e dessa omissão decorrer um efeito jurídico,


estaríamos falando em “ato administrativo”?
Partindo dos ensinamentos de Bandeira de Mello e de Carvalho Filho,
o silêncio administrativo, isto é, a omissão da Administração quando
lhe incumbe o dever de se pronunciar, quando possuir algum efeito
jurídico, não poderá ser considerado ato jurídico e, portanto, também não
é ato administrativo. Dessa forma, os autores consideram o silêncio como
um fato jurídico administrativo.
Por exemplo, se um cidadão requisitar o seu direito de obter certidão
em repartições públicas, para a defesa de um direito seu (CF, art. 5º,
XXXIV), e a Administração não atender ao pedido dentro do prazo, não
teremos um ato administrativo, pois não houve manifestação de vontade.
Contudo, a omissão, nesse caso, pode gerar diversos efeitos, pois viola o
dever funcional do agente público. Além disso, se a omissão gerar algum
dano ao cidadão, o Estado poderá ser responsabilizado patrimonialmente.
Ainda assim, como não houve manifestação, mas ocorreu um efeito jurídico,
temos somente um fato jurídico administrativo.
Nesse sentido, vejamos os claros ensinamentos de Carvalho Filho8,
Urge anotar, desde logo, que o silêncio não revela prática de ato
administrativo, eis que inexiste manifestação formal de vontade; não há,
pois, qualquer declaração do agente sobre a sua conduta. Ocorre, isto sim,
um fato jurídico administrativo, que, por isso mesmo, há de produzir
efeitos na ordem jurídica. (grifos nossos)

Os efeitos do silêncio dependem do que está previsto na lei. Assim,


existem hipóteses em que a lei descreve as consequências da omissão da
Administração e outros em que não há qualquer referência ao efeito
decorrente do silêncio.
No primeiro caso – quando a lei descrever os efeitos do silêncio –,
poderá existir duas situações: 1º) a lei prescreve que o silêncio significa
manifestação positiva (anuência tácita); 2º) a lei dispõe que a omissão
significa manifestação denegatória, ou seja, considera que o pedido foi
negado.
Por exemplo, o art. 12, § 1º, II, da Lei nº 10.522/2000, descreve que
o pedido de parcelamento de dívida junto à Receita Federal do Brasil (RFB)
será “considerado automaticamente deferido quando decorrido o prazo de
90 (noventa) dias, contado da data do pedido de parcelamento sem que a


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Fazenda Nacional tenha se pronunciado”. Nesse caso, temos uma anuência


tácita, ou seja, um efeito positivo do silêncio administrativo.
Outro exemplo consta no art. 8º, parágrafo único, da Lei nº
9.507/1997 (Lei do Habeas Data), que apresenta hipóteses em que o mero
decurso do prazo, sem pertinente decisão da Administração Pública, implica
o indeferimento do pedido. Aqui, temos um exemplo de efeito negativo do
silêncio, isto é, uma manifestação denegatória.
Porém, o certo é que, na maior parte dos casos, as leis sequer dispõem
sobre as consequências da omissão administrativa. O silêncio
administrativo, quando não há previsão legal de suas consequências, não
possui efeitos jurídicos, sendo necessário recorrer a outras instâncias, como
o Poder Judiciário, para que o juiz conceda o direito ou determine que a
Administração se manifeste.
Em resumo, devemos entender que a omissão só possui efeitos
jurídicos quando a lei assim dispuser (negando ou concedendo o pedido).
Caso não haja previsão legal das consequências, o silencia não possuirá
efeitos jurídicos.

O silêncio administrativo só possui efeitos


jurídicos quando a lei assim dispuser
(negando ou concedendo o pedido).

Vejamos algumas questões sobre o tema.


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A doutrina utiliza diversos termos para designar este ponto da nossa


aula. Marçal Justen Filho se refere aos aspectos dos atos administrativos;
Maria Sylvia Zanella Di Pietro prefere falar em elementos; por fim, Hely
Lopes Meirelles utiliza a designação de requisitos dos atos administrativos.
Independentemente da nomenclatura utilizada, o que os autores
querem se referir com estes termos é sobre os pressupostos de validade
dos atos administrativos. Nas lições de Carvalho Filho, isso significa dizer
que estará contaminado por vício de legalidade o ato praticado sem a
observância de qualquer desses pressupostos, sujeitando-o, em regra, à
anulação.
Os autores costumam se basear no art. 2º da Lei 4.717/19659 (Lei da
Ação Popular) para apresentar os seguintes elementos dos atos
administrativos: competência; finalidade; forma; motivo; e objeto10.

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Esse é posicionamento dominante, prevalecente, portanto, nas bancas de


concurso.

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Cumpre registrar, porém, que Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Marçal


Justen Filho e Celso Antônio Bandeira de Mello preferem utilizar o termo
sujeito no lugar da competência.
Em rápidas palavras, podemos definir cada um desses elementos da
seguinte forma:

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A Prof. Maria Di Pietro divide os elementos dos atos administrativos em


elementos essenciais e elementos acidentais ou acessórios. São elementos
essenciais aqueles que vimos acima, ou seja, competência, finalidade,
forma, motivo e objeto. Por outro lado, são elementos acidentais ou
acessórios aqueles que ampliam ou restringem os efeitos jurídicos do ato,
compreendendo o termo, a condição e o modo ou encargo. Ademais, os
elementos acidentais referem-se ao objeto do ato e só podem existir nos
atos discricionários, uma vez que decorrem da vontade das partes.11


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Portanto, os elementos essenciais existem, obrigatoriamente, em


todos os atos administrativos. Os elementos acidentais, por outro lado,
podem existir apenas nos atos discricionários, referindo-se sempre ao seu
objeto.

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Para facilitar a compreensão, vamos detalhar cada um desses


elementos dos atos administrativos.

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Segundo Hely Lopes Meirelles, a competência administrativa é o poder


atribuído ao agente para o desempenho específico de suas funções. As
competências resultam de lei e por ela são delimitadas. Logo, de forma
simples, podemos entender as competências como o poder legal
conferido aos agentes públicos para o desempenho de suas
atribuições.
Como já informado, alguns autores preferem utilizar o termo
“sujeito”, referindo-se ao agente a quem a lei atribui a competência legal.
Além de ser um poder, a competência é um dever, isso porque o agente
competente é obrigado a atuar nas condições que a lei o determinou. Quem
titulariza uma competência tem o poder-dever de desempenhá-la. Não se
pode renunciar a competência, tendo em vista a indisponibilidade do
interesse público. Portanto, a competência é sempre um elemento
vinculado do ato administrativo.

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De forma semelhante, Carvalho Filho ensina que a competência é


inderrogável, isto é, não se transfere a terceiros por acordo entre as
partes (é o mesmo que intransferível); e improrrogável, ou seja, não se
ganha com o tempo pela simples prática do ato. A improrrogabilidade
significa que a incompetência não se transmuda em competência ao longo
do tempo. Dessa forma, se um agente não tiver competência para certa
função, não poderá vir a tê-la pela simples ausência de questionamento dos
atos que praticou, a não ser que a antiga norma seja modificada.
Após essa exposição inicial, vamos detalhar alguns pontos importantes
da competência: a delegação e a avocação.


