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Nível Instituição Ano Autor

Mestrado PUC RJ 1977 Maria Luiza Braga

Mestrado FALE-UFMG 1980 Rosa Maria Assis Veado

Mestrado FALE-UFMG 1982 Cosme Damião da Silva

Mestrado FALE-UFMG 1984 César Augusto da Conceição Reis

Mestrado FALE-UFMG 1984 Eunice Maria das Dores Nicolau


Mestrado FALE-UFMG 1984 Júnia Maria Campas Passos

Mestrado FALE-UFMG 1984 Sonia Maria de Melo Queiroz

Carolina do Socorro Antunes


Mestrado FALE-UFMG 1985 Santos

Evelyne Jeanne Andrée Angele


Mestrado FALE-UFMG 1987 Madeleine Dogliani

Mestrado FALE-UFMG 1987 Maria do Carmo Viegas

Janice Helena Silva de Resende


Mestrado FALE-UFMG 1990 Chaves Marinho
Mestrado FALE-UFMG 1990 Maria Beatriz Gontijo dos Santos

Mestrado FALE-UFMG 1992 Semírames Barroso Queiroz Mafra

Mestrado FALE-UFMG 1995 Juliana Alves Assis

Sandra Maria Gualberto Braga


Mestrado FALE-UFMG 1996 Bianchet

Mestrado FALE-UFMG 1998 Lucas Teles Corrêa


Mestrado FALE-UFMG 1998 Nilton Antonio Alves

Mestrado FALE-UFMG 1999 Ângela de Fátima Rocha

Mestrado FALE-UFMG 1999 Clézio Roberto Gonçalves

Mestrado FALE-UFMG 1999 Maria do Socorro Vieira Coelho

Mestrado FALE-UFMG 2000 Ana Alves Neta


Mestrado FALE-UFMG 2000 Leandra Batista Antunes

Mestrado FALE-UFMG 2000 Soélis Teixeira do Prado Mendes

Mestrado FALE-UFMG 2001 Fernando Antônio Pereira Lemos

Doutorado FALE-UFMG 2001 Maria do Carmo Viegas

Mestrado FALE-UFMG 2001 Mário Alexandre García Lopes


Mônica Guieiro Ramalho de
Doutorado FALE-UFMG 2001 Alkmim

Mestrado FALE-UFMG 2001 Raquel Márcia Fontes Martins

Mestrado FALE-UFMG 2002 Paulo Antônio de Almeida Bastos

Mestrado FALE-UFMG 2003 Ana Paula da Silva Huback

Mestrado FALE-UFMG 2003 Eduardo Tadeu Roque Amaral


Mestrado FALE-UFMG 2003 Francisca Paula Soares Maia

Luciana Câmara Fernandes


Mestrado FALE-UFMG 2003 D'Araújo

Daniela Mara Lima Oliveira


Mestrado FALE-UFMG 2004 Guimarães

Maria Cândida Trindade Costa de


Doutorado FALE-UFMG 2004 Seabra

Mestrado FALE-UFMG 2004 Nasle Maria Cabana


Mestrado FALE-UFMG 2005 Beatriz Augusto da Matta

Mestrado FALE-UFMG 2005 Carlo Sandro de Oliveira Campos

Doutorado FALE-UFMG 2005 Edenize Ponzo Peres

Mestrado FALE-UFMG 2005 Eliana Castelli Santiago

Maria Luísa Aparecida Resende


Mestrado UFU 2005 Martins
Mestrado UFU 2005 Neide da Silva Souza Melo

Mestrado UFU 2005 Tatiane Alves Maciel Barbosa

Adelma Lúcia de Oliveira Silva


Mestrado FALE-UFMG 2006 Araújo

Mestrado FALE-UFMG 2006 Alan Jardel de Oliveira


Doutorado FALE-UFMG 2006 Bruno Fernandes Zenobio de Lima

Mestrado FALE-UFMG 2006 Camila Tavares Leite

Mestrado FALE-UFMG 2006 Giovanni Franco

Mestrado FALE-UFMG 2006 Hilda de Souza Melo

Mestrado UFU 2006 Karine Rios de Oliveira


Mestrado FALE-UFMG 2006 Kátia Silva Tomaz

Mestrado UFU 2006 Kerlly Karine Pereira Herênio

Mestrado UNICAMP 2006 Vandersi Sant'Ana Castro

Mestrado PUC Minas 2007 Darinka Fortunato Suckow Ribeiro

Mestrado FALE-UFMG 2007 Elizete Maria de Souza


Mestrado FALE-UFMG 2007 Karine Kellvia de Souza

Leonardo Eustáquio Siqueira


Mestrado FALE-UFMG 2007 Araújo

Mestrado FALE-UFMG 2007 Lílian Teixeira de Sousa

Doutorado FALE-UFMG 2007 Marlúcia Maria Alves

Doutorado FALE-UFMG 2007 Raquel Márcia Fontes Martins


Rubens Vinícius Martins
Mestrado FALE-UFMG 2007 Guimarães

Mestrado UFJF 2007 Simone Meckler Fonseca

Mestrado FALE-UFMG 2007 Vanessa Gonçalves Ferreira

Mestrado FALE-UFMG 2007 Vânia de Fátima Gonçalves

Mestrado FALE-UFMG 2008 Adriana Altíssimo França


Mestrado FALE-UFMG 2008 Ana Paula Mendes Alves

Mestrado FALE-UFMG 2008 Ceriz Graça Bicalho Cruz Costa

Mestrado FALE-UFMG 2008 Fernanda Cunha Pinheiro da Silva

Mestrado FALE-UFMG 2008 Luciana de Fátima Almeida

Mestrado FALE-UFMG 2008 Maria Alice Mota


Mestrado FALE-UFMG 2008 Melina Rezende Dias

Mestrado PUC Minas 2008 Nicolle Veronick Moreira de Faria

Mestrado FALE-UFMG 2008 Vander Lucio de Souza

Mestrado PUC Minas 2008 Vanessa Faria Viana


Mestrado FALE-UFMG 2009 Andréia Almeida Mendes

Mestrado FALE-UFMG 2009 Danúbia Aline Silva

Mestrado PUC Minas 2009 Fernanda da Cunha Faria Rocha

Mestrado UFU 2009 Giovanni de Paula Oliveira

Mestrado FALE-UFMG 2009 Joara Maria de Campos Menezes


Mestrado PUC Minas 2009 Marina Paoliello de Almeida

Mestrado FALE-UFMG 2009 Neffer Luiza de Aguiar Pinheiro

Mestrado FALE-UFMG 2009 Raquel Araújo Medeiros

Mestrado PUC Minas 2009 Regina Maria Gonçalves Mendes


Mestrado FALE-UFMG 2010 Aline Rabelo Assis

Mestrado FALE-UFMG 2010 Carolina Dias Cunha

Mestrado FALE-UFMG 2010 Elane Calmon Silva

Mestrado FALE-UFMG 2010 Gisele Aparecida Ribeiro


Mestrado FALE-UFMG 2010 Heloísa Pereira Vale

Mestrado FALE-UFMG 2010 Lília Soares Miranda Santos

Doutorado PUC Minas 2010 Maria do Socorro Vieira Coelho

Mônica Emmanuelle Ferreira de


Mestrado FALE-UFMG 2010 Carvalho
Mestrado PUC Minas 2010 Patrícia Goulart Tondineli

Mestrado PUC Minas 2010 Shirlene Aparecida da Rocha

Mestrado FALE-UFMG 2010 Tatiana Martins Mendes

Mestrado UFJF 2010 Thaís Moreira Silva

Mestrado UFU 2010 Thiago Andre Rodrigues Leite


Mestrado UFU 2011 Allyne Garcia Bisinotto

Mestrado FALE-UFMG 2011 Ana Paula Teixeira

Mestrado FALE-UFMG 2011 Bruna Maia Rocha

Mestrado UFU 2011 Dayana Rúbia Carneiro


Mestrado UFU 2011 Leonardo da Silva Felice

Mestrado UFG 2011 Priscila Lombardi Da Cruz

Mestrado PUC Minas 2011 Regiane Viana de Oliveira Silva

Doutorado FALE-UFMG 2012 Alan Jardel de Oliveira

Mestrado UFU 2012 Ana Carolina Garcia Lima Felice


Mestrado FALE-UFMG 2012 Cassiane Josefina de Freitas

Mestrado PUC Minas 2012 Evani Valéria Sabino de Oliveira

Doutorado FALE-UFMG 2012 Francisca Paula Soares Maia

Glauciane da Conceição dos


Mestrado FALE-UFMG 2012 Santos Faria

UEL
Mestrado (Londrina) 2012 Hélen Cristina da Silva
Doutorado FALE-UFMG 2012 Joviano Goncalves Dos Santos

Mestrado FALE-UFMG 2012 Karoline Biscardi Santos

Mestrado UFU 2012 Luciene Maria Braga

Mestrado PUC Minas 2012 Ludmila Reis Pinheiro

Doutorado FALE-UFMG 2012 Maryuale Malvessi Mittmann


Mestrado UFJF 2012 Nathalia Felix De Oliveira

Mestrado UFJF 2012 Priscila Teixeira Matos

Ricardo Fernandes Napoleão de


Mestrado FALE-UFMG 2012 Souza

Mestrado FALE-UFMG 2012 Sara Alves Stradioto

Mestrado PUC Minas 2013 Andreza Barroso Gonçalves


Mestrado PUC Minas 2013 Camila Patrícia dos Santos

Mestrado UFU 2013 Fernanda Alvarenga Rezende

Mestrado FALE-UFMG 2013 Maryelle Joelma Cordeiro

Vanderlei Martins Ribeiro de


Mestrado FALE-UFMG 2013 Miranda

Mestrado PUC Minas 2014 Diocles Igor Castro Pires Alves


Mestrado USP 2014 Everton Machado Simões

Doutorado FALE-UFMG 2014 Luciana Beatriz Bastos Àvila

Mestrado FALE-UFMG 2014 Maria Helena Soares Paes

Doutorado FALE-UFMG 2014 Melina Rezende Dias


Doutorado FALE-UFMG 2014 Rafaela Domingues Costa

Mestrado FALE-UFMG 2014 Simone Dornelas de Carvalho

Doutorado FALE-UFMG 2014 Vander Lucio de Souza


Orientador

Anthony Julius Naro

Rosália Dutra

Maria Antonieta Antunes Cunha

Luiz Carlos Cagliari

Marco Antônio de Oliveira


Eunice Souza Lima Pontes

Angela Vaz Leão

Marco Antônio de Oliveira

Marco Antônio de Oliveira

Marco Antônio de Oliveira

Eunice Souza Lima Pontes


Marco Antônio de Oliveira

Marco Antônio de Oliveira

Maria Beatriz Nascimento Decat

Maria Antonieta A. M. Cohen

Jânia Martins Ramos


Lorenzo Teixeira Vitral

Jânia Martins Ramos

Maria Elizabeth Fonseca Saraiva

Eunice Maria das Dores Nicolau

Eunice Maria das Dores Nicolau


César Augusto da Conceição
Reis

Maria Antonieta A. M. Cohen

Thaïs Cristófaro Alves da Silva

Marco Antônio de Oliveira

César Augusto da Conceição


Reis
Jânia Martins Ramos

Thaïs Cristófaro Alves da Silva

Heliana Ribeiro de Mello

Marco Antônio de Oliveira

Maria Antonieta A. M. Cohen


Jânia Martins Ramos

Maria Elizabeth Fonseca Saraiva

Thaïs Cristófaro Alves da Silva

Maria Antonieta A. M. Cohen

Eunice Maria das Dores Nicolau


Maria Elizabeth Fonseca Saraiva

Thaïs Cristófaro Alves da Silva

Jânia Martins Ramos

Thaïs Cristófaro Alves da Silva

Maura Alves de Freitas Rocha


Maura Alves de Freitas Rocha

Maura Alves de Freitas Rocha

Ana Cristina Fricke Matte

Maria do Carmo Viegas


Lorenzo Teixeira Vitral

Thaïs Cristófaro Alves da Silva

Maria Beatriz Nascimento Decat

Maria do Carmo Viegas

Maura Alves de Freitas Rocha


Thaïs Cristófaro Alves da Silva

Maura Alves de Freitas Rocha

Ataliba Teixeira de Castilho

Marco Antônio de Oliveira

Jânia Martins Ramos


Rui Rothe-Neves

César Nardelli Cambraia

Lorenzo Teixeira Vitral

Seung Hwa Lee

Thaïs Cristófaro Alves da Silva


Seung Hwa Lee

Mário Roberto L. Zágari

Rui Rothe-Neves

Eunice Maria das Dores Nicolau

Eunice Maria das Dores Nicolau


Evelyne Jeanne A. A. Madeleine
Dogliani

José Olímpio de Magalhães

Lorenzo Teixeira Vitral

Maria do Carmo Viegas

Jânia Martins Ramos


Maria do Carmo Viegas

Marco Antônio de Oliveira

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra

Marco Antônio de Oliveira


Maria Antonieta A. M. Cohen

Maria Antonieta A. M. Cohen

Marco Antônio de Oliveira

Maura Alves de Freitas Rocha

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra
Marco Antônio de Oliveira

Evelyne Jeanne A. A. Madeleine


Dogliani

Rui Rothe-Neves

Marco Antônio de Oliveira


José Olímpio de Magalhães

Evelyne Jeanne A. A. Madeleine


Dogliani

Lorenzo Teixeira Vitral

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra
Tommaso Raso

Eunice Maria das Dores Nicolau

Marco Antônio de Oliveira

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra
Marco Antônio de Oliveira

Vanda de Oliveira Bittencourt

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra

Patrícia Fabiane Amaral da


Cunha Lacerda

Carmen Lúcia Hernandes


Agustini
José Sueli de Magalhães

Evelyne Jeanne A. A. Madeleine


Dogliani

Tommaso Raso

José Sueli de Magalhães


José Sueli de Magalhães

Maria Sueli De Aguiar

Marco Antônio de Oliveira

Maria do Carmo Viegas

José Sueli de Magalhães


Maria Cândida Trindade Costa
Seabra

Marco Antônio de Oliveira

Lorenzo Teixeira Vitral

Evelyne Jeanne A. A. Madeleine


Dogliani

Vanderci de Andrade Aguilera


Maria Antonieta A. M. Cohen

Evelyne Jeanne A. A. Madeleine


Dogliani

Maura Alves de Freitas Rocha

Marco Antônio de Oliveira

Tommaso Raso
Patrícia Fabiane Amaral da
Cunha Lacerda

Patrícia Fabiane Amaral da


Cunha Lacerda

Thaïs Cristófaro Alves da Silva

César Nardelli Cambraia

Marco Antônio de Oliveira


Marco Antônio de Oliveira

José Sueli de Magalhães

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra

Marco Antônio de Oliveira


Margarida Maria Taddoni Petter

Heliana Ribeiro de Mello

Maria do Carmo Viegas

Maria do Carmo Viegas


Maria Beatriz Nascimento Decat

Maria Antonieta A. M. Cohen

Maria Cândida Trindade Costa


Seabra
Título

A concordância de número no sistema nominal no triângulo mineiro

Comportamento Lingüístico do Dialeto Rural

Características de um Falar Infantil

Aspectos Entoacionais do Português de Belo Horizonte

A Ausência de Concordância Verbal em Português: Uma Abordagem


Sociolingüística
Então e quer dizer (que) - dois conectivos conjuntivos do português oral

A língua do negro da Costa: Remanescente Africano em Bom Despacho

Aspectos do Linguajar Rural da Região de Turmalina

Sobre as Condições da Vocalização da Lateral Palatal no Português

Alçamento de Vogais Médias Pretônicas: Uma Abordagem Sociolingüística

Situação Atual do Pronome Sujeito no Discurso Coloquial Espontâneo


Aspectos da Alternância SV/VS no Português Coloquial

Tabu Lingüístico - Seus Domínios e Realizações

O Lugar do Artigo no Discurso: Considerações sobre o Uso do Artigo no


Português Culto Falado em Belo Horizonte

Indicativo e/ou Subjuntivo em Orações Completivas Objetivas Diretas do


Português: Uma Volta ao Latim

A Forma Clítica de Pronome Pessoal no Dialeto Mineiro: Uma Variante


Sociolingüística
As Formas "você" e "cê": A Indeterminação do Sujeito no Português Brasileiro

Clíticos Reflexivos: Uma Variante Sociolingüística na Cidade de Ouro Preto

O Objeto Incorporado no Discurso Narrativo do Português

Uma Abordagem Variacionista do Uso da Forma "VOCÊ" no Norte de Minas

O Uso de Formas do Indicativo por Formas do Subjuntivo no Português Brasileiro


Análise da Entonação de Enunciados Declarativos e Interrogativos na Fala de
Crianças

A Ausência de Artigo Definido Diante de Nomes Próprios no Português Mineiro de


Barra Longa: Um Caso de Retenção?

Interferência da Oralidade na Escrita: O Caso do Registro Ortográfico do "e", i,


"o", "u" Átonos

O alçamento de vogais médias pretônicas e os itens lexicais

A Prosódia da Frase Alternativa na Fala de Crianças


Negativas Sentenciais no Dialeto Mineiro: uma abordagem variacionista

O Cancelamento das Líquidas /l/ e /r/ Intervocálicas no Português


Contemporâneo de Belo Horizonte

E Aí?...Beleza? A TV por Detrás da Gíria

Cancelamento do (R) Final em Nominais na Cidade de Belo Horizonte: Uma


Abordagem Difusionista

A Ausência/Presença de Artigo Definido diante de Antropônimos em Três


Localidades de Minas Gerais: Campanha, Minas Novas e Paracatu
A Variação 'Nós'/'A Gente' no Dialeto Mineiro: Investigando a Transição

O Adjetivo no Discurso Narrativo Oral do Português

Sequências de (Sibilante+Africada Alveopalatal) no Português Falado em Belo


Horizonte

A Formação e a Fixação da Língua Portuguesa em Minas Gerais: a toponímia da


região do Carmo

Da Realização do Sujeito no Português do Brasil: Um Estudo em Tempo Real do


Uso do Sujeito Nulo na Fala de Belo Horizonte/MG
Ressonâncias Léxico-Estruturais no Discurso Conversacional em Português

Abertura Vocálica em Verbos Irregulares da Primeira Conjugação do Português:


Um Caso de Reestruturação Fonotática por Generalização Fonológica

O Uso de "você", "ocê" e "cê" em Belo Horizonte: um estudo em tempo aparente


e em tempo real

Alteração Segmental em Sequência de Vogais Altas no Português de Belo


Horizonte

Uma análise sociolingüística das construções de tópico na fala uberlandense


O clítico "se" com valor reflexo ou recíproco: uma abordagem sociolingüística

A variação entre futuro do pretérito e pretérito imperfeito do indicativo em orações


condicionais iniciadas por "se" na fala Uberlandense

Alçamento da Vogal Baixa em Contexto Pretônico

Variação em Itens Lexicais Terminados em /l/ + Vogal na Região de Itaúna/MG


O percurso diacrônico das construções com o pronome "se" na língua portuguesa
como um processo de gramaticalização

Sequências de (oclusiva alveolar + sibilante alveolar) como um padrão inovador


no português de Belo Horizonte

Relações Interoracionais: uma abordagem funcionalista de estruturas iniciadas


com "sendo que", na língua oral e escrita do Brasil

Análise do Uso dos Sufixos -ista e -eiro na Região de Itaúna-MG

"Nós", "a gente" e o clítico "se" como estratégias de indeterminação do sujeito em


português
Alternância de Vogais Médias Posteriores em Formas Nominais de Plural no
Português de Belo Horizonte

"Tu" e "você" em um perspectiva intralingüística

A resistência de traços do dialeto caipira: estudo com base em atlas linguisticos


regionais brasileiros

Alçamento de vogais postônicas não finais no português de Belo Horizonte -


Minas Gerais: uma abordagem difusionista

O uso do pronome "Eles" como recurso de indeterminação do sujeito


Análise do fenômeno da declinação na entonação de sentenças declarativas
isoladas dos falantes do português brasileiro

Variação em Locativos no Português de Belo Horizonte: estudo sociolingüístico

Formas Reduzidas de Itens Negativos no Português Brasileiro

As vogais médias em posição pretônica nos nomes no dialeto de Belo Horizonte:


estudo da variação à luz da Teoria da Otimalidade

A Organização do Componente Fonológico e o Comportamento do Indivíduo


Variação das vogais médias em posição pretônica nas regiões Norte e Sul de
Minas Gerais

O problema das proparoxítonas: a perda da vogal postônica

Análise do fenômeno da declinação na entonação de frases contextualizadas dos


falantes do português brasileiro

A ausência de concordância verbal no Vale do Rio Doce/MG

O Léxico da Comunidade de Ouro Preto - MG: da (IM) Possibilidade de Reflexos


do Contato Lingüístico
Um estudo sociolingüístico da variação sintática ausência/presença de artigo
definido diante de antropônimos na fala dos jovens de Barra Longa-MG que
residem em Belo Horizonte

Influências Prosódicas nos Encontros Vocálicos em Fronteira de Palavras

O Percurso de mudança do item ONDE na Perspectiva da Gramaticalização

A variação das vogais médias pretônicas na cidade mineira de Machacalis

A variação dos pronomes "tu" e "você" no português oral de São João da Ponte
(MG)
A variação das vogais médias pretônicas no falar dos mineiros de Piranga e de
Ouro Branco

A concordância verbal no português de Belo Horizonte

Caminho do boi, caminho do homem: o léxico de Águas Vermelhas - Norte de


Minas

As vogais médias pretônicas em Pára de Minas: um caso de variação lingüística


A ausência ou a presença de artigo definido diante de nomes próprios na fala dos
moradores da zona rural de Abre Campo e Matipó-MG

As cláusulas adverbiais e as redes sociais em Mariana (MG): Um estudo a partir


de uma abordagem funcionalista

A alternância nos pronomes pessoais e possessivos do português de Belo


Horizonte

A variação das preposições "para" e "a" na fala de Uberaba e Montes Claros

O léxico toponímico nos domínios de Dona Joaquina de Pompéu


Marcas linguísticas e discursivas na fala do vendedor em dois estilos: formal e
informal

