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SÉRIE: ELETROMECÂNICA

PARÁ

PARÁ
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ

SÉRIE: ELETROMECÂNICA

PARÁ

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ
Presidente: José Conrado Azevedo dos Santos

DIRETORIA REGIONAL DO SENAI DR/PA


Diretor: Gerson dos Santos Peres

DIRETORIA DE GESTÃO
Diretor: Dário Antonio Bastos de Lemos

DIRETORIA TÉCNICA
Diretor: Ernesto Lucena Marçal

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA


Diretora: Lúcia Maria Peres de Souza

GERÊNCIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA


Gerente Executivo: Arícles Lemos Freitas
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARÁ

SÉRIE: ELETROMECÂNICA

PARÁ

É proibida a reprodução total ou parcial deste documento, sem a prévia
autorização, por escrito, do SENAI Departamento Regional do Pará.

FICHA TÉCNICA:
Coordenação: Diretoria de Educação e Tecnologia

Revisão Gramatical:
Sylvia Camacho

Diagramação:
Eli Silva Costa

Pesquisa e Atualização:

SENAI – Departamento Regional do Pará


Trav. Quintino Bocaiúva, 1588 – Bloco B – 4º andar
CEP 66.035-190 – Belém-PA
Telefone: (91) 4009-4771 / 4009-4772 – Fax: (91) 3222-5073
SUMÁRIO
COMUNICAÇÃO 11

PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO 15

PARÁGRAFO 25

TÉCNICA DE REDAÇÃO: DISSERTAÇÃO 27

DESCRIÇÃO 31

RELATÓRIO: ESTRUTURA E TIPOS 33

REDAÇÃO TÉCNICA: ORDEM DE SERVIÇO, REQUISIÇÃO E


39
ORÇAMENTO, LAUDO TÉCNICO E MEMORIAL DESCRITIVO.

BIBLIOGRAFIA 52
APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão


de qualidade e produtividade da indústria, o SENAI-DEPARTAMENTO
REGIONAL DO PARÁ desenvolve programas de educação profissional, além
de prestar serviços técnicos e tecnológicos.
Esse manual foi preparado para funcionar como instrumento de
pesquisa, possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia
do profissional, e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação, é
um meio que possibilita de forma eficiente, o aperfeiçoamento do participante
através do estudo do conteúdo apresentado. O objetivo maior é propiciar
informações ao profissional quanto as suas qualidades comportamentais e seu
relacionamento com os demais colegas nas atividades profissionais do seu dia-
a-dia, e da sua vida em sociedade.
Essas atividades estão direcionadas para todas as atividades nos
diversos segmentos, através de programas de educação profissional,
consultorias e informação tecnológica, para todos os profissionais da área
industrial ou aqueles que desejam profissionalizar-se e inserir-se no mercado
de trabalho e também para sua aplicação em comunidade.
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

COMUNICAÇÃO
Você já pensou para que serve a comunicação?
Como podemos nos comunicar com os outros?

AS VÁRIAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO


Quando uma abelha quer contar às outras onde ela encontrou uma
porção de flores, cheias de néctar, executa uma espécie de dança, que é a
forma que ela usa para comunicar-se.
Os animais, embora não falem, têm formas sofisticadas de
comunicação.
As baleias, por exemplo, emitem um canto prolongado, que
atravessa os oceanos.
Os cães conseguem não só comunicar-se entre si, como até mesmo
comunicar-se com seus donos.
As crianças também se comunicam antes mesmo de saber falar, por
gestos, por ruídos, por expressões.
O adulto, mesmo sabendo falar, também se comunica por gestos. O
gesto de levantar ou abaixar o polegar é compreendido por todos, desde o
tempo dos romanos. O aceno de quem vai embora, o sorriso, o abanar da
cabeça, para dizer sim ou não, são formas de comunicação que dispensam
a palavra, embora variem de significação, de um povo para outro.
Os surdos-mudos possuem dois tipos de linguagem. Ambas se
valem de gestos das mãos.
Não são apenas os gestos que comunicam sem palavras.
Até a maneira de uma pessoa se vestir ou se enfeitar pode ser
considerada uma forma de comunicação.
A música é outra forma de comunicação. Ela transmite estados de
espírito: alegria, tristeza, romantismo ou entusiasmo.
Quando a música é acompanhada de letra, pode emitir uma
mensagem específica, que vai desde as ingênuas canções infantis até os
mais exaltados hinos patrióticos.
O sonho do entendimento universal está ainda longe de se realizar.
No entanto, a busca de uma linguagem que possa ser compreendida
por todos é constante.
Hoje, em todas as cidades do mundo, encontramos sinais de
trânsito, avisos que proíbem o fumo, indicações para toaletes masculinos
ou femininos, praticamente iguais.

Adaptado de: Ruth Rocha & Otávio Roth. O livro dos gestos e
dos símbolos. São Paulo: Melhoramentos,s.d.

11
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

REFLEXÃO:
a) De acordo com o texto, podemos afirmar que
apenas os seres humanos se comunicam?
b) “Até a maneira de uma pessoa se vestir ou se
enfeitar pode ser considerada uma forma de comunicação.”.
- Que tipo de informação poderemos ter a respeito de uma pessoa pela
observação de suas roupas?
c) “O gesto de levantar ou abaixar o polegar é compreendido por todos,
desde o tempo dos romanos.”
- E hoje? Qual é o significado desses dois gestos?

COMO É QUE ACONTECE A COMUNICAÇÃO?


Em primeiro lugar, é necessário alguém para mandar uma mensagem e
alguém para receber essa mensagem.
- Quem manda uma mensagem é chamado emissor.
- Quem recebe uma mensagem é chamado receptor.

.
EMISSOR RECEPTOR

MENSAGEM

COMUNICAÇÃO É O ENTENDIMENTO DE UMA PESSOA COM OUTRA(S)


Para que a mensagem transite do emissor ao receptor, é preciso dar-lhe
uma forma capaz de ser recebida e, obviamente, compreendida.