   

A Lei 9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo) é um importante


parâmetro quando se fala em delegação e avocação de competências.
Apesar de ser uma lei destinada apenas ao Governo Federal, a norma
incorporou o pensamento doutrinário e, por conseguinte, é fonte de estudo
para qualquer situação.
A delegação de competência envolve a transferência da execução ou
da incumbência da prestação do serviço, sendo que a titularidade
permanece com o delegante, que poderá, a qualquer momento, revogar
a delegação (Lei 9.784, art. 14, §2º13). Nesse contexto, o art. 11 da Lei do
Processo Administrativo estabelece que a competência é irrenunciável e
se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria,
salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
A delegação, desde que não exista impedimento legal, pode ocorrer
para órgãos ou agentes, subordinados ou não, ou seja, é possível delegar
uma atribuição, ainda que não haja hierarquia entre o delegante
(aquele que delega a atribuição) e o delegado (aquele que recebe a
atribuição). Quando existir hierarquia, a delegação se efetivará por meio
de ato unilateral, efetivando-se independentemente do consentimento ou
concordância do órgão ou autoridade delegada. Por outro lado, se não
houver hierarquia, a delegação dependerá de concordância do órgão ou
agente que recebe a delegação, ou seja, ocorrerá por ato bilateral. Por
exemplo, os DETRANs estaduais – que são autarquias – podem delegar
competências às polícias militares – órgãos da administração direta dos


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estados – por meio de convênio para o exercício das funções da polícia de


trânsito, inclusive para a aplicação de multas14.
Dessa forma, conforme dispõe a Lei 9.784/1999 (art. 12), um “órgão
administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial”.
É possível, inclusive, que os órgãos colegiados (tribunais, conselhos,
etc.) efetuem delegação de competências aos seus respectivos presidentes
(art. 12, parágrafo único). Por exemplo, um tribunal poderia delegar uma
competência administrativa, como 7 a homologação de promoção de um
servidor, ao seu respectivo presidente
Dessa forma, podemos concluir que a regra é a possibilidade de
delegação, isto é, só não será possível delegar uma competência se houver
algum impedimento em lei. Nessa linha, o art. 13 da Lei estabelece os casos
que não podem ser objeto de delegação:
a) a edição de atos de caráter normativo;
b) a decisão de recursos administrativos – uma vez que os recursos
administrativos decorrem da hierarquia e, portanto, devem ser
decididos por instâncias diferentes, sob pena de perder o sentido15;
c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade –
como a competência é exclusiva, se ocorrer delegação, ocorrerá
também uma ilegalidade.

Não podem ser objeto de delegação (a) a


edição de atos de caráter normativo; (b) a
decisão de recursos administrativos; e (c) as
matérias de competência exclusiva do órgão
ou autoridade.

Ademais, algumas formalidades devem ser observadas para que a


delegação seja efetiva (art. 14): (a) o ato de delegação e sua revogação
deverão ser publicados em meio oficial; (b) o ato de delegação deve
especificar as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do


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delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,


podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
A Lei dispõe, ainda, que as decisões adotadas por delegação devem
mencionar explicitamente esta qualidade. Por exemplo, se o Presidente da
República delegar uma atribuição a um ministro de Estado, quando o
ministro editar o ato, deverá informar, de forma expressa, que o está
fazendo por meio de delegação.
Além disso, quando ocorre delegação, considera-se que o ato é
praticado pelo delegado. No nosso exemplo, a realização dos atos será
imputada ao ministro de Estado e, portanto, a responsabilidade recairá
sobre ele (art. 14, §3º).
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Quanto à avocação, cujo conteúdo não foi tão detalhado pela Lei como
foi a delegação, é definida por Hely Lopes Meirelles como “chamar para si
funções originalmente atribuídas a um subordinado”16. Dessa forma,
a avocação é o contrário da delegação, porém com algumas
particularidades. Enquanto a delegação pode ser feito com ou sem
hierarquia, a avocação só é possível se existir hierarquia entre os órgãos ou
agentes envolvidos.
De acordo com a Lei 9.784/1999 (art. 15), será permitida, “em caráter
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior”.
Do dispositivo acima, é possível perceber que a avocação é uma
medida de exceção, que só poderá ocorrer por motivos relevantes,
devidamente justificados e somente de forma temporária. Conforme
saliente Meirelles, a avocação só deve ser adotada quando houver motivos
relevantes, eis que a avocação sempre desprestigia o inferior e, muitas
vezes, desorganiza o normal funcionamento do serviço.
Apesar de ser uma medida de exceção, a Lei 9.784/1999 não dispõe
expressamente quando poderá ou não ocorrer a avocação. A doutrina
enfatiza apenas que não poderá ocorrer avocação quando a
competência é exclusiva do subordinado, uma vez que um ato
administrativo não pode se sobrepor à Lei.


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#!

A finalidade é o objetivo de interesse público a atingir. Todo ato


administrativo deve ser praticado com o fim público. Dessa forma, a
finalidade é um elemento vinculado do ato administrativo, pois não se
concebe a atuação dos órgãos e agentes públicos fora do interesse público
ou da finalidade expressamente prevista em lei.
Nesse contexto, a finalidade divide-se em finalidade geral (sentido
amplo) e finalidade específica (sentido estrito). A finalidade geral é
sempre a satisfação do interesse público, pois é nisso que se pauta toda
a atuação da Administração Pública. A finalidade específica, por sua vez,
é aquele que a lei elegeu para o ato.
4
Vale dizer novamente, em sentido amplo, a finalidade é sinônimo de
interesse público, pois todo ato administrativo deve ser realizado para
alcançar o interesse público. Em sentido estrito, por outro lado, significa a
finalidade específica do ato, que é aquela que decorre da lei.
Enquanto a finalidade geral é comum a todos os atos administrativos,
a finalidade específica difere-se para cada ato, conforme dispuser as normas
legais.
Por exemplo, a remoção de ofício de servidor público, prevista na Lei
8.112/1990, possui como finalidade geral o interesse público e como
finalidade específica adequar a quantidade de servidores dentro de cada
unidade administrativa. Imagine que um servidor tenha cometido uma
infração (por exemplo, faltou injustificadamente ao serviço) e, por causa
disso, a autoridade competente tenha determinado a sua remoção de ofício
para uma localidade distante, com a finalidade de punir o agente público.
Nesse caso, a punição do agente atende ao interesse público, pois é
interesse da coletividade punir um agente não desempenhe suas atribuições
de maneira correta. Contudo, a finalidade específica da remoção de ofício
não é a punição do agente, mas adequar o quantitativo de servidores em
cada unidade. Por consequência, o ato será inválido.
Portanto, os atos administrativos, sob pena de invalidação, devem
atender, concomitantemente, a finalidade geral e a finalidade
especificamente prevista em lei.

     

Segundo a Lei 4.717/1965, o desvio de finalidade “se verifica quando


o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou

 


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implicitamente, na regra de competência”. Por “regra de competência”


devemos entender a lei que atribuiu a competência ao agente. Dessa forma,
se o ato for praticado com finalidade distinta daquele prevista em lei,
teremos a ocorrência do chamado desvio de finalidade.
A análise do desvio de finalidade deve ocorrer em conjunto com a
competência. Isso porque, no desvio de finalidade, o agente é competente
para desempenhar o ato, porém o faz com finalidade diversa. Por
consequência, o ato sofre de vício insanável. Trata-se de ato nulo, não
sujeito à convalidação.
Assim como existem dois tipos de finalidade (geral e específica),
existem também dois tipos de desvio de finalidade17:
4
a) quando o agente busca finalidade distinta do interesse público
(por exemplo, realizar uma desapropriação com o objetivo exclusivo
de favorecer ou prejudicar alguém);
b) quando o agente realiza um ato condizente com o interesse público,
mas com finalidade específica diferente da prevista em lei (o
exemplo da remoção de ofício enquadra-se perfeitamente neste
caso).
Por fim, vale mencionar podem existir atos realizados com o objetivo
de atender aos interesses privados, desde que também atendam às
finalidades geral e específica do ato administrativo. Por exemplo, os atos de
permissão e autorização de serviço público (atos negociais) atendem os
interesses particulares (das pessoas que desejam explorar os serviços),
mas serão válidos desde que satisfaçam os dois sentidos de finalidades
mencionadas.

