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IDENTIFICAÇÃO

Handout para a mediação do texto de Schneuwly (2008), na disciplina de Produção de Texto na Escola (2018.1)
TEXTO BASE: SCHNEUWLY, B. Des outils pour ecrire, In.: _____________, Vygotski, l'école et l'écriture Université
de Genève, Faculté de psychologie et des sciences de l'éducation, 2008.
GRUPO: Gabriela Lins Falcão, Ícaro Weimann, Lucas Dantas

“A linguagem escrita é, precisamente, a álgebra da linguagem [... ela (a linguagem escrita)]


permite à criança o acesso ao plano abstrato mais elevado da linguagem, reorganizando,
por ela mesma, também o sistema psíquico anterior a linguagem oral”

(Vygotski, 1934/1985ª, p.261)

Concepção radicalmente nova de desenvolvimento


Radicalidade
e desenvolvimento Desenvolvimento como mudanças radicais

Educação Formas Internalização de (“apropriação”,


e ensino artificiais ferramentas cf. Marx e Engels)

“A apropriação dessas forças nada mais é do que o desenvolvimento das faculdades


individuais que, de alguma forma, correspondem aos instrumentos materiais de produção.
Por esta razão, a apropriação de uma totalidade de instrumentos de produção já constitui o
desenvolvimento de uma totalidade de faculdades nos próprios indivíduos”
(MARX e ENGELS, 1945-46/1969, pp. 67s, grifos nossos)
FERRAMENTAS E FUNÇÕES PSÍQUICAS
FERRAMENTAS TÉCNICAS INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS
“a fome e a fome, mas a fome • elaborações artificiais
satisfeita comendo carne com • não orgânicos ou individuais
garfo e faca é uma fome diferente • destinados ao controle dos processos dos
daquela fome que devora a carne comportamentos
com a ajuda das mãos, das unhas • modifica a estrutura do novo ato
e dos dentes” (p.118) instrumental
• modifica as formas e as operações de

!
trabalho
¹Práticas de escrita
inúmeras formas pelas quais
a linguagem é produzida de Meios Práticas Sistemas
forma escrita forma escrita Técnicos de escrita¹ semióticos
Intervém na realidade física Intervém nas funções psíquicas
(1) Pergaminho vs papel Funções secundárias Funções constitutivas
(2) Invenção da pena de aço (1) Vocabulário sobre a escrita
(1) Sistema de escrita
(3) Criação da escrita cursiva (verbos de atos de linguagem,
(2) Gêneros
ortografia, gramática, meta-gênero)
(2) Escrita como ferramenta para
escrever (rascunhos, correções,
anotações, revisão, reescrita)
SOBRE OS GÊNEROS
▪ Permitem a comunicação, sem ao qual seria ▪ São tanto estáveis, quanto flexíveis. ⚖
necessário reinventar os meios de interação ▪ São estruturados de acordo com suas funções
▪ Definem um horizonte de expectativas dos leitores ▪ Definem o que é dizível
▪ São intermediários entre autores e leitores ▪ São desenvolvidos em cada esfera de interação
GÊNEROS  FERRAMENTAS

!
Um locutor-enunciador age linguisticamente (falar/escrever) numa situação definida por uma
Ferramenta semiótica
complexa¹ série de parâmetros com a ajuda de uma ferramenta semiótica complexa¹ (...). A escolha do
“uma forma de gênero se faz em função da definição dos parâmetros da situação que guiam a ação. Há, assim,
linguagem prescritiva
que permite tanto a
uma relação de objetivo e meios que é a estrutura básica da atividade mediada [por
produção como a instrumentos, ferramentas...] (p.124,125, grifo nosso).
compreensão de GÊNEROS PRIMÁRIOS GÊNEROS SECUNDÁRIOS
textos” (p.125)
“aparecem nas circunstâncias de uma interação
“se constituíram nas circunstâncias
cultural (principalmente escrita) – artística,
de uma interação verbal espontânea”
científica, sociopolítica – mais complexa e
 Controlados diretamente na ação
relativamente mais evoluída”
 Nenhum ou pouco controle
 não controlados diretamente na ação,
metalinguístico
necessitando de outros mecanismos de controle –
 Por reflexo ou automatismo em
diferentes e mais fortes, devidos a outra relação
relação ao contexto de produção
com a ação.
 Relação “imediata” com a situação
 Relação “mediada” com a situação
 structuré à l'action
 structurés en l'action
FORMAÇÃO DOS GÊNEROS SECUNDÁRIOS
 novas formas/procedimentos/mecanismos linguísticos
EXEMPLOS: Foi
“algumas características dos gêneros secundários podem funcionar como necessário o “Gemein
ferramentas psicológicas para desenvolver a capacidade de escrever, no sentido de Teutsch” para descrever
desenvolver uma distância em relação ao texto; um conjunto de unidades processos técnicos de
linguísticas que tem uma função intralinguística (...) na medida em que se referem artesãos. O topos, a
a um contexto linguisticamente criado. Nós os trataremos como protótipo¹, por metáfora, a citação para
assim dizer, para seguir a construção de capacidades de linguagem novas ligadas diferentes maneiras de
à escrita e que se manifesta mais particularmente nos gêneros secundários” (p.127) “fazer” paisagens.
¹Modelos, sistemas semióticos, “topograma” (ANIS, 1988) – a pontuação, paragrafação, o espaço
da página
 “atuam sempre na transformação de gêneros já existentes”
▪ “sua forma é frequentemente uma construção complexa de vários gêneros cotidianos”
(p.130)
▪ “O novo sistema não anula o precedente, nem o substitui. Na verdade, profunda e
diferentemente disso, o novo sistema se apoia completamente no antigo para
elaborar-se, mas, fazendo isso, o transforma profundamente” (p.130)
▪ “Os gêneros primários são ferramenta de criação de gêneros secundário” (p.131)
Para forjar o ferro, é necessário ter um martelo e para ter um martelo é necessário fabricá-
lo; e para fabricá-lo é necessário outro martelo e outros instrumentos que são necessários
para fabricar outras ferramentas e assim ad infinitum. [...] Entretanto, no princípio, os
homens não conseguiram fazer, penosa e imperfeitamente, nada além de coisas fáceis com
os instrumentos naturais e, depois de feitas, outras coisas mais difíceis com menor
dificuldade e mais perfeição, com a mesma compreensão de sua força nativa, o homem faz
os instrumentos intelectuais através dos quais ele adquire outras forças para outras obras
intelectuais e, a partir dessas obras, outros instrumentos”. (Spinoza, 1677/1964, p. 189).

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