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Handout para a mediação do texto de Schneuwly (2008), na disciplina de Produção de Texto na Escola (2018.1)
TEXTO BASE: SCHNEUWLY, B. Des outils pour ecrire, In.: _____________, Vygotski, l'école et l'écriture Université
de Genève, Faculté de psychologie et des sciences de l'éducation, 2008.
GRUPO: Gabriela Lins Falcão, Ícaro Weimann, Lucas Dantas
!
trabalho
¹Práticas de escrita
inúmeras formas pelas quais
a linguagem é produzida de Meios Práticas Sistemas
forma escrita forma escrita Técnicos de escrita¹ semióticos
Intervém na realidade física Intervém nas funções psíquicas
(1) Pergaminho vs papel Funções secundárias Funções constitutivas
(2) Invenção da pena de aço (1) Vocabulário sobre a escrita
(1) Sistema de escrita
(3) Criação da escrita cursiva (verbos de atos de linguagem,
(2) Gêneros
ortografia, gramática, meta-gênero)
(2) Escrita como ferramenta para
escrever (rascunhos, correções,
anotações, revisão, reescrita)
SOBRE OS GÊNEROS
▪ Permitem a comunicação, sem ao qual seria ▪ São tanto estáveis, quanto flexíveis. ⚖
necessário reinventar os meios de interação ▪ São estruturados de acordo com suas funções
▪ Definem um horizonte de expectativas dos leitores ▪ Definem o que é dizível
▪ São intermediários entre autores e leitores ▪ São desenvolvidos em cada esfera de interação
GÊNEROS FERRAMENTAS
!
Um locutor-enunciador age linguisticamente (falar/escrever) numa situação definida por uma
Ferramenta semiótica
complexa¹ série de parâmetros com a ajuda de uma ferramenta semiótica complexa¹ (...). A escolha do
“uma forma de gênero se faz em função da definição dos parâmetros da situação que guiam a ação. Há, assim,
linguagem prescritiva
que permite tanto a
uma relação de objetivo e meios que é a estrutura básica da atividade mediada [por
produção como a instrumentos, ferramentas...] (p.124,125, grifo nosso).
compreensão de GÊNEROS PRIMÁRIOS GÊNEROS SECUNDÁRIOS
textos” (p.125)
“aparecem nas circunstâncias de uma interação
“se constituíram nas circunstâncias
cultural (principalmente escrita) – artística,
de uma interação verbal espontânea”
científica, sociopolítica – mais complexa e
Controlados diretamente na ação
relativamente mais evoluída”
Nenhum ou pouco controle
não controlados diretamente na ação,
metalinguístico
necessitando de outros mecanismos de controle –
Por reflexo ou automatismo em
diferentes e mais fortes, devidos a outra relação
relação ao contexto de produção
com a ação.
Relação “imediata” com a situação
Relação “mediada” com a situação
structuré à l'action
structurés en l'action
FORMAÇÃO DOS GÊNEROS SECUNDÁRIOS
novas formas/procedimentos/mecanismos linguísticos
EXEMPLOS: Foi
“algumas características dos gêneros secundários podem funcionar como necessário o “Gemein
ferramentas psicológicas para desenvolver a capacidade de escrever, no sentido de Teutsch” para descrever
desenvolver uma distância em relação ao texto; um conjunto de unidades processos técnicos de
linguísticas que tem uma função intralinguística (...) na medida em que se referem artesãos. O topos, a
a um contexto linguisticamente criado. Nós os trataremos como protótipo¹, por metáfora, a citação para
assim dizer, para seguir a construção de capacidades de linguagem novas ligadas diferentes maneiras de
à escrita e que se manifesta mais particularmente nos gêneros secundários” (p.127) “fazer” paisagens.
¹Modelos, sistemas semióticos, “topograma” (ANIS, 1988) – a pontuação, paragrafação, o espaço
da página
“atuam sempre na transformação de gêneros já existentes”
▪ “sua forma é frequentemente uma construção complexa de vários gêneros cotidianos”
(p.130)
▪ “O novo sistema não anula o precedente, nem o substitui. Na verdade, profunda e
diferentemente disso, o novo sistema se apoia completamente no antigo para
elaborar-se, mas, fazendo isso, o transforma profundamente” (p.130)
▪ “Os gêneros primários são ferramenta de criação de gêneros secundário” (p.131)
Para forjar o ferro, é necessário ter um martelo e para ter um martelo é necessário fabricá-
lo; e para fabricá-lo é necessário outro martelo e outros instrumentos que são necessários
para fabricar outras ferramentas e assim ad infinitum. [...] Entretanto, no princípio, os
homens não conseguiram fazer, penosa e imperfeitamente, nada além de coisas fáceis com
os instrumentos naturais e, depois de feitas, outras coisas mais difíceis com menor
dificuldade e mais perfeição, com a mesma compreensão de sua força nativa, o homem faz
os instrumentos intelectuais através dos quais ele adquire outras forças para outras obras
intelectuais e, a partir dessas obras, outros instrumentos”. (Spinoza, 1677/1964, p. 189).