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A forma é o revestimento exteriorizador do ato administrativo,


constituindo um elemento vinculado, pelo menos na doutrina dominante.
Podemos analisar a forma em dois sentidos:
a) sentido estrito: demonstra a forma como o ato se exterioriza, isto
é, como a declaração de vontade da Administração se apresenta. Fala-
se, nesse caso, em forma escrita ou verbal, de decreto, portaria,


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resolução, etc. Por exemplo a autorização para dirigir se apresenta na


forma da Carteira Nacional de Habilitação - CNH;
b) sentido amplo: representa todas as formalidades que devem ser
observadas durante o processo de formação da vontade da
Administração, incluindo os requisitos de publicidade do ato. Voltando
ao exemplo da CNH, o sentido amplo representa o processo de
concessão da autorização (requerimento do interessado, realização dos
exames, das provas, dos testes, até a expedição da Carteira).
Dessa forma, podemos perceber que a forma representa tanto a
exteriorização quanto as formalidades para a formação da vontade da
Administração.
0

    

Os atos administrativos devem ser apresentados em uma forma


específica prevista na lei. Todo ato administrativo, em regra, é formal.
Assim, enquanto no direito privado a formalidade é a exceção, no direito
público ela é a regra.
A forma predominante é sempre a escrita, mas os atos
administrativos podem se apresentar por gestos (p. ex. de guardas de
trânsito), palavras (p. ex. atos de polícia de segurança pública) ou sinais
(p. ex. semáforos ou placas de trânsito)18. Ressalta-se, contudo, que esses
meios são exceção, pois buscam atender a situações específicas.
Como exemplo, podemos trazer o caso previsto no art. 60, parágrafo
único, da Lei 8.666/1993, que determina é nulo e de nenhum efeito o
contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de
pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior R$
4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento. Percebe-
se, pois, que a regra é a formalização escrita dos atos administrativos,
admitindo-se, em caráter excepcional, a forma verbal.


  

Uma vez que a forma dos atos administrativos é definida em lei, a sua
inobservância representa a invalidação do ato por vício de legalidade
(especificamente, vício de forma). No entanto, Carvalho Filho dispõe que a


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mencionada regra deve ser analisada sobre o aspecto da razoabilidade por


parte do intérprete.
Em algumas situações, o vício de forma representará mera
irregularidade sanável. Isso ocorre quando o vício não atinge a esfera de
direito do administrado, podendo ser corrigido por convalidação. Por
exemplo, quando a lei determina que um ato administrativo seja
formalizado por uma “ordem de serviço”, mas o agente se utilizou de uma
portaria, não há qualquer violação de direito, podendo ser feita a correção
deste ato.
Contudo, o vício de forma será insanável quando afetar o ato em seu
próprio conteúdo. Portanto, podem gerar a invalidação, em decorrência de
vício da forma, defeitos considerados essenciais para a prática do ato
administrativo, inclusive quanto ao procedimento específico em atos que
afetem direitos dos administrados. Por exemplo, uma resolução que declare
de utilidade pública um imóvel para fins de desapropriação, quando a lei
exige decreto do chefe do Poder Executivo (art. 6º, DL 3.365/1941); a
demissão de um servidor estável, sem observar o procedimento disciplinar
(CF, art. 41, §1º, II); a contratação de uma empresa para prestar serviços
sem o devido procedimento licitatório (CF, art. 37, XXI).
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo chamam a atenção que a
motivação – declaração escrita dos motivos que levaram a prática do ato
– integra a forma do ato. Assim, a ausência de motivação quando ela é
obrigatória, acarretará a nulidade do ato.

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O motivo, também chamado de causa, é a situação de direito ou de


fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. O
pressuposto de direito do ato é o conjunto de requisitos previsto na
norma jurídica (o que a lei determina que deva ocorrer para o ato ser
realizado). O pressuposto de fato é a concretização do pressuposto de
direito. Assim, o pressuposto de direito é encontrado na norma, enquanto
o pressuposto de fato é a ocorrência no “mundo real”.
Por exemplo, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece como uma das
hipóteses de aplicação de multa dirigir sob a influência de álcool ou de
qualquer outra substância psicoativa que determine dependência (CTB,
art.165), esse é o pressuposto de direito. Se um agente de trânsito

 


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constatar uma pessoa embriagada dirigindo um veículo automotor em via


pública, estaremos diante de um pressuposto de fato.
O motivo pode estar previsto em lei, caso em que será um elemento
vinculado; ou pode ser deixado a critério do administrador, quando
teremos um ato discricionário.
Conforme ensinam Alexandrino e Paulo, quando o ato é vinculado, a
lei descreve, de forma completa e objetiva, a situação de fato, que, uma
vez ocorrida no mundo real, determina obrigatoriamente prática de ato
administrativo cujo conteúdo deverá ser o exatamente previsto em lei.
Por outro lado, quando se trata de ato discricionário, a lei autoriza
a prática do ato, quando ocorrer determinado fato. Caso se constate o fato,
a Administração pode ou não praticar o ato. Por exemplo, a Lei 8.112/1990
estabelece que, a critério da Administração, poderão ser concedidas ao
servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio
probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até
três anos consecutivos, sem remuneração (art. 91). Caso o agente público
apresente o requerimento solicitando a licença (motivo), a autoridade fará
a análise de conveniência e oportunidade, concedendo ou não a licença.
Em outros casos, a lei faculta que a Administração escolha ente
diversos objetos, conforme a valoração dos motivos que se apresentam.
Exemplificando, a Estatuto dos Servidores Públicos do Governo Federal
prevê a aplicação de suspensão em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. Constatada
situação como essa, a autoridade fará a valoração dos motivos (a gravidade
da infração, os prejuízos decorrentes, a reputação do agente público, etc.)
e poderá escolher a pena a ser aplicada (objeto), limitando-se a não exceder
os noventa dias.

     

Motivo e motivação são coisas distintas. Aquele corresponde aos


pressupostos de fato e de direito do ato administrativo, enquanto esta se
refere à exposição ou declaração por escrito do motivo da realização
do ato.
Por exemplo, a lei diz que o motivo para a aplicação da multa é o
estacionamento em local proibido. Se o agente de trânsito fundamentar o
ato, escrevendo em seu boletim o motivo da aplicação da multa, estará
motivando o ato.

 


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A motivação é obrigatória em todos os atos vinculados e na maioria


dos atos discricionários. Porém, se o gestor decidir motivar seu ato quando
a lei não obrigou, estará se vinculando à motivação apresentada.
Exemplificando: o ato de exoneração de um secretário municipal é
discricionário do prefeito e não precisa ser motivado. Caso o prefeito motive
a exoneração do secretário de educação em decorrência de falta
injustificada por dez dias, e, mais tarde, ficar comprovado que essa falta
não ocorreu e que o motivo da exoneração foi outro, o ato estará sujeito à
anulação.

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O objeto é o conteúdo do ato administrativo. É o que efetivamente


cria, extingue, modifica ou declara, isto é, o efeito jurídico que o ato produz.
Vejamos alguns exemplos: na concessão de licença ao servidor, o objeto é
a própria licença; na emissão de uma Carteira Nacional de Habilitação, o
objeto é a licença para dirigir; na exoneração de um servidor, o objeto é a
própria exoneração.
Assim como o motivo, o objeto pode ser vinculado ou discricionário.
Será vinculado quando a lei estabelecer exatamente o conteúdo do ato. No
caso da licença paternidade prevista na Lei 8.112/1990, a duração é de
cinco dias consecutivos. Não há margem de escolha, uma vez que o motivo
(nascimento ou adoção de filhos) e o seu objeto (licença de cinco dias
consecutivos) estão expressamente previstos em lei.
Por outro lado, a lei pode não definir exatamente o objeto, deixando
uma margem de escolha ao agente. Por exemplo, se uma lei determinar
que a Administração poderá aplicar sanção ao administrado que infringir
uma norma de construção, estabelecendo a possibilidade de aplicação de
multa entre os valores de R$ 500,00 (quinhentos reais) até R$ 10.000,00
(dez mil reais), ou a aplicação de suspensão da obra. Caberá ao agente
público, respeitando os princípios administrativos, decidir pela suspensão
ou multa, inclusive quanto ao valor desta última. Nesse caso, o objeto foi
discricionário.
Para que um objeto seja válido, ele deve ser lícito (conforme a lei);
possível (realizável no mundo dos fatos e do direito) – por exemplo, não
se pode conceder licença a um servidor falecido, uma vez que este objeto

 


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não é possível; certo (definido quanto ao destinatário, aos efeitos, ao


tempo e ao lugar); e moral (em consonância com os padrões comuns de
comportamento, aceitos como corretos, justos e éticos).19

   
     


O objeto do ato administrativo pode ser natural e acidental.