O processo de variação das palatais lateral e nasal no português de Belo


Horizonte

A Nasalidade Vocálica no Português Brasileiro: uma Investigação Aerodinâmica

A haplologia no português de Belo Horizonte


Apagamento de Vogais Pretônicas no POBH - Norma Culta

O comportamento dos predicadores experienciais e beneficiários perante a


alternância Causativo-Erga tiva: a frequência de uso do clítico "se", as
realizações morfológicas e os ítens lexicais

A Gramaticalização do Ítem "Agora" no Português Brasileiro

O vocabulário rural de Passos/Minas Gerais: um estudo linguístico nos Sertões


do Jacuhy
A Unidade Informacional de Parentético no Português do Brasil: uma análise
baseada em corpus

Sobre a Ausência de Concordância Nominal no Português falado em Pedro


Leopoldo-MG: uma Abordagem Variacionista

Os Gurutubanos: língua, história e cultura

Língua e cultura do norte de Minas: a toponímia do município de Montes Claros


A variação fonética das vogais médias pré e postônicas na variedade linguística
de Montes Clares/MG

Motivação Lexical: aspectos históricos e socioculturais na antroponímia e na


antonomásia da cidade de São João do Jacuri - MG

Léxico toponímico de Diamantina: língua, cultura e memória

A construção do tipo "foi fez": uma abordagem funcionalista

A enunciação no rádio amador: produtividade lexical e manifestação de alíngua


O alçamento das vogais médias pretônicas: um estudo do falar Ituiutabano

Verificação da intervenção do fonoaudiólogo no processo variável de apagamento


do fonema /r/ por crianças com alteração de fala na região metropolitana de Belo
Horizonte

A Unidade Informacional de Introdutor Locutivo no Português Brasileiro: uma


análise baseada em corpus

O alçamento vocálico pretônico na cidade de Araguari-MG


Um estudo variacionista de -(z)inho na cidade de Uberlância

Monotongação au e ua para o ou u e léxico do português da baixamg: linguística


história

Análise da estrutura das orações relativas no português falado de Belo Horizonte:


uma abordagem variacionista

Comendo o final das palavras': análise variacionista da haplologia, elisão e


apócope em Itaúna/MG

Um estudo variacionista e fonológico sobre o alçamento das vogais médias


pretônicas na fala uberlandense
Café com quebra torto: um estudo léxico-cultural da Serra do Cipó/MG

A concordância verbal na fala de alunos do ensino fundamental de Ribeirão das


Neves (MG)

Investigando as formas reduzidas de 'a gente' no dialeto mineiro

Ausência/Presença de Artigo Definido Diante de Antropônimo na Cidade Mineira


de Ponte Nova: um estudo sociolinguístico

O /R/ caipira no Triângulo Mineiro : um estudo dialetológico e de atitudes


linguísticas
O nome e o lugar: a toponímia na região central de minas gerais

Análise Variacionista da Vocalização da Lateral Palatal em Papagaios-MG

Ausência/presença de artigo definido diante de antropônimos na fala dos


moradores de Mariana e Uberaba - MG

A concordância nominal no português de Belo Horizonte

O c-oral brasil e o estudo da fala informal: um novo olhar sobre o tópico no


português brasileiro
A gramaticalização do verbo esperar: uma abordagem funcionalista

Evidências sobre a polissemia e a gramaticalização do verbo ver

A redução de vogais altas pretônicas no português de Belo Horizonte: uma


abordagem baseada na gradiência

DÊIXIS NA ROMÂNIA NOVA: o lugar dos demonstrativos no português de Belo


Horizonte e no espanhol da Cidade do México

A alternância entre as formas pronominais de primeira pessoa do plural na


comunidade de fala de Belo Horizonte: uma abordagem variacionista
A concordância verbal na mídia radiofônica de Belo Horizonte

O processo variável do abaixamento das vogais médias pretônicas no município


de Monte Carmelo-MG

Estudo linguístico no Vale do Jequitinhonha: o léxico de Minas Novas

Léxico e cultura: estudo linguístico na área rural de Sabinópolis-MG

O processo de nasalização no dialeto quilombola gurutubano


África Banta na região diamantina: uma proposta de análise etimológica

Modalidade em perspectiva: estudo baseado em corpus oral do Português


Brasileiro

A variável (R) em coda silábica medial no Bairro Várzea, em Lagoa Santa/MG

Estudo comparativo da variação das vogais médias pretônicas em falares


mineiros
A organização das construções de "por exemplo" em português: uma abordagem
à luz da teoria da estrutura retórica

A mudança da ordem do adjetivo em relação ao nome nos dados rurais de


Luisburgo/MG

Nas cacimbas do Rio Pardo: um estudo léxico-cultural


Localidade dos dados

Triângulo mineiro

Januária

São Gotardo

Belo Horizonte

Belo Horizonte
Belo Horizonte

Bom Despacho

Turmalina

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte
Belo Horizonte

Sabinópolis

Belo Horizonte

NC

Belo Horizonte
Belo Horizonte

Ouro Preto

Belo Horizonte

São Francisco

Januária
Belo Horizonte

Barra Longa

Divinópolis

RMBH

Belo Horizonte
Mariana

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Campanha / Minas Novas / Paracatu


Mariana / Belo Horizonte

NC

Belo Horizonte

Região do Carmo: Ouro Preto / Mariana /


Barra Longa / Diogo de Vasconcelos /
Alvinópolis / Ponte Nova / Rio Doce /
Dom Silvério / Acaiaca

Belo Horizonte
RMBH

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Uberlândia
Uberlândia / Port. Europeu

Uberlândia

Ouro Preto / Mariana

Itaúna
Belo Horizonte / Campanha / Minas
Novas / Paracatu

RMBH

Belo Horizonte

Itaúna

Uberlândia / Port. Europeu


Belo Horizonte

Uberlândia / Imperatriz (MA)

EALMG / Atlas Linguístico do Paraná

Belo Horizonte

RMBH
Belo Horizonte

Belo Horizonte

Mariana

Belo Horizonte

Belo Horizonte
Bocaiúva / Montes Claros / Mirabela /
Bom Sucesso / Lavras / Três Corações.

EALMG

Belo Horizonte

Braúnas

Ouro Preto
Barra Longa / Belo Horizonte

Belo Horizonte

Itaúna

Machacalis

São João da Ponte


Piranga / Ouro Branco

Belo Horizonte

Águas Vermelhas

Pára de Minas
Abre Campo / Matipó

Mariana

Belo Horizonte

Uberaba / Montes Claros

Pitangui / Pompéu / Papagaios


Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte
Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Passos
Belo Horizonte

Pedro Leopoldo

Território Gurutubano - Centro-norte de


Minas Gerais: Catuti / Gameleiras /
Jaíba, Janaúba / Monte Azul / Pai Pedro /
Porteirinha.

Montes Claros
Montes Claros

São José do Jacuri

Diamantina

Projeto Mineirês (Belo Horizonte /


Arceburgo / São João da Ponte). Projeto
Fala Mineira (Ponte Nova, Patrocínio do
Muriaé, Tombos, Tocantins, Ubá, Espera
Feliz, Cataguases, Ervália). Projeto
“Corpus Conceição de Ibitipoca” (Lima
Duarte)

Monte Carmelo
Ituiutaba

RMBH

Belo Horizonte

Araguari
Uberlândia

Uberaba

Belo Horizonte

Belo Horizonte / Varginha / Rio de


Janeiro / Salvador

Uberlândia
Jaboticatubas / Santana do Riacho

Ribeirão das Neves

Belo Horizonte

Ponte Nova

Campina Verde / Frutal / Ituiutaba /


Iturama / Prata / Uberlândia
Augusto de Lima / Cordisburgo /
Felixlândia / Inimutaba / Morro da Garça

Papagaios

Mariana / Uberaba

Belo Horizonte

Belo Horizonte, RMBH


Projeto Mineirês (Belo Horizonte /
Arceburgo / Mariana / Ouro Preto /
Piranga / São João da Ponte); Nurc-RJ;
PEUL

Projeto Mineirês (Belo Horizonte /


Arceburgo / Mariana / Ouro Preto /
Piranga / São João da Ponte)

Belo Horizonte

Belo Horizonte

Belo Horizonte
NC

Monte Carmelo

Minas Novas

Sabinópolis

Pai Pedro / São João da Ponte /


Francisco Sá
Diamantina

Belo Horizonte

Lagoa Santa

Machacalis / Piranga / Ouro Branco


Brasil (Juiz de Fora/MG), Portugal,
Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, São Tomé e Príncipe e
Timor Leste

Luisburgo

Região Norte de Minas Gerais


Resenhas

O trabalho de Braga (1977) tem como objetivo o estudo da concordância de número em sintagmas nominais no
português falado. O estudo seguiu pressupostos teóricos metodológicos propostos por Labov (sociolinguística
variacionista). Os dados analisados pela autora foram coletados por meio de entrevistas sociolinguísticas realizada
com sete informantes moradores e nascidos em cidades do triângulo mineiro. Os entrevistados foram divididos em
uma única faixa etária, 15 a 20 anos, duas classes sociais, baixa e média, também separados de acordo com o tip
de bairro onde habitavam, subúrbios ou bairros burgueses. A autora destaca que tanto fatores linguísticos quanto
sociais influenciam no processo de concordância de número nos SN. Para falantes da classe média, a distância en
os elementos do SN e o grau de saliência fônica na oposição singular/plural são os fatores que mais influenciam a
concordância. Já para a classe baixa, a distância entre os elementos do SN é o fator que mais apresenta influência
no fenômeno. O trabalho traz, também, resultados de um estudo realizado na cidade do Rio de Janeiro.

O trabalho de Veado (1980) apresenta uma descrição e análise da língua falada na micro-região “Sanfranciscana d
Januária/MG” (Januária, Itacarambi, Manga, Montalvânia, São Francisco). Os dados foram obtidos por entrevistas
com falantes não escolarizados da zona rural. Segundo a autora, o estudo dos dados aconteceu em duas etapas:
primeiro, foram realizadas análises de natureza morfossintática observando ocorrências mais e menos frequentes,
exemplos: uso da forma pronominal “a gente”; uso de “mais” no lugar da preposição “com”. Depois, realizou-se um
estudo detalhado de um aspecto gramatical, o traço de número no SN, pautando-se na teoria transformacional
“standard” (Chomsky, 1965). O objetivo do trabalho é a descrição da língua e uma apresentação da realidade
linguística da zona rural visando melhorias nos métodos de alfabetização de adultos daquela e outras regiões.

Este trabalho faz uma comparação entre a língua falada por crianças em idade pré-escolar da cidade de São Gota
e a fala dos adultos. O autor denomina a fala dos adultos de “dialeto caipira” e propõe uma comparação para
entender até que ponto essa variedade interfere na fala das crianças em processo de aquisição da linguagem. Os
dados analisados foram extraídos de entrevistas gravadas com crianças em idade pré-escolar. O trabalho pauta-se
em estudos a respeito da aquisição e desenvolvimento da linguagem, citando autores como Piaget, Chomsky, Gili
Gaya e outros. Um dos resultados obtidos na pesquisa apontou para o fato de que a criança, em idade pré-escolar
domina o código, a língua falada pelos adultos. Características como ausência de concordância entre sujeito e ver
passagem de -NDO do gerúndio para -NO, apagamento de -R infinitivo, uso de Num por Não, entre outras, foram
observadas na fala infantil.

Reis (1984) realiza um estudo de conceitos básicos de análise entoacional, como unidade entoacional, ritmo,
conceitos de entoação e, também, a descrição fonética perceptiva dos tons básicos da fala coloquial do português
falado em Belo Horizonte. O trabalho não traz informações a respeito da metodologia de coleta de dados, mas,
segundo o autor, foram realizadas observações da língua oral em Belo Horizonte. Reis destaca que o trabalho de
análise fonética limitou-se às sílabas tônicas proeminentes e átonas finais do grupo tonal simples.

O trabalho de Nicolau (1984) tem como objeto de estudo a concordância entre o verbo e o SN sujeito de 3ª pessoa
do plural na fala coloquial da cidade de Belo Horizonte. O conjunto de dados analisados foi formado através de 32
entrevistas, todas gravadas individualmente com informantes selecionados a partir de critérios sociolinguísticos,
porém, variáveis como a escolaridade dos falantes não foram controladas. A autora apresenta, como um dos
resultados do trabalho, a observação da ausência de concordância entre verbo e SN sujeito de 3ª pessoa do plura
Esse fenômeno é caracterizado como uma variável estável do português coloquial de Belo Horizonte, e que
apresenta uma nítida estratificação entre classes sociais.
O trabalho de Passos (1984) tem como objetivo estudar os conectivos conjuntivos do português falado: “então” e
“quer dizer (que)”. Segundo a autora, essas formas de conectivos são frequentes na linguagem oral e devem ser
mais bem analisados. O trabalho baseia-se, sobretudo, nos estudos de Halliday e Hasan sobre os conectores
textuais. Os dados analisadosforam extraídos de nove entrevistas com informantes mineiros, nascidos ou residen
na cidade de Belo Horizonte por pelo menos metade do seu tempo de vida. Todos os informantes têm mais de 25
anos e com grau de escolaridade superior. Uma das observações da autora é que os conectivos “então” e “quer di
(que)” “realizam conexões lógicas determinadas, específicas a cada um deles, e que lhes conferem significações
definidas no contexto em que se inserem”.

O trabalho de Queiroz (1984) tem como principal objetivo o registro da Língua do Negro da Costa, que é usada em
circunstâncias especiais por moradores de um bairro na periferia da cidade de Bom Despacho. A autora destaca q
sua pesquisa reunião, além de dados da língua em questão, informações sobre ela e sobre sua história, bem como
dados sobre as condições de vida e costumes dos ainda falantes da língua. A língua estudada no trabalho é um
remanescente, quase que exclusivamente lexical, de falares africanos. A pesquisa da autora possibilitou a elaboraç
de um glossário dos termos coletados e analisados a partir dos registros da Língua do Negro da Costa.

O trabalho de Santos (1985) realiza uma análise das seguintes variantes fonéticas do português: [e], [i] e [ĩ] (em
sílaba átona inicial), [w] e [h] (em final de sílaba interna), [l] e [r] (em grupo consonantal). O estudo foi realizado com
dados obtidos a partir de entrevistas e aplicação de questionários com informantes da cidade de Turmalina, no Val
do Jequitinhonha, Minas Gerais. Todos entrevistados eram pessoas nascidas na cidade pesquisada, zona urbana o
rural, tendo entre 15 e 75 anos e distribuídas em três níveis de escolaridade. A autora pauta seu estudo em trabalh
da sociolinguística variacionista e estudos da fonologia do português. Um dos resultados apresentados pela pesqu
apontou para uma extinção dos processos fonéticos de nasalização e rotacismo em final de sílaba e em grupo
consonantal. A frequência desses processos foi baixa e aparece em maior número apenas na zona rural, entre
falantes analfabetos e com idade mais avançada.

O trabalho de Dogliani (1987) faz um estudo sobre as condições da vocalização da lateral-palatal. São analisadas
variações entre a lateral-palatal [ λ ] e a semivogal palatal [ y ]. O corpus do projeto contem dados de entrevistas o
realizadas com falantes da cidade de Belo Horizonte, nascidos ou que tenham vivido na ali desde a infância. Os
informantes foram escolhidos a partir de critérios sociolinguísticos e divididos em dois grupos sociais. Durante as
entrevistas, os falantes foram submetidos a testes de percepção linguística e reconhecimento de gravuras. Os
principais resultados da pesquisa apontam que a variação estudada é considerada estável, e que há um grau de
estratificação social no uso, sendo a variante [ y ] mais usada pelo grupo menos favorecido socialmente.

O trabalho de Viegas (1987) tem como objetivo analisar o fenômeno da elevação das vogais médias pretônicas em
dois grupos de falantes diferenciados socioeconomicamente. O trabalho pauta-se em estudos da fonética, fonologi
sociolinguística. Para a analise proposta pela autora, foram utilizados dados obtidos em 16 horas de gravações
realizadas com moradores naturais de Belo Horizonte ou que tenham morado na cidade por no mínimo vinte anos.
Todos os informantes, homens e mulheres, foram distribuídos em duas faixas etárias. A autora destaca, entre os
vários resultados da pesquisa, o fato do alçamento das vogais apresentar-se ligeiramente estigmatizado e de que
falantes não têm plena consciência do processo de alçamento.

O trabalho de Marinho (1990) tem como objetivo a descrição do pronome pessoal sujeito de primeira pessoa da
singular na fala coloquial na cidade de Belo Horizonte/MG. A autora aponta que não pretende, com a pesquisa,
apenas descrever os usos do pronome, mas também apontar motivadores para o uso ou não uso da forma
pronominal no discurso espontâneo. Os dados analisados foram retirados de entrevistas gravadas com falantes da
cidade de Belo Horizonte, todos com nível superior de escolarização e pertencentes à classe média. Os resultados
pesquisa apontam para o alto uso do pronome sujeito de primeira pessoa singular e, como explicação, a evolução
sistema verbal caminhando para a perda da flexão número-pessoal.
O trabalho de Santos (1990) tem como objetivo o estudo a respeito da posição do sujeito em relação ao verbo no
português. A pesquisa foi desenvolvida a partir de dados coletados em entrevistas realizadas com 16 informantes,
oito homens e oito mulheres, da cidade de Belo Horizonte. A autora apresenta algumas análises levando em
consideração os fatores extralinguísticos, estruturais e semântico/discursivos. Entre os resultados, a partir da
influência dos fatores extralinguísticos, destacam-se: os fatores “sexo” e “idade” não influenciam significativamente
comportamento da escolha da posição do sujeito. E com relação aos fatores discursivos e estruturais (linguísticos)
pesquisa mostra que o tipo de sentença (afirmativa, negativa ou interrogativa) e a Voz Verbal enão influenciam a
escolha da posição do sujeito na frase, resultado contrário ao que dizem algumas hipíteses encontradas na
Gramática Tradicional, segundo a autora.

O trabalho desenvolvido por Mafra (1992) estuda o tabu linguístico. Tendo em vista o tabu linguístico como um
fenômeno cultural e psicológico, cuja manifestação é influenciada por fatores extralinguísticos, a autora faz uso de
dados coletados com metodologia sociolinguística. Foram gravadas entrevistas e aplicados alguns testes nas
comunidades urbana e rural do município de Sabinópolis. Os dados coletados foram analisados quantitativa e
qualitativamente. O trabalho traz uma revisão bibliográfica nas perspectivas linguísticas, antropológicas e
psicanalíticas sobre o tema “tabu”. Como resultados da pesquisa, destaca-se a diferença de “tipos de tabu” entre a
zonas rural e urbana, uma vez que no meio rural foram identificados tabus do tipo “sobrenatural” e “doença”, já no
meio urbano, temas recorrentes foram “estigmas sociais”, “partes do corpo e fisiologia”, resultado que sugere uma
distância cultural entre as comunidades.

O trabalho de Assis (1995) analisa as condições de uso do artigo no português culto falado em Belo Horizonte. A
pesquisa foi orientada por uma abordagem funcional-discursiva, e ocupa-se das funções do artigo no discurso e
algumas ocorrências em contextos fóricos. Para seu desenvolvimento, foram usados dados coletados a partir de
entrevistas orais com seis moradores de Belo Horizonte, todos com nível de escolaridade superior e idade entre 21
39 anos. Um segundo conjunto de dados também serviu como corpus de trabalho, e foi composto por dez narrativ
entre duas pessoas (falantes e ouvinte) sobre um filme (curta) produzido especialmente para o desenvolvimento da
pesquisa. A autora destaca, como um dos resultados, que é comum o falante entender como não necessária a
introdução, por artigo indefinido, de todos referentes relativos ao conteúdo da mensagem.

A dissertação de Bianchet (1996) apresenta um estudo sobre a alternância no uso dos modos indicativo ou subjun
nas orações completivas objetivas diretas no português e no Latim (século IV). A autora analisa noventa e sete
sentenças, todas extraídas de trinta entrevistas orais com falantes de português brasileiro e do texto latino
Peregrinatio Aetheriae. Os dados de língua oral foram obtidos em entrevistas fornecidas pela Faculdade de Letras
UFMG e algumas mais que foram gravadas para completar o corpus, porém, a autora não dá muitos detalhes sobr
entrevistas. Os resultados da pesquisa apontam que a escolha entre os modos subjuntivo ou indicativo pelos falan
não confere com a modalidade exigida pelo verbo nas sentenças e que essa variação está condicionada ao nível d
escolaridade.

O trabalho de Corrêa (1998) tem como objetivo analisar as realizações das variantes plena e reduzida de pronome
pessoais de terceira pessoa (eles/eis, ela/éa, ele/el) do português falado na capital mineira. O autor propõe que as
formas reduzidas constituem um caso de cliticização, e, além das análises de cunho variacionista, apresenta algun
estudos da gramaticalização. Para realizar o estudo, Corrêa coleta dados a partir de 27 entrevistas gravadas com
moradores da cidade de Belo Horizonte, que foram distribuídos em três faixas etárias e três níveis de escolaridade
Os dados também foram submetidos a classificações quanto às variações de fatores linguísticos. Dentre os
resultados obtidos ao final do trabalho, destaca-se que as variantes estudadas apresentam um caso de variação
estável na língua, e que entre os falantes mais jovens, o uso da forma reduzida masculina plural mostrou-se maior
que entre as demais faixas etárias.
O trabalho de Alves (1998) tem como objetivo uma análise do processo de indeterminação do sujeito no português
brasileiro, mais especificamente, a partir de dados de fala obtidos na cidade de Belo Horizonte. A pesquisa
desenvolvida pelo autor pauta-se nos estudos da gramática tradicional e gerativa, e nas noções de gramaticalizaçã
Os dados analisados no trabalho foram obtidos através de gravações de programas de TV e rádio (de Belo
Horizonte) e, também, de 23 entrevistas sociolinguísticas realizadas com moradores da capital mineira. Um dos
resultados apresentados pelo autor aponta para um crescente uso das formas “você” e “cê” em contextos de
indeterminação do sujeito, o que pode indicar um processo de mudança no português.