Assim, faz-se necessário codificar a mensagem, isto é, transformar a


idéia em um código conhecido pelo receptor.

Podemos utilizar diversas linguagens. Entre elas:

A linguagem visual, que apresenta imagens;

12
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

a linguagem gestual, que apresenta gestos;

A linguagem verbal, que apresenta palavras.

A PALAVRA
Quando falamos em código, podemos defini-lo como qualquer sinal ou
símbolo capaz de transferir a mensagem do emissor ao receptor. De todos os
códigos, é a palavra o mais importante por sua dupla natureza e seu extenso
emprego. A palavra pode ser:
a) falada, sensibilizando a audição do receptor; e
b) escrita, sensibilizando-lhe a visão.
Tanto a palavra escrita quanto a falada têm igual importância prática.
Observamos, porém, que a palavra falada é mais espontânea e por isso, mais
sujeita a descuidos do emissor. A palavra escrita é mais cuidada e,
conseqüentemente, menos espontânea, além de ocasionar inibição do
raciocínio por exigir outras habilidades do emissor: ortografia, acentuação,
pontuação, etc.

GÊNERO TEXTUAL
Quando interagimos com outras pessoas por meio da linguagem, seja a
linguagem oral, seja a linguagem escrita, produzimos certos tipos de textos
que, com poucas variações, se repetem no tipo de linguagem e na estrutura,
constituindo os chamados gêneros textuais.
Por exemplo, um filho distante dos pais escreve-lhes
uma carta pessoal; um cozinheiro que quer transmitir a
outro os segredos de um prato original escreve uma receita;
um leitor de jornal que discorda das idéias de um artigo
publicado escreve ao jornal uma carta argumentativa; uma
entidade ecológica, para divulgar suas idéias, produz cartazes e folhetos de
esclarecimento à população; um técnico precisa emitir um parecer técnico a
respeito de vistorias feitas em determinado setor; um estagiário elabora um
relatório de estágio para comprovar a observação feita e assim por diante.
13
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Todos esses tipos de textos são gêneros textuais.


Assim, o gênero textual é uma espécie de “ferramenta”
que utilizamos em determinadas situações de comunicação.
Sua escolha é feita de acordo com o contexto, ou seja,
qual a finalidade do emissor, qual o assunto a ser tratado e
quem é o interlocutor.

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO

A comunicação pode não existir por diversos motivos. Alguns se


prendem ao emissor, que não sabe codificar a mensagem ou que a codifica
defeituosamente. Outros se prendem ao receptor, que não sabe decodificar a
mensagem ou a decodifica defeituosamente.

Os problemas de comunicação surpreendem a todos, aproveitando-se


da pressa em cumprir uma tarefa, do descuido momentâneo, da falta de
revisão analítica e (o que é pior) do desleixo. Por uma razão ou outra, todos
podemos ser vítimas desses problemas.

“O reitor de uma universidade brasileira soube que alguns professores


cumpriam doze horas por dia para diminuírem o número de
dias de trabalho, ultrapassando assim as oito horas diárias
normais. Baixou por isso ordem de serviço, proibindo que
se cumprissem num mesmo dia doze horas. Todos
cumpriram a ordem: alguns passaram a trabalhar onze
horas, onze horas e meia... Problema de comunicação
causado pelo emissor, que poderia ter codificado assim a
mensagem: Ficam os professores proibidos de trabalhar
mais de oito horas por dia.
Ou assim: Os professores devem trabalhar no máximo oito horas por
dia.

A COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO

Quando fazemos referência ao ambiente de trabalho, lembramos


basicamente do dia-a-dia, das relações de comunicação que estabelecemos
junto ao meio no qual trabalhamos.

Podemos dizer que a comunicação é o elemento principal para o bom


desempenho de qualquer tipo de atividade junto às empresas.

Várias são as formas de comunicação e os mecanismos utilizados: a


oralidade (conversas pessoais ou por telefone) e a redacional (produção dos
mais diversos tipos de papéis e documentos).

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Nestas situações os objetivos do emissor são vários:

_ Dar uma ordem;

_ Fazer um pedido;

_ Informar;

_ Convencer;

_ Comprar ou vender;

_ Anunciar...

Este tipo de ambiente exige do empregado um tipo de linguagem formal,


tendo em vista que está construindo sua própria imagem profissional e
representando a empresa.

DICAS E REFLEXÃO

PARA ESCREVER COM ADEQUAÇÃO

Quem lê mais escreve melhor? “SIM”

A leitura influencia a escrita por vários motivos: o leitor toma


contato com novas formas linguísticas, enriquece o vocabulário,
descobre mundos e amplia seus conhecimentos.

É praticamente impossível que um apreciador da leitura não consiga


escrever bem. Mas não podemos nos esquecer de que ler exige certas
habilidades. Para melhor aproveitamento, o leitor precisa ter capacidade de
análise e interpretação. Só assim ele extrai substratos dos livros para seu texto.

Para escrever bem, é preciso ter posição crítica e fazer a leitura do


mundo. E quem não lê geralmente fica limitado ao seu mundo.

O jornal e os livros ajudam o indivíduo a conquistar novos


conhecimentos. Além de enriquecer o vocabulário, ele pode ter contato com

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

diferentes pontos de vista. Através da leitura, o ser humano cresce e toma


contato com o universo.

A televisão pode ajudar a ampliar horizontes, mas possui linguagem


diferente da escrita.

Parafraseando Drummond, diria que escrever só se aprende


escrevendo. E lendo muito.

Walter Armellei Júnior, 34, é professor de redação de Ensino Médio.


(Folha de S.Paulo, 20 maio 1991)

Frequentar a biblioteca, ler os


periódicos, interessar-se por livros
ou revistas técnicas é sinal de
cultura e crescimento pessoal.
Comece hoje mesmo, invista em
você, nunca é tarde para começar,
é tudo uma questão de hábito!

O que é coerência textual?

Imagine a seguinte situação: um casal de namorados foi ao cinema. Lá


eles comeram pipoca, tomaram refrigerantes, mas o filme decepcionou um
pouco. Ao chegar a casa, a garota pretende contar à mãe como foi, dizendo a
ela um destes dois enunciados.