De acordo com a Prof. Maria S. Z. Di Pietro, o objeto natural é o efeito
jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção, pois ele
decorre da própria natureza do ato, tal como definido em lei.20 Por exemplo,
o objeto natural de um ato de exoneração de um servidor é a própria
exoneração, que põe fim ao vínculo funcional entre o servidor e a
Administração Pública.
Por outro lado, o objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz
em decorrência de cláusulas acessórias apostas ao ato pelo sujeito que o
praticou, abrangendo o termo, a condição e o modo ou encargo. Essas
cláusulas acessórias acabam ampliando ou restringindo os efeitos jurídicos
do ato, sendo conhecidas também como elementos acidentais ou
acessórios dos atos administrativos.
Nesse contexto, o termo indica o dia em que se inicia ou termina a
eficácia do ato. Portanto, o termo limita o período temporal de eficácia de
um ato. Seria o caso, por exemplo, de uma autorização de uso21 para a
utilização de uma via pública para a realização de um evento ao ar livre,
sendo fixado o início da autorização em cinco dias e o término em dez dias;
assim, a autorização terá eficácia durante esse período.
O modo ou encargo, por sua vez, é um ônus imposto ao destinatário
para usufruir do benefício do ato. Por exemplo, a União poderia doar a um
município máquinas pesadas para limpeza de ruas localizadas em zona
rural, impondo-lhe o dever de realizar a contratação e o treinamento de
pessoal para operação das máquinas, sob pena de reversão dos bens
doados (doação com encargo). Se o município não cumprir a exigência
(contratação e treinamento de pessoal), a doação poderá ser cancelada.
Por fim, a condição subordina o efeito do ato a evento futuro e incerto.
A condição poderá ser suspensiva ou resolutiva. A primeira suspende o


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início da eficácia do ato – portanto, o ato somente produzirá os efeitos se a


condição ocorrer (por exemplo: a União poderá doar máquinas pesadas aos
municípios, desde que o índice pluviométrico ultrapasse duas vezes a média
histórica – se não ocorrer a condição, o ato não produzirá os seus efeitos).
A condição resolutiva, por outro lado, faz cessar a produção dos efeitos
jurídicos do ato. Dessa forma, se a condição resolutiva ocorrer, o ato para
de produzir efeitos; mas se ela não ocorrer, o ato continuará produzindo os
efeitos normalmente. Por exemplo, um Prefeito Municipal poderia conceder
bolsas de estudo para determinados alunos, mas exigir que eles obtenham
uma média de sete pontos no semestre; se eles não alcançarem a média,
a bolsa é “cortada”.
Ademais, a diferença fundamental entre o termo e a condição é que
aquele pressupõe um evento futuro e certo, como um simples decurso
temporal (por exemplo: uma autorização que produzirá efeitos a partir de
dez dias da publicação); enquanto a condição é um evento futuro e incerto,
ou seja, que não necessariamente ocorrerá.
Lembra-se, ademais, que o objeto acidental só pode ocorrer em atos
discricionários, uma vez que as cláusulas acessórias são definidas por quem
praticou o ato. Além disso, nem todo ato discricionário possui objeto
acidental, pois nem sempre é necessário ou possível estabelecer as
cláusulas acessórias. Em resumo, todo ato administrativo possui objeto
natural, mas somente os atos discricionários admitem objeto acidental.

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Os atributos, também chamados de características, dos atos


administrativos são as qualidades que os diferem dos atos privados. São,
portanto, as características que permitem afirmar que o ato se submete o
ao regime jurídico de direito público.
Apesar das divergências, existem quatro atributos dos atos
administrativos:
a) presunção de legitimidade ou veracidade;
b) imperatividade;
c) autoexecutoriedade;
d) tipicidade (Maria Sylvia Zanella Di Pietro).

 


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Segundo Alexandrino e Paulo22, os atributos de imperatividade e


autoexecutoriedade são observáveis apenas em alguns tipos de atos
administrativos.

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Apesar de serem tratados em conjunto, legitimidade e veracidade


apresentam aspectos distintos. Pela legitimidade pressupõe-se, até que
se prove o contrário, que os atos foram editados em conformidade com a
lei. A veracidade, por sua vez, significa que os fatos alegados pela
Administração presumem-se verdadeiros (por exemplo, quando um agente
de trânsito aplica uma multa por ter visto um motorista dirigindo falando
ao celular, presume-se que de fato isso ocorreu, cabendo ao motorista
provar contrário).
Todavia, é usual utilizar os termos “presunção de legitimidade” ou
“presunção de legalidade” para se referir tanto à conformação do ato com
a lei, quanto à veracidade dos fatos alegados. Assim, de agora em diante,
vamos tratar a veracidade e legitimidade como um único atributo, utilizando
os termos indistintamente.
A presunção de legitimidade decorre de vários fundamentos, em
particular pela necessidade de assegurar celeridade no cumprimento dos
atos administrativos, uma vez que eles têm como fim atender ao interesse
público, predominando sobre o particular. Imagine se a legitimidade de
todos os atos administrativos dependesse de avaliação prévia do Poder
Judiciário, o desempenho da função administrativa se tornaria
excessivamente lenta.
Por conseguinte, a presunção de veracidade, gera três consequências:
a) enquanto não se for decretada a invalidade, os atos produzirão
os seus efeitos e devem ser, portanto, cumpridos. Assim,
enquanto a própria Administração ou o Poder Judiciário não
invalidarem o ato, ele deverá ser cumprido. A Lei 8.112/1990
apresenta uma exceção, permitindo que um servidor deixe de cumprir
uma ordem quando for manifestamente ilegal;
b) inversão do ônus da prova: a presunção de legitimidade é relativa
(iuris tantum), pois admite prova em contrário. Porém, a decorrência


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deste atributo é a inversão do ônus da prova, uma vez que caberá


ao administrado provar a ilegalidade do ato administrativo;
c) a nulidade só poderá ser decretada pelo Poder Judiciário
quando houver pedido da pessoa: aqui, vamos apresentar os
ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro23:
[...] o Judiciário não pode apreciar ex officio a validade do ato; sabe-se que,
em relação ao ato jurídico privado, o artigo 168 do CC determina que as
nulidades absolutas podem ser alegadas por qualquer interessado ou pelo
Ministério Público, quando lhe couber intervir, e devem ser pronunciados
pelo juiz, quando conhecer do ato ou dos seus efeitos; o mesmo não ocorre
em relação ao ato administrativo, cuja nulidade só pode ser decretada pelo
Judiciário a pedido da pessoa interessada;


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Pela imperatividade os atos administrativos impõem obrigações a


terceiros, independentemente de concordância. Com efeito, a
imperatividade depende, sempre, de expressa previsão legal.


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A imperatividade pode ser chamada de poder extroverso do Estado,


significando que o Poder Público pode editar atos que vão além da esfera
jurídica do sujeito emitente, adentrando na esfera jurídica de terceiros,
constituindo unilateralmente obrigações.
Lógico que a imperatividade não está presente em todos os atos
administrativos, mas tão somente naqueles que imponham obrigações aos
administrados. Portanto, não possuem esse atributo os atos que concedem
direitos (concessão de licença, autorização, permissão, admissão) ou os
atos enunciativos (certidão, atestado, parecer)24.