O trabalho de Rocha (1999) tem como objetivo analisar a perda dos pronomes clíticos no português falado na cida
de Ouro Preto. A autora pretende verificar a tendência, já observada em estudos variacionistas anteriores, a fim de
verificar se esse processo ocorre também no “falar mineiro”. Para realização do estudo, foram utilizadas 27
entrevistas com moradores da cidade de Ouro Preto e entrevistas coletadas do programa de TV local “Ao Vivo”.
Todas as entrevistas foram distribuídas em quatro faixas etárias e três níveis de escolaridade. Foram utilizados,
também, dados de língua escrita coletados em jornais da cidade de Ouro Preto, os quais contém identificação da
autoria. A variável tomada para estudo foi a realização ou não do pronome reflexivo “se”. Após a análise dos dados
autora destaca que a variante “zero” é a mais frequente, corroborando assim a hipótese da perda do pronome clític
em português.

O trabalho de Gonçalves (1999) tem como objetivo um estudo do conceito de “objeto incorporado” a partir de sua
função discursiva dentro de textos orais. Para a realização da pesquisa, o autor analisa um “corpus” formado a par
de entrevistas sociolinguísticas realizadas com 13 informantes, sendo nove mulheres e quatro homens, todos
moradores de Belo Horizonte há no mínimo 10 anos, mas que nasceram, obrigatoriamente, no estado de Minas
Gerais. As analises desenvolvidas pela pesquisa seguem os estudos funcionalistas. Como principais resutlados, o
autor destaca que as ocorrências dos objetos incorporados alocam-sem, em 63% dos casos, na categoria discursi
de "fundo", e em 37% dos casos na categoria de "figura", e resalta também que, o objeto incorporado, devido a su
caracteriscicas semânticas, nunca é usado para introduzir ou retomar participantes do discurso, e sua função é
classificatória em relação à ação ou processo expressos pelo verbo.

O trabalho de Coelho (1999) tem como objetivo analisar o uso das variantes da forma pronominal “você” (variantes
“você”, “ocê” e “cê”) falado na cidade de São Francisco, localizada na região norte do estado de Minas Gerais. A
pesquisa segue os estudos da sociolinguística variacionista e analisa dados obtidos a partir de entrevistas orais
realizadas com moradores da cidade. Foram gravadas 24 entrevistas, com 24 informantes, 12 da zona urbana e 1
da zona rural. Os informantes foram subdivididos em dois grupos sociais (dentro das áreas urbana e rural), três fai
etárias, sendo metade dos informantes homens e metade mulheres. A análise dos dados apresenta uma variante
não considerada no início do trabalho, a forma “ancê”, que não era esperada. Essa forma foi documentada durante
as entrevistas e corrobora a hipótese de que a evolução da forma pronominal acontece de modo distinto entre as
zonas urbana e rural.

O trabalho de Alves Neta (2000) realiza uma análise, sob a perspectiva sociolinguística variacionista, do uso das
formas verbais do presente do indicativo por formas do presente do subjuntivo no português. Para realização do
estudo, a autora utiliza dois “corpora”: o primeiro, com dados de língua oral, obtidos através de 18 entrevistas com
moradores da cidade de Januária, Norte de Minas, e um segundo “corpus”, com dados de textos escritos, obtidos
270 redações de alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas de Januária. A análise considera tan
fatores linguísticos (tipo de orações, modalidade, tipo de conjunção das orações subordinadas) quanto fatores
extralinguísticos (escolaridade, faixa etária e estilo da fala). Ao final do trabalho, a hipótese do uso das formas do
presente do indicativo por formas do presente do subjuntivo como caso de variação foi refutada, uma vez que os
dados não demonstram esse fenômeno por falantes da cidade de Januária.
O trabalho de Antunes (2000) tem como objetivo principal a descrição fonética da entonação utilizada por crianças
três a cinco anos em enunciados declarativos e interrogativos totais (sim ou não). Para a pesquisa, foram utilizado
dados obtidos através de gravações realizadas em uma escola de Belo Horizonte, com crianças de três, quatro e
cinco anos, entre eles, meninos e meninas. A pesquisa realiza uma análise acústica dos dados através de program
de computador específicos para esse tipo de analise. O trabalho alcança seus objetivos na descrição da entonação
nas sentenças propostas e destaca a diferença encontrada entre a duração da vogal de sílaba tônica em frases
interrogativas totais, que é maior que nas sentenças declarativas.

O trabalho de Mendes (2000) tem como objetivo observar o fenômeno da ausência de artigo definido diante de
nomes próprios na fala de moradores da cidade de Barra Longa, Zona da Mata no estado de Minas Gerais. A
pesquisa da autora pauta-se em estudo da linguística histórica e, para a análise do fenômeno, são utilizados tanto
dados de textos escritos antigos quanto dados de língua oral. Os textos escritos consultados são documentos
notariais e eclesiásticos dos séculos XVIII e XIX que remontam a fundação da cidade. Já os dados de língua oral
foram extraídos de 10 entrevistas realizadas com pessoas idosas nascidas em Barra Longa. O principal resultado
pesquisa aponta para a manutenção, desde os estágios mais antigos da língua, da ausência do artigo diante de
nomes próprios na fala da cidade de Barra Longa.

O trabalho de Lemos (2001) investiga como o alçamento das vogais médias átonas, /e/ e /o/ em /i/ e /u/, interfere n
processo de aquisição do registro ortográfico por crianças das séries de alfabetização. Para a realização da pesqu
o autor contou com a participação de 64 informantes da cidade de Divinópolis/MG, todos eles estudantes das quat
séries iniciais do ensino básico, sendo 32 de escola pública, e 32 de escola particular, divididos igualmente entre
meninos e meninas. Os alunos foram submetidos a entrevistas orais, e a testes, desde questionários e produções
escritas, até testes de percepção de erros em textos escritos. Durante as análises, o autor observou que os alunos
das séries iniciais tendem a não realizar o alçamento da vogal em sílaba átona final no momento da fala, baseados
na grafia da palavra escrita. Porém, os alunos das séries mais avançadas (alunos mais velhos), parecem abandon
essa pronúncia em favor do alçamento (pronúncia categórica no português brasileiro).

O trabalho de Viegas (2001) analisa a elevação do traço de altura em vogais médias pretônicas (como em
"cunversa") na fala de habitantes da região metropolitana de Belo Horizonte. Assume-se a hipótese de que esse
processo tenha ocorrido inicialmente em termos mais cotidianos. Para as observações empíricas, foram selecionad
16 informantes de duas áreas socioeconomicas: 8 informantes moradores da área do Barreiro, que apresentam
renda familiar mensal baixa e 8 informantes da região do Colégio Batista, com renda familiar mensal mais elevada
Foram realizados cinco testes de leitura para verificar a hipótese de que palavras com o mesmo ambiente ocorrem
sempre de formas distintas. Os resultados demonstram que há outros fatores, além do ambiente, que atuam para
favorecimento do processo de alçamento. A intuição dos falantes acerca das realizações de alçamento mostrou-se
conflitante, devido ao evidente prestígio da forma não alçada e à variável com alçamento não ser um processo
inteiramente consciente.

O trabalho de Lopes (2001) tem como objetivo analisar a prosódia da frase alternativa utilizada por crianças de três
cinco anos. Para a pesquisa, foram utilizados dados obtidos através de gravações realizadas em uma escola de B
Horizonte, com crianças de três, quatro e cinco anos, entre eles, meninos e meninas. A pesquisa realiza uma análi
acústica dos dados através de programas de computador específicos para esse tipo de análise (WinPitch). O autor
discute, a partir das análises realizadas, a relação prosódica com as estruturas sintáticas, semânticas e pragmática
e sua influência sobre as estruturas alternativas. O autor aponta algumas observações ao final de seu trabalho,
destacam-se: 1 - A prosódia auxilia na organização sintática da sentença alternativa; 2 - O aspecto semântico apon
para a prosódia como um recurso linguístico para desambiguizar a frase alternativa.
O estudo de Alkmim (2001) descreve as construções negativas no falar de Minas Gerais, considerando as hipótese
de que as negativas setenciais do atual dialeto mineiro distingue-se do dialeto falado no passado; que as formas [N
V Não] e [V Não] são variantes linguísticas da construção padrão [Não V]; que o segundo "não" na forma [Não V N
foi gramaticalizado. Os dados analisados foram coletados no povoado de Pombal, distrito de Mariana, por meio de
entrevistas com 66 informantes. Também foram analisados dados de língua escrita provenientes de quatro peças d
autores mineiros e não mineiros. Os resultados do trabalho mostram que a construção [Não V] é "a negativa
canônica", a variante [Não V Não] é inovadora e a construção [V Não] apresenta "perfil ascendente", por apresenta
menor frequência em relação a variante inovadora. A autora destaca uma descoberta que relaciona a negação ao
pronome de tratamento senhor, mais especificadamente na expressão "não senhor". Alkimim assume que esse
pronome, por estar associado à situação de escravidão no Brasil colônia, teve sua frequência de uso diminuída
devido à abolição. Como resultado da expressão, o "não" é incorporado às construções de negação. Assim, a
expressão "não senhor", socialmente motivada, foi tomada como precursora de uma mudança na língua.

O trabalho de Martins (2001) tem como objetivo um estudo do fenômeno de cancelamento das líquidas /l/ e /ɾ/
intervocálicas na fala da cidade de Belo Horizonte. A autora considera o fenômeno estudado como um caso de
variação linguística, delimitando as variantes: 1 - marcação das líquidas intervocálicas; 2 - cancelamento das líquid
intervocálicas. O trabalho discute as propostas teóricas da mudança linguística sob os modelos neogramático e da
difusão lexical. Os dados analisados foram obtidos a partir de entrevistas com 24 informantes, nascidos e residente
em Belo Horizonte, sendo todos professores ou alunos da UFMG. O principal resultado da pesquisa, destacado pe
autora, aponta para um contexto fonético que seria um estabilizador da mudança linguística, trata-se da sílaba
postônica final, diferente do que ocorre em sílabas postônicas mediais, cujo contexto favorece o cancelamento, co
em: /analize/ > /anaize/.

O trabalho de Bastos (2002) tem como objetivo o estudo da influência da TV na fala das pessoas, mais
especificamente na presença de gírias no linguajar utilizado no dia a dia. Para a realização do estudo, o autor cont
com a colaboração de 40 informantes, todos moradores da cidade de Belo Horizonte e funcionários do Juizado
Especial Criminal de BH. Os informantes foram distribuídos em dois grandes grupos, 20 pessoas superexpostas a
e 20 pessoas que declaram assistir pouco a programação televisiva, todos classificados em quatro faixas etárias e
distribuídos em ambos os sexos. O estudo se pauta, sobretudo, em estudos da sociolinguística e tem como princip
resultado a comprovação de que a TV influencia diretamente na presença de gírias no vocabulário diário das
pessoas, independentemente da classe social.

O trabalho de Huback (2003) tem como objetivo a análise do fenômeno de cancelamento do /r/ em final de itens
nominais no português falado na cidade de Belo Horizonte a partir de um modelo difusionista. Por itens nominais, a
autora delimitou as palavras que se enquadram nas categorias de “substantivos”, “adjetivos”, “advérbios”, “pronom
e “conectivos”. Para coleta de dados, foram realizados três procedimentos: entrevistas nos moldes da
sociolinguística, teste de leitura de texto e teste de leitura de lista de palavras. Os testes foram aplicados a 30
informantes moradores de Belo Horizonte, classificados em três faixas etárias, duas classes sociais e três níveis d
escolaridade. A autora destaca alguns resultados da pesquisa, como o fato do cancelamento do /r/ final não estar
ligado a nenhum condicionamento fonético, ou de que, embora haja mais falantes jovens falando a variável de
cancelamento, o programa de análises estatísticas não apontou o fator idade como relevante.

O trabalho de Amaral (2003) tem como objetivo a descrição da variação regional de presença ou ausência de artig
diante de antropônimos em três localidades de Minas Gerais. Os corpora analisados são constituídos de entrevista
com informantes das cidades de Campanha, Minas Novas e Paracatu, divididos em duas faixas etárias e dois níve
de escolaridade. O trabalho comprova a existência de uma variação regional em Minas do fenômeno estudado, e
aponta ainda para a possibilidade de delimitação de áreas linguísticas dentro do estado, o que não tem sido feito,
segundo o autor.
O trabalho de Maia (2003) tem como objetivo o estudo do uso das formas pronominais “nós” e “a gente” no portugu
falado no estado de Minas Gerais. A pesquisa pauta-se em modelos da teoria da Variação e se desenvolve a partir
dados coletados em entrevistas sociolinguísticas. Foram usado dois diferentes “corpora” na pesquisa, um primeiro
“corpus” formado a partir de entrevistas com informantes de Pombal, lugarejo pertencente à cidade de Mariana, to
analfabetos e divididos em três faixas etárias. O segundo “corpus” foi constituído de entrevistas com informantes d
cidade de Belo Horizonte, todos informantes de baixo grau de escolaridade, habitantes de bairros afastados do cen
da cidade e também divididos em três faixas etárias. O principal resultado da pesquisa apontou, a partir de análise
em “tempo aparente”, para uma mudança em progresso, tendo como força inovadora a variável pronominal “a gen
nas duas localidades estudadas.

O trabalho de Araújo (2003) tem como objetivos verificar a frequência de uso de adjetivos nas narrativas orais,
examinar sua distribuição nas categorias discursivas “Figura” e “Fundo” e descrever suas funções discursivas. A
pesquisa segue os pressupostos das teorias funcionalistas e trabalha com dados coletados a partir de 12 narrativa
orais. A autora não cita informações a respeito dos informantes, apenas que os dados foram obtidos por meio do
GREF (Grupo de Estudos Funcionalistas da Linguagem) e que todos os dados remetem a informantes do estado d
Minas Gerais (modalidade oral). O trabalho da autora apontou alguns resultados, dentre eles, o de que os adjetivo
ocorrem mais na categoria de "Fundo", 90% das ocorrências, e apenas 10% dos adjetivos analisados alocam-se n
categoria discursiva de "Figura".

O trabalho de Guimarães (2004) analisa a variação sonora nas sequências de “sibilantes + africada alveopalatal” n
português falado em Belo Horizonte. A pesquisa se desenvolveu com base nas teorias da Difusão Lexical, da
Fonologia de Uso e do Modelo de Exemplares. Para o estudo, a autora utiliza dois “corpora”: o primeiro, com 36
informantes (18 homens e 18 mulheres), moradores de Belo Horizonte, organizados em três faixas etárias e três
níveis de escolaridade. Já o segundo “corpus” é composto por 16 informantes (oito homens e oito mulheres)
distribuídos nas mesmas variantes sociais do primeiro “corpus”. Um dos resultados da pesquisa aponta para casos
de mudanças foneticamente motivadas, nos quais palavras com maior frequência de uso tendem a mudar primeiro
trabalho analisou as realizações das palavras "ginástica", "plástico", "vestido" e "triste".

O trabalho de Seabra (2004) tem por objetivo o estudo de topônimos na tentativa de reconstituir formas antigas de
nomeação, procurando aproximar-se da história do povoamento na Região do Carmo/MG, especificamente nos
municípios de Ouro Preto, Mariana, Barra Longa, Diogo de Vasconcelos, Alvinópolis, Ponte Nova, Rio Doce, Dom
Silvério e Acaiaca. O "corpus" analisado é formado por trinta entrevistas sociolinguísticas, sendo dez gravações
vinculadas ao projeto "Filologia Bandeirante" e vinte entrevistas gravadas na Região do Carmo/MG, pertencentes a
projeto "Pelas trilhas de Minas: a bandeira e a língua nas Gerais" (FALE/UFMG). A autora também analisa dados
escritos, sendo estes cartas geográficas e documentos históricos da região. De acordo com a autora, os dados
analisados sugerem que houve uma mudança no processo de formação dos topônimos, pois formações linguística
desapareceram total ou parcialmente ao longo do tempo, dando espaço a novas estruturas.

O trabalho de Cabana (2004) analisa as ocorrências de sujeito pronominal lexical e sujeito nulo no português falad
na cidade de Belo Horizonte. O estudo tem pressupostos nas teorias variacionista e trabalha com dados coletados
partir de entrevistas sociolinguísticas. Foram utilizados dois “corpora”, um “corpus” inicial, datado de 1980, com sei
informantes distribuídos em três faixas etárias, e um segundo “corpus” do ano de 2004, com 16 informantes també
distribuídos em três faixas etárias. A pesquisa realiza análises quantitativa e qualitativa dos dados, tendo como bas
uma abordagem em tempo real de curta duração e tempo aparente. A partir do estudo, a autora identificou que o u
do sujeito nulo apresenta-se sensível a fatores estruturais da língua e que os fatores sociais não apresentam
evidencias que apontem para uma mudança de uso exclusivo do sujeito pronominal lexical na fala de Belo Horizon
O trabalho de Matta (2005) tem o objetivo de analisar as ressonâncias léxico-estruturais, ou seja, os enunciados
construídos por um falante com repetição total ou parcial de um segmento frasal que foi produzido previamente po
seu interlocutor. Foram analisados dados extraídos de entrevistas orais com falantes do português, todos nascidos
em Minas Gerais e moradores da grande Belo Horizonte há no mínimo dez anos. Os entrevistados foram alocados
em uma única faixa etária (20 a 55 anos) e todos com formação universitária. Segundo a autora, a partir das anális
realizadas, verificou-se que o uso, ou não uso, das ressonâncias está ligada às intenções comunicativas dos falan
e o conhecimento de possíveis efeitos de um enunciado ressonante.

O trabalho de Campos (2005) investiga a abertura vocálica das vogais médias anteriores e posteriores em verbos
irregulares da primeira conjugação do português. O trabalho pauta-se na teoria de exemplares e nos modelos da
fonologia de uso, e analisou dados obtidos a partir de teste com falantes nascidos e moradores da cidade de Belo
Horizonte. Exemplos de verbos estudados na pesquisa são: "roubar", "velejar", "espelhar", etc. que acontecem, em
primeira conjugação, tanto com pronúncia aberta ou fechada das vogais médias.

O estudo de Peres (2005) analisa o uso das formas “você, "ocê" e "cê” no município de Belo Horizonte/MG. Na
pesquisa, dois períodos de tempo distintos - 1982 e 2002 - foram observados com o objetivo de verificar, com base
na Teoria da Variação, os fatores linguísticos e extralinguísticos que condicionam uso das variantes e investigar, em
tempo real, se as três formas estão em processo de mudança. O corpus do ano de 1982 constituiu-se de 16
entrevistas sociolinguísticas obtidas a partir de Viegas (1987). A amostra de 2002 compõe-se de dois conjuntos,
obtidos em Huback (2002) e Huback (2003), formados por registros orais de adultos, jovens e crianças. De acordo
com os resultados apresentados, o processo de gramaticalização do termo "você" o transformou em pronome e a
crescente obrigatoriedade de preenchimento do sujeito culminou no aumento do uso da forma "você". A frequência
uso deste pronome, por sua vez, deu continuidade ao processo de redução fonética, originando a forma "cê".

O trabalho de Araújo (2005) tem como objetivo uma análise dos casos de alteração segmental em sequências de
seguimentos altos adjacentes entre os falantes de Belo Horizonte; alterações como “fri” (de “frio”) ou “véi” (de “véio
são destacadas pela autora. O trabalho se pauta, sobretudo, em estudos da fonética e fonologia. O “corpus”
analisado pela autora foi formado a partir de entrevistas informais, aos moldes da sociolinguística, realizadas com
informantes da cidade de Belo Horizonte, de ambos os sexos, distribuídos em duas classes sociais e duas faixas
etárias. Como resultados principais, a autora destaca o fato de falantes do sexo masculino cancelarem mais a vog
alta posterior átona final, e a classe social baixa apresentar altos índices de redução da vogal átona final.

O trabalho de Martins (2005) tem como objetivo investigar o uso do tópico no português falado na cidade de
Uberlândia. A autora pretende investigar de que modo o fenômeno ocorre e observar se a presença do tópico
favorece ou não a ocorrência do sujeito lexicalizado, pautando-se nos pressupostos teóricos da sociolinguística
laboviana e paramétrica. Os dados utilizados para o estudo foram obtidos através de entrevistas sociolinguísticas
realizadas com 45 informantes, todos divididos em três faixas etárias e três classes sociais. A pesquisa comprova q
os informantes que fizeram uso da estrutura de tópico também lexicalizaram o sujeito. Porém, de acordo com a
autora, as construções de deslocamento à esquerda são mais usadas do que a topicalização. A autora destaca,
ainda, que os dados mostram que o fenômeno da presença ou ausência de construções tópico são um caso de
variação e não de mudança linguística.
Melo (2005) realiza uma investigação das construções com o pronome clítico “se” com valor reflexivo ou recíproco
português oral, tanto no Brasil quanto na Europa, a fim de observar a presença ou ausência dessa forma na língua
oral, e quais fatores estariam influenciando as ocorrências. A pesquisa da autora segue os pressupostos da
Sociolinguística Variacionista e Paramétrica. Os dados analisados do português europeu fazem parte do “corpus” d
“Projeto Português Fundamental”, e os dados do português brasileiro foram extraídos de 45 entrevistas com
informantes da cidade de Uberlândia, entre homens e mulheres, divididos em três faixas etárias e três classes
sociais. A autora destaca que, após a análise dos dados, pode-se observar diferenças entre o PB e PE: o primeiro
apresenta relativa preferência pelo apagamento do clítico, já no segundo, o uso do pronome é sensivelmente maio
Os dados do trabalho também indicam que o fenômeno do apagamento do pronome reflexivo está ligado ao tipo d
verbo da sentença (acidentalmente ou essencialmente pronominais).

O trabalho de Barbosa (2005) tem como objetivo o estudo da variação de uso entre os tempos verbais “futuro do
pretérito” e “pretérito imperfeito” em orações iniciadas pela partícula “se”. A autora pretende, com a pesquisa, detec
se as formas verbais se alternam e quais fatores condicionariam esses usos. Foram usados os pressupostos da
Sociolinguística Variacionista e da Sociolinguística Paramétrica neste trabalho. Os dados analisados foram obtidos
em entrevistas sociolinguísticas realizadas com 45 informantes da cidade de Uberlândia, entre homens e mulheres
divididos em três faixas de idade e três classes sociais. Os resultados da pesquisa comprovaram a hipótese centra
do trabalho, de que existe uma tendência em substituir o pretérito imperfeito pelo futuro do pretérito em orações
condicionais, e o uso do pretérito imperfeito nessas orações também está ligado aos fatores idade e classe social.
Falantes com mais de 45 anos e de classe social baixa tendem ao uso desse tempo verbal.