Compare-os:

1- Foi ótimo! O filme era tão bom, que


todos dormiam no cinema. Além disso,
durante a sessão, comemos pipoca salgada
demais e o refrigerante que levamos caiu no
meu vestido.
Foi uma tarde maravilhosa!

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

2-Fomos ao cinema, mas não gostamos do filme. Apesar disso, lá


comemos pipoca, tomamos refrigerante e nos divertimos muito.

Como você vê, dos dois, o 2º enunciado é o que articula as ideias de


forma direta e objetiva, aproximando bastante o relato dos fatos do que
realmente ocorreu.

O 1º enunciado pode inicialmente parecer contraditório, absurdo em


relação aos fatos, pois normalmente as pessoas não acham maravilhoso comer
pipoca salgada demais, cair refrigerante na roupa, etc. Contudo, esse
enunciado é perfeitamente possível, dependendo da intenção de quem fala, o
locutor (no caso, a garota), das habilidades linguísticas do interlocutor, ou seja,
com quem se fala (a mãe) e do quanto este conhece o locutor.

Por exemplo: e se a filha estiver ironizando, brincando com a mãe, ou


seja, dizendo uma coisa, mas querendo dizer outra? Nesse caso, ela diz que
tudo foi ótimo, mas deseja que sua mãe compreenda o contrário: tudo foi
péssimo.

Assim, tanto o 1º enunciado quanto o 2º podem ser adequados e


eficientes, dependendo do contexto em que são utilizados.

A essas articulações de ideias que participam da construção do sentido


de um texto chamamos coerência textual.

Como você viu, ela depende não apenas das articulações internas do
texto, mas também de outros fatores da situação comunicativa, ou seja, quem
é o locutor, qual é a sua intenção ao produzir o texto, se o interlocutor é capaz
de perceber essa intenção, etc.

A coerência é uma das características que um texto deve ter para


apresentar textualidade, isto é, para que seja de fato um texto e não apenas
um aglomerado de frases.

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

EXERCÍCIOS

Complete as lacunas com uma das palavras sugeridas entre parênteses.


Ao escolher as palavras, você vai notar que é possível produzir
diferentes textos. Contudo, procure manter a coerência de ideias.

A pessoa que me recebeu na casa ____________________(elegante,


chique, mal-assombrada, pobre) era uma ___________________(mulher,
garota, senhora, bruxa) de mais ou menos ________________(16, 30, 78, 140)
anos, muito _________________(simpática, interessante, feia, falante), de
cabelos ___________________(longos, curtos, arrepiados, brilhantes, negros),
nariz ____________________(arrebitado, adunco, pequenino, fino). Tinha um
olhar _________________(amedrontador, meigo, sereno, profundo)!
Apresentou-se num __________________(fino, elegante, asqueroso, sóbrio)
vestido ________________(preto, branco, cinza, cor-de-rosa) e convidou-me
para entrar e tomar um suco. Eu _________________(entrei, saí correndo,
aceitei o convite)...__________(agradecido, envergonhado, apavorado, tímido).

O que é coesão textual?

Você já aprendeu que um texto, para ter


textualidade, precisa apresentar coerência. Mas isso
não é tudo. Imagine que um jornal esportivo noticie
a chegada de atletas brasileiros, vindos das
Olimpíadas, da seguinte forma:

Dois atletas que representaram o Brasil nas Olimpíadas chegaram ao


aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, trazendo duas medalhas de ouro.
Apesar da conquista do ouro, não havia fãs à espera dos campeões. O
governador do Estado, porém, irá recebê-lo no Palácio.

O enunciado apresenta problemas de sentido. O texto inicialmente faz


referência a dois atletas; no entanto, na última frase se lê: ”O governador [...]
irá recebê-lo”. A quem o governador vai receber: aos dois atletas ou apenas a
um? Se a um atleta, qual deles? No caso, para garantir a clareza da
informação, seria necessário alterar o texto para uma destas soluções:

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

“O governador [...] irá recebê-los” ou, por exemplo, “O governador [...] irá
receber o campeão de natação”.

A esse tipo de relação entre as palavras chamamos coesão. Na notícia


lida, há outras marcas de coesão. Uma delas é a concordância entre as
palavras (Dois atletas, representaram, chegaram campeões). Outra marca de
coesão é a palavra, mas e a expressão Apesar de, que estabelecem oposição
entre a idéia anterior e a posterior.

Coesão textual são as articulações gramaticais existentes entre


palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto. Assim
como a coerência é o contexto, a coesão é um dos componentes da
textualidade.

Leia este texto:


Os ursos pandas chineses já foram
paparicados pelos ecologistas até o limite da
chatice. Mas promete ser divertido vê-los num
filme que começa a ser rodado no Himalaia
pela Warner Brothers americana.
(Superinteressante, set.1994.)

a) Releia a 2ª frase do texto. O autor a inicia com uma marca de coesão,


a palavra, mas, que introduz um sentido de oposição. Uma idéia nova, que vai
ser apresentada, será oposta a uma idéia da frase anterior. Quais são as ideias
que estão em oposição?

b) Outra marca de coesão existente na 2ª frase é o pronome los, em


“vê-los”.

Esse pronome é usado no lugar de um termo mencionado na 1ª frase do


texto, evitando sua repetição. Qual é esse termo?

2) A repetição desnecessária e excessiva de palavras prejudica a


coesão de um texto. Uma forma de evitar esse problema é substituir as
palavras ou expressões repetidas por pronomes pessoais. Observe: Os ursos
pandas são admirados em todo o mundo. Agora os ursos pandas poderão
ser vistos...

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Veja como ficaria com a substituição: Os ursos pandas são admirados


em todo o mundo. Agora eles poderão ser vistos ou Agora poderemos vê-los.

Perceba que tanto o pronome pessoal reto eles quanto o pronome


pessoal oblíquo los referem-se ao termo anteriormente mencionado: os ursos
pandas.