*)$,*)$'

A autoexecutoriedade consiste na possibilidade que certos atos


ensejam de imediata e direta execução pela Administração, sem
necessidade de ordem judicial. Permite, inclusive, o uso da força para
colocar em prática as decisões administrativas.
Não se está dizendo que a autoexecutoriedade afasta a apreciação
judicial, algo que seria inadmissível segundo a Constituição Federal
(art. 5º, XXXV). Deve-se lembrar que alguns atos administrativos podem
gerar graves prejuízos ao administrado. É justamente por isso que o
particular possui diversas medidas para socorrer ao Poder Judiciário
buscando as medidas liminares para suspender a eficácia do ato
administrativo, tenha ele iniciado ou não25. Assim, sempre que se sentir
prejudicado, o particular poderá recorrer ao Poder Judiciário para impedir a
execução do ato administrativo.
Dessa forma, a autoexecutoriedade refere-se à possibilidade de a
Administração fazer valer suas decisões sem ordem judicial, mas não afasta
o direito do administrado de buscar o socorro no Poder Judiciário se achar
que seus direitos estão sendo prejudicados indevidamente.
A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos
administrativos. Ela existe em duas situações: (a) quando estiver
expressamente prevista em lei; (b) quando se tratar de medida urgente.
Na primeira situação, podemos exemplificar com as diversas medidas
autoexecutórias previstas para os contratos administrativos, como a
possibilidade de retenção da caução, a utilização das máquinas e


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equipamentos para dar continuidade aos serviços públicos, a encampação,


etc.; quando se trata do exercício do poder de polícia, podemos mencionar
a apreensão de mercadorias, a cassação de licença para dirigir, etc.
As medidas urgentes, por outro lado, ocorrem quando a medida deve
ser adotada de imediato, sob pena de causar grande prejuízo ao interesse
público. Um exemplo é a destruição de um imóvel com risco iminente de
desabamento. Caso se depare com uma situação como essa, a autoridade
administrativa poderá determinar, de imediato, a demolição.
O Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello não fala em
autoexecutoriedade. Para o doutrinador, existem, na verdade, dois
atributos distintos: a exigibilidade e a executoriedade. Pela primeira, a
Administração impele o administrado por meios indiretos de coação. Por
exemplo, se a Administração determinar que o particular construa uma
calçada, mas ele se recusar a fazê-la, o Poder Público poderá aplicar-lhe
uma multa, sem precisar socorrer ao Poder Judiciário para isso. A multa é
um meio indireto de coação, mas não obriga materialmente o particular a
construir a calçada.
Na executoriedade, por outro lado, a Administração, por seus
próprios meios, compele o administrado. Verifica-se a executoriedade, por
exemplo, na dissolução de uma passeata, na apreensão de medicamentos
vencidos, na interdição de uma fábrica, na internação compulsória de uma
pessoa com moléstia infectocontagiosa em período de epidemia, etc. Nesses
casos, a Administração poderá utilizar até mesmo a força para obrigar o
particular a cumprir a sua determinação.
Em síntese, a exigibilidade ocorre somente por meios indiretos,
enquanto a executoriedade é mais forte, possibilitando a coação direta ou
material para a observância da lei.
Outro exemplo bem interessante é apresenta pelo Prof. Bandeira de
Mello, vejamos26:
Ainda um exemplo: a Administração pode exigir que o administrado
demonstre estar quite com os impostos municipais relativos a um dado
terreno, sem o quê não expedirá o alvará de construção pretendido pelo
particular, o que demonstra que os impostos são exigíveis, mas não pode
obrigar coercitivamente, por meios próprios, o contribuinte a pagar os
impostos. A fim de obtê-lo necessitará mover ação judicial.
Logo, no exemplo apresentado, os impostos são exigíveis pelos meios
indiretos (como exigência para expedir o alvará), todavia, se ainda assim o

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particular se recusar a efetuar o pagamento, a Administração precisará


mover a ação judicial para efetuar a cobrança.

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O atributo da tipicidade é descrito na obra de Maria Sylvia Zanella Di


Pietro. De acordo com a doutrinadora, a tipicidade é o atributo pelo qual
o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas
em lei como aptas a produzir determinados resultados.
Este atributo está relacionado com o princípio da legalidade,
determinando que a Administração só pode agir quando houver lei
determinando ou autorizando. Logo, para cada finalidade que a
Administração pretenda alcançar, deve existir um ato definido em lei.
Di Pietro apresenta uma dupla aplicação da tipicidade: (a) impede que
a Administração pratique atos dotados de imperatividade e executoriedade,
vinculando unilateralmente o particular, sem que exista previsão legal; (b)
afasta a possibilidade de ser praticado ato totalmente discricionário, vez
que a lei, ao prever o ato, já define os limites em que a discricionariedade
poderá ser exercida.
Por fim, a tipicidade só existe em relação aos atos unilaterais, ou seja,
nas situações em que há imposição de vontade da Administração. Logo, não
existe nos contratos, que dependem sempre da aceitação do particular.

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Vamos adotar a classificação de Hely Lopes Meirelles para apresentar


a classificação dos atos administrativos.

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Os atos gerais ou normativos são aqueles que não possuem


destinatários determinados. Eles apresentam hipóteses genéricas de
aplicação, que alcançará todos os sujeitos que nelas se enquadrarem. Tendo
em vista a “generalidade e abstração” que possuem, esses atos são também
chamados de atos normativos. Podemos trazer como exemplos de atos
gerais os regulamentos, portarias, resoluções, circulares, instruções,
deliberações, regimentos, etc.
Os atos individuais ou especiais são aqueles que se dirigem a
destinatários certos, determináveis. São aqueles que produzem efeitos
jurídicos no caso concreto, a exemplos da nomeação, demissão,
tombamento, licença, autorização, etc.


 


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Os atos internos são aqueles que se destinam a produzir efeitos no


interior da Administração Pública, alcançando seus órgãos e agentes.
Esses atos, em regra, não geram direitos adquiridos e podem, por
conseguinte, ser revogados a qualquer tempo. Também não dependem de
publicação oficial, bastando a cientificação direta aos destinatários ou a
divulgação regulamentar da repartição. Segundo Hely Lopes Meirelles,
esses atos vêm sendo utilizados de forma errônea para atingir destinatários
externos. Nessas ocasiões, a divulgação externa será obrigatória.
São exemplos de atos internos uma portaria que determina a formação
de um grupo de trabalho, a expedição de uma ordem de serviço interna,
etc.
Os atos externos, por outro lado, são todos aqueles que alcançam os
administrados, os contratantes ou, em alguns casos, os próprios servidores,

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provendo sobre os seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante


a Administração. Esses atos devem ser publicados oficialmente, dado o
interesse público no seu conhecimento.
Hely Lopes Meirelles assevera que devem se incluir na condição de atos
externos aqueles que, apesar de não atingir diretamente o administrado,
possuem efeitos jurídicos externos à repartição. Incluem-se, ainda, os atos
que onerem o patrimônio público, vez que não podem permanecer
unicamente no interior da Administração, pois repercutem no interesse da
coletividade.

)$("%0'$7().$,%#)

Os atos de império são aqueles praticados com todas as prerrogativas


e privilégios de autoridade e impostos de maneira unilateral e
coercitivamente ao particular, independentemente de autorização judicial.
Os atos decorrentes do exercício do poder de polícia são típicos exemplos
de atos de império.
Os atos de gestão são aqueles praticados em situação de igualdade
com os particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio
público e para a gestão de seus serviços. São atos desempenhados para a
administração dos serviços públicos. Pode-se elencar a compra e venda
de bens, o aluguel de automóveis ou equipamentos, etc. É o tipo de ato que
se iguala com o Direito Privado e, por conseguinte, devem ser enquadrados
no grupo de atos da administração e não propriamente nos atos
administrativos.
Por fim, os atos de expediente são atos internos da Administração
Pública que se destinam a dar andamentos aos processos e papéis que se
realizam no interior das repartições públicas. Caracterizam-se pela ausência
de conteúdo decisório, pelo trâmite rotineiro de atividades realizadas nas
entidades e órgãos públicos. Temos como exemplo a expedição de um ofício
para um administrado, a entrega de uma certidão, o encaminhamento de
documentos para a autoridade que pode tomar a decisão sobre o mérito,
etc.