O trabalho de Araújo (2006) tem como objetivo apresentar uma análise do alçamento da vogal baixa /a/ em contex
pretônicos na fala de moradores de Ouro Preto e Marina. A autora destaca que, em seu trabalho, foi usado o mode
teórico difusionista para entender o professo da difusão do fenômeno em diferentes itens lexicais. Para coleta de
dados, são utilizadas gravações de fala espontânea realizadas com informantes da cidade de Ouro Preto e Marina
autora destaca a variação dos fenômenos de alçamento e não alçamento da vogal /a/ em um mesmo item lexical,
como "faculdade", ou "tradução", observados na fala dos informantes. O trabalho de análise acústica dos dados
identificou como influenciadores da variação, de alçamento/não alçamento, contextos como as consoantes velares
as vogais altas seguintes a vogal baixa /a/.

Este trabalho tem como objetivo analisar a variação de itens lexicais com sílaba átona final formada por /l/ + vogal.
Pretende-se observar a variação e identificar os fatores que influenciam nessa variação. O estudo pauta-se em
trabalhos teóricos da fonologia de uso, de base difusionista, e também em trabalhos teórico-metodológicos da
sociolinguística variacionista. Tanto as variáveis sociolinguísticas (externas) quanto as variáveis de ambiente
linguístico (internas) foram observadas para o estudo. Como fonte dos dados para análise, foi montado um corpus
com 16 informantes da cidade de Itaúna, na seleção dos entrevistados, foram observadas as variáveis de gênero,
idade e o estilo da conversação. Um corpus de comparação foi formado com aproximadamente um milhão de
palavras, extraídas a partir de textos de jornais, também da cidade de Itaúna. Uma das observações apontadas na
pesquisa é de que a baixa escolaridade dos falantes tem influência no processo de apagamento da sílaba átona em
posição final, o que revela uma estigmatização da variante.
O trabalho de Lima (2006) analisa, diacronicamente, o pronome "se". Lima propõe que o constante emprego deste
pronome, tanto na modalidade escrita quanto na oralidade, o tem direcionado para o processo da gramaticalização
descrito por Hopper & Traugott (1993) e Heine et al. Para a análise empírica, foi usado um corpus que abrange a
língua portuguesa em diferentes recortes: período arcaico, moderno e contemporâneo. Foram usados desde
documentos do século XV até o período contemporâneo (textos jornalísticos e textos de fala) para verificar a
frequência do pronome e também seu apagamento na modalidade falada. A amostra oral foi formada por entrevista
do Projeto POBH (Português Oral de Belo Horizonte/MG) e por um conjunto de transcrições de gravações realizad
em Campanha, Minas Novas e Paracatu. O autor destaca em seus resultados que, após a análise dos dados,
observou-se o processo de gramaticalização do pronome "se" na história da língua portuguesa.

Neste trabalho são avaliadas as ocorrências de sequências de (oclusiva alveolar + sibilante alveolar não vozeada)
contextos concorrentes com as sequências de (africada alveopalatal + vogal i + sibilante alveolar não vozeada). O
estudo busca a descrição de tais realizações no português falado na cidade de Belo Horizonte. Assim, o curpus
utilizado na pesquisa contem dados coletados com dezesseis informantes (homens e mulheres) nascidos e/ou
moradores permanentes de Belo Horizonte ou região metropolitana; todos com formação universitária e distribuído
em quatro faixas etárias. Segundo a autora, o trabalho não tem cunho sociolinguístico, porém, fatores como idade
sexo foram observados para verificar possíveis mudanças nas formas fonéticas. Um dos resultados da pesquisa
apontou exatamente uma variação quanto ao sexo, mulheres tendem a usar mais a forma conservadora das
sequências. E, também, falantes mais jovens tendem a usar mais a forma inovadora, caracterizando uma mudanç
em progresso.

O trabalho de Franco (2006) apresenta um estudo sincrônico das relações interacionais iniciadas pela sequência
“sendo que”. A pesquisa pauta-se em estudos funcionalistas e discute um possível processo de gramaticalização d
expressão estudada. O autor utiliza dados coletados em “corpus” de textos escritos e também em entrevistas
gravadas com falantes da cidade de Belo Horizonte. Como resultado do trabalho, o autor observa que a expressão
“sendo que” apresenta grande polissemia, sobretudo na língua oral, funcionando como conjunção, organizando
turnos de conversação, tópicos e subtópicos, usada, portanto, como um marcador discursivo, o que evidenciaria a
ocorrência de um processo de discursivização.

O trabalho de Melo (2006) tem como objeto de estudo, os substantivos agentivos com terminação sufixal –eiro e –
ista. A pesquisa pretende realizar um estudo morfológico sobre a formação de tais itens. Foram observados os
comportamentos dos substantivos dentro do corpus através de análises quantitativas e qualitativas. O conjunto de
dados foi formado, primeiramente, por registros de dicionários e textos de jornais locais, para serem, posteriormen
contrastados com dados de língua oral. O corpus oral foi montado através de entrevistas com dezesseis informant
da cidade de Itaúna, fatores sociolinguísticos foram observados na seleção dos entrevistados. Os informantes
pertenciam a três faixas etárias, todos com segundo grau (completo ou em formação) e foram divididos em dois
grupos sociais. A principal conclusão do trabalhofoi de que os sufixos analisados podem ser considerados, ainda,
concorrentes no processo de seleção para formação lexical.

O trabalho de Oliveira (2006) analisa as formas “nós”, “a gente” e o clítico “se” seguido de verbo no infinitivo como
estratégias de indeterminação do sujeito. A pesquisa da autora segue os pressupostos da Sociolinguística
Variacionista e Paramétrica e analisa dados do português oral das variantes brasileira e europeia da língua. Os
dados, no português europeu, foram obtidos através do site do “Projeto 'Corpus' de Referência do Português
Contemporâneo”, do Instituto Camões. Os dados do português brasileiro foram extraídos de 45 entrevistas com
informantes da cidade de Uberlândia, entre homens e mulheres, divididos em três faixas etárias e três classes
sociais. Os “corpora” foram analisados pelo programa Varbrul, observando-se a influência de fatores tanto linguísti
quando extralinguísticos. Como um dos resultados do trabalho, destaca-se que, no português brasileiro, o uso da
forma “a gente” tem se mostrado mais recorrente, diferente do que acontece na Europa, com uso maior da forma
“nós”. O mesmo é observado com relação às estratégias de indeterminação do sujeito. O resultado é explicado pe
processo de reorganização do quadro pronominal observado no PB.
O trabalho de Tomaz (2006) analisa a alternância das ocorrências de vogais médias posteriores tônicas, aberta [ᵓ]
fechada [o], em formas nominais de plural no português da cidade de Belo horizonte. Os dados analisados na
pesquisa foram extraídos de um corpus formado a partir de um teste de leitura realizado com informantes no
laboratório de fonética da Faculdade de Letras da UFMG. Os participantes do teste foram selecionados a partir de
critérios da sociolinguística variacionista. Foram um total de 24 participantes, 12 homens e 12 mulhres, alocados e
três faixas etárias e dois níveis de escolaridade, universitários e não universitários. Todos os informantes são
moradores permanentes da cidade de Belo Horizonte. Exemplos de itens que foram observados durantes as
análises: caroços, corpos, etc. São itens que alternam o estado da vogal média posterior nas formas de singular e
plural. A autora desenvolve a hipótese de que a variação das vogais está ligada à frequência de uso lexical, e os
resultados da pesquisa corroboram essa hipótese.

O trabalho de de Herênio (2006) tem como objetivo o estudo da variação nos pronomes pessoais do caso reto, ma
especificamente as formas “tu” e “você”. A autora segue os pressupostos da Sociolinguística Variacionista e tem
como foco observar a variação no uso dos pronomes entre duas localidades do país. Os dados analisados no
trabalho foram extraídos de 43 entrevistas realizadas em Uberlândia, Minas Gerais, e 45 entrevistas realizadas em
Imperatriz, Maranhão. Todos os informantes foram organizados em três faixas etárias e três classes sociais. A auto
aponta, como principais resultados da pesquisa, o uso exclusivo da forma “você” na cidade de Uberlândia, e o uso
das duas formas, “tu “ e “você” na cidade de Imperatriz. Entretanto, a autora desta que, apesar da hipótese de que
falantes de Imperatriz usem mais a forma “tu”, os dados apontaram o contrário, a ocorrência da forma “você” é ma
na cidade, e mesmo quando usada a forma “tu”, a conjugação do verbo acompanha a 3a pessoa, como ocorre com
forma “você”.

O trabalho de Castro (2006) tem como objetivo investigar a presença de traços do “dialeto caipira”, como descrito p
Amadeu Amaral em 1920, nos estados de Minas Gerais e Paraná. Para a realização do estudo, o autor utiliza dado
coletados e organizados no “Esboço de um Atlas Lingüístico de Minas Gerais” (Ribeiro et al., 1977) para o estado d
Minas e os dados do “Atlas Lingüístico do Paraná” (Aguilera, 1994). A escolha dos estados está relacionada as sua
geolocalizações em relação ao estado de São Paulo (onde Amaral realizou estudo na década de 1920). Entre algu
resultados, a pesquisa aponta a forte presença do /r/ retroflexo, ou “caipira”, em ambos os estados, o que corrobor
com a hipótese de influência do “dialeto caipira” paulista nesses estados. O trabalho de Castro também apresenta
análises com relação ao léxico das localidades estudas.

O trabalho de Ribeiro (2007) tem como objetivo a investigação do fenômeno de alçamento das vogais postônicas n
finais de itens lexicais nominais proparoxítonos no falar da cidade de Belo Horizonte (ex.: de pêss[e]go para
pêss[i]go; de árv[o]re para árv[u]re). A pesquisa seguiu pressupostos teóricos da Difusão Lexical, estudos da área
fonologia e critérios da sociolinguística para a obtenção da amostra de dados. Foram utilizadas entrevistas e testes
com 18 informantes, todos moradores de Belo Horizonte, estratificados por sexo, faixa etária, escolaridade, classe
social (renda). Entre os resultados apontados pela autora está o fato de que o fenômeno de alçamento das vogais
médias altas posteriores (/o/ para /u/) é bem mais frequente que o alçamento das vogais médias altas anteriores (
para /i/) e que, apesar de haver palavras cujas vogais não alçam, como em "útero" e "Cícero", há razões que
apontam para o caráter difusionista do fenômeno.

O trabalho de Souza (2007) analisa o recurso de indeterminação a partir do uso da 3ª pessoa masculino plural. O
trabalho visa a uma descrição da gramática do português falado e pauta-se em estudos da sociolinguística e teoria
da variação e mudança linguísticas. São utilizados dados obtidos em entrevistas realizadas com falantes do
português moradores de Belo Horizonte e região metropolitana. Como resultados da pesquisa, a autora apresenta
por exemplo, a existência de maior ocorrência do pronome “eles”, com função de indeterminação, em contextos de
SN [+locativos], diferente do que ocorre em contextos de [+genérico], nos quais o pronome tende a estar não
preenchido. O fenômeno do preenchimento ou não está relacionado, também, à faixa etária do falante, segundo a
autora.
Esse trabalho tem como objetivo a análise do fenômeno da declinação, isso é, redução gradativa da entonação, em
sentenças declarativas no português falado na cidade de Belo Horizonte. Foram realizadas análises tanto
quantitativas quanto qualitativas dos dados, sob um ponto de vista fonético. Foram observadas duzentas sentença
realizadas por treze falantes, sentenças essas que eram declarativas, de curta ou longa duração. A autora apresen
a hipótese de que, nas sentenças mais longas, a declinação seria menor. Os informantes eram todos homens,
moradores de Belo Horizonte, com nível superior, em andamento ou concluído, e que não relatassem qualquer déf
de fala ou audição. Um dos resultados apresentados na pesquisa contrariou a hipótese levantada no início do estu
o tamanho das sentenças não interfere na ocorrência ou não da redução da entonação.

A pesquisa de Araújo (2007) tem como objeto de estudo o locativo "onde" no português falado em Belo Horizonte.
autor pretende, com o trabalho, analisar o uso do item a fim de verificar se ele encontra-se em um processo de
variação linguística. Para isso, o autor utiliza dados de língua oral, obtidos através de entrevistas com informantes
cidade de Belo Horizonte, residentes na região norte da cidade há pelo menos quinze anos. Foram entrevistados
dezoito homens e dezoito mulheres. As variáveis de escolaridade, faixa etária e gênero foram controladas nos
modelos da sociolinguística variacionista. O corpus final do estudo contém mais de trinta e sete horas de gravaçõe
Um dos resultados da pesquisa foi a constatação de que o uso do locativo onde é altamente polissêmico, isto é,
apresenta variados valores semânticos; também algumas formas inovadores de uso foram observadas, como naon
e daonde, formas não relacionadas nas gramáticas da língua.

Essa dissertação tem como objetivo a observação e análise das formas da negativa pré-verbal no português falado
O estudo parte dos pressupostos da gramaticalização, processo no qual um item lexical se reduziria até chegar,
possivelmente, a uma forma vazia ∅. O estudo aponta para que a negação pré-verbal em português estaria
chegando à forma de afixo, como em nadianta, nimporta. Para tal estudo, foram coletados dados a partir de
entrevistas sociolinguísticas com informantes nascidos da cidade de Mariana/MG. Os entrevistados foram separad
em cinco faixas etárias, essa separação serviu, posteriormente, para a análise de uma possível mudança em
progresso. O trabalho se pautou, basicamente, em análises acústicas das ocorrências para a observação da duraç
dos seguimentos. Uma análise quantitativa dos dados apontou para uma variação estável entre variantes
observadas.

O trabalho de Alves (2007) análisa a variação das vogais médias em posição pretônica em nomes na fala de Belo
Horizonte. Foram levados em consideram nas análises fatores linguísticos e processos fonológicos, como harmoni
vocálica e redução vocálica. A Teoria da Otimalidade foi tomada como referência teórica. O estudo utiliza três
"corpora": o primeiro grupo de dados foi extraído do "corpus" do POBH (Projeto Português de Belo Horizonte / norm
culta); o segundo é proveniente da pesquisa de Alves (1999); e o terceiro reúne dados provenientes da observação
da fala espontânea. A autora destaca, como um dos resultados, que a variação entre as voagais médias em nomes
mostrou-se intraindividual, isso é, o mesmo falante produz diferentes variantes nos mesmos contextos linguísticos,
segundo Alvez, esse fenômeno é motivado, principalmente, pelo nível de formalidade da fala.

O estudo de Martins (2007) analisa três fenômenos fonológicos: cancelamento de “r” final em nominais,
cancelamento das líquidas /l/ e /ɾ/ intervocálicas e cancelamento das líquidas /l/ e /ɾ/ em encontro consonantal
tautossilábico. A partir de um quadro teórico composto pela Fonologia de Uso, Teoria de Exemplares e Lingüística
Probabilística, o trabalho analisa dados obtidos em testes com 12 informantes da cidade de Belo Horizonte. Como
dos princiapais resultados, o autor destaca que o trabalho demonstrou padrões muito diversos entre os informante
com relação aos processos de cancelamento estudados, apontando para o fato de que indivíduos realizam usos
muito distintos dos mesmo fenômenos.
O trabalho de Guimarães (2007) tem como objetivo uma observação e análise das variações nas vogais médias
pretônicas. O autor investiga tal traço em duas regiões do estado de Minas Gerais, norte e sul. Assim, o trabalho,
além de verificar a variação das vogais dentro da cada uma das regiões, buscou uma comparação entre os dois
pontos do estado. Para tanto, foram usados dados coletados em três cidades em cada uma das regiões. A escolha
das localidades se baseou, também, nos dados apresentados no Esboço de um Atlas Lingüístico de Minas Gerais.
Durante as coletas, os informantes deveriam ler um texto e também eram submetidos a um teste de reconhecimen
de figuras. Um dos resultados apontados pela pesquisa mostra que, na região norte do estado, há uma maior
variação entre os falantes. Como exemplo, observam-se as três formas de produção m[o]eda, m[u]eda e m[ɔ]eda,
que ocorre com menor frequência na região sul.

A pesquisa de Fonseca (2007) pretende registrar e identificar o fenômeno de supressão dos segmentos pós-tônico
em vocábulos proparoxítonos nos falares de Minas Gerais. A autora parte dos dados do Esboço de um Atlas
Linguístico de Minas Gerais. O objetivo é propor uma hierarquia dos contextos fonéticos que favorecem o
apagamento dos segmentos analisados e indicar, também, as variáveis extralinguísticas que influenciam nesse
processo. Os dados analisados foram coletados a partir de entrevistas sociolinguísticas realizadas com informante
estratificados por sexo, três níveis de escolaridade, com idade entre 25 e 65 anos. A pesquisa constatou que o
ambiente fonológico seguinte é influenciador do fenômeno de supressão dos segmentos estudados no trabalho. Já
com relação às variáveis extralinguísticas, a escolaridade aparece como fator de influencia, os menos escolarizado
realizam a supressão dos segmentos estudados com mais frequência que os mais escolarizados.

O trabalho de Ferreira (2007) realiza uma descrição da declinação em falantes de português. Segundo a autora, a
declinação é a tendência de redução da entonação de forma gradual ao longo do discurso, fenômeno programado
pelo falante para indicar que a/uma informação foi concluída. Os dados analisados durante a pesquisa foram
produzidos por dezessete informantes do sexo masculino, todos moradores da cidade de Belo Horizonte, que
estivessem cursando o nível de graduação ou um nível superior de escolaridade. Nenhum dos participantes da
pesquisa relatou qualquer déficit de audição ou fala. As gravações realizadas para o estudo foram feitas em ambie
de laboratório.

O estudo de Gonçalves (2007) busca uma análise da variação entre a concordância ou a não concordância entre o
verbo e o sujeito de terceira pessoa do plural, na região do Vale do Rio Doce, mais precisamente na cidade de
Braúnas. Para o estudo do fenômeno, foram realizadas entrevistas com moradores da região e a seleção dos
informantes seguiu critérios da sociolinguística variacionista. O total de entrevistados foi de trinta e seis falantes,
alocados conforme faixas etárias, escolaridade e sexo. A partir do corpus formado, a autora realiza as análises e
apresenta como um dos resultados da pesquisa, o fato da variação estuda apresentar-se estável, isto é, não há um
diferença significativa nos usos das duas formas. Fatores extralinguísticos e linguísticos influenciam na presença o
não da concordância verbal, segundo a autora.

O trabalho de França (2008) foi uma investigação da fala na cidade de Ouro preto/MG. A autora buscou identificar,
fala dos Ouro-pretanos, a ocorrência de influências devido ao contato com estudantes universitário da UFOP.
Segundo a autora, existia sim a hipótese dessa influência a nível lexical. Para tal estudo, foram usadas dezesseis
entrevistas gravadas com oito informantes Ouro-pretanos, e oito universitários. Foram coletadas, na fala dos
estudantes, palavras como bicho, ferrar, batalha, rombudo, que foram considerados itens “especiais”, referindo-se
rotina estudantil. A ocorrência desses mesmos termos na fala dos Ouro-pretanos não se mostrou produtiva. Segun
a autora, tal fato aponta que, apesar do contato entre os diferentes grupos, não há uma influência dos universitário
na fala dos moradores da cidade, e que os homens, Ouro-pretanos, mostraram-se mais sensíveis ao uso dos term
“especiais” que as mulheres.
O trabalho de Alves (2008) analisa, sob uma perspectiva sociolinguística, a variação sintática da ausência ou
presença de artigo definido diante de antropônimos. O estudo observou o fenômeno na fala de jovens, nascidos na
cidade de Barra Longa – onde a ausência do artigo é mais frequente – e que residem em Belo Horizonte – onde a
presença do artigo se faz maior. Fatores internos e externos foram observados na análise dos dados, extraídos de
um corpus formado por dados de fala de dezesseis informantes, residentes em Belo Horizonte. Gênero, escolarida
e a rede social dos falantes foram alguns dos fatores extralinguísticos observados. Outro corpus foi formado, com
quatro informantes nascidos em Barra Longa e que permaneceram na cidade, usado como um corpus de controle.
Como um dos resultados da pesquisa, foi observado que os informantes que residem em Belo Horizonte tendem a
manter o padrão de fala da cidade de Barra Longa, isso é, a ausência do artigo definido. Porém, essa variação est
condicionada a fatores externos, como a rede de convívio ao qual o falante está mais exposto.

O trabalho de Costa (2008) teve como objetivo o estudo das influências prosódicas na elisão, degeminação e na
ditongação. Os dados analisados pelo trabalho fazem parte do Projeto POBH (Padrão sonoro de português de Bel
Horizonte) de Magalhães (2000). Foram selecionados, como informantes para a pesquisa, seis homens e seis
mulheres, divididos em três faixas etárias diferentes, todos moradores da cidade de Belo Horizonte. Os dados fora
extraídos a partir de elocuções formais, realizadas no laboratório de fonética da Fale-UFMG, nas quais o informant
era gravado individualmente enquanto falava sobre um determinado tema, sem a interferência do entrevistador. A
pesquisa apontou que, diversos fenômenos interferem nos processos de elisão, degeminação e ditangação, como
alongamentos, ênfases, vogais átonas finais e também pausas. A autora apresenta alguns dos dados analisados,
dentre eles temos, a ocorrência de ditongação em ambiente de fronteira [i+u] e para não ditongação, o ambiente
[i+a].

A pesquisa de Silva (2008) tem como objeto de estudo o item “onde”, a autora realiza uma análise do item a partir
perspectivas dos processos de gramaticalização. Os dados analisados no trabalho se dividiam em dois tipos, um
“corpus” de dados de textos escritos do português em três estágios, arcaico, moderno e contemporâneo, e outro
“corpus” com dados de língua oral. Os dados de língua oral foram obtidos através de entrevistas gravadas com oit
informantes homens e oito informantes mulheres, moradores da cidade de Itaúna/MG. As análises apontaram que
item “onde” não apresenta uma regularidade no processo de gramaticalização, pois sobre interferência de outros
itens, como: “aonde”, “então”, “que” e, também, “expressões de conclusão”, “explicação”, “causa”, etc.

