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Mais tarde Dionizio voltou e trouxe sua mulher e os nove filhos, e ate hoje
seus descendentes vivem no quilombo, alguns por opção.
Quando Dionizio chegou construiu uma casa de pau- a –pique para morar com
a família, fundou a comunidade em 1901, deu seu nome aos 900 hectares, e
requereu as posses das terras, seis anos mais tarde, na época, tinha 914
hectares, e deixou de herança 114 para cada filho, e atualmente restam apenas
580 hectares, segundo o Idaterra, um órgão publico do Mato Grosso do Sul, e
muitas terras foram vendidas muito barato. Diziam que sua casa e de seus era
de assoalho de madeira, para fazer bastante barulho quando dançavam, nesta
casa moravam seus nove filhos: Abadio Dionisio, Antonio Dionisio, João
Dionisio, Jacinto Dionisio, Manoel Dionisio, Jose Dionisio, Valeria Valeriana,
Dorvina e Maria Luiza da Silva. Valeria era apenas filha da Joana Luiza,
mulher de Dionisio, tinha também um rapaz de nome Abrão que morava com
eles mas que não era filho legitimo.( pág 34)
Dionizio morreu por volta de 1920 e foi enterrado num caixão feito pelos seus
filhos e foi sepultado no quilombo.
Nesse quilombo Luanda tinha como amigo, que ela chamava de Professor,
esse professor foi o primeiro docente do quilombo que conseguiu um curso
superior em quase 200 anos de história da comunidade. Ele foi para a cidade
estudar, se formou na faculdade e retornou para o quilombo.
Aspectos históricos / Raquel
Vieira e sua família, vindos de Minas Gerais, levantaram a primeira casa, feita de pau
produtos como querosene e sal e outro. Devido à proximidade com a capital Campo
Grande, era facilitado e o transporte era feito em animais ou carro de boi. Os produtos
22:52)
Na região existe uma escola, que atende os quilombolas, que leva o nome
de Zumbi dos Palmares, um grande de nome, que representa toda a luta do povo
afrodescendente, por liberdade e igualdade de direito. Zumbi dos Palmares, que
nasceu livre, mas foi escravizado. Foi adotado por um padre que lhe dera o
nome de Francisco, aprendeu português, latim; e como o professor da história
de Luanda, voltou para liderar seu povo, não abandonou suas raízes. E voltou a
usar seu nome de batismo, Zumbi. O livro lembra que os negros não
comemoram o dia da abolição da escravatura pela então princesa Isabel, no dia
13 de maio, mas comemoram o dia nacional da consciência negra, que é no dia
20 de novembro, o dia em que Zumbi foi morto, mostrando assim, a verdadeira
ideia de liberdade e igualdade. Isso ocorre porque a abolição da escravatura, os
negros não foram, tratados com humanidade e também não tiveram
oportunidade a trabalho, ou estudo, ou o viver em sociedade, simplesmente
foram excluídos das senzalas e jogados a própria sorte.
básica para uma vida com qualidade. Em 1984, a prefeitura instalou uma sala de aula
para alunos do 1º ao 4º ano. Quase duas décadas após, os jovens puderam cursar o
Fundamental II e o Ensino Médio, sem precisar se deslocar até Jaraguari todos os dias.
Somente em 2013, as crianças de 5 anos puderam contar com uma sala de Educação
Infantil. Os jovens que concluem o Ensino Médio carecem de estímulo para sonhar com
um curso superior e vencer as etapas para consegui-lo. Poucos são os que concorrem
acesso:02/06/2018 23:00)
Ainda existem várias lutas para o povo quilombola, uma delas é ter
educação de qualidade sem precisar se ausentar da vida em sua comunidade, o
acesso à educação, saúde, e a perpetuação de sua história, pela implantação de
museus e mais incentivos a cultura, como mais lançamentos de livros como
esse, são essenciais, para uma melhor qualidade de vida. Aqueles que se
obrigam a se ausentar, para estudo ou tratamentos médicos, sofrem um dos
piores castigos que tem numa comunidade que é a perda da convivência com
seus iguais.