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20 CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
RESUMO
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta o levantamento da qualidade das águas impactadas por uma
construção rodoviária, a RS 486 - Rota do Sol, situada no nordeste gaúcho e que interliga
a região serrana do planalto a BR 101 no município de Terra de Areia próximo ao litoral.
As médias diárias de tráfego esperadas, após a finalização da pavimentação e abertura ao
tráfego, serão de 2 436 veículos por dia, com picos médios diários no verão de 6 133
automóveis e caminhões (DAER,1996). Esta estrada está sob controle ambiental cerrado
dos órgãos ambientais, ONGs e Ministério Público, uma vez que tem influência sobre
uma encosta de serra, Escarpa da Serra geral, com Mata Atlântica e Mata de Araucária.
Várias unidades de conservação, públicas, federais, estaduais e particulares poderão vir a
ser impactadas pelas obras. Destacam-se entre estas unidades, o Parque Nacional dos
Aparados da Serra, a Floresta Nacional de S. Francisco de Paula, a Reserva Indígena
Guarani Barra do Ouro e a Área de Preservação de Maquiné, PUC/RS.
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Neste estudo, está sendo monitorada a qualidade das águas de drenagem superficial de
três sistemas, a saber, o bota-fora Arroio Bananeiras, localizado nas proximidades do Km
0+775 do Lote I (subtrecho: Arroio Bananeiras-Terra de Areia), o bota-fora Arroio
Carvalho 1, localizado nas proximidades do Km 4+000 do Lote II (subtrecho: Arroio
Bannaneiras-Aratinga), e o bota-fora Arroio Carvalho 2 localizado nas proximidades do
Km 4+500 do Lote II. O bota-fora Arroio Bananeiras está concluído, tendo sido
executada sua drenagem superficial e enleivamento. O bota-fora Arroio Carvalho 1
encontra-se em fase de operação e vem recebendo material proveniente dos descartes das
obras de terraplenagem. O bota-fora Arroio Carvalho 2 ainda não está sendo operado,
pois encontra-se em processo de licenciamento junto aos órgãos ambientais.
Com a escolha dos sistemas acima citados, obtém-se os cenários para três distintas
configurações construtivas:
- bota-fora Arroio Bananeiras: estrutura finalizada, com dispositivos para
proteção contra erosão superficial (enleivamento e drenagem superficial);
- bota-fora Arroio Carvalho 1: estrutura em operação, com depósitos de
materiais de descartes das operações de terraplenagem e com dispositivo para
redução do aporte de sólidos ao curso de água (bacias de sedimentação);
- bota-fora Arroio Carvalho 2: monitoramento das condições iniciais da
qualidade da água antes do início da operação da estrutura.
Os pontos levantados pelo DAER e utilizados neste trabalho, são denominados ACA 03,
situado nas proximidades dos bota-foras Arroio Carvalho 1 e 2, e ABA 06 situado nas
proximidades do bota-fora Arroio Bananeiras.
MATERIAIS E MÉTODOS
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A partir dos dados reportados acima, verificou-se que as condições prévias à construção
da obra, conduzem ao enquadramento dos parâmetros analisados dentro dos limites de
classe especial ou classe 1, à exceção do ferro total que apresenta 0,54 mg/L para o
Arroio Bananeiras, situando-o em classe 3 (0.3 a 5.0 mg/L) e do alumínio que enquadra-
se como classe 4 (acima de 0.1 mg/L) tanto para o Arroio Carvalho como para o Arroio
Bananeiras.
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Nesta etapa deu-se o início da amostragem e posterior análise dos parâmetros citados
anteriormente. As amostragens e análises encontram-se ainda em fase de andamento,
restando realizar uma última campanha prevista para o início do mês de janeiro de 1999.
Após esta campanha, serão concluídos os trabalhos de análise e se pretende verificar a
distribuição temporal e espacial dos impactos causados pela execução dos sistemas de
bota-fora, bem como a eficiência das medidas mitigadoras preconizadas, tais como
enleivamento, caixas de óleo, bacias de sedimentação, etc. O Quadro 2 mostra os
parâmetros analisados e os resultados preliminares obtidos.
Quadro 2: Comparativo entre Valores Históricos e Média dos Valores Monitorados para o Bota-fora
Arroio Carvalho 2 (mg/L, exceto onde anotado).
Parâmetros Média histórica Monitoramento
a montante
Temperatura da água (ºC) 18.4 17.5
pH 7.5 7.7
Condutividade (µmho/cm) 34.2 48.3
Turbidez (NTU) 4.0 7.3
Sólidos Suspensos 26.2 56.3
Oxigênio Dissolvido 9.9 9.25
DBO - 5 dias 2.4 1.54
DQO 9.6 5.6
Óleos e Graxas ND 0.0249
Nitrogênio total 1.6 ND
Fósforo total 0.03 -
Cloretos 4.74 2.74
Coliformes totais (NPM/100ml) 584 1669
Coliformes fecais (NPM/100ml) 24 84
Alumínio 0,33 1.59
Cádmio ND ND
Chumbo ND 0.09
Cromo total ND 0.02
Ferro total 0.29 1.33
Surfactantes 0.004 0.0817
Através do dados dispostos no quadro anterior, verifica-se que os parâmetros em sua maioria
ainda estão enquadrados como classe especial ou 1. No entanto as concentrações de ferro
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Da mesma forma que para o bota-fora Arroio Carvalho 2, através do dados apresentados
no quadro acima, verifica-se que, para o bota-fora Arroio Carvalho 1, os parâmetros, em
sua maioria, ainda estão enquadrados como classe especial ou 1. No entanto, as
concentrações de ferro total e de alumínio situam-se como classe 3 e 4 respectivamente. O
parâmetro coliforme total passou de classe 1 para 2 e o chumbo de classe especial para
classe 4. Novamente, observa-se o aparecimento de baixos teores de óleos e graxas. Se a
legislação ambiental fosse realmente aplicada, não seria permitido a mudança de classe e
a obra teria que ser embargada.
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CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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