)$(+#*!$(('$#-'$(

Os atos vinculados são aqueles praticados sem margem de liberdade


de decisão, uma vez que a lei determinou, o único comportamento possível

 


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a ser obrigatoriamente adotado é sempre aquele em que se configure a


situação objetiva prevista na lei28.
Nos atos vinculados, não há margem de escolha ao agente público,
cabendo-lhe decidir com base no que consta na lei. Por exemplo, a
concessão de licença paternidade (Lei 8.112/1990) será concedida quando
nascer o filho ou ocorrer a adoção pelo agente público, sendo que a Lei
determina a duração de cinco dias corridos. Ocorrendo os seus
pressupostos, a autoridade pública não possui escolha, devendo conceder
a licença de cinco dias.
Os atos discricionários, por outro lado, ocorrem quando a lei deixa
uma margem de liberdade para o agente público. Enquanto nos atos
vinculados todos os requisitos do ato estão rigidamente previstos
(competência, finalidade, forma, motivo e objeto), nos atos discricionários
há margem para que o agente faça a valoração do motivo e a escolha do
objeto, conforme o seu juízo de conveniência e oportunidade.
Assim, há discricionariedade quando a lei dispõe que o agente “pode”,
ou que “a critério da Administração”, ou ainda quando determina a aplicação
de uma multa “entre X e Y”. Nesses casos, a autoridade deverá analisar os
motivos e, em seguida, definir o objeto ou conteúdo do ato administrativo.
Na aplicação da pena de suspensão, já mencionada nesta aula, a autoridade
poderá suspender o servidor por até noventa dias, ou seja, a autoridade
pode aplicar um dia, cinco, dez, ou até mesmo, os noventa dias, conforme
o seu juízo privativo de conveniência e oportunidade.
Além dessas hipóteses em que a lei claramente estabelece uma
margem de liberdade, a doutrina menciona que o ato será discricionário
quando a lei utiliza conceitos jurídicos indeterminados, deixando para
a Administração a possibilidade de apreciar, segundo juízo de conveniência
e oportunidade, se o fato corresponde ao que consta na lei. Por exemplo,
quando a lei dispõe sobre uma pena em caso de “falta grave”, mas não
determina o que é isso, caberá ao agente público, diante de uma
irregularidade, enquadrá-la como falta grave ou não.
Assim, vale trazer os ensinamentos de Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo, em que os autores fazem um resumo das duas hipóteses de
manifestação da discricionariedade29:


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Em síntese, segundo a corrente hoje dominante em nossa doutrina, existe
discricionariedade:
a) quando a lei expressamente dá à administração liberdade para atuar
dentro dos limites bem definidos; são as hipóteses em que a própria
norma legal explicita, por exemplo, que a administração “poderá”
prorrogar determinado prazo por “até quinze dias”, ou que, no exercício
do poder disciplinar ou de polícia administrativa, o ato a ser praticado
“poderá” ter como objeto (conteúdo) “esta ou aquela” sanção, e assim
por diante;
b) quando a lei emprega conceitos jurídicos indeterminados na descrição
do motivo determinante da prática de um ato administrativo e, no caso
concreto, a administração se depara com uma situação em que não
existe possibilidade de afirmar, com certeza, se o fato está ou não
abrangido pelo conteúdo da norma; nessas situações, a administração,
conforme o seu juízo privativo de oportunidade e conveniência
administrativas, tendo em conta o interesse público, decidirá se
considera, ou não, que o fato está enquadrado no conteúdo do conceito
indeterminado empregado no antecedente da norma e, conforme essa
decisão, praticará, ou não, o ato previsto no respectivo consequente.

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Quanto à formação de vontade, o ato administrativo pode ser simples,


complexo e composto.
O ato simples é que aquele que resulta da manifestação de vontade
de um único órgão, seja ele unipessoal ou colegiado. Não importa o número
de agentes que participa do ato, mas sim que se trate de uma vontade
unitária. Dessa forma, será ato administrativo simples tanto o despacho de
um chefe de seção como a decisão de um conselho de contribuintes.
O ato complexo, por sua vez, é o que necessita da conjugação de
vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades. Apesar da
conjugação de vontades, trata-se de ato único.
Dessa forma, o ato não será considerado perfeito com a manifestação
da vontade de um único órgão ou agente. Por conseguinte, o ato também
só poderá ser questionado judicialmente após a manifestação da vontade
de todos os órgãos ou agentes competentes.
Também não se confunde ato complexo com processo administrativo.
Este último é formado por um conjunto de atos que são coordenados e
preordenados para um resultado final. Dessa forma, todos os atos
intermediários desempenhados ao longo do procedimento podem ser
impugnados autonomamente, ao passo que o ato complexo só será atacado
como um ato, após a sua conclusão.

 


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Por fim, o ato composto é aquele produzido pela manifestação de


vontade de apenas um órgão da Administração, mas que depende de outro
ato que o aprove para produzir seus efeitos jurídicos (condição de
exequibilidade).
Assim, no ato composto teremos dois atos: o principal e o acessório
ou instrumental. Essa é uma diferença importante, pois o ato complexo é
um único ato, mas que depende da manifestação de vontade de mais de
um órgão administrativo; enquanto o ato composto é formado por dois atos.
Cumpre frisar que o ato acessório pode ser prévio (funcionando como
uma autorização) ou posterior (com a função de dar eficácia ou
exequibilidade ao ato principal).

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Quanto à eficácia, o ato administrativo pode ser válido, nulo, anuláveis


e inexistente.
O ato válido é aquele praticado com observância de todos os requisitos
legais, relativos à competência, à forma, à finalidade, ao motivo e ao objeto.
O ato nulo, ao contrário, é aquele que sofre de vício insanável em
algum dos seus requisitos de validade, não sendo possível, portanto, a sua
correção. Logo, ele será anulado por ato da Administração ou do Poder
Judiciário.
O ato anulável, por sua vez, é aquele que apresenta algum vício
sanável, ou seja, que é passível de convalidação pela própria Administração,
desde que não seja lesivo ao patrimônio público nem cause prejuízos a
terceiros.
Por fim, o ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de
manifestação de vontade da Administração, mas não chega a se aperfeiçoar
como ato administrativo. É o exemplo do “ato” praticado por um usurpador
de função pública, sem que estejam presentes os pressupostos da teoria da
aparência. Exemplo de ato inexistente é aquele praticado por uma pessoa
que se passe por auditor da Receita Federal e, com base nisso, lavre um
auto de infração. O ato será inexistente e, para fins de impugnação, será
equivalente ao ato nulo.
Além disso, Celso Antônio Bandeira de Mello também considera como
ato inexistente aqueles juridicamente impossíveis, como a ordem para que
um agente cometa um crime.

 


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Vejamos agora as espécies de atos administrativos:


a) atos negociais: são aqueles em que a manifestação de vontade da
Administração coincide com determinado interesse particular, são atos
em que não se faz presente a imperatividade ou autoexecutoriedade
do particular. São exemplos: (1) licença: ato vinculado e definitivo a
exemplo das licenças para dirigir e construir; (2) permissão: ato
discricionário e precário (pode ser revogado a qualquer momento)
produzido quando o interesse predominante é o público, como a
permissão de serviços públicos prevista na CF/88; (3) autorização:
também é discricionário e precário, porém o interesse predominante é
o do particular – autorização para explorar serviço de taxi;
b) atos enunciativos: é o ato pelo qual a Administração declara um fato
ou profere uma opinião, sem que tal manifestação, por si só, produza
consequências jurídicas – certidão, atestado, visto, parecer, etc.;
c) atos punitivos: são os atos pelos quais a Administração aplica
sanções aos seus agentes e aos administrados em decorrência de
ilícitos administrativos;
d) atos normativos: são os atos gerais e abstratos. Um ato
administrativo geral é aquele que têm destinatários
indeterminados, como a portaria que dispõe sobre o horário de
funcionamento de um órgão público – ela se aplica a todas as pessoas
que tiverem interesse em se deslocar ao órgão. O ato abstrato é aquele
que se aplica a uma situação hipotética. O decreto regulamentar
sobre o registro de preços dispõe sobre situações hipotéticas. São
exemplos de atos normativos os decretos regulamentares, as
instruções normativas e as portarias, quando tiverem conteúdo geral e
abstrato;
e) atos ordinatórios: são atos administrativos internos, destinados a
estabelecer normas de conduta para os agentes públicos, sem causar
efeitos externos na esfera administrativa. Decorrem do poder
hierárquico. São exemplos: as ordens de serviço, portarias internas,
instruções, avisos, etc..