O trabalho de Almeida (2008) tem como objeto de estudo, as vogais médias pretônicas /e/ e /o/ no português falad
na cidade de Machacalis, Minas Gerais. Foram analisadas três variantes possíveis para as vogais, sendo, as
realizações fechadas, as realizações abertas e as realizações alçadas. Os dados de estudo da pesquisa foram
coletados em um corpus formado a partir de dezesseis entrevistas sociolinguísticas. Os entrevistados foram
selecionados a partir dos critérios de gênero, idade (duas faixas etárias) e região (rural ou urbano). Fatores interno
linguísticos, também foram controlados, como, tipo silábico, tipo de morfema, etc. Como alguns dos resultados
apresentados, a autora desta que fatores externo, sociais, interferem no processo de variação das vogais, há
diferenças significativas nas falas de jovens e adultos, e também entre zona rural e urbana, o que aponta para
estigmatização das variantes.

O trabalho de Mota (2008) teve como objetivo a investigação da variação no uso das formas dos pronomes “tu” e
“você” na cidade de São João da Ponte localizada no norte de Minas Gerais. A pesquisa seguiu a metodologia dos
estudos sociolinguísticos. Foram realizadas 24 entrevistas com moradores da cidade, entre homens e mulheres,
todos com ensino fundamental completo e distribuídos em quatro faixas etárias diferentes. Os resultados da pesqu
apontaram para o favorecimento do uso da forma “tu” na fala da cidade, tanto entre falantes mais velhos quanto en
os jovens, tendo então o perfil de uma variação estável, que se justificaria devido ao relativo isolamento da cidade.
autora apresenta, também, a predominância de formas pronominais como “te”e “ti”, uma vez que são relacionadas
com o pronome “tu”.
O trabalho de Dias (2008) teve como objetivo a descrição e análise das vogais médias pretônicas /e/ e /o/ no
português falado em duas localidades mineiras, as cidades de Piranga e Ouro Branco. O corpus usado como fonte
dos dados foi formado a partir de entrevistas com informantes das cidades mencionadas, e compunha-se de
dezesseis informantes, sendo oito de cada cidade, distribuídos igualmente entre homens e mulheres e duas faixas
idade. Além dos fatores externos, os contextos linguísticos foram observados para o estudo dos dados, entre eles,
tipo silábico, tipo de morfema em que a vogal estava inserida, modos dos seguimentos precedentes e seguintes, e
A autora aponta que foram observadas três variações para cada uma das vogais estudadas: /e/ e /o/, /E/ e /O/, /i/ /
Uma das observações feitas pela autora é de que, na cidade de Piranga, o percentual de ocorrências da variante
aberta, /E/, é superior ao número de ocorrências observadas em Ouro Branco, e que essa variante chega a ser vis
com certo prestígio pelos informantes da cidade de Piranga.

Faria (2008) tem como objetivo traçar um panorama do fenômeno de concordância verbal na terceira pessoa do
plural na fala de moradores de Belo Horizonte, segundo os pressupostos teóricos e metodológicos da Teoria da
Variação e Mudança Linguística. Os dados analisados no trabalho foram coletados a partir de entrevistas, nos mol
da sociolinguística, com 26 informantes, todos moradores da capital mineira, sendo 14 homens e 12 mulheres,
divididos em 4 faixas etárias, três grupos sociais e três níveis de escolaridade. A pesquisa apresenta resultados a
partir da análise de diversas variáveis linguísticas e não linguísticas, como ambiente fonológico, composição do
sujeito, idade, sexo, classe social, estilo de fala, etc. Entre os resultados, destaca-se que em 65% dos dados
analisados há a presença da condordância verbal. A pesquisa também verifica que a concordância é favorecida po
pessoas de idades média e alta e pela escolaridade superior. Há também fatores linguísticos que favorecem a
concordância, como a constituição morfológica, sendo as formas verbais com terminação acentuada favorecedora
bem como as formas no pretérito perfeito.

O trabalho de Souza (2008) tem como objetivo uma análise do léxico na fala da cidade de Águas Vermelhas,
localizada no norte de minas. A cidade tem importante participação na história do estado, e o objetivo do trabalho é
realizar um estudo no léxico com foco no campo semântico do universo “rural”. Os dados analisados foram coletad
em “corpus” formado a partir de entrevistas orais com quinze moradores da cidade, sendo seis homens,
trabalhadores rurais, e nove mulheres, do lar. Todos informantes tinham mais de 70 anos e com escolaridade máxi
da 4ª série. A pesquisa elaborou um total de 258 fichas com dados lexicográficos que possibilitaram a elaboração d
um glossário. As análises seguiram linhas quantitativas e qualitativas, foram obtidas algumas conclusões como, a
grande presença de arcaísmos na fala, a influência da fala de estados vizinhos como Bahia, a revelação de aspect
históricos e ideológicos atrás do léxico. Cito aqui alguns exemplos de vocábulos registrados pela pesquisa: “taca”,
“tigurezinho”, “tostão”, “pilão”, “miuchinho”, entre outros.

O trabalho de Viana (2008) tem como objetivo a analise dos fenômenos de abaixamento e alçamento das vogais
médias pretônicas /e/ e /o/ na fala dos moradores da cidade de Pará de Minas. A autora analisa dados extraídos a
partir de entrevistas, nos moldes da sociolinguística, com 36 informantes, distribuídos igualmente entre homens e
mulheres, três faixas etárias, duas classes sociais e três níveis de escolaridade. Viana verifica que tanto fatores
estruturais, quando fatores extralinguísticos, influenciam na ocorrência dos fenômenos de abaixamento, alçamento
manutenção do traço de elevação das vogais médias pretônicas. Entre os fatores estruturais, a presença de vogal
alta tônica imediata favorece o alçamento na maior parte das ocorrências, como em “sirviço”, ou “pirigo”, e entre os
fatores extralinguísticos o sexo mostrou-se influente, as mulhres tende a favorecer a manutenção do traço de altur
da vogal média pretônica, enquanto os homens apresentam tendencia ao abaixamento da vogal.
Mendes (2009) analisa em seu trabalho o fenômeno da variação presença/ausência de artigo diante antropônimos
topônimos na fala da zona rural de duas localidades de Minas Gerais, as cidades de Abre Campo e Matipó. A
pesquisa segue uma metodologia de pesquisa variacionista da sociolinguística e alguns pressupostos dos estudos
dialetologia. O “corpus” utilizado para estudo do fenômeno foi construído através de entrevistas orais e questionári
os quais contaram com a participação de quatro informantes em cada localidade: dois homens e duas mulheres, c
idades entre 28 e 95 anos. A autora destaca que, apesar das cidades estudadas serem vizinhas, o fenômeno
analisado apresentou diferenças significativas. Em Abre Campo, a ausência de artigo diante de antropônimo mostr
se maior, 52% dos dados, por outro lado, em Matipó, o fenômeno de presença do artigo é mais frequente, com 83%
de ocorrência nos dados analisados. A pesquisa traz também dados com relação aos topônimos.

O trabalho de Silva (2009) tem como objetivo central uma descrição das cláusulas adverbiais. O trabalho se
desenvolve a partir de uma perspectiva funcionalista e leve em consideração fatores de ordem social, analisando a
redes sociais (fracas e fortes). Para isso, foram analisados dados obtidos a partir de entrevistas orais com quatro
moradores da cidade de Mariana/MG realizadas com metodologia da sociolinguística. Os dados analisados no
trabalho foram classificados, pela autora, nas seguintes relações semânticas: “motivo/causa”, “tempo”, “finalidade”
“condição”, “concessão”, “modo”, “conformidade” e “comparação”, e em ambas as redes sociais, a relação adverbi
mais frequente foi a relação de “motivo”.

O trabalho de Rocha (2009) tem como objetivo analisar a alternância nos pronomes pessoais e possessivos,
respectivamente, “nós” / “a gente” e “seu(s)”, “sua(s)”, “dele(s)”, “dela(s)” no português falado em Belo Horizonte. A
autora discute algumas possibilidades de uso das formas pronominais, como os pronomes pessoais “nós” e “a gen
sendo usados como forma de referência não específica, ou a alternância nas formas possessivas (ex. seu/dele) co
estratégia de desambiguação causada pelo uso de “você(s)” em detrimento do pronome “tu(vós)”. Os dados usado
pela autora foram extraídos do “corpus” do “Projeto Descrição sócio-histórica do português de Belo Horizonte” (200
e analisados com os pressupostos da sociolinguística. Como principais resultados da pesquisa, a autora destaca u
variação considerada estável entre o uso de “nós” e “a gente”. Já entre as formas possessivas, a variação apresen
um estado de mudança em progresso, totalizando em 78% dos casos a ocorrência das formas “dele” e suas
variações.

O trabalho de Oliveira (2009) tem como objetivo a análise da variação das preposições “a” e “para” como introduto
de adjuntos e complementos na fala das cidades de Uberaba e Montes claros, respectivamente localizadas no
Triângulo Mineiro e região Norte do estado de Minas. A pesquisa segue pressupostos da Sociolinguística
Variacionista e Paramétrica e analisou dados coletados em 36 entrevistas, sendo 18 informantes de cada cidade,
todos divididos em três graus de escolaridade e em três faixas etárias. A análise dos dados foi realizada com o
programa Goldvarb 2001 e levou em consideração tanto os fatores linguísticos quando extralinguísticos. O autor
destaca, como principal resultado, que a preposição “para” é predominante nas duas cidades pesquisadas,
derrubando a hipótese de que a preposição “a” seria mais frequente na cidade de Montes Claros.

O trabalho de Menezes (2009) tem como objetivo o estudo dos topônimos, nomes próprios de lugar, nas cidades
mineiras de Pitangui, Pompéu e Papagaios – área de domínio de Dona Joaquina do Pompeu, antiga fazendeira da
região (séculos XVIII e XIX). A autora destaca que pretende, com o trabalho, contribuir para dar maior visibilidade à
história sociocultural da região. Os dados analisados pela autora foram coletados em diferentes fontes, primeiro em
“corpus” de língua oral, e depois em textos escritos, coletados em pesquisas a acervos e materiais históricos. Os
dados de língua oral foram extraídos de 21 entrevistas com 24 informantes, dos quais apenas dois tendo ensino
fundamental completo, os restantes não chegaram a concluir as séries iniciais do ensino. Os dados foram
sistematizados em fichas toponímicas, em cada uma das fichas foram constituídas análises detalhadas dos
topônimos. Alguns dos nomes identificados na pesquisa foram: “corgo”, “grota”, “capão”, “troncha”, entre outros.
O trabalho de Almeida (2009) tem como objetivo a identificação e análise de marcas linguísticas na interação entre
vendedor-cliente. A autora realizou 40 diferentes gravações, com oito vendedores da cidade de Belo Horizonte, en
homens e mulheres, com idades entre 25 e 50 anos, aproximadamente. As interações ocorreram em dois diferente
segmentos, uma parte em lojas tidas como de classes mais altas, sendo considerado estilo de interação formal, e
outra parte em lojas “populares”, que foi considerada como estilo informal. Os dados são analisados
quantitativamente através os programas WinPepi e Minitab, e os resultados evedenciam, segundo a autora, um
cuidado na elaboração do discurso no estilo formal, isto é, os vendedores de lojas tidas como classe alta tendem a
controlar mais a fala. Um dos fenômenos analisados no trabalho, por exemplo, é o alçamento do vogal média /e/, q
ocorre em 90,2% das ocorrências no estilo informa. No estilo formal, apenas 58,90% das ocorrências aparecem
alçadas.

O trabalho de Pinheiro (2009) realiza uma análise do comportamento das variáveis “lateral palatal” e “nasal palatal
na fala da cidade de Belo Horizonte. É objetivo do trabalho a verificação dos possíveis fatores que influenciam nas
realizações das diferentes formas com base nas teorias variacionista de Labov. Para formar o “corpus” de análise,
autora opta pela coleta de dados atráves de entrevistas nos modelos sociolinguísticos, foram entrevistados 24
informantes, sendo 12 homens e 12 mulhres, separados em 3 faixas etárias distintas e também por classes sociais
Foram observados tanto os fatores externos quanto os fatores internos (contextos linguísticos) para análise dos
dados. A autora aponta alguns resultados, aqui se destacam dois: a variante [l] foi a única a apresentar
condicionamento do contexto para sua ocorrência, sendo favorecida quando seguida de [E], [e] ou [i]. Já a variante
[~i] foi a única que apresentou favorecimento social, sendo mais usada por falantes de classes sociais menos
favorecidas.

O trabalho de Medeiros (2008) tem como principal objetivo, a descrição e comparação das características
aerodinâmicas de vogais orais e nasais do português falado em Belo Horizonte. A autora comenta as dificuldades d
se estudar o fenômeno da nasalidade, devido à complexidade na formação do fenômeno. A amostra de dados
estudada na pesquisa foi formada a partir de três experimentos realizados no laboratório de fonética da Fale-UFMG
A realização dos experimentos contou com a participação de cinco informantes, todos nascidos na cidade de Belo
Horizonte. A autora faz alguns apontamentos obtidos durante a pesquisa, como por exemplo, a verificação de que
contexto posterior influencia nas características da vogal; vogais que antecedem consoante fricativa apresentam
maior fluxo oral, fluxo nasal, nasalância, maior volume de ar e ficam também mais longas.

O trabalho de Mendes (2009) tem como objetivo descrever o fenômeno da haplologia em moradores da cidade de
Belo Horizonte. A haplologia é um fenômeno fonológico autossegmental, prosódico e métrico que reduz a primeira
duas sílabas contíguas (átonas em sua maioria) e pode ocorrer tanto no interior da palavra ou em ambientes
adjacentes. A abordagem adotada pela autora na pesquisa segue modelos fonológicos não lineares e pressuposto
da Teoria da Variação. Os dados analisados no trabalho foram extraídos de 53 entrevistas, com 54 mulheres e 36
homens, todos nascidos ou residentes na cidade de Belo Horizonte há pelo menos 15 anos. Foram usados, també
dados coletados em 26 entrevistas do banco de dados do “Projeto Descrição sócio-histórica do português de Belo
Horizonte”. A autora destaca que, durante o processo de análise dos dados, foram considerados tanto fatores
estruturais quanto fatores não estruturais. Os resultados da pesquisa indicam que os falantes de Belo Horizonte tê
um “sotaque” carregado de reduções fonológicas, entre elas a haplologia, e que, tanto fatores linguísticos, como o
acento, sílabas iguais, estilo de fala, quanto não linguísticos, entre eles a idade, a escolaridade e outros, influencia
a ocorrência do fenômeno.
O trabalho de Assis (2010) investiga o fenômeno do apagamento das vogais pretônicas em itens lexicais (sem
clíticos) na fala “culta” do português de Belo Horizonte. Os objetivos da pesquisa incluem a observação de fatores
externos, sociais, na produção do fenômeno estudado e também fenômenos estruturais que condicionam os
apagamentos. A pesquisa foi desenvolvida com base na teoria variacionista de Labov e também sob a teoria dos
processos fonológicos. Foram coletados dados no “corpus” do projeto POBH - Normal Culta, sendo selecionados 1
informantes, sendo um homem e uma mulher de cada uma das três faixas etárias existentes no “corpus”, todos co
nível universitário de escolaridade e nascidos e residentes de Belo Horizonte. As variantes analisadas foram:
apagamento de vogal átona pretônica em início de palavra, e apagamento de vogal átona pretônica no interior de
palavra. Dos resultados apresentados, destacam-se o fato do fenônemo de apagamento da vogal átona pretônica
não ter se mostrado uma variação recorrente, apresentado apenas 1,6% de ocorrência com relação ao total de
vogais do tipo que foram observadas; já dentro dos apagamentos, 87,3% dos casos ocorrem no interior das palavr

O trabalho de Cunha (2010) realiza a observação do comportamento dos verbos “experienciais” e “benificiários” na
sentenças ergativas e as condições para alternância entre causativo-ergativa. A pesquisa pautou-se na teoria da
variação e mudança para coleta e análise dos dados. Foram gravadas 24 entrevistas com informantes da cidade d
Belo Horizonte, sendo 12 homens e 12 mulheres, divididos em duas faixas etárias e dois níveis de escolaridade. A
pesquisa também buscou distinguir o preenchimento, ou não preenchimento, do pronome “se” nas sentenças
analisadas, e nessa analise foram considerados, sobretudo, os dados extralinguísticos (gênero, idade e
escolaridade). Segundo a autora, observou-se um índice de 69% de apagando do pronome “se”, e que há verbos q
favorecem esse apagamento, como “aposentar”, “casar”, “lembrar”, “mudar”, “sentar”, e verbos que favorecem o
preenchimento do pronome, como “adaptar”, “divertir” e “interessar”.

O trabalho de Silva (2010) tem como objetivo a análise do item “agora” no português falado na cidade de Belo
Horizonte sob a perspectiva da gramaticalização. No estudo, a autora analisa o percurso prototípico que um item fa
passando de mais lexical (“agora” como advérbio de tempo) para mais gramatical (“agora” como marcador discurs
conjunção e outras funções). Os dados analisados pela autora foram extraídos de dois “corpora”. O primeiro,
coletado em 1986, com 16 informantes, divididos por gênero e em dois grupos sociais, e cada grupo social em dua
faixas etárias. O segundo “corpus” usado pela autora foi coletado em 2006, formado por 36 entrevistas, 18 homens
18 mulheres, de classe social média e idades entre 18 e 65 anos. O uso de dois “corpora” de diferentes épocas se
justifica pelo fato de que a autora pretende analisar a evolução do uso do item “agora” diacronicamente. Como
principais resultados, a pesquisa aponta que o item “agora” não apresenta uma evolução prototípica no processo d
gramaticalização. Esse fenômeno ocorre por dois motivos principais: primeiro, o item com função lexical coexiste c
o item em função gramatical, e dentro da função gramatical, “agora” concorre com outros itens, como a conjunção
“mas”.

Em seu trabalho, Ribeiro (2010) tem como objetivo o estudo do vocabulário rural do município de Passos, região
sudeste do estado de Minas Gerais, para demonstrar a relação entre o léxico, a cultura e o ambiente. Em seu
trabalho, a autora pauta-se nos estudos sociolinguísticos, lexicográficos, dialetológicos e da antropologia linguística
Foram usados tanto dados de língua oral quanto de textos escritos, os dados de língua oral foram coletados por m
de 15 entrevistas realizadas na zona rural de Passos. Os informantes gravados tinham entrem 70 e 95 anos, send
homens e 6 mulheres, todos com escolaridade máxima na 4ª série. Os dados de textos escritos foram obtidos
através de dicionários dos séculos XVIII e XIX. A pesquisa possibilitou a elaboração de um glossário dos itens lexic
rurais, palavras como “acá”, “arado”, “cacunda” e “caniço” são alguns exemplos de palavras estudadas.
O trabalho de Vale (2010) tem como objetivo a investigação da unidade informacional do Parentético no português
brasileiro falado e tem como base a teoria da linguagem em ato. Os dados analisados são predominantes da fala
mineira obtidos em quatro “textos” de tamanhos aproximados. O trabalho utiliza de softwares específicos, WinPitch
Praat, para análise das falas, delimitações das unidades do parentético, análise da velocidade de fala nas unidade
do parentético e unidades adjacentes. A autora apresenta, como resultado principal, que a aplicação da teoria da
linguagem em ato permite a compreensão de aspectos importantes da estruturação da fala em português brasileiro
porém, aponta-se, também, para a necessidade de estudos futuros mais aprofundados em uma quantidade maior
dados.

O trabalho de Santos (2010) teve como objeto de estudo o fenômeno da variação entre presença e ausência de
concordância entre os elementos constituintes do SN na fala dos moradores da cidade mineira de Pedro Leopoldo
Para o estudo, foram considerados tanto fatores internos da variação, isto é, posição dos elementos no SN, classe
gramaticais dos elementos, etc. e, também, fatores extralinguísticos, como o sexo dos informantes, idade,
escolaridade, grupo social. Os dados analisados foram coletados em um “corpus” formado por 27 entrevistas, send
18 mulheres e nove homens, distribuídos em três grupos sociais, três faixas etárias e três níveis de escolaridade. A
autora tinha as seguintes hipóteses para a pesquisa: primeiro, de que a fala da cidade de Pedro Leopoldo apresen
maior percentual de ausência na concordância entre os elementos do SN, e segundo, de que essa seria uma
mudança em progresso (segundo a teoria variacionista). A partir dos resultados, a autora verifica que 52% dos dad
analisados apresentam a ausência da concordância, comprovando a primeira hipótese proposta, porém, a segund
hipótese foi refutada, os dados apontam para uma mudança estável, e não em progresso. Alguns exemplos de SN
analisados no trabalho são: “eles todo”, “uns colega meu”, “uma porção de peixinho colorido”.

O trabalho de Coelho (2010) tem como objetivo descrever e analisar a variante do português falado no território
gurutubano, região Centro-norte de Minas Gerais. A pesquisa teve como bases teóricas os estudos da
sociolinguística variacionista, e em estudos sobre o contato entre línguas, autores como Fishman, Hymes e Gumpe
serviram, também, como apoio teórico. O território explorado no trabalho da autora abrange os seguintes município
mineiros: Catuti, Gameleiras, Jaíba, Janaúba, Monte Azul, Pai Pedro e Porteirinha. A fim de explorar tanto a
variedade linguística quanto a variedade sociocultural do território gurutubano, a pesquisa usou dados coletados e
entrevistas com falantes da região. Foram entrevistados 38 informantes, sendo 22 mulheres e 16 homens, separad
em quadro níveis de escolaridade e duas classes sociais. O nível de contato com o meio urbano também foi
considerado como uma variável extralinguística no momento do estudo. Como resultados da pesquisa, destaca-se
observação de que o português falado no território Gurutubano distancia-se do português urbano, estando mais
próximo da variante “rural” da língua falada no Brasil, e em alguns lugarejos de Portugal.