Faça o mesmo, substituam nas frases seguintes os termos destacados


por pronomes:

a) Os ecologistas se preocupam demais com os ursos pandas, mas


agora os ecologistas não terão mais com que se preocupar.

b) Os tigres asiáticos sofrem o risco de serem extintos, porém, graças


à ação dos ecologistas, tem sido possível manter os tigres asiáticos vivos.

c) Saiu de sua cidade aos 15 anos de idade, mas nunca deixou de amar
sua cidade.

d) Escreva com o lápis, mas não use o lápis para coçar o ouvido.

e) Maurício foi buscar seu primo, enquanto isso você fica sentado
esperando que Maurício traga seu primo.

3) Também podemos contribuir para a coesão de um texto, substituindo


palavras repetidas por sinônimos ou palavras da mesma área semântica, ou
seja, da mesma família de significados, como ônibus/veículo, aspirador de
pó/máquina. Observe como podemos evitar as repetições:

E então, quando haverá a festa? Quando é


que vamos comer bolo? Logo, logo, você vai fazer
12 anos e vamos ter champanhe na sua casa, não
é? Ora você não vai deixar de convidar seu amigo
para ajudar a apagar as velinhas, vai?

Perceba que – bolo, champanhe e apagar as velinhas – substituem a


palavra festa, já mencionada, e pertencem à mesma área semântica, isto é,
pertencem à família de palavras relacionadas a uma festa: bolo, velinhas,
cantar parabéns, etc.

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Nos textos que seguem, faça o mesmo: procure dar coesão ao texto,
substituindo as palavras e expressões destacadas por outras sinônimas ou da
mesma área semântica. Não as substitua por pronomes.

a) Sempre gostei de computadores, mas nunca entendi bem


computadores.

b) Estive pensando em comprar um par de tênis novos, mas os tênis


estão muito caros.

c) Iria ao supermercado procurar esses envelopes, mas hoje o


supermercado está fechado.

d) O Brasil necessita investir mais na produção de alimentos na zona


rural, senão o Brasil nunca vai resolver o problema de concentração da
população nas cidades.

e) Os cientistas nem sempre foram compreendidos em sua época, mas


sem os cientistas não haveria evolução da humanidade.

4) No texto abaixo, foram eliminadas algumas palavras propositalmente.


Apesar disso, leia-o, procurando perceber o seu sentido geral.

UMA IDADE PARA CADA FILME

Sair de casa com _______________________de entrar no cinema,


mesmo não tendo idade apropriada ___________ assistir ao filme desejado,
costuma ser um hábito de alguns jovens.

Mayara Machado Costa, 11 anos, estudante da 5ª série do Colégio


Augusto Laranja, em São Paulo, costuma frequentar os cinemas do Shopping
Morumbi, em São Paulo, e já viveu ______________________________. Ela e
sua amiga Renata Maia Prado Carneiro, de 11 anos, foram ao cinema para
assistir a um filme de aventura classificado para crianças de 14 anos. “Fui
barrada _______________________ o porteiro pediu minha identidade e
percebeu que eu não poderia entrar”, conta Mayara.

“Eu e minha amiga ficamos chateadas e fomos tentar nos divertir no


Playland”, diz. Leandro Machado Leis, 12 anos, estudante da 6ª série do

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Colégio Meninópolis, teve mais sorte ____________ Mayara e conseguiu


driblar o porteiro do cinema.

______________ tinha 10 anos de idade, ele assistiu a um filme de


suspense e não encontrou barreiras na entrada do cinema. “Vi o trailer na
televisão ______ fiquei muito curioso para assistir àquele filme
______________ era de suspense”, conta. “O porteiro até me barrou, ______
acabei convencendo ele”, relembra Leandro.

Quando o filme vai ser _________________ no cinema, a empresa


__________ é responsável pela sua distribuição pede autorização para o
Ministério da Justiça.

_________ fornece a classificação oficial determinada pelo Estatuto da


Criança e do Adolescente, ________ o juiz da Vara da Infância e da Juventude,
de cada município, também tem poder para regulamentar o acesso de menores
a diversões públicas através de uma portaria para prevenir qualquer violação
dos direitos da criança e do adolescente.

Mesmo havendo supressão de algumas palavras, é possível notar o


sentido global do texto. Preencha as lacunas com palavras que contribuam
para formar um sentido próximo do sentido original.

ABREVIATURAS

As abreviaturas podem não ser um código que o receptor domine. O


abuso no emprego delas pode ser causa de problemas de comunicação.
Aconselha-se, pois, evitar àquelas menos conhecidas e todas as que se
prestam para outras interpretações.

Existem muitas abreviaturas usadas tanto em textos, quanto em


documentos. Relacionamos as mais comuns:

As abreviaturas podem não ser códigos que o receptor domine. O abuso


no seu emprego poderá causar problemas de comunicação. Aconselha-se,
pois, evitar aquelas menos conhecidas e todas as que possibilitarem outras
interpretações.

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

PARÁGRAFOS:

São blocos de texto, onde concentram sempre uma ideia núcleo


relacionada diretamente ao tema cuja primeira linha inicia-se em margem
especial, maior do que a margem normal do texto, o que facilita tanto ao
escritor como ao leitor, percebê-lo de forma isolada para que de modo
analítico, capte as ideias principais do texto e posteriormente, sintetizá-las
compreendendo então o texto num todo.

A divisão em parágrafos é indicativa de que o leitor encontrará, em cada


um deles, um tópico do que o autor pretende transmitir. Essa delimitação deve
estar esquematizada desde antes do rascunho, no momento do planejamento
estrutural, assim a redação apresentará mais coerência.

Os Parágrafos são formados de períodos. Mas, diferente deles, o


parágrafo não é uma organização essencialmente sintática. Ele tem uma
função estética e também estrutural.

Não há moldes rígidos para a construção de um parágrafo. O ideal é que


em cada parágrafo haja dois ou três períodos, usando pontos continuativos (na
mesma linha) intermediários.

Ele avisa o leitor de que está começando outro bloco de ideias,


relacionado com o anterior e o posterior, se houver.