 


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Em respeito ao atributo da presunção de legitimidade, uma vez em


vigor, o ato administrativo produzirá os seus efeitos, possuindo vícios de
legalidade ou não, até que ocorra formalmente o seu desfazimento.
As formas mais comuns de desfazimento dos atos administrativos são
a anulação, a revogação e a cassação.

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A anulação, também chamada de invalidação, é o desfazimento do ato


administrativo em virtude de ilegalidade.
Como a ilegalidade atinge desde a origem do ato, a sua invalidação
possui efeitos retroativos (ex tunc).
Além disso, a anulação dos atos administrativos é um poder-dever da
Administração, podendo realizá-la diretamente, por meio de seu poder de
autotutela já consagrada nas súmulas 346 e 473 do STF. De acordo com a
primeira, “A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus
próprios atos” e, pela segunda, “A Administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
A anulação também pode ser realizada pelo Poder Judiciário por meio
da devida ação com essa finalidade.
Em regra, a anulação é obrigação da Administração, ou seja,
constatada a ilegalidade, o agente público deve promover a anulação do ato
administrativo. Todavia, a doutrina entende que é possível deixar de anular
um ato quando os prejuízos da anulação foram maiores que a sua

 


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manutenção. Além disso, há casos em que a segurança jurídica e a boa fé


fundamentam a manutenção do ato. Imagine que um agente público se
aposente e 20 anos depois se constate ilegalidade no ato que lhe concedeu
esse direito. Seria plausível determinar que o servidor retorne ao trabalho
nessas condições? É possível que não.
Assim, presente uma situação como essa, a Administração deve decidir
qual a melhor solução para o interesse público. Ressalva-se que, em
algumas hipóteses, a lei já estabelece a conduta a ser adotada, inclusive
prevendo situações em que decairá o direito de anular os atos
administrativos favoráveis aos administrados (art. 54, Lei 9.784/1999).
Sempre que existir a anulação de um ato, devem ser resguardados os
efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé. Não se trata de
direito adquirido, uma vez que não se adquire direito de um ato ilegal.
Porém, os efeitos já produzidos, mas que afetaram terceiros de boa-fé, não
devem ser invalidados.
Por exemplo, determinada pessoa é nomeada para o desempenho de
um cargo público. Durante o período que exerceu a função, ela expediu
diversas certidões que originaram direitos aos administrados (pressupõe-se
que a emissão das certidões ocorreu dentro da legalidade). Porém, após
esse período, constatou-se que o servidor não possuía os requisitos para o
cargo e, por conseguinte, sua nomeação foi anulada. Nesse caso, as
pessoas que receberam as certidões, caso tenham agido de boa-fé, não
podem ser prejudicadas. Por isso, as certidões permanecerão válidas, assim
como os efeitos jurídicos delas decorrentes.
Outra informação importante concerne à anulação de atos que afetam
diretamente os interesses individuais dos administrados, modificando de
forma desfavorável a sua situação jurídica. Nessas ocasiões, mesmo que a
anulação seja um poder-dever, deve ser concedido o direito de defesa ao
afetado. Se uma pessoa for nomeada e já estiver em exercício no cargo,
mas, posteriormente, o concurso em que foi aprovada foi anulado, dever-
se-á instaurar um processo administrativo para conceder o direito de defesa
ao servidor que provavelmente terá a nomeação anulada.
Situação distinta ocorreria se não houvesse nomeação, pois, nesse
caso, a pessoa não teria nenhum direito (ora, se o concurso foi ilegal,
ninguém terá direito algum).

 


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A convalidação representa a possibilidade de “corrigir” ou “regularizar”


um ato administrativo, possuindo efeitos retroativos (ex tunc). Assim, a
convalidação tem por objetivo manter os efeitos já produzidos pelo ato e
permitir que ele permaneça no mundo jurídico.
Vimos acima que existem atos administrativos nulos e anuláveis. Os
atos nulos são insanáveis, ou seja, não podem ser objeto de convalidação;
enquanto os atos anuláveis são aqueles que podem ser convalidados.
Conforme estabelece a Lei 9.784/1999, em decisão na qual se
evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração (art. 55).
São quatro condições, portanto, para a convalidação de um ato
segundo a Lei 9.784/1999: (1) que isso não acarrete lesão ao interesse
público; (2) que não cause prejuízo a terceiros; (3) que os defeitos dos atos
sejam sanáveis; (4) decisão discricionária (“poderão”) acerca da
conveniência e oportunidade de convalidar o ato (no lugar de anulá-lo).
Existem apenas dois tipos de vícios considerados sanáveis. O primeiro
se relaciona com a competência, e só é admitido se ela não for exclusiva.
O segundo trata da forma, permitindo a convalidação quando ela não for
essencial. Vamos analisar cada uma dessas hipóteses:
a) vício decorrente da competência (desde que não se trate de
competência exclusiva) – se o subordinado, sem delegação, praticar
um ato que era de competência não exclusiva de seu superior, será
possível convalidar o ato;
b) vício decorrente da forma (desde que não se trata de forma
essencial) – por exemplo, se, para punir um agente, a lei determina a
motivação, a sua ausência constitui vício de forma essencial, insanável
portanto. Porém, quando o agente determina a realização de um
serviço por meio de portaria, quando deveria fazê-lo por ordem de
serviço, não se trata de forma essencial e, por conseguinte, é possível
convalidar o ato.
A convalidação pode abranger atos discricionários e vinculados, pois
não se trata de controle de mérito, mas tão somente de legalidade.

 


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A revogação é a supressão de um ato administrativo válido e


discricionário por motivo de interesse público superveniente, que o tornou
inconveniente ou inoportuno30. Trata-se, portanto, da extinção de um ato
administrativo por conveniência e oportunidade da Administração.
A revogação é um ato administrativo discricionário por meio do qual a
Administração extingue outro ato administrativo, válido e também
discricionário, por motivos de conveniência ou oportunidade.
Na revogação não há ilegalidade. Por isso, o Poder Judiciário31 não pode
revogar um ato praticado pela Administração. Também em virtude da
legalidade do ato, a revogação possui efeitos ex nunc (a partir de agora).
Isso quer dizer que seus efeitos não retroagem. Tudo que foi realizado até
a data da revogação permanece válido.
Nem todo ato administrativo é passível de revogação, existindo
diversas limitações, conforme ensina a doutrina.

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A cassação é o desfazimento de um ato válido em virtude de


descumprimento pelo beneficiário das condições que deveria manter, ou
seja, ocorre quando o administrado comete alguma falta. Funciona, na
verdade, como uma sanção contra o administrado por descumprir alguma
condição necessária para usufruir de um benefício.
Podemos mencionar como exemplo a cassação da carteira de motorista
por exceder o limite de pontos previstos no CTB, a cassação da licença para
exercer uma profissão por infringir alguma norma legal, a cassação de uma
licença para construir em decorrência de descumprimento de normas de
segurança, etc.

*

A caducidade é a forma de extinção do ato administrativo em


decorrência de invalidade ou ilegalidade superveniente. Assim, a
caducidade ocorre quando uma legislação nova – ou seja, que surgiu após
a prática do ato – torna-o inválido.
Por exemplo, a Administração concedeu uma licença para construção,
mas, após isso, uma nova legislação proibiu a realização de obras naquela
região, considerando, ainda, que a obra sequer foi iniciada. Dessa forma, a
licença “caducou”, uma vez que a nova legislação o tornou inválida. Por
esse motivo, temos um caso de invalidade ou ilegalidade superveniente
(posterior).