A pesquisa de Carvalho (2010) tem como principal objetivo o estudo dos topônimos (nomes próprios de locais) da
cidade de Montes Claros, norte de Minas Gerais. Para a autora, o estudo dos topônimos possibilita uma recuperaç
das marcas sociais e históricas da região, além das características do ambiente físico. Para o desenvolvimento do
estudo foram utilizados dados de língua oral, coletados a partir de entrevistas, nos moldes sociolinguísticos, com d
homens e quatro mulheres, com idades entre 70 e acima de 90 anos. Todos informantes eram moradores da cidad
zona rural de Montes Claros. Foram analisados também dados de língua escrita, a partir de textos históricos e map
antigos da região. A autora destaca, como um dos resultados do trabalho, um índice pequeno de mudança e
variação, retratando um quadro conservador da região em relação aos topônimos locais. São destacados, também
alguns nomes apurados como: Bananal, Buriti, Cana-brava, Canoas, Gamelera, Poço d‟Água e Poço Novo.
A pesquisa de Tondinelli (2010) analisa os fenômenos de alçamento e rebaixamento das vogais medias pretônicas
postônicas não finais no português falado em Montes Claros. O fenômeno estudado é a variação entre as vogais /e
em /i/ e /E/, e a vogal /o/ em /u/ e /ɔ/. As analises pautaram-se nas técnicas da sociolinguística e na concepção de
mudança do modelo da difusão lexical. Os dados da pesquisa foram coletados em entrevistas sociolinguísticas
realizadas com 13 informantes da zona urbana da cidade, sendo sete mulheres e seis homens, distribuídos em trê
faixas etárias, três graus de escolaridade e dois níveis sociais. Entre os resultados, a autora verifica que o fenômen
do rebaixamento é influenciado pelo traço da vogal da sílaba seguinte, e que os fenômenos (manutenção, alçamen
e rebaixamento) ocorrem de maneiras distintas entre as vogais /e/ e /o/, a primeira apresentando os três processos
a segunda apresentando, nos dados analisados, apenas manutenção e alçamento.

O trabalho de Rocha (2010) tem como objetivo principal examinar a ligação entre a onomástica pré-nominal e o
contexto histórico cultural da cidade de São José do Jacuri, na região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais. O trabal
teve como foco o estudo dos aspectos antroponímicos e antonomásticos dos prenomes criados entre os habitante
da cidade. A autora analisa dados obtidos através de visitas e conversas informais com moradores da cidade e,
também, em listas de registros arquivadas nos registros da Prefeitura Municipal. Os dados foram estudados a part
de estudos da Lexicologia, Semântica, Descrição Gramatical, Variação e Mudança, e estudos da Memória e
Sociedade. A autora aponta, como um dos resultados, a diferença no processo de “renomeação” entre homens e
mulheres: os homens tendem a serem “apelidados” com nomes dos pais, por exemplo, “Bento da Sá Deca”. Por
outro lado, as mulheres, de modo geral, tendem a ganhar apelidos que levam o nome dos cônjuges, como “Maria
Helena do Adélio”.

O trabalho de Mendes (2010) tem como objetivo a análise dos topônimos usados na cidade de Diamantina/MG e
seus distritos. O município se localiza no Vale do Jequitinhonha, importante região do estado com grande valor
histórico e destaque no período da exploração mineral (séculos XVIII e XIX). Para tal objetivo, foram analisados
dados de língua oral, coletados através de 22 entrevistas realizadas com moradores de Diamantinas, e seus distrit
e lugarejos, entre os anos de 2008 e 2009. Foram entrevistadas 37 pessoas, das quais apenas 26 informaram seu
dados, todos com idades, aproximadamente, entre 70 anos e 100 anos; e também dados de textos escritos, sendo
analisados mapas e textos históricos da região. A pesquisa apresentou alguns resultados, como, um índice pouco
significativo de variação dos topônimos entre os moradores e os diferentes distritos da região, e muitos topônimos
motivados por nomes de plantas (Acaiaca, Parmito, etc), nomes geográficos (Barrerão, Morro do Chapéu, etc.) e
nomes de pessoas (Mercês Diamantina, Luizcarro, etc.).

O trabalho de Silva (2010) tem como objetivo o estudo da contrução “foi fez” (CFF), já apontado por outros autores
como um novo padrão construcional em português (ex. "pegou e abriu", "virou e falou", etc.). A hipótese é a de que
CFF representaria um caso de gramaticalização de uma construção da língua. Os dados estudados pela autora for
obtidos a partir de alguns “corpora” de língua oral, todos representativos do português falado em Minas, entre eles
projeto “Fala Mineira” (UFJF), projeto “Mineirês” (UFMG) e projeto “'Corpus' de Conceição de Ibitipoca”. Como
principal resultado aportado pela autora, destaca-se que a CFF é uma prova empírica de novos padrões na língua
que surgem devido a uma necessidade de formas mais expressivas que visam marcar o posicionamento dos
falantes nas diversas situações de comunicação.

O trabalho de Leite (2010) analisa a produtividade lexical em um grupo de rádio amador da cidade de Monte
Carmelo-MG. O autor descreve o funcionamento dos grupos de usuários de rádio amador e delimita para seu
trabalho as produções enunciativas obtidas no grupo PX. O foco da pesquisa está na análise de léxico inusitado,
definido pelo autor como um vocábulo ou expressão que “escapa” no momento da fala, algo inesperado para o
contexto de produção. O trabalho utiliza estudos teóricos da linguística da enunciação, passando por algumas noç
da psicanálise lacaniana.
O trabalho de Bisinotto (2011) tem como objetivo descrever o fenômeno de alçamento das vogais médias pretônica
no português falado por moradores da cidade de Ituiutaba. As vogais médias pretônicas, [e, o], foram analisadas e
nomes com estruturas CV, CVC e CVN a partir de dados coletados em 24 entrevistas sociolinguísticas realizadas
com moradores da cidade. Os informantes foram separados de acordo com sexo, idade e nível de escolaridade. A
pesquisa seguiu os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista e os dados foram
analisados com o programa Goldvarb. Os resultados principais destacados pela autora foram: a vogal /o/ tem seu
alçamento favorecido em alguns contextos, como: sílaba aberta, vogal média pretônica na sílaba inicial, consoante
não contínuas no contexto precedente, entre outros. Já para a vogal /e/, os contextos favoráveis ao alçamento fora
vogal alta na sílaba tônica, consoante não contínua no contexto seguinte e outros. As variáveis extralinguísticas nã
se mostraram influentes no fenômeno de alçamento das vogais.

O trabalho de Teixeira (2011) tem como objeto de estudo o fenômeno de manutenção/apagamento do /R/ final e
medial em nomes e verbos, mais especificamente, o estudo desse fenômeno na fala de crianças de seis a dez ano
na cidade de Belo Horizonte. O trabalho pretende contribuir para uma melhoria dos processos avaliativos de
profissionais da área da fonoaudiologia. Durante a seleção dos informantes, optou-se por crianças que
apresentassem alguma patologia na fala, mas de forma que as variantes linguísticas observadas aparecessem ao
lado dos desvios patológicos. Foram selecionadas seis crianças de seis a nove anos, nascidas na região
metropolitana de Belo Horizonte, quatro meninas e dois meninos. Foram realizados testes, tanto de fala espontâne
quanto de fala monitorada. A pesquisa apontou que 53,48% dos casos de variação linguística foram julgados como
patologia pelos profissionais da fonoaudiologia. Apagamentos de /R/ em palavras como “flor” tiveram 75% dos cas
julgados como patologia, já apenas 25% dos profissionais julgaram apagamentos de /R/ finais em infinitivos (ex.
“jogar”) como patologia, apresentando uma maior aceitabilidade dessa variação em comparação com a anterior.

O trabalho de Rocha (2011) tem como objetivo a análise da unidade informacional denominada Introdutor Locutivo
segundo a teoria da Linguagem em Ato, base teórica da pesquisa. Para a realização do estudo foram usados dez
textos de aproximadamente 1500 palavras cada, todos extraídos do “corpus” C-ORAL-BRASIL, e representativos d
fala mineira. Os softwares “WinPitch” e “Praat” foram usados para realizar as medições da variação média de F0 e
velocidade de elocução das unidades objeto de análise do estudo. A pesquisa realizou, também, uma comparação
entre o português e o italiano, e um dos principais resultados aponta que a unidade “Introdutor Locutivo” é mais
usada em português brasileiro do que em italiano, e de que na maior parte dos casos essa unidade introduz a met
ilocução do discurso reportado. A autora destaca a importância dessa pesquisa, que contribui muito para enfatizar
relevância de uma abordagem pragmática nos estudos, uma vez que alguns fenômenos linguísticos não são
explicados puramente por abordagens sintáticas.

O trabalho de Carneiro (2011) descreve o processo de alçamento das vogais médias pretônicas no falar da cidade
Araguari. A autora destaca que o fenômeno que envolve a passagem das vogais médias [e, o] para as vogais altas
u] é uma variação comum no falar dos moradores da cidade. Para realizar a pesquisa, Carneiro baseia-se nos
estudos da Sociolinguística Quantitativa. Os dados analisados pela autora foram obtidos em entrevistas
sociolinguísticas realizadas com 24 informantes, estratificados pelos fatores: sexo, idade, escolaridade. Além das
variáveis extralinguísticas, fatores internos como ambiente fonológico, distância da vogal pretônicas para a sílaba
tônica, nasalidade, entre outros, também foram considerados nas análises. Os dados foram analisados com auxílio
do programa Goldvarb. Como resultados principais, a autora destaca que o ambiente da vogal tende a influenciar n
processo de alçamento, como o tipo de consoante posterior, ou a altura da vogal tônica na sílaba seguinte.
O trabalho de Felice (2011) analisa e descreve um fenômeno de redução nas formas de diminutivo na fala de
moradores da cidade de Uberlândia. As estruturas analisadas são: -(z)inho e -(z)im, como em “menininho > menini
e “cafezinho > cafezim”. A pesquisa seguiu os pressupostos teóricos metodológicos da Sociolinguística Variacionis
analisou dados obtidos em entrevistas sociolinguísticas. Foram entrevistados 24 informantes, sendo 12 homens e
mulheres, divididos em três faixas etárias e dois níveis de escolaridade. Os dados foram submetidos a análises
estatísticas por meio do programa Goldvarb e, segundo o autor, apresentaram, como resultados principais: a forma
reduzida de diminutivo está muito presente na fala e ligada ao nível de espontaneidade dos falantes. Não se
configura como uma forma estereotipada. Ocorre também na fala de pessoas mais velhas, consideradas, pela
literatura, como mais conservadoras quanto ao modo de falar.

O trabalho de Cruz (2011) tem como objetivo o estudo do fenômeno de monotongação de 'au' e 'ua' para 'o' e 'u' em
ditongos orais e nasais. O estudo seguiu pressupostos da Linguística Histórica e Sociolinguística. A autora destaca
importância da relação entre morfologia e os estudos históricos para compreender os fenômenos da língua. Foram
coletados dados em 15 entrevistas realizadas com moradores do bairro da Baixa (Uberaba), sendo nove do sexo
masculino e seis do feminino, com idades entre 55 e 93 anos. A autora destaca, entre os resultados, que os fatores
extralinguísticas não se mostraram influenciadores no processo de monotongação na língua. Já com relação aos
contextos linguísticos, a passagem de 'au' para 'o' ocorre quando o ditongo aparece em sílabas átonas. Os casos d
'ua' para 'u' ocorrem em sílabas tônicas, mas não em monossílabos.

O trabalho de Silva (2011) tem como objeto de estudo as orações relativas no português falado em Belo Horizonte
Segundo a autora, foram estudadas as três estratégias usadas nas orações relativas: a forma padrão ditada pela
gramática normativa, e duas formas não-padrão correntes no português, chamadas de cortadora e resumptiva. A
pesquisa utilizou dados de língua oral obtidos pelo projeto “Descrição sócio-histórica do português de Belo Horizon
(Puc Minas). O “corpus” de trabalho contém entrevistas com 11 homens e 10 mulheres, distribuídos em três faixas
etária, dois níveis de escolaridade (fundamental/média e superior) e duas classes sociais. As análises seguiram os
pressupostos da sociolinguística variacionista e observou tanto fatores linguísticos quanto extralinguísticos. As
análises quantitativas foram realizadas por meio do software Goldvarb (2001). Entre os resultados, observa-se que
variantes padrão e cortadora estão em distribuição complementar e que esta não se mostrou sensível aos fatores
sociais, é exemplo de oração relativa cortadora "vi a moça que você falou".

O estudo de Oliveira (2012) apresenta uma análise do apagamento das vogais e do apagamento da sílaba CV fina
átona em paroxítonas. O autor segue pressuspostos da sociolonguistica, da fonologia autossegmental e da fonolog
prosódica. A investigação ocorre por meio da obersavação do falar da cidade de Itaúna em comparação aos falare
de Belo Horizonte/MG, Varginha/MG, Rio de Janeiro/RJ e Salvador/BA. A escolha de tais cidades baseou-se na
divisão das áreas dialetais de Antenor Nascentes. Foram analisados dados de obtidos em entrevistas com 16
informantes da cidade de Itaúna e dados de testes com 30 informantes das demais cidades (sendo 6 informantes
para cada localidade). Constata-se a existência do alongamento compensatório entre vogais tônicas e átonas. Os
resultados apresentam indícios de que, no falar mineiro, as vogais tônicas são mais longas, enquanto as vogais
átonas são mais curtas.

O trabalho de Felice (2012) analisa o fenômeno de alçamento das vogais médias pretônicas na fala de moradores
cidade de Uberlândia. A autora trabalha com dados coletados em entrevistas sociolinguísticas com 24 informantes
cidade, os quais foram estratificados segundo as seguintes variáveis: sexo, idade, escolaridade. A pesquisa seguiu
pressupostos da Sociolinguística Variacionista, da Fonologia Autossegmental, e outros, e analisou um “corpus” de
5.199 palavras. A autora destaca, ao final de seu trabalho, que o fenômeno do alçamento foi observado para a cida
de Uberlândia, ora ocorrendo por assimilação de traços, ora ocorrendo em contextos, aparentemente, sem
motivações. Além disso, verifica-se que o alçamento de Uberlândia está mais próximo de São José do Rio Preto do
que de Belo Horizonte.
O trabalho de Freitas (2012) tem como principal objeto o estudo do vocabulário falado na região da Serra do Cipó.
região pesquisada abrange os municípios de Jaboticatubas e Santana do Riacho e o trabalho da autora pretende
tornar mais evidente a relação entre a língua e a sociedade dessa região. Foram analisados dados obtidos em
entrevistas orais. Para tanto, foram gravadas conversas com 12 informantes, seis de cada uma das cidades citada
acima, tendo todos mais de 75 anos, oito mulheres e quatro homens. Com relação à escolaridade, 10 dos
informantes eram analfabetos e apenas dois estudaram entre primeira e quarta série do ensino básico. A pesquisa
possibilitou a elaboração de um glossário com palavras características da região e de fichas lexicográficas com ca
lexia encontrada. São exemplos de itens encontrados pelo estudo: “arranchar”, “arriata”, “baranda”, “bater cabo”,
“cacunda”, “iscamuçar”, etc..

O trabalho de Oliveira (2012) apresenta um estudo sobre a concordância verbal na fala de alunos do ensino
fundamental na cidade de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. A pesquisa pautou-se no
estudos da sociolinguística variacionista e foi realizada a partir de um “corpus” composto por entrevistas com 20
informantes, 10 do sexo feminino, 10 do sexo masculino, distribuídos em seis faixas etárias, quatro séries de ensin
e duas escolas, uma pública e outra privada. A autora destaca que também foram observados dados relativos à
repetência dos alunos. Para a análise dos dados, foi utilizado o programa Goldvarb (2001) e foram consideradas
tanto fatores linguísticos quanto extralinguísticos. Em termos gerais, a pesquisa revelou um percentual de 56% de
presença de marca padrão, 40% de ausência de marca e 4% de casos de presença de marca não padrão.

O trabalho de Maia (2012) investiga o processo de gramaticalização da forma "a gente" no português brasileiro,
especificamente no dialeto mineiro. Verifica-se, no estudo, a distribuição sintática de "a gente" pautada na
observação da redução do material fônico segundo Albano (1999), Abaurre & Galves (1995) e Bisol (1992) e o
levantamento das alterações de sentido da forma. O banco de dados utilizados na pesquisa é formado por 24
entrevistas sociolinguísticas. No "corpus", são identificadas o total de 317 ocorrências da forma “a gente”, sendo 10
casos de formas reduzidas e 217 de forma plenas. Conclui-se que a forma "a gente" está em processo de
gramaticalização rumo à cliticizacão e que suas formas reduzidas apresentam perda de conteúdo lexical, e adquire
como clíticos, referência discursiva.

O trabalho de Faria (2012) tem como objetivo o estudo da variação ausência /presença de artigo definido diante de
antropônimos (nomes próprios de pessoa) na fala de moradores da cidade de Ponte Nova/MG. Foram analisados
dados obtidos através de entrevistas orais, realizadas sob os pressupostos da sociolinguística laboviana, com 16
informantes, oito homens e oito mulheres, divididos em duas faixas etárias. Os dados foram submetidos a análises
quantitativas através de programas de computador (Goldvarb/Varbrul), e os resultados apontaram que, dentre os
fatores motivadores da ausência de artigo definido diante de antropônimo estão: nomes precedidos de preposição
(fator linguístico) e faixa etária (pessoas mais velhas usam menos o artigo) e nome próprio de “pessoa pública”
(fatores extralinguísticos).

O trabalho de Silva (2012) tem com objetivo uma investigação dialetológica do fenômeno do /r/ caipira (Amaral, 19
ou /r/ retroflexo. O autor analisa dois “corpora”, um com dados extraídos do “Esboço do Atlas Lingüístico de Minas
Gerais” (Ribeiro et al., 1977) e o outro sendo um recorte extraído do projeto “Atlas Linguístico do Brasil” (Alib, 2009
Com o uso desses dois “corpora”, o autor pretende avaliar a fala da região tanto no tempo real quanto aparente. O
dados selecionados para estudo distribuíram-se entre as cidade de Campina Verde, Frutal, Ituiutaba, Iturama, Prat
Uberlândia, todas situadas no Triângulo Mineiro. A pesquisa usou pressupostos teóricos da Dialetologia
Pluridimensional, Sociolinguística e as noções de atitudes linguísticas propostas por Lambert & Lambert (1968). O
autor destaca, como resultados da pesquisa, a presença ainda forte do /r/ caipira na região, e a existência, entre o
falantes, de um sentimento de identidade com relação à variante, o que, possivelmente, contribui com a sua
manutenção na região.
O trabalho de Santos (2012) tem como objetivo estudar os topônimos da região central de Minas Gerais. Foram
coletados dados para análise nos seguintes municípios: Augusto de Lima, Cordisburgo, Felixlândia, Inimutaba e
Morro da Garça. A região era, já nos séculos XVIII e XIX, conhecida por seu desenvolvimento e pelas inúmeras
fazendas existentes na região. A pesquisa seguiu pressupostos teórico-metodológicos dos trabalhos de Dick (1980
1990, 1999) e outros. Os centro e trinta e seis topônimos analisados foram coletados a partir de entrevistas
realizadas com 28 informantes, em zona urbana e rural, sendo quatro mulheres e 24 homens, estratificados em
quatro níveis de escolaridade e três faixas etárias. Os resultados do trabalho mostraram que os topônimos da regiã
relacionam-se intrinsecamente com a natureza física do local. Aspectos antropoculturais também estão refletidos. O
autor destaca, além do mais, que grande parte dos topônimos tem origem na língua portuguesa, sendo poucos os
nomes com origens indígenas ou em línguas africanas. “Alto da Graça”, “Bicudo”, “Cafundó” são exemplos de
topônimos analisados nesta pesquisa.

A pesquisa de Santos (2012) realiza uma analise do fenômeno de vocalização da consoante lateral palatal no
português falado na cidade de Papagaios, interior de Minas Gerais. Para coleta dos dados da pesquisa, foram
realizadas 24 entrevistas com moradores nascidos na cidade. Para a análise qualitativa dos dados, a autora
considerou alguns fatores linguísticos como vogais precedentes e seguintes à consoante; posição da consoante em
relação ao acento tônico da palavra. Para uma análise quantitativa dos dados, alguns fatores externos como gêner
escolaridade e idade também foram levados em consideração. A autora destaca que os resultados da pesquisa
permitem afirmar que a consoante lateral palatal é uma variante inovadora na comunidade de fala de Papagaios,
onde a pronúncia vocalizada era categórica.

O trabalho de Braga (2012) tem com objetivo a análise da ausência ou presença de artigos definidos diante de
antropônimos no português falado nas cidades de Marina, região metropolitana de Belo Horizonte, e Uberaba,
Triângulo mineiro. A pesquisa fundamenta-se nos trabalhos da sociolinguística variacionista e da sociolinguística
paramétrica, e analisou dados obtidos em entrevistas sociolinguísticas realizadas com 38 falantes, sendo 20 da
cidade de Mariana e 18 da cidade de Uberava. Os dados foram analisados quantitativamente pelo programa
Goldvarb 2001 e separados de acordo com as cidades. Destacam-se os seguintes resultados: na cidade de Marian
a ausência do artigo diante do antropônimo é a variante preferida dos falantes, diferentemente do que acontece em
Uberaba, onde a presença do artigo é predominante. Outro resultado destacado pela autora mostra que, em Maria
o grau de intimidade entre falante e referente do antropônimo é determinante para a presença ou ausência do artig
já na cidade de Uberaba, o fenômeno está mais relacionado à função sintática do antropônimo.

O trabalho de Pinheiro (2012) tem como objetivo descrever e analisar o fenômeno da concordância nominal de
número na fala da população de Belo Horizonte. A pesquisa segue os pressupostos teóricos da Sociolinguística
Variacionista e utiliza dados coletados em 33 entrevistas realizadas com moradores da cidade. Parte das entrevista
pertencem ao projeto “Descrição sócio-histórica do português de Belo Horizonte”. Os informantes foram divididos
entre 17 homens e 16 mulheres, três níveis de escolaridade, cinco faixas etárias, quatro classes sociais, e, também
foi observada a região em que o informante residia. A análise quantitativa dos dados foi feita através do programa
Varbrul (2001) e levou em consideração tanto fatores linguísticos quanto fatores extralinguísticos. A autora destaca
que, após as análises quantitativas e qualitativas, o estudo mostrou que o fenômeno da concordância nominal, na
cidade de Belo Horizonte, não pode ser considerado estigmatizado. Tanto as formas padrão de concordância quan
as formas não-padrão coexistem na fala sem ser estatisticamente relevantes para apontar para um possível proce
de mudança linguística, podendo ser, assim, consideradas um caso de variação estável.

