UnB – Universidade de Brasília – Campus Darcy Ribeiro
Disciplina: Metodologia de Ensino de Língua Japonesa Professor: Yuki Mukai
Aluno(a): Andressa Crystiny Araújo Lemos e Silva Matrícula: 15/0083149
Resumo Diacrônico das Metodologias de Ensino
As metodologias de ensino surgiram em busca pelo “método perfeito” para
se ensinar uma língua estrangeira, ou seja, uma metodologia que pudesse ser utilizada em todos os contextos e por todos os alunos. Cada novo método que surgia, procurava romper com o método anterior, criticando e corrigindo os possíveis erros, e assim por diante.
Um importante fator, é a relevância do Latim como Língua Franca para o
desenvolvimento do ensino de língua estrangeira. A língua da igreja e do estado se tornou popular Europa a fora, e sua gramática considerada “ideal” ajudou com sua fama. Por isso, é de se esperar que os primórdios das metodologias de ensino de língua estrangeira, tenha se dado graças ao Latim, durante a idade média. Os métodos eram em sua grande parte limitados a gramática, leitura e escrita da língua alvo. Em 1455, a invenção da impressora ajudou com que o Grego também se espalhasse pela Europa.
A abordagem Gramática-Tradução reflete a importância que o ensino do
Latim era ensinado. Essa abordagem tem o foco em promover as habilidades de leitura e compreensão dos clássicos da literatura, e o aprendizado das regras gramaticais e vocábulos se dava meio a repetição, memorização e tradução de textos literários. Seus defensores são: Johann Seidenstrücker, Karl Plötz, H.S. Ollendorf, and Johann Meidinger.
Em meados século XVI, surge a abordagem direta, ou “método direto” em
resposta a abordagem tradicional, a partir da necessidade de preparar os alunos para usar oralmente a Língua estrangeira, e seus principais defensores foram Harold Palmer, Otto Jespersen, Emile de Sauzé. O método preza por um ambiente monolinguístico, a língua materna nunca deve ser usada em sala de aula, a transmissão do significado se dar através de gestos e gravuras, sem jamais recorrer a tradução. Já a abordagem audiolingual, surge durante a Segunda Guerra Mundial, graças a necessidade de tornar fluentes os soldados em um curto espaço de tempo. Acreditava que era necessário primeiro ouvir, depois falar, ler para então escrever. O aprendizado ocorre por meio da repetição, reforço e memorização do conteúdo pelo aluno. Desde o início a pronuncia é ensinada.
Com a dissipação da abordagem audiolingual, surgiram diversos métodos
como: a sugestopedia, desenvolvida pelo búlgaro Lozanov em 1966, o método tem o foco na influência dos fatores psicológicos da aprendizagem, como ambiente físico, que deve ser confortável e agradável para diminuir a ansiedade e inibição dos alunos; O método de Curran, foi desenvolvido durante os anos 70 para ser centrado no aluno, fazendo uso de técnicas de terapia de grupo para o ensino de línguas; O método Asher, ou TPR, criado em 1977, consiste no ensino da segunda língua por meio de comandos emitidos pelo professor e realidades pelo aluno, que vão se tornando mais desafiadores ao longo do tempo; A abordagem natural, idealizado por Krashen e Terell durante o fim da década de 70, tem como objetivo desenvolver a aquisição da língua no lugar da aprendizagem, seguindo a premissa de que o aluno deve receber um input linguístico compreensível, com o seu filtro afetivo baixo, para que possa haver aquisição da língua alvo, até que a fala surja naturalmente;
A abordagem comunicativa, que surge no início do século XX, defende
uma aprendizagem voltada para o aluno, não apenas em termos de conteúdo, mas também nas técnicas usada sem sala. Tem seu foco no desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas de maneira uniforme. O papel do professor é de orientador, prezando pelo interesse dos alunos.
REFERENCIAS
LEFFA, Vilson J. Metodologia do ensino de línguas. In BOHN, H. I.;
VANDRESEN, P. Tópicos em linguística aplicada: O ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1988. p. 211-236.
RICHARDS, J.C.; RODGERS, T.S. Approaches and Methods in Language.
Cambridge Language Teaching Library, 1986. p. 1 – 14.