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Estudamos acima o ato de convalidação, que permite a correção dos


atos com vícios sanáveis. No entanto, a lei 9.784/1999 admite uma hipótese
de convalidação que não é propriamente um “ato”, mas sim uma omissão

 


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da administração que impede, após um lapso temporal, a


invalidação do ato administrativo.
Segundo a Lei 9.784/1999 (art. 54), “O direito da Administração de
anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé”.
Trata-se de prazo decadencial, ou seja, que não admite
interrupções nem suspensões. A interrupção se refere à inutilização do
tempo já transcorrido, ou seja, quando se interrompe um prazo, dever-se-
á reiniciar a sua contagem. A suspensão, por sua vez, trata da suspensão
temporária da contagem do tempo, porém, cessado o motivo da suspensão,
continua-se contando de onde parou.
Esses dois elementos (interrupção e suspensão) estão presentes na
prescrição, mas não ocorrem na decadência. Vale dizer, a prescrição (que
é a possibilidade de reclamar um direito pela via judicial), admite a
interrupção e a suspensão do prazo.
Por outro lado, a decadência ou o prazo decadencial (que representa
o próprio direito) não permite a interrupção ou suspensão, logo o seu prazo
é fatal.
Feita essa abordagem, podemos repetir o que realmente nos interessa
neste ponto: após transcorridos cinco anos, decai o direito da
Administração para anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.

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"Já existe entendimento consolidado na doutrina e na jurisprudência no
sentido de que a licença concedida ao administrado para o exercício de
direito poderá ser revogada pela administração pública por critério de
conveniência e oportunidade. Por esse motivo, opta-se por alterar o
gabarito do item."
8G4@?C44E8AB44<B4<38;4<B=BC3=14;06=@0=2=<A=:8303=5=85=@M03=
E8AB4;3450B=0:6C<A9C:603=A3='(43='(<4AA4A4<B83=$=@4E4;>:=
<=&
  $&9C:603=4; ='(4<B4<34C=A46C8<B4
"LICENCA PARA CONSTRUIR. REVOGAÇÃO. OBRA NÃO INICIADA.
LEGISLAÇÃO ESTADUAL POSTERIOR. I. COMPETÊNCIA DO ESTADO
FEDERADO PARA LEGISLAR SOBRE AREAS E LOCAIS DE INTERESSE
TURISTICO, VISANDO A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO PAISAGISTICA
(C.F., ART. 180). INOCORRENCIA DE OFENSA AO ART. 15 DA

 


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CONSTITUIÇÃO FEDERAL; II. ANTES DE INICIADA A OBRA, A LICENCA
PARA CONSTRUIR PODE SER REVOGADA POR CONVENIENCIA DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, SEM QUE VALHA O ARGUMENTO DO DIREITO
ADQUIRIDO. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO."
"='(=4<B4<38;4<B=NC;>=C2=;08A2=<A=:8303=<=A4<B83=34>4@;8B8@
0@4D=60ML=?C0<3=A=1@4D84@8<B4@4AA4>T1:82=@4:4D0<B478>QB4A4<0?C0:
5820@I = $=34@ $T1:82= =1@8603= 0 8<34<8G0@ =A >@49CPG=A 64@03=A >4:0
>0@0:8A0ML=434;=:8ML=30=1@0
"ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO. DEFERIMENTO
EM CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. OFENSA AO ART.
10, DA LEI N. 6.938/81 CONFIGURADA. REVALORAÇÃO JURÍDICA DOS
FATOS DESCRITOS NA ORIGEM. POSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO DO ART.
535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. [...]
9. A jurisprudência da Primeira Turma firmou orientação de que aprovado
e licenciado o projeto para construção de empreendimento pelo Poder
Público competente, em obediência à legislação correspondente e às
normas técnicas aplicáveis, a licença então concedida trará a presunção
de legitimidade e definitividade, e somente poderá ser: a) cassada,
quando comprovado que o projeto está em desacordo com os limites e
termos do sistema jurídico em que aprovado; b) revogada, quando
sobrevier interesse público relevante, hipótese na qual ficará o Município
obrigado a indenizar os prejuízos gerados pela paralisação e demolição
da obra; ou c) anulada, na hipótese de se apurar que o projeto foi
aprovado em desacordo com as normas edilícias vigentes. (REsp
1.011.581/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe
20/08/2008). 10. Nessa ordem de raciocínio, não cabe ao Judiciário, sob
pena de violar o art. 10 da Lei n. 6.938/81, determinar o embargo da
obra, e, por consequência, anular os atos administrativos que
concederam o licenciamento de construção, aprovada em acordo com
todas as exigências legais, ainda mais quando a prova pericial realizada
em juízo constatou que, quanto ao processo de licenciamento, "não havia
indícios de que o DEPRN teria se baseado em falsas premissas para
decidir sobre a emissão e conteúdo da licença ambiental" (fl. 1.551).
Precedentes: AgRg na MC 14.855/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, DJe 4/11/2009; REsp 763.377/RJ, Primeira
Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJe 20/3/2007; REsp 114.549/PR,
Primeira Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJe 2/10/1997.
11. Recursos especiais providos."
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O princípio da supremacia do interesse público justifica o exercício dos


poderes administrativos na estrita medida em que sejam necessários
ao atingimento dos fins públicos.
Dessa forma, o exercício ilegítimo das prerrogativas previstas no
ordenamento jurídico à Administração Pública se caracteriza, de forma
genérica, como abuso de poder.

 


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Segundo Fernanda Marinela,


O abuso de poder é o fenômeno que se verifica sempre que uma autoridade
ou um agente público pratica um ato, ultrapassando os limites de suas
atribuições ou competências, ou se desvia das finalidades administrativas
definidas pela lei. Alerte-se que o administrador sujeita-se aos parâmetros
legais, o que significa que a conduta abusiva não merece ser acolhida no
mundo jurídico, devendo ser corrigida, seja pela própria Administração
Pública, seja pelo Poder Judiciário.
Complementa ainda a autora que o reconhecimento do abuso de poder
pode se expressar tanto na conduta comissiva (no fazer) quanto na conduta
omissiva (deixar de fazer). Portanto, em qualquer uma dessas situações o
ato é arbitrário, ilícito e nulo, retirando-se a legitimidade da conduta do
agente público, colocando-o na ilegalidade e, até mesmo, no crime de abuso
de autoridade, conforme o caso.
O abuso de poder desdobra-se em duas categorias:
a) excesso de poder: quando o agente público atua fora dos limites
de sua esfera de competência;
b) desvio de poder (desvio de finalidade): quando o agente atua
dentro de sua esfera de competência, porém de forma contrária à
finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou autorizou
o ato. Nesse caso, será desvio de poder a tanto conduta contrária à
finalidade geral (interesse público, finalidade mediata) quanto à
finalidade específica (imediata).
Dessa forma, o excesso de poder se relaciona com o elemento da
competência; enquanto o desvio de poder se refere ao elemento da
finalidade.



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Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas
no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.

 


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Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão
as seguintes normas:
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Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados
de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. [alternativa A –
CORRETA]
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
[alternativa B – CORRETA]
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência
contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. [alternativa C –
ERRADA]
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de
autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.
[alternativa D – CORRETA]
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos
sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. [alternativa
E – CORRETA]
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EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público.
Pagamento indevido. Retificação operada de forma unilateral pela
Administração. Impossibilidade. Observância dos princípios do contraditório
e da ampla defesa. Processo administrativo. Necessidade. Precedentes. 1.
Consoante a jurisprudência desta Corte, a anulação dos atos
administrativos que repercutam no campo de interesses individuais
do cidadão deverá ser precedida de prévio procedimento em que se
assegure ao interessado o efetivo exercício do direito ao
contraditório e à ampla defesa. 2. Agravo regimental não provido.
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Teoria e exercícios comentados
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Prof. Herbert Almeida – Aula 4

É isso! Em nossa próxima aula, vamos estudar os agentes públicos.


Espero por vocês!
Bons estudos e até breve.
HERBERT ALMEIDA.
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Teoria e exercícios comentados
Prof. Herbert Almeida – Aula 4
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Teoria e exercícios comentados
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KE KKE LKE MKE NKE OKE PKE QKE


LE KLE LLE MLE NLE OLE PLE QLE
ME KME LME MME NME OME PME QME
NE KNE LNE MNE NNE ONE PNE QNE
OE KOE LOE MOE NOE OOE POE QOE
PE KPE LPE MPE NPE OPE PPE QPE
QE KQE LQE MQE NQE OQE PQE QQE
RE KRE LRE MRE NRE ORE PRE 
SE KSE LSE MSE NSE OSE PSE 
KJE LJE MJE NJE OJE PJE QJE 

  

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