O trabalho de Mittmann (2012) tem, como um dos objetivos, estudar a estrutura informacional com enfoque no Tóp
(TOP). A pesquisa seguiu pressupostos da Teoria da Língua em Ato. Os dados coletados, tratados e compilados pa
o C-Oral Brasil representam majoritariamente a fala de Belo Horizonte e região metropolitana. A pesquisa apontou
como resultado que a estrutura da fala é mais ou menos complexa dependendo da situação de comunicação, dess
forma, quando a interação entre os falantes é pouco ancorada no contexto imediato, as estruturas da fala tendem
ser mais complexas apresentando maior ocorrência de estruturas TOP. Foi constatado, também, que a estrutura d
TOP ocorre mais comumente com sintagmas nominas, sendo o SN tipicamente preenchido por substantivos
acompanhados de determinantes.
O trabalho de Oliveira (2012) tem como objetivo a descrição dos usos do verbo “esperar” na língua portuguesa. A
autora parte da hipótese de que o verbo tem usos gramaticalizados que revelam um caminho de crescente
(inter)subjetivização. A fim de comprovar as hipóteses propostas no trabalho, são usados dois “corpora”: um “corpu
diacrônico, com dados do português medieval; e um “corpus” sincrônico, formado de dados de língua oral e escrita
sendo os dados de língua escrita extraídos de “blogs” e revistas de circulação nacional (“Revista Veja”, “Revista Ist
é”, “Revista Época”, “Revista Caras”, “Revista Cláudia” e “Revista Ana Maria”), já os dados de língua oral foram
obtidos a partir dos “corpora” dos projetos “Mineirês”, “Nurc-RJ” e “PEUL. A autora destaca, como principal resultad
do trabalho, que o verbo “esperar” partiu da acepção inicial e [- subjetiva] de “aguardar do tempo” e desenvolveu o
usos [+subjetivos] de “volição” e “ter expectativa/contraexpectativa”.

"Nossa pesquisa investiga a gramaticalização do verbo “ver”, buscando identificar seus diferentes usos. Além diss
procuramos estabelecer o padrão construcional que caracteriza cada um dos usos identificados. Durante a pesquis
operamos com as hipóteses de que (i) “ver” desenvolveria, no decorrer do tempo, funções discursivas que
percorreriam um caminho de crescente (inter)subjetivização (FINEGAN, 1995; TRAUGOTT, 1995, 2010; TRAUGO
& DASHER, 2005); e que (ii) os diferentes usos do verbo estariam relacionados semanticamente, revelando
polissemia (SILVA, 2006). A fim de comprovar essas hipóteses, foi realizada uma pesquisa sincrônica, que conside
a distribuição e frequência de uso (BYBEE, 2003) do verbo “ver” no português contemporâneo, mais especificame
no dialeto mineiro. Para isso, utilizamos o corpus do projeto Mineirês: a construção de um dialeto, que recobre as
cidades de Belo Horizonte, Arceburgo, Mariana, Ouro Preto, Piranga e São João da Ponte. A partir da análise dos
dados, foi comprovado que “ver” desenvolveu-se de um uso [- subjetivo], baseado na percepção sensorial, para us
[+ subjetivos], relacionados à percepção cognitiva. Foram, ainda, identificados usos [+intersubjetivos], dentre os qu
se destacam marcadores discursivos."

A pesquisa de Souza (2012) tem como objetivo analisar a redução das vogais [i] e [u] em sílabas CVC fechadas po
consoantes sibilante [s] na fala de moradores de Belo Horizonte. Foram convidados informantes para a realização
testes de fala no laboratório de fonética da Faculdade de Letras da UFMG. A pesquisa contou com a colaboração d
16 informantes (oito homens e oito mulheres), dentre eles alunos e funcionários da própria universidade, sendo tod
divididos em dois grandes grupos conforme a faixa etária (jovens e adultos). Os dados obtidos através dos testes
foram submetidos a análises estatísticas e apontaram para a relevância de fatores linguísticos para a redução das
vogais, como: tipo de vogal, velocidade da fala e tonicidade. O fator extralinguístico de idade mostrou-se significati
na ocorrência do fenômeno estudado. Alguns itens que apresentaram a redução foram: [laps], [bskoIto].

O trabalho de Stradioto (2012) tem como objetivo o estudo e a compreensão do sistema de referência dêitica a pa
de uma perspectiva sincrônica, no português falado em Belo Horizonte e no espanhol da Cidade do México. O
trabalho pauta-se nos estudos funcionalistas e tem como alguns de seus teóricos Givón, Hopper & Traugott. Para q
o estudo pudesse ser realizado, foram aplicados questionários a falantes do português e a falantes do espanhol e
também um experimento desenvolvido especialmente para a pesquisa, o qual visava obter dados sobre o uso de
demonstrativos e locativos. Entre os resultados, está o fato de que, no português falado em Belo Horizonte, ocorre
perda de “este” (e suas flexões) e uma alta ocorrência de demonstrativos acompanhados de locativo.

O trabalho de Gonçalves (2013) tem como objetivo a analise e descrição da variação do pronome de 1a pessoa do
plural, “nós” e “a gente”, no português falado na capital mineira. A pesquisa segue os pressupostos da
Sociolinguística Variacionista e coletou dados em 24 entrevistas. Os informantes, 12 homens e 12 mulheres, foram
distribuídos em duas faixas etárias, dois níveis sociais, dois níveis de escolaridade. A região de residência dos
informantes também foi observada. As análises quantitativas foram realizadas pelo programa de computador
Goldvarb 2001, sendo consideradas tanto variáveis linguística quanto variáveis extralinguísticas. As análises
estatísticas apontam para um uso cada vez maior da forma “a gente” dentro das estruturas linguísticas, evidencian
que a forma está cada vez mais presente no quadro pronominal do português e constitui um fenômeno de mudanç
em progresso.
O trabalho de Santos (2013) descreve e analisa a variação de concordância entre o sujeito de terceira pessoa do
plural e seu verbo. A autora investiga a ocorrência do fenômeno em programas de rádio transmitidos na cidade de
Belo Horizonte, Minas Gerais. A pesquisa seguiu pressupostos da sociolinguística variacionista e tinha como objeti
constatar, ou não, se o fenômeno de concordância sujeito e verbo está presente nos meios de comunicação de rád
A análise quantitativa dos dados foi feita através do programa Goldvarb 2001, e possibilitou a constatação de que o
fenômeno de variação na concordância está sim presente no rádio, porém, apesar das limitações com a delimitaçã
do perfil do informante, os resultados mostram que se trata de um caso de variação estável.

O trabalho de Rezende (2013) tem como objetivo descrever e analisar o fenômeno de abaixamento das vogais
médias pretônicas /e/ e /o/ na fala de moradores de Monte Carmelo-MG. O trabalho seguiu pressupostos teóricos
metodológicos da Teoria da Variação (Labov, 1972) e analisou dados coletados a partir de entrevistas com 24
informantes nascidos no município. Os entrevistados foram estratificados por sexo, três faixas etária e dois níveis d
escolaridade. Inúmeras variáveis linguísticas também foram consideradas para o estudo e os dados foram analisad
com o auxílio do programa Goldvarb X. A autora destaca que o fenômeno de abaixamento é engatilhado pela voga
média baixa da sílaba tônica da palavra. Com relação às variáveis extralinguísticas, o sexo mostrou-se relevante n
fenômeno de abaixamento das vogais, tendo os informantes do sexo masculino apresentado maior número de
ocorrências da variante mais baixa. Já com relação à escolaridade, informantes com maior grau de instrução
apresentaram tendência de manutenção do traço de elevação das vogais.

O trabalho de Cordeiro (2013) tem como principal objetivo a descrição do vocabulário rural do município de Minas
Novas, localizado no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. A autora aponta alguns fatores motivadores da
pesquisa, entre eles, a observação de diversas “particularidades” da língua local. A pesquisa segue estudos teórico
anteriores, como os da sociolinguística, lexicologia e antropologia linguística e pretende apresentar a forte relação
entre língua, sociedade e cultura. Para coleta de dados, foram realizadas 12 entrevistas, nos moldes da metodolog
laboviana. A pesquisa possibilitou a elaboração de fichas lexicográficas para cada uma das lexias coletadas no
“corpus” e a construção de um glossário. Seguem alguns exemplos de itens analisados: “alquere”, “artelã”, “bisung
“matumba”, etc.

A pesquisa de Miranda (2013) tem como objetivo o estudo do vocabulário rural do município de Sabinópolis, para
tanto, foram realizadas 10 entrevistas, nos moldes da sociolinguística, com moradores da zona rural da cidade. Tod
os informantes tinham entre 72 e 87 anos, sendo seis homens e cinco mulheres. Estudos da antropologia linguístic
sociolinguística, lexicologia e lexicografia foram usados como bases para esta pesquisa, que teve como resultado
elaboração de um glossário das palavras analisadas como típicas da região e a elaboração de fixas lexicográficas
para cada um dos itens. A autora destaca que a análise do vocabulário rural aponta para uma estreita relação entre
homem e a cultura local. Alguns exemplos de lexias catalogadas pela pesquisa são: “capado”, “carranca”, “taquara
“pintassilgo”, etc.

O trabalho de Alves (2014) tem como objetivo descrever e analisar o processo de nasalização na fala dos habitant
da comunidade quilombola gurutubana (norte de Minas). A pesquisa segue os pressupostos teóricos da
sociolinguística variacionista e da fonologia autossegmental. As variáveis observadas e analisadas no trabalho fora
as alternâncias [ɐ]ɐ ~ [õ], [i] ~ [ĩ], e [a] ~ [ɐ]ɐ . A pesquisa analisou dados extraídos de entrevistas sociolinguísticas
realizadas com 24 informantes que nasceram e residem na comunidade quilombola gurutubana, sendo 12 mulhere
12 homens. O autor aponta, como um dos resultados, que o fator “escolaridade” mostrou-se relevante nos process
de nasalização estudados, porém, os dados não apresentaram diferenças significativas com relação a outras
variedades do português brasileiro.
O trabalho de Simões (2014) realiza um estudo sobre o léxico de origem africana encontrado em falares da região
Diamantina. O autor reuniu em seu estudo unidades lexicais de diferentes pesquisas sobre a região, incluindo o
trabalho de Machado Filho (1964) “O negro e o Garimpo”. A pesquisa busca uma investigação etimológica por mei
de um estudo histórico e linguístico dos itens observados. Foram analisados itens lexicais coletados em document
históricos e, sobretudo, dicionários. O autor entrevistou 14 informantes da região, que colaboraram com a formaçã
do escopo lexical estudado, sendo 11 homens, cinco deles acima dos 60 anos. Destaca-se que todos os informant
do sexo masculino estiveram de alguma forma envolvidos com o trabalho do garimpo na região. O estudo possibili
a catalogação e recuperação histórica de diversos itens lexicais de origem africana. Foi realizado também um quad
comparativo entre o léxico da região de Diamantina e outros falares de comunidades afrodescendentes do Brasil.

A tese de Ávila (2014) descreve o comportamento de índices marcadores do fenômeno semântico da modalidade,
considerando a Teoria da Língua em Ato, para demonstrar como se dão os usos de expressões modais em contex
específicos e como estes correspondem às necessidades comunicativas. O "corpus" analisado faz parte do projeto
ORALBRASIL e está formado por conversações de 55 informantes de moradores da área urbana de Belo
Horizonte/MG. Define-se modalidade como a modificação avaliativa produzida por um sujeito conceptualizador (o
falante, o interlocutor ou uma terceira pessoa em cena), que relativiza o material locutório enunciado de acordo com
grau de certeza/comprometimento e está baseada em noções de possibilidade, necessidade, capacidade e volição
Os resultados do trabalho evidenciam que os índices modais são amplamente utilizados em situações dialógicas, q
a categoria semântica da modalidade comporta-se de forma distinta na escrita e na fala espontânea e que os índic
modais mais frequentes são os verbos auxiliares e semiauxiliares (poder, dever, ter que, parecer).

O trabalho de Paes (2014) analisa as ocorrências da variável (R) em coda silábica medial dos falantes do bairro
Várzea, localizado na cidade de Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte. A autora tomou como base
pressupostos teóricos e metodológicos da Teoria da Variação e Mudança Linguística, Labov (1972), para a realizaç
da pesquisa. Os dados analisados foram obtidos através de entrevistas sociolinguísticas realizadas com oito
informantes, sendo dois homens e duas mulheres, distribuídos em duas diferentes faixas etárias. A autora partiu da
variantes R retroflexo e R fricativo glotal (em concorrência) para desenvolver a pesquisa. Porém, outras variantes
foram observadas nos dados, entre elas: o apagamento total do R, fricativa velar, L por R velarizado, etc. Entre os
principais resultados, a autora destaca que a variante do R retroflexo é realizada apenas por adultos, apontado par
um quadro em que a variante fricativa esteja em progressão, isto é, esta variante mostra-se inovadora em relação
R retroflexo.

O trabalho de Dias (2014) descreve o comportamento das vogais médias pretônicas registradas nas variedades da
cidades de Machacalis, Piranga e Ouro Branco/MG à luz dos pressupostos da Teoria da Variação de Labov (1972)
do modelo da Fonologia Autossegmental de Goldsmith (1976) e da Geometria de Traços de Clemensts e Hume
(1996). A escolha dos três municípios relaciona-se à divisão das áreas dialetais do Estado, considerando-se,
sobretudo, as propostas de Zágari (1998) e Nascentes (1953). Os dados analisados pela pesquisa foram obtidos n
"corpus" VarfonMinas, formado por entrevistas sociolinguísticas com 24 informantes (sendo 8 informantes de cada
município) selecionados considerando-se os fatores sociais: origem, gênero/sexo e faixa etária. Os resultados obti
demonstram que, levando-se em consideração os processos fonético-fonológicos, a divisão dos falares de Minas
apresentada em Zágari (1998) mostra-se adequada, porém, analisando-se todos os pontos favorecedores (ex. gra
de abertura da vogal tônica), é possível afirmar que o falar de Piranga pode ser considerado como um falar de
transição.
A tese de Costa (2014) explica a organização da construção "por exemplo" e descreve as relações que se
estabelecem na porção de texto em que ela aparece, a fim de compreender as intenções argumentativas do produ
Para a análise, foram utilizados dados orais e escritos. O "corpus" oral foi formado tanto por entrevistas que
representam o português europeu (PE), quanto o português brasileiro. Os dados do PB foram obtidos em entrevist
provenientes dos Projeto de Conceição de Ibitipoca e amostras pertencentes ao Projeto da Fala Mineira, que reúne
transcrições de audiências do Procon de Juiz de Fora/MG. Foram usados, também, dados de língua escrita,
extraídos das revistas brasileiras: Veja, Claudia e Veredas. A autora destaca, como um dos resultados, que as
construções com "por exemplo" organizam-se com uma finalidade argumentativa que levará o produtor a seleciona
uma ou outra estratégia (relação semântica geral-específico, relação retórica de elaboração, outras relações
retóricas, focalização) a fim de conseguir, do interlocutor, a escolha de determinado ponto de vista.

O trabalho de Carvalho (2014) tem como objetivo analisar a ordem dos adjetivos em sintagmas nominais à luz da
teoria da Tipologia de Ordenação dos constituintes de Greenberg (1966). A pesquisa se caracteriza por analisar
dados de língua fala de moradores da zona rural do município de Luisburgo. A autora analisou um “corpus” formad
por doze amostras de fala coletadas em entrevistas com moradores de cinco comunidades rurais diferentes. Os
informantes dividiram-se entre oito mulheres e quatro homens, todos com mais de setenta anos e a grande maioria
analfabetos. Como principal resultado, a autora destaca que a ordem Nome Adjetivo (NA) é a mais frequente nos
dados, resultado já esperado. As poucas ocorrências da ordem AN apresentaram os adjetivos “bom” e “grande” co
itens de “gatilho” para as expressões.

O estudo de Souza (2014) analisa a relação entre língua, sociedade e cultura no contexto regional do Norte de Mi
Gerais. O objeto de estudo do trabalho reúne o léxico de cada um dos nove municípios que formam a região banha
pela Bacia do Rio Pardo, sendo estes Águas Vermelhas, Berizal, Ninheira, Taiobeiras, Indaiabira, São João do
Paraíso, Rio Pardo de Minas, Santo Antônio do Retiro e Montezuma/MG. Fundamentando-se nos pressupostos
teórico-metodológicos da Antropologia Linguística (Duranti e Hymes), Sociolinguística (Labov e Milroy), Lexicologia
Lexicografia (Matoré e Biderman), foram analisadas 53 entrevistas sociolinguísticas. A transcrição dos dados perm
estabelecer comparações entre o léxico registrado em dicionários dos séculos XVIII a XX e a identificação de caso
de mudanças linguísticas, regionalismos, influências lexicais da Bahia e de outros estados da região nordeste do p
para a formação de parte do léxico da região mineira. As análises qualitativa e quantitativa dos dados evidenciaram
existência de um vocabulário que resgata aspectos históricos, sociais e culturais do povo da região pesquisada.
Objeto de estudo ou fenômeno

Concordância nominal

Dialeto rural

Dialeto rural infantil e adulto

Entonação

Concordância verbal
Conectores "então" e "quer dizer (que)".

Português afrobrasileiro

Variação [e], [i] e [ĩ] (em sílaba átona inicial), [w] e [h]
(em final de sílaba interna), [l] e [r] (em grupo
consonantal)

Vocalização da lateral palatal [ λ ].

Variação das vogais médias pretônicas

Pronome pessoal sujeito de primeira pessoa


Alternância SV/VS

Tabu linguístico

Artigos

Indicativo e subjuntivo em orações completivas


objetivas diretas

Variação das formas pronominais de terceira pessoa


Indeterminação do sujeito

Variação dos clíticos reflexivos

Objeto incorporado

Variação das formas pronominais de segunda pessoa

Indicativo e subjuntivo
Entonação da fala infantil

Ausência ou presença de artigo definido diante de


nomes próprios

Alçamento das vogais média átonas

Variação das vogais médias pretônicas

Prosódia da frase alternativa na fala infantil


Negação

Cancelamento das líquidas /l/ e /ɾ/ intervocálicas

Influência da TV no uso de gírias

Variação do /R/ em final de itens nominais

Ausência ou presença de artigo definido diante de


nomes próprios
Variação das formas pronominais "nós" e "a gente"

Adjetivo no discurso oral

Variação sonora nas sequências de “sibilantes + africada


alveopalatal”

Topônimos

Variação da realização do sujeito pronominal


Ressonâncias léxico-estruturais

Abertura das vogais médias em verbos irregulares da


primeira conjugação

Variação das formas pronominais de segunda pessoa

Alteração Segmental em Sequência de Vogais Altas

Construções de tópico
Clítico "se"

Variação entre futuro do pretérito e pretérito imperfeito do


indicativo

Variação da vogal baixa pretônica

Variação de itens lexicais com sílaba átona final


formada por /l/ + vogal.
Gramaticalização de "se"

Sequências de (oclusiva alveolar + sibilante alveolar


não vozeada) em variação com sequências de
(africada alveopalatal + vogal i + sibilante alveolar
não vozeada)

Relações interoracionais com "sendo que"

Substantivos agentivos com terminação sufixal –eiro


e –ista

Indeterminação do sujeito
Variação das vogais médias tônicas aberta e fechada
em formas nominais de plural (caroços, corpos, etc.)

Variação das formas pronominais de segunda pessoa

Dialeto caipira

Variação das vogais postônicas não finais

Indeterminação do sujeito por meio do pronome


"eles"
Declinação (redução gradativa da entonação)

Variação do locativo "onde"

Redução das formas negativas pré-verbais

Variação das vogais médias pretônicas

Apagamento de “r” final em nominais e das líquidas /l/ e /ɾ/


Variação das vogais médias pretônicas

Supressão de segmentos pós-tônicos de


proparoxítonas

Declinação (redução gradativa da entonação)

Concordância verbal

Léxico regional
Ausência ou presença de artigo definido diante de
nomes próprios

Influências prosódicas na elisão, degeminação e na


ditongação

Evolução e realizações de "onde"

Variação das vogais médias pretônicas

Variação das formas pronominais de segunda pessoa


Variação das vogais médias pretônicas

Concordância verbal

Léxico rural

Variação das vogais médias pretônicas


Ausência ou presença de artigo definido diante de
nomes próprios

Descrição das cláusulas adverbiais

Variação de pronomes pessoais e possessivos

Variação das preposições "a" e "para"

Topônimos regionais
Vários

Variação das laterais palatal e nasal

Características aerodinâmicas de vogais orais e


nasais

Haplologia
Variação das vogais pretônicas

Comportamento dos verbos experienciais e


beneficiários

Gramaticalização de "agora"

Léxico rural
Unidade informacional de parentético

Concordância dos elementos do SN

Vários

Topônimos
Variação das vogais médias pretônicas e postônicas

Antroponímia e antonomásia

Topônimos

Construção "foi fez"

Léxico de usuários de rádio amador


Variação das vogais médias pretônicas

Variação do /R/ final e medial

Unidade informacional Introdutor Locutivo

Variação das vogais médias pretônicas


Redução das formas de diminutivo

Monotongação de 'au' e 'ua' para 'o' e 'u' em ditongos orais


e nasais

Orações relativas

Apagamento das vogais e sílabas [CV] átonas finais


em paroxítonas.

Variação das vogais médias pretônicas


Léxico rural

Concordância verbal

Gramaticalização de "a gente".

Ausência ou presença de artigo definido diante de


nomes próprios

Variação dialetal do /r/ retroflexo


Topônimos

Vocalização da lateral palatal

Ausência ou presença de artigo definido diante de


nomes próprios

Concordância nominal

Estrutura informacional: tópico


Gramaticalização de "esperar"

Gramaticalização de "ver"

Redução das vogais [i] e [u] em sílabas CVC fechadas por


consoantes sibilante [s]

Variação dos demonstrativos

Variação das formas pronominais de primeira pessoa


Concordância verbal

Variação das vogais médias pretônicas

Léxico rural

Léxico rural

Nasalização
Léxico de origem africana

Marcadores de modalidade

Variação do R em coda silábica

Variação das vogais médias pretônicas


Construção "por exemplo"

Ordem do adjetivo no sintagma nominal

Léxico regional
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Instituição /
Obra Editora Ano Autor

Revista do
Arquivo
Municipal (São José de Aparecida
Artigo Paulo) 1938 Teixeira

Revista dos Aires da Mata


Capítulo Tribunais 1941 Machado Filho

Civilização Aires da Mata


Livro Brasileira 1964 Machado Filho
Ministério da
Educação e Celso Ferreira da
Anais Cultura (RJ) 1970 Cunha

João Alves Pereira


Artigo Revista Alpha 1972 Penha

Waldemar de Almeira
Livro NC 1972 Barbosa

Fundação Casa
Livro de Rui Barbosa 1977 José Ribeiro
Rosa Maria Assis
Livro UFMG/PROED 1982 Veado

João Alves Pereira


Livro Unesp 1997 Penha

Livro Editora UFMG 1998 Sônia Queiroz


Maria Antonieta A. M.
Cohen e Jânia M.
Livro FALE/UFMG 2002 Ramos (Org.)

Maria do Carmo
Livro FALE/UFMG 2011 Viegas (Org.)

Evelyne Dogliani e
Livro FALE/UFMG 2011 Maria Antonieta Cohen

Maria Antonieta
Amarante de
Mendonça Cohen
Maria Cândida
Trindade Costa de
Seabra
Ana Paula Antunes
Rocha
Sueli Maria Coelho
Anais FALE/UFMG 2011 (Org.)
Tommaso Raso,
Livro Editora UFMG 2012 Heliana Mello (Org.)

Maria do Carmo
Livro FALE/UFMG 2013 Viegas (Org.)

Eduardo Tadeu Roque


Caderno FALE/UFMG 2013 Amaral (Org.)

Jânia Martins Ramos,


Mercado das Sueli Maria Coelho
Livro Letras 2013 (Org.)
Livro 2013 Carolina Antunes

Eduardo Tadeu Roque


Amaral
Livro FALE/UFMG 2014 Jânia M. Ramos
Título Localidade dos dados

Alfenas / Belo Horizonte /


Manhuaçu / Pouso Alegre /
São João Del Rey / Teófilo
O falar mineiro Otoni

Dialetologia em Minas Não definido

O negro e o garimpo em Minas Gerais Diamantina


Itambacuri / Ladainha /
Malacacheta / Poté /
Ni "em" = Em casa de Teófilo Otoni

Aspectos da Linguagem de São Domingos Elói Mendes

Negros e Quilombos em Minas Gerais Não definido

Esboço de um Atlas Lingüistico de Minas Gerais


(Vol. I) Diversas
Comportamento linguístico do dialeto rural Januária

Português Rural de Minas numa Visão


Tridimensional Elói Mendes

Pé de Preto no Barro Branco - A língua dos negros


de Tabatinga Bom Despacho
Dialeto Mineiro e outras falas - Estudos de
Variação e Mudança Linguística Não definido

Itaúna / Machacalis / Ouro


Minas é Plural Branco / Piranga

Abre Campo / Barra Longa


/ Belo Horizonte / Belo
Vale/ Carmo da Cachoeira /
Borda da Mata (Cervo) /
Lavras / Matipó / Papagaio
/ Paracatu / Novo Macaia
(Bom Sucesso) / Santa
Luzia / Semidouro (?) /
Pelas Trilhas de Minas- A língua das Gerais Serro

Anais do 1o encontro sobre a diversidade


linguística de minas gerais: cultura e memória Diversas
C-ORAL-BRASIL I: corpus de referência do
português brasileiro falado informal RMBH

Itaúna / Machacalis / Ouro


Minas é Singular Branco / Piranga

Belo Horizonte / Nova


Lima / Ouro Preto / Santa
O português falado em Minas Gerais Luzia / Sete Lagoas

Português Brasileiro Dialetal - Temas Gramaticais Não definido


Araçuaí / Capelinha /
Chapada do Norte / Couto
de Magalhães de Minas /
Diamantina /
Itamarandiba / Itaobim /
Jequitinhonha / Joaíma /
Minas Novas / Pedra Azul /
Dicionário do dialeto rural no Vale do Rubim / Salto da Divisa /
Jequitinhonha - Minas Gerais Serro / Turmalina

Arceburgo / Belo
Horizonte / Caeté /
Campanha / Minas Novas /
Ouro Preto / Paracatu /
Nomes Gerais no português brasiliero Piranga
Resenhas

Teixeira considera seu texto como apenas um tímido apanhado de notas sobre o
português mineiro. Entretanto, sua obra é um grande compilado sobre a língua falada
no estado. O primeiro capítulo trata da literatura linguística brasileira de forma
panorâmica, faz algumas definições sobre as variedades da língua e apresenta uma
diferenciação entre dialeto e falar. A partir do capítulo II, Teixeira apresenta centenas
de exemplos que buscam descrever a língua portuguesa falada no estado. A
descrição do autor parte da fonologia da língua, desde acentos e pronúncia do
sistema de vogais até diferentes grupos de consoantes. Características morfológicas,
lexicais e sintáticas também são apresentadas pelo autor nos capítulos seguintes.
Embora seu trabalho seja rico na descrição e exemplificação da fala mineira, são
poucas as informações sobre a metodologia de coleta dos dados. O autor relata ter
desenvolvido o trabalho a partir de impressões pessoais a respeito da língua,
observando, sobretudo, a fala do Triângulo e de localidades como Alfenas, Belo
Horizonte, São João Del Rey, Pouso Alegre, Teófilo Otoni e Manhuaçu.

O trabalho publicado por Machado Filho retoma e analisa, de forma sintética, o texto
“O Falar Mineiro” de Teixeira (1938). O autor apresenta alguns comentários quanto a,
sobretudo, aspectos lexicais, morfológicos e fonéticos que são estudados no texto de
1938, como por exemplo, a mudança de “o” para “a”, como em “ara, em lugar de
ora”, ou o verbo “embatucar”, que Teixeira lista como formação dialetal, porém,
Machado filho destaca que essa consideração não é correta. Machado Filho comenta
alguns deslizes do autor, mas destaca a importância da pesquisa para os estudos da
dialetologia em Minas, considerando o texto de Teixeira um marco da dialetologia. O
autor comenta também outros autores e obras que tratam também da língua no
estado de Minas Gerais.

O autor inicia o texto explicando os motivos que o levaram a pesquisar a região da


cidade de Diamantina/MG. Ouvindo algumas cantigas de línguas africanas da época
da mineração, o autor decide iniciar sua pesquisa. Aires da Mata não define
claramente os métodos de coleta de dados para sua pesquisa, apenas diz que
contou com a ajuda de um colaborador, Araújo Sobrinho. Seguindo o texto, o autor
descreve o período histórico da mineração, e a sua influência direta no povoamento
da região pelos negros. O autor explica que as línguas africanas influenciaram
diretamente a fala da região pelo fato dos negros não a terem abandonado, e ainda a
usarem como uma forma de comunicação mais sigilosa. O autor apresenta diversas
dessas cantigas e um denso vocabulário para a compreensão de suas letras. Ao
final, o autor lista alguns vocábulos existentes no linguajar local que são influencia
direta das línguas dos negros, os antigos escravos.
O texto de Celso Cunha trata-se de uma publicação nos "Anais do Primeiro Simpósio
de Filologia Românica", realizado no estado do Rio de Janeiro em agosto de 1958.
Durante a apresentação, o professor de Língua Portuguesa apresenta um estudo da
partícula “ni” diante de nomes próprios. Por se tratar apenas de uma publicação
escrita da sessão feita oralmente, o texto não apresenta muitos detalhes a respeito
do estudo. A publicação traz alguns detalhes, como a delimitação da região onde a
forma “ni” é usada. Cidades como Teófilo Otoni, Itambacuri, Malacacheta, Poté e
Ladainha, localizadas no nordeste do estado de Minas Gerais, apresentariam,
segundo o autor, falares com o uso dessa construção. O texto não traz qualquer
informação relativa a dados coletados pelo pesquisador ou qualquer menção à
metodologia de estudo. Celso Cunha faz referência ao texto do livro “Musa Matuta”
(Exupero Monteiro) para apoiar o estudo da forma “ni”.

O autor apresenta um breve resumo histórico da localidade onde realiza a pesquisa,


a cidade de Elói Mendes, no sul do estado de Minas, informando que a pesquisa se
restringiu aos moradores do bairro de São Domingos. Para Penha, as condições
tanto históricas quanto de localização da região teriam contribuído para a
preservação de traços antigos na fala dos moradores. Para a coleta dos dados, o
autor havia preparado um questionário, mas informa que preferia deixar que os
informantes falassem livremente. O estudo se deu a partir do contraste com a norma
culta e contém a descrição das variações fonéticas, morfológicas e sintáticas.

A obra de Barbosa realiza um apanhado histórico sobre a presença dos negros


africanos em Minas Gerais. Com relação à influência africana na língua falada no
estado, o autor apresenta, no capítulo "Africanismos", um glossário com diversas
palavras comuns nos falares mineiros, como: “baba: forte, resistente”, “batucar:
dançar o batuque”, “caçamba: espécie de balde preso a uma corda, próprio para
retirar água da cisterna e para vários outros fins”, “murundu: um amontoado de
coisas”, “quenga: guisado de galinha com quiabo; meretriz reles”, “tico: bocadinho,
fragmento de alguma coisa”. Palavras como essas seriam marcas do contato com a
cultura dos negros vindos de países africanos durante o processo de colonização.

O Esboço de um Atlas Lingüístico de Minas Gerais (EALMG) é a primeira obra de


grande porte a dedicar-se ao estudo da língua portuguesa no estado e, por isso,
constitui um marco para as pesquisas sobre a língua oral. O principal diferencial
entre o EALMG e obras anteriores está no rigor metodológico da coleta dos dados.
Foi realizada pesquisa direta em campo através de conversação dirigida e também
um questionário preparado para a elaboração do Atlas. A investigação ocorreu em
116 localidades do estado, desde grandes centros urbanos, até pequenas
localidades. Esse primeiro volume do EALMG traz uma breve descrição e alguns
dados de cada uma das localidades investigadas, o modelo das fichas utilizadas nas
pesquisas, o modelo do questionário e a relação dos informantes das primeiras 50
localidades (dados sociolinguísticos). São apresentadas 73 cartas (mapas)
localizando, no estado, diversas ocorrências lexicais observadas nos dados da
pesquisa. A obra é descrita como o primeiro de uma série de quatro volumes. Os
volumes I, II e III encarregar-se-iam do inventário dos dados coletados, e ao volume
IV caberia a sistematização e interpretação das informações, conforme resumo
apresentado pelos autores. Porém, os três volumes seguintes não foram publicados
e não se tem notícia de que serão.
O livro, publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais, é fruto do trabalho
realizado e defendido por Veado em sua dissertação homônima de mestrado no ano
de 1980. A autora abre seu livro apresentando as motivações que a levou a
execução de sua pesquisa. A obra divide-se em três partes. Primeiramente, a autora
descreve a região de Januária, que foi o local foco de seu trabalho, e a amostra de
dados que formou seu “corpus” de pesquisa. Na segunda parte do livro, Veado
realiza uma extensa descrição e análise dos diversos aspectos gramaticais da
região, desde a forma pronominal “a gente”, passando por conjunções coordenativas
e subordinativas, até morfemas flexionais verbais, entre outros fenômenos. Por fim,
em sua terceira parte, o livro traz análises relacionadas à concordância de número
em sintagmas nominais, além das considerações finais.

A obra analisa um conjunto de dados de língua oral de São Domingos, bairro da


cidade de Elói Mendes, confrontados com dados de literatura regional e dados do
português antigo. O autor inicia o texto traçando todo o percurso realizado desde
concepção do trabalho até a edição e publicação da obra. Ele explica, também, como
se deu a compilação do "corpus" usado na pesquisa. Os dados de língua escrita que
são estudados provêm de textos literários, como "Os Lusíadas" e "Macunaíma" de
Mario de Andrade. Penha enfatiza que todos os dados analisados pertencem a
trabalhos anteriores, que foram coletados e documentados previamente, somente
tempos depois sendo usados para a elaboração e publicação desta obra. Dando
sequência, o autor faz um trabalho de descrição e comparação entre os dados.
Partindo dos dados de língua oral, Penha compara o português falado em Minas com
os outros estágios da língua. Assim, relaciona fenômenos de variação na oralidade
com a língua escrita, a fim de demonstrar que tais variações são mais uma
conservação da língua antiga que propriamente um desvio da norma. Fenômenos
como a desnasalização de "homem" para "home", recorrente na língua fala, já eram
observados em textos escritos, tanto em literatura regional quanto em textos
canônicos do português antigo.
1984 na Faculdade de Letras da UFMG. A obra contém o estudo da Língua do Negro
da Costa, considerada pela autora como a língua dos engraxates, pois foi na infância
que ela teve seu primeiro contato com seus falantes. Nos capítulos I e dois II do livro,
a autora faz uma retomada histórica a respeito da chegada da população negra no
país. Vindos do continente africado, pelo tráfico de escravos, essas pessoas logo já
representavam grande parte da população da colônia e foram principal influência na
formação cultural do Brasil. Seguindo, no capítulo III, a autora retrata um pouca da
história de formação e cultura da cidade de Bom Despacho, interior de Minas Gerais,
localidade na qual residiu na infância e de onde tirou, não só a motivação de sua
pesquisa, mas também os dados usados em sua elaboração. No capítulo IV, Queiroz
dedica-se a retratar a Tabatinga, que era uma região aos arredores da cidade de
Bom Despacho (onde habitavam negros e alguns poucos brancos). Tal local se
toraria mais tarde um bairro da cidade, o qual a autora conheceu quando criança,
conhecendo também seus habitantes e falantes da língua africana, ou pelo menos,
um português com marcas de outras línguas. A autora apresenta os dados relativos
aos informantes de sua pesquisa, que foram coletados na década de 1980, época
em que produziu seu pesquisa de metrado. Os capítulos V e VI trazem as
informações a respeito da língua dos negros da Tabatinga, e por fim, no capitulo VI
do livro, há um glossário com as “Palavras Secretas” da língua estudada.
A obra coletiva organizada por Cohen e Ramos é composta de capítulos que se
ocupam de fenômenos de variação e mudança linguística, tanto no português
mineiro quanto em outras falas. As organizadoras destacam que os trabalhos
apresentados são um retrato representativo das pesquisas diacrônicas (não de sua
totalidade) realizadas na Faculdade de Letras da UFMG ao longo dos anos
anteriores. Os dados analisados pelos autores dos capítulos representam tanto a
língua falada no estado de Minas, quanto a língua escrita, com dados do presente e
do passado, e, também, dados de outras línguas. Os trabalhos reunidos no livro se
dividem em dois grandes eixos, o primeiro focaliza a mudança sintática, identificando
e descrevendo processos com base no tempo aparente e no tempo real. O segundo
eixo tem como foco a evolução histórica de estruturas do português e de outras
línguas, tendo como base dados de língua contemporânea e pretérita.

O livro é resultado do trabalho desenvolvido por diversos pesquisadores do grupo de


Variação Fonético-Fonológica, Morfológica e Lexical (VARFON-Minas) da Faculdade
de Letras da UFMG. A elaboração dos estudos contou também com o apoio de
professores e pesquisadores do Departamento de Estatística do ICEX da UFMG. O
obra compõe-se de 8 capítulos, que seguem os pressupostos teórico-metodológicos
dos estudos labovianos. Os trabalhos reunidos no livro dão ênfase ao estudos das
vogais na fala mineira. Essa escolha justifica-se por ser o tema “vogais” sempre um
motivo de inúmeras discussões nos estudos sobre os falares brasileiros. Assim, o
tema foi analisado em quatro cidades de diferentes regiões do estado, sendo elas:
Ouro Branco, localizada na região Central do estado, Piranga, na Zona da Mata,
Machacalis, no Vale do Mucuri e Itaúna, no Centro-oeste mineiro.

A obra organizada por Dogliani e Cohen representa parte dos resultados do projeto
“Pelas trilhas de Minas: as bandeiras e as línguas nas gerais”, desenvolvido na
Faculdade de Letras da UFMG entre os anos de 2002 e 2005. O projeto teve como
objetivo a coleta de dados de língua portuguesa, tanto oral quanto escrita, nas
localidades que foram rotas das bandeiras desbravadoras do território mineiro a
partir do século XVII. Os trabalhos apresentados no livro trazem resultados de
análises linguísticas realizadas a partir dos dados das seguintes localidades do
estado: Abre Campo, Barra Longa, Belo Horizonte, Belo Vale, Carmo da Cachoeira,
Cervo, Lavras, Matipó, Novo Macaia, Papagaio, Paracatu, Pedro Leopoldo
(Sumidouro), Santa Luzia e Serro. A maior parte dos fenômenos analisados no livro
constitui casos de variação morfossintática ou fônica. A obra traz também
informações sobre as localidades, informações obtidas através de relatos e
anotações dos próprios pesquisadores.

Esta publicação constitui os anais do "1o Encontro sobre a diversidade linguística de


minas gerais: cultura e memória (I Diverminas)", realizado em 2010 na cidade de
Ouro Preto. O encontro teve como objetivo congregar pesquisadores que vinham se
dedicando a pesquisar a diversidade linguística do estado, possibilitando assim uma
maior visibilidade dos trabalhos, além da importante troca de ideias que um evento
como aquele permitia. Além dos textos iniciais sobre os projetos desenvolvidos ou
em desenvolvimento que envolviam a diversidade linguística no estado, a publicação
reúne trabalhos apresentados em diferentes simpósios: acervo e língua antiga;
morfossintaxe; fonética e fonologia; dialetologia e sociolinguística; léxico.
O livro de Raso e Mello apresenta o projeto C-ORAL-BRASIL e estudos
desenvolvidos a partir do corpus coletado. Trata-se de um projeto iniciado em 2007,
desenvolvido no Núcleo de Estudos em Linguagem, Cognição e Cultura (NELC) e no
Laboratório de Estudos Empíricos e Experimentais da Linguagem (LEEL) da
Faculdade de Letras da UFMG e que tem como inspiração o projeto europeu “C-
ORAL-ROM”. O livro contém informações detalhadas sobre o “corpus”, comparando-
o com outros “corpora” de outras línguas. São tratadas, também, as definições
adotadas pelo projeto, sua arquitetura e sistema de segmentação, e os demais
parâmetros para a construção do “corpus” de língua oral. Um DVD com os dados
acompanha o livro.

O livro apresenta resultados do grupo de pesquisa "Variação Fonético-Fonológica,


Morfológica e Lexical (VARFON-Minas)" da Faculdade de Letras da UFMG e conta
também com a colaboração de professores e pesquisadores de outras instituições.
Com objetivo de manter o rigor e controle na utilização dos dados, a maior parte dos
capítulos do livro utiliza os pressupostos dos trabalhos labovianos sobre a mudança
e variação Linguística. A obra contém estudos com dados de língua falada,
contemplando quatro municípios mineiros, sendo eles: Itaúna, Machacalis, Ouro
Branco e Piranga. A elisão silábica e a variação das vogais médias são exemplos de
fenômenos analisados com dados dessas cidades. Entretanto, também são
apresentados estudos com dados de outros corpora, inclusive com corpora de língua
pretérita.

Este número do caderno "Viva Voz" contém textos escritos pelo organizador e por
estudantes de letras durante disciplina de graduação ministrada no primeiro
semestre de 2012 na Faculdade de Letra da UFMG. Ao logo do semestre, os alunos,
reunidos em grupos, foram orientados quanto à elaboração das pesquisas com
dados sociolinguísticos e desenvolveram todas etapas de um trabalho de pesquisa,
desde a coleta de dados de língua oral até as análises e elaboração dos artigos.
Embora o corpus de cada trabalho seja pouco representativo das localidades, são
analisados dados coletados em cinco municípios de Minas Gerais: Belo Horizonte,
Nova Lima, Ouro Preto, Santa Luzia e Sete Lagoas. As formas de negação com o
item "não", o apagemento de clíticos, a ausência/presença de artigo definido diante
de antropônimos são exemplos de fenômenos investigados e presentes nos textos
do caderno.

O livro reúne onze ensaios de diferentes pesquisadores, quase todos sobre o


português falado no estado de Minas Gerais. Focando especialmente em dados da
variedade mineira no português, a obra contém estudos sobre as unidades
linguísticas “uai” e “trem” (consideradas popularmente como tipicamente mineiras),
estudos sobre a atitude linguística, isto é, como os falantes se comportam diante do
dialeto mineiro, entre outros temas. O livro, de modo geral, propõe-se a discutir
questões referentes à definição do português não padrão e à identificação e origem
de alguns dos seus processos fonológicos, prosódicos, sintáticos e lexicais.
O livro de Antunes é resultado de um longo trabalho com objetivo de elaborar um
dicionário que pudesse retratar as particularidades da fala da região do Vale do
Jequitinhonha. A obra traz um extenso conjunto de verbetes que, segundo a autora,
podem não ser exclusivos da região, mas que se contrastam com usos na variedade
urbana da língua. Os itens lexicais foram coletados a partir de diferentes “corpora”,
primeiramente, formou-se um conjunto de dados obtidos a partir da língua oral
extraída de gravações de entrevistas e gravações de narrativas, bem como notações
de itens ouvidos em conversas espontâneas. Posteriormente, foram coletados dados
em conjuntos de textos históricos e trabalhos acadêmicos, com objetivo de resgatar
não somente os traços da fala regional, mas também realizar uma recuperação
histórica regional. O dicionário, que reúne dados coletados em quinze cidades
diferentes e foi construído com bases teóricas da lexicografia, foi pensado tanto para
um público especializado na área dos estudos linguísticos (dialetologia,
sociolinguística) quanto para um público mais amplo.

O tema do livro são os nomes gerais, que, segundo os autores, têm sido pouco
estudados no Brasil, encontrando-se algumas poucas referências em trabalhos sobre
coesão textual e livros de semântica, com tratamento superficial e pouquíssimas
exemplificações. Após discutir o conteúdo de tais estudos, a obra descreve o
comportamento morfossintático, semântico e textual de quatro nomes gerais ("coisa",
"negócio", "trem" e "pessoa") e verifica também aspectos sociolinguísticos no
emprego desses nomes. Foram analisados dados obtidos em entrevistas
sociolinguísticas realizadas nas seguintes localidades do estado de Minas Gerais:
Arceburgo, Belo Horizonte, Caeté, Campanha, Minas Novas, Ouro Preto, Paracatu e
Piranga. Os autores destacam que não têm a intenção de esgotar os estudos do
tema, mas sim, ser “a semente” para outros futuros trabalhos a respeito dos nomes
gerais.
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