O parágrafo é recurso visual, pois o nosso pensamento não é


organizado na forma de parágrafos. Mas na hora de redigir, precisamos
organizá-lo numa linguagem comum a nós e a nosso leitor.

PARÁGRAFO NARRATIVO

O parágrafo narrativo deve transmitir fielmente a intenção da narração.


Ele tem como matéria o fato, ou seja, qualquer acontecimento de que o homem
participe direta ou indiretamente.

O relato de um episódio é composto por elementos como, enredo,


personagens, ação, tempo, espaço, causa, consequência, foco narrativo,

25
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

clímax e desfecho. Estes podem aparecer em sua totalidade ou parcialmente


dentro de um parágrafo narrativo.

É certo que todos os elementos nem sempre estarão contidos em um só


parágrafo, sendo assim presentes em outras unidades da narração, contudo há
a possibilidade destes serem observados num mesmo parágrafo, devido a
capacidade do autor e sua perícia na utilização dos recursos de linguagem a
ele disponibilizados.

O parágrafo narrativo tem como núcleo o incidente, o fato ocorrido, nele


também, geralmente, não se tem o tópico frasal explícito, pois este está diluído
implicitamente no ordenamento da narração.

PARÁGRAFO DESCRITIVO

É aquele que descreve o objeto, ser, paisagem ou até mesmo um


sentimento. Tal descrição se dá pela apresentação das características
predominantes e pelo detalhamento destas. É, portanto o objeto matéria da
descrição.

Uma descrição perfeitamente realizada, não se mostra pelas minúcias


descritivas do objeto.

A descrição deve apresentar o ângulo do qual ela será feita, não só o


físico, mas também a atitude da observação.

Quanto ao objeto a ser descrito, deve o autor formatar o posicionamento


físico deste, de forma a fazer com que o leitor crie o cenário em sua mente.

Essa apresentação se dá pela disposição ordenada dos detalhes, o que


cria uma cadeia de ideias que será absorvida pelo leitor.

A descrição deve abranger também a paisagem ou ambiente, e não


como resultado de mera observação, mas como de um contágio efetivo da
natureza ou ambiente sobre o autor, o que integra ao quadro e permite maior
dinâmica levando o leitor a ter melhor entendimento do texto descritivo.

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

TÉCNICA DE REDAÇÃO

Que é preciso para escrever bem?

Sem dúvida, escreve bem aquele que obtém uma resposta correta, que
corresponde ao que se tinha em vista. Isto, resposta correta, é aquela que vem
ao encontro de nossas necessidades. Comunicar é provocar uma resposta,
uma reação do receptor, do cliente da empresa. Quando uma carta muito bem
escrita não é compreendida, não houve comunicação.

DISSERTAÇÃO:
A boa dissertação segue um estilo particular de texto em prosa, onde o
elemento que se faz mais necessário é, sem dúvida, a Argumentação, ou seja,
a defesa de um ponto de vista acerca de determinado assunto. Tem-se como
dissertação, o texto que envolve discussão.

Aqui, além da capacidade argumentativa e da capacidade de se


expressar bem, um bom texto deste estilo requer criticidade e – algo
fundamental para tal – objetividade.

Defesa de um ponto de vista; persuasão; apresentação de ideias –


evidências/exemplos; definição de posicionamento; organização das
ideias.

Para o bom texto, então, devemos ter:

· UNIDADE

· COERÊNCIA

· COESÃO

· AUTONOMIA

E devemos estar atentos a dois pontos muito importantes:

· FORMA

· CONTEÚDO

27
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Ao longo das atividades, serão debatidos tais pontos, um a um, com o


uso de exemplos e, principalmente, a partir das práticas textuais.

ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

Em todas as formas narrativas a estrutura que molda os textos,


geralmente, é invariável. Trocam-se as nomenclaturas, modificam-se os
objetivos, mas, em regra geral, a grande parte dos textos em prosa constituem-
se de três fragmentos básicos, indispensáveis, principalmente se estamos
observando como se constrói uma dissertação:

· INTRODUÇÃO
Apresenta-se o tema e
· DESENVOLVIMENTO apontam-se os “caminhos”
· CONCLUSÃO que virão a seguir no texto,
a partir de alguma
informação sucinta.

É o momento de retomar o É momento de trazer as


tema, já enriquecido pelas evidências, os exemplos,
informações colocadas ao para que se “acenda” uma
longo da dissertação, discussão. É a partir desta
mostrando, objetivamente, a que se fundamenta a
opinião acerca do assunto e do argumentação e se desenha
questionamento feito a partir da a opinião do autor.
proposta.

CUIDADOS BÁSICOS COM A REDAÇÃO


O cuidado com a forma em textos manuscritos é importantíssimo para a
boa apresentação dos mesmos e exige atenção do aluno. A maneira como o
texto se apresenta define boa parte da concepção que o leitor tem daquele que
escreve. Não são todos os elementos constitutivos da forma e do aspecto
estético da escritura que são avaliados, mas constituem-se como parte
elementar num primeiro momento e alguns destes elementos também se
somam ao conteúdo, além de demonstrar capricho e bom gosto.

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

· Título: se for c/ verbo, deve ser produzido com as qualidades


necessárias a qualquer oração.

Ex:

TEMA DA REDAÇÃO: ______________________________________

TÍTULO:___________________________________________________

· Letra: legível; diferenciar, com clareza, maiúsculas de minúsculas.

· Margens: respeitar o limite esquerdo e o direito – evitar a “linha de


bêbado”.

· Erros / Retificações: a palavra errada recebe um único risco e é


fechada entre parênteses e retoma-se o texto a partir de então.

Ex: (célebro) cérebro

· Parágrafos: DEVEM ser constituídos de, no mínimo, dois períodos!

Há também aqueles elementos que jogam mais nos aspectos


gramaticais e que também se apresentam como dúvida frequente por parte de
quem escreve e exige extremo cuidado:

· Uso das aspas:

Citações

Ex:_____________________________________

Provérbios / ditos populares

Ex:_____________________________________

Ironias - uso de metáforas e coloquialismos - quando necessários


e bem utilizados

Ex:_____________________________________

· Períodos iniciados por conjunção adversativa: (mas, porém, contudo,


todavia, entretanto, etc.) podem fazer com que as argumentações soem
contraditórias e/ou ambíguas – principalmente em início de parágrafo (neste
caso específico, evite).

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

· Uso da crase

Ex:_____________________________________

· Pontuação: uso dos dois pontos, travessão, ponto-e-vírgula – cuidado


para não “forçar a barra”, utilizando-os quando não houver necessidade ou,
simplesmente, quando não estiver habituado ou à vontade.

Basicamente, quanto à dissertação, vamos trabalhar modelos de


proposta bastante simples e que se reduzem a dois tipos básicos: os de caráter
mais social, onde serão levantadas questões de cunho mais político e aquelas
de abordagem mais subjetiva, que envolvem questões relacionadas ao
sentimento e à emoção. Já mencionados antes, elementos como clareza, foco
temático e unidade são constantemente observados pelas bancas corretoras
dos vestibulares das I.E.S., mas é de extrema importância a observância dos
critérios de bom uso da expressão escrita, entre eles a prática coerente da
linguagem e a busca incessante pela originalidade (importantíssima!) e
autonomia. Tais elementos só são bem fixados com a prática da escrita, da
reflexão, da discussão e – principalmente – da leitura.

30
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

DESCRIÇÃO

Ato ou resultado de descrever, representação pormenorizada de um


objeto, ser, paisagem etc.

Jurídico. Caracterização detalhada, num processo, do que será


analisado de forma específica.

Retórica. Gênero de composição escrita, cuja matéria ou assunto é o


quadro, uma coisa, um objeto, uma paisagem, um ser. Distingue-se da
narração, cuja matéria ou assunto é o fato, um acontecimento, um episódio, um
incidente, ou da dissertação, que é uma sequência que busca ser racional
sobre as opiniões do tema.

Linguística. Descrição Estrutural. Análise pormenorizada de uma frase


cujas etapas que a compõe são apresentadas para confirmar ou descartar
determinadas regras.

Literatura. Tipo de texto literário cuja característica principal concentra-


se na representação pormenorizada da aparência exterior de algo ou de
alguém.

A descrição consiste na caracterização de pessoas, objetos ou lugares,


particularizando o que deseja-se ser ressaltado.Uma descrição completa inclui
distinções sutis úteis para distinguir uma coisa de outra. Descrição caracteriza-
se por ser um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais, sentimentos, cenas
ou ambientes. Entretanto, uma descrição não se resume à enumeração pura e
simples. O essencial é saber captar o traço distintivo, particular, o que
diferencia aquele elemento descrito de todos os demais de sua espécie. Os
elementos mais importantes no processo de caracterização são os adjetivos e
locuções adjetivas. Desta maneira, é possível construir a caracterização tanto
no sentido denotativo quanto no conotativo, como forma de enriquecimento do
texto. Enquanto uma narração faz progredir uma história, a descrição consiste
justamente em interrompê-la, detendo-se em um personagem, um objeto, um
lugar, etc
A qualificação constitui a parte principal de uma descrição. Qualificar o
elemento descrito é dar-lhe características, apresentar um julgamento sobre
ele. A qualificação pode estar no campo objetivo ou no subjetivo. Uma forma

31
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

muito comum de qualificação é a analogia, isto é, a aproximação pelo


pensamento de dois elementos que pertencem a domínios distintos. Pode ser
feita através de comparações ou metáforas.

Descrição Subjetiva X Descrição Objetiva:


Objetiva - Podemos dizer que este tipo de descrição seria como
um fotógrafo. Porque o autor "pega no flagra" os personagens. Devido a esse
fato, toda descrição objetiva é caracterizada com: linguagem denotativa,
predomínio do substantivo, ausência de figuras de linguagens, poucos
adjetivos, linguagem objetiva (ausência do "eu") e com a ordem direta dos
termos da oração, ou seja: Sujeito verbo complemento verbal adjunto adverbial.
Subjetiva - Nesta seria como se fosse um pintor pintando com seu
pincel e utilizando seu "Branco" de emoção, pois o autor expõe suas
"emoções" durante a "descrição". Por isso na subjetiva vamos ter o uso da
linguagem conotativa, predomínio do adjetivo, uso de linguagem figurada
(comparações, metáforas, prosopopéias, sinestesias, figuras sonoras), ordem
inversa dos termos (hipérbatos) e linguagem subjetiva.
Mediante a isso, a descrição também pode ser:
Estática - Ou seja, com verbos de ligação (ser, estar, permanecer,
andar, continuar, ficar, parecer...) frases nominais e enumerativas.
Dinâmica - Ou seja, com uso de verbos de ação.

32
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

RELATÓRIO – ESTRUTURA E TIPOS.

Relatório é o documento elaborado com a finalidade de apresentar e


descrever informações relativas a fatos vivenciados, ouvidos ou observados ou
historiar a execução de serviços e experiências.
ESTRUTURA DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
Os relatórios técnico-científicos constituem-se dos seguintes elementos:
Capa
Deve conter os seguintes elementos:
Nome da organização responsável, com subordinação até o nível
da autoria;
Título;
Subtítulo se houver;
Local;
Ano de publicação, em algarismo arábico.
Falsa folha de rosto
Precede a folha de rosto. Deve conter apenas o título do relatório.
Verso da falsa folha de rosto
Nesta folha elabora-se padronizadamente, a "Ficha Catalográfica"
(solicite auxílio ao Bibliotecário da sua área, para a confecção da mesma).
Errata
Lista de erros tipográficos ou de outra natureza, com as devidas
correções e indicação das páginas e linhas em que aparecem. É geralmente
impressa em papel avulso ou encartado, que se anexa ao relatório depois de
impresso.
Folha de rosto
É a fonte principal de identificação do relatório, devendo conter os
seguintes elementos:
a) Nome da organização responsável, com subordinação até o nível
de autoria;
b) Título;
c) Subtítulo, se houver;
d) Nome do responsável pela elaboração do relatório;
e) Local;

33
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

f) Ano da publicação em algarismos arábicos


Sumário
Denominado Contents em inglês, Table des Metières em francês,
Contenido em espanhol, é a relação dos capítulos e seções no trabalho,
na ordem em que aparecem. Não deve ser confundido com:
a) índice: relação detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes
geográficos e outros, geralmente em ordem alfabético;
b) resumo: apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de
maior interesse e importância;
c) listas: é a enumeração de apresentação de dados e informação
(gráficos, mapas, tabelas) utilizados no trabalho.
Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos.
Listas de tabelas e listas de ilustrações são as relações das tabelas e
ilustrações na ordem em que aparecem no texto.
As listas têm apresentação similar a do sumário. Quando pouco
extensas, as listas podem figurar sequencialmente na mesma página.
Resumo
Denominado Resumé em francês, Abstracts em inglês, Resumen em
espanhol, é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior
importância e interesse. Não deve ser confundido com Sumário, que é uma
lista dos capítulos e seções. No sumário, o conteúdo é descrito pôr títulos e
subtítulos, enquanto no resumo, que é uma síntese, o conteúdo é apresentado
em forma de texto reduzido.
Texto
Parte do relatório em que o assunto é apresentado e desenvolvido.
Conforme sua finalidade, o relatório é estruturado de maneira distinta.
O texto dos relatórios técnico-científicos contém as seguintes seções
fundamentais:
a) introdução: parte em que o assunto é apresentado como um todo,
sem detalhes.
b) desenvolvimento: parte mais extensa e visa a comunicar os
resultados obtidos.
c) resultados e conclusões: consistem na recapitulação sintética dos
resultados obtidos, ressaltando o alcance e as consequências do estudo.

34
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

d) recomendações: contêm as ações a serem adotadas, as


modificações a serem feitas, os acréscimos ou supressões de etapas nas
atividades.
Anexo (ou Apêndice)
É a matéria suplementar, tal como leis, questionários, estatísticas, que
se acrescenta a um relatório como esclarecimento ou documentação, sem dele
constituir parte essencial. Os anexos são enumerados com algarismos
arábicos, seguidos do título.
Ex.: ANEXO 1 – FOTOGRAFIAS

ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS
A paginação dos anexos deve continuar a do texto. Sua localização é no
final da obra.

Referências Bibliográficas
É a relação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor. Todas as
obras citadas no texto deverão obrigatoriamente figurar nas referências
bibliográficas.
A padronização das referências é seguida de acordo com a NBR-
6023/ago.1989 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técncias.
Algumas pessoas utilizam as normas americanas da APA - American
Psychological Association, diferenciando-se uma da outra em alguns
aspectos da estruturação.
Apresentação gráfica
Modo de organização física e visual de um trabalho, levando-se em
consideração, entre outros aspectos, estrutura, formatos, uso de tipos e
paginação.
Negrito, grifo ou itálico.
São empregados para:
a) Palavras e frases em língua estrangeira;
b) Títulos de livros e periódicos;
c) Expressões de referência como ver, vide;

35
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

d) Letras ou palavras que mereçam destaque ou ênfase, quando não


seja possível dar esse realce pela redação;
e) Nomes de espécies em botânica, zoologia (nesse caso não se
usa negrito);
f) Os títulos de capítulos (nesse caso não se usa itálico).
Medidas de formatação do relatório
Margem superior:............ 2,5 cm
Margem inferior:.............. 2,5 cm
Margem direita:............... 2,5 cm
Margem esquerda:............3,5 cm
Entre linhas (espaço):........1,5 cm
Tipo de letra: Times New Roman ou outro tipo de letra serifada.
Serifada - letra que tem serifa . [s.f. - pequeno traço, ou às vezes, simples espessamento, que remata,
de um ou ambos os lados].
Tamanho de fonte:............12
Formato de papel:.............A4 (210 X 297 mm)

Trataremos a seguir dos tipos de relatórios que, dentre os existentes,


serão os mais relacionados aos alunos dos cursos profissionalizantes do
SENAI:

1. RELATÓRIO DE VIAGEM E DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

É o documento que tem por objetivo a apresentação de informações e


experiências relativas à viagem realizada ou ainda a participação em algum
evento. Deve fornecer informações como data, destino, duração, participantes,
objetivos e atividades desenvolvidas.

36
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

2. RELATÓRIO DE ESTÁGIO

É o documento que visa fornecer informações relativas às experiências


que o estagiário adquiriu durante um período determinado. Deve fornecer
informações sobre o local onde foi realizado o estágio, o período de duração e
as atividades desenvolvidas.

Estrutura:

Faremos a seguir o comentário a respeito da capa, da folha de rosto, da


apresentação e do texto do relatório de estágio, alertando para que o redator
observe os demais itens (sumário, referências, anexos e paginação) no
capítulo referente à pesquisa, pois segue as mesmas normas.

CAPA: capa é a cobertura externa de material rígido (capa dura ou


cartonada), confeccionada em cartolina, que abrange as folhas que constituem
o relatório. Deve conter o nome do autor, o título e o ano.

FOLHA DE ROSTO: folha de rosto é a folha que contém os elementos


essenciais à identificação do relatório, ou seja:

a) autor;

b) título: claro e preciso, contendo palavras que identifiquem o seu


conteúdo e possibilitem o reconhecimento da informação;

c) nota indicando a natureza do relatório (grau, área e/ou disciplina), a


unidade de ensino (departamento, curso, setor, escola ou instituto, entre
outros), e a instituição em que é apresentado e a empresa onde ocorreram as
observações;

d) nome do orientador ou professor da disciplina, bem como o nome do


orientador na empresa;

e) local (cidade) da instituição na qual o relatório foi apresentado; e

f) ano em algarismos arábicos (podendo colocar o mês e o ano).

37
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

APRESENTAÇÃO: consiste em um texto de esclarecimento, de


justificativa ou prévio comentário, redigido pelo autor. Deve aparecer antes do
sumário. A apresentação é o texto em que o autor apresenta o relatório e o
justifica, indicando a sua finalidade e as parcerias no trabalho, se houver.

Não confundir com introdução, que trata de texto no qual o autor expõe o
assunto como um todo, situando o leitor no trabalho.

TEXTO: o texto do relatório de estágio é composto por:

a) descrição geral do local do estágio (histórico, descrição física, entre


outros elementos);

b) descrição das atividades desenvolvidas (informando o total de horas


em cada atividade, detalhando cada fase ou etapa do estágio);

c) descrição dos processos técnicos ou de outras particularidades


técnicas observadas;

d) conclusão, que deve incluir referência ao aproveitamento do estágio.

3. RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA

É o documento que tem como objetivo a apresentação de experiências e


registros técnicos adquiridos como resultados de uma visita técnica. Deve
fornecer informações sobre o local onde foi realizada a visita, o período de
duração e as observações feitas pelo visitante.

4. RELATÓRIO ADMINISTRATIVO

É o documento elaborado por um ou vários membros de uma


organização com o objetivo de relatar a atuação administrativa de uma unidade
ou de toda a organização. Este documento deve ser submetido à apreciação
de uma autoridade superior, geralmente ao término de um exercício.

38
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

REDAÇÃO TÉCNICA

ORDEM DE SERVIÇO

A ordem de serviço é um documento que tem função de emitir


comunicações internas em uma empresa a respeito de um trabalho que precisa
ser executado.

É necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes


do número de quem assina, com indicação do cargo.

Ato pelo qual se baixam instruções a respeito de normas de serviço ou


de administração de pessoal. São objeto de ordens de serviço, datadas e
numeradas, as determinações administrativas de caráter específico e as
decisões relativas a pessoal, desde que não sejam estas objeto de portarias.

Suas partes componentes são:

1. Título (a expressão ORDEM DE SERVIÇO), número e data, por


extenso, em letras maiúsculas e negritas.

2. Preâmbulo:

2.1. Denominação da autoridade expedidora, em letras maiúsculas e


negritas;

2.2. Fundamento legal e a matéria em pauta;

2.3. A palavra RESOLVE, em letras maiúsculas e negritas, seguidas de


dois pontos, à esquerda da página.

3. Texto: explicitação da matéria desdobrada em artigos, parágrafos,


alíneas e incisos, se forem o caso.

4. Local e data.

5. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que expede a


Ordem de Serviço.

39
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

EXEMPLO

ORDEM DE SERVIÇO SUCTOF N.º 001, DE 7 DE ABRIL DE 2011

O SUPERINTENDENTE DA CENTRAL DE TRANSPORTES OFICIAIS


DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e tendo
em vista a necessidade de disciplinar a distribuição das quotas de combustível,

RESOLVE:

Art. 1º - A entrega da quota mensal de combustível ao órgão participante


do sistema de controle de combustível será feita a pessoa credenciada,
mediante ofício do órgão participante, indicando o quantitativo desejado, que só
será liberado após análise desta SUCTOF.

Art. 2º - Esta Ordem de Serviço entrará em vigor na data de sua


publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2011

Antônio Carlos G. de Lima

Superintendente Central de Transportes Oficiais

REQUISIÇÃO

Embora normalmente signifique pedir, solicitar, requerer, em linguagem


jurídico-administrativa adquire o significado que exigir. É a exigência legal ou
ordem que emana da autoridade, a fim de que se cumpra o que é ordenado ou
exigido. Desse modo, a requisição pode referir-se a entrega de coisas, a
prestação de serviços ou mesmo ao comparecimento de pessoas.

Sendo assim considerada, dentro das empresas encontraremos vários


tipos de requisição, podendo até citá-los: de farmácia, de material, de mão-de-
obra... É o tipo de documento utilizado em quase todos os departamentos:
Departamento Financeiro, Departamento de Pessoal, Departamento de
Cobrança, Departamento de Venda, Almoxarifado...

40
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

CONSIDERAÇÕES GERAIS:

1. Todo e qualquer tipo de requisição deve partir de um bloco


devidamente timbrado e produzido para este fim.

2. Cada folha de requisição é numerada e impressa em duas ou três


vias, para que se realize o arquivamento e o controle.

3. Possui campos distintos, os quais podem enumerar: nome do


requerente, departamento de origem, nome do requisitado, data, especificação
do produto, quantidade do produto, preço, total, assinatura do responsável e do
recebedor (conforme a finalidade da requisição, esta deve ser elaborada com
campos úteis).

4. Deve ser preenchida com letra legível ou através de processo


mecânico.

LAUDO TÉCNICO

CONCEITO: Atividade que consiste em elaborar uma peça escrita,


fundamentada, na qual o profissional expõe as observações e estudos
efetuados, bem como as respectivas conclusões.
Na área da ELETRICIDADE, o Laudo elétrico é um tipo de laudo pericial
que trata dos aspectos técnicos envolvidos numa instalação elétrica.
O Laudo Elétrico é atualmente exigido no Brasil por diversas instância do
poder público, por certificadoras e por companhias de seguro para atestar a
conformidade das Instalações Elétricas residenciais, comerciais e industriais.
Alguns dos órgãos que podem exigir um Laudo Elétrico são: Ministério
do Trabalho e Emprego, através da sua norma regulamentadora NR-10, Corpo
de Bombeiros, Prefeitura Municipal, Certificadoras ISO 18000, Seguradoras.
O Laudo Elétrico deve ser emitido por um Engenherio Eletricista ou um
Técnico em Eletrotécnica com base em inspeções e medições realizadas nas
instalações elétricas, à luz dos requisitos estabelecidos pelas normas técnicas
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
As normas mais comuns que devem ser objeto de confrontação são:
NBR 5410, NBR 14039, NBR 600439, NBR 5413, NBR 5419, NBR 60079.

41
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

Um Laudo Elétrico só tem validade legal se assinada por Engº Eletricista


ou Técnico em Eletrotécnica registrado no CREA e houver o recolhimento de
uma Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, junto ao Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA.
Como trata da Segurança