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não podendo ser dispensado por vontade do empregador, salvo por justa causa ou força
maior.
A referida estabilidade encontra-se expressa em lei ou em acordos e convenções coletivas
de trabalho.
CIPA
De acordo com o artigo 10, inciso II, alínea "a" do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição Federal/88, o empregado eleito para o cargo de direção de
comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até
um ano após o final de seu mandato, não pode ser dispensado arbitrariamente ou sem
justa causa.
"Art. 10 - Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere o artigo 7º, I, da
Constituição:
I - ....
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de
acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
...."
Quanto à controvérsia estabelecida em função da estabilidade provisória dos membros da
CIPA, o Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho expediu a Resolução nº
39/1994, que reconhece a referida estabilidade aos empregados eleitos como suplentes.
Enunciados da Súmula nº 339 do TST:
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994,
DJ 20.12.1994 e ex-OJ nº 25 - Inserida em 29.03.1996)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade
a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 -
DJ 09.12.2003)
GESTANTE
O artigo 10, II, "b" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal/88 confere à empregada gestante a estabilidade provisória, desde a confirmação
da gravidez até cinco meses após o parto.
"Art. 10 - Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere o artigo 7º, I da
Constituição:
I - ...
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) ....
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto."
De acordo com a jurisprudência dominante, entende-se que se a gestante estiver em
contrato de experiência, esta poderá ser desligada no último dia do contrato, sem que o
empregador fique obrigado a celebrar um contrato por prazo indeterminado ou efetuar
qualquer indenização em razão ao período de gestação. Sobre a matéria temos o seguinte
acórdão:
Da estabilidade provisória da gestante. O objetivo principal do contrato de experiência é
propiciar por um prazo determinado de tempo a adaptação, tanto pelo empregado, às
condições propostas pelo empregador, bem como da aptidão pelo empregado ao cargo
almejado. Findo o contrato de experiência, mesmo sendo alcançados pelo empregado os
objetivos e condições propostas pelo empregador, mesmo assim não está este obrigado a
celebrar um contrato por prazo indeterminado (AC. um da 2º T do TST - RR 2663/88.1 -
Real. Min. José Francisco da Silva - S 09.05.91 - DJU 01.07.91 PP9305/6)".
A Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, assegura à empregada em
situação de violência doméstica e familiar a manutenção do vínculo trabalhista, quando
necessário o afastamento do local de trabalho, por até 6 (seis) meses.
Esta garantia, disposta no art. 9º, § 2º, II da referida lei, visa preservar a manutenção do
vínculo empregatício de modo a proporcionar maior segurança à empregada, para que
esta não sofra, além da violência física, a violência psicológica em relação à perda do
emprego e conseqüentemente do padrão econômico e financeiro.
Para maiores esclarecimentos, acesse o tópico Trabalho da Mulher no site
http://www.guiatrabalhista.com.br.
DIRIGENTE SINDICAL
De acordo com o artigo 543, parágrafo 3º da CLT, e artigo 8º da Constituição Federal, não
pode ser dispensado do emprego o empregado sindicalizado ou associado, a partir do
momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação, de entidade
sindical ou associação profissional, até um ano após o final do seu mandato, caso seja
eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos
termos da legislação.
DIRIGENTE DE COOPERATIVA
A Lei 5.764/71, art. 55, prevê que "os empregados de empresas que sejam eleitos
diretores de sociedades cooperativas por eles mesmos criadas gozarão das garantias
asseguradas aos dirigentes sindicais pelo art. 543 da CLT," - ou seja, desde o registro da
candidatura até um ano após o término de seu mandato.
EMPREGADO REABILITADO
ACIDENTE DO TRABALHO
De acordo com o artigo 118 da Lei nº 8.213/91, o segurado que sofreu acidente do
trabalho tem garantida, pelo prazo de 12 meses, a manutenção de seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independente de
percepção de auxílio-acidente. Significa dizer que tem garantido o emprego o empregado
que recebeu alta médica, após o retorno do benefício previdenciário.
"Art. 118 - O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo
de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação
do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente."
A jurisprudência entende que o empregado contratado com contrato de experiência que
sofre acidente do trabalho neste período não goza de estabilidade.
• JURISPRUDÊNCIAS
• RECURSO DE REVISTA - ESTABILIDADE PROVISÓRIA GESTANTE -
DESNECESSIDADE DE CONHECIMENTO DA GESTAÇÃO - LIMITAÇÃO DA
GARANTIA CONSTITUCIONAL IMPOSSIBILIDADE O art. 10, II, b, do ADCT assegura a
estabilidade provisória à gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses
após o parto, sem exigir o preenchimento de requisito outro, que não a própria condição de
gestante. Com fundamento no referido dispositivo constitucional, a jurisprudência desta
Corte firma-se no sentido de que o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador
não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. (art. 10, II, b
do ADCT) (Súmula nº 244, item I, desta Corte, que incorporou a Orientação
Jurisprudencial nº 88/SBDI-1). Recurso de Revista conhecido e parcialmente provido.
PROC. Nº TST-RR-70.197/2002-900-02-00.7. Ministra-relatora MARIA CRISTINA
IRIGOYEN PEDUZZI. Brasília, 23 de maio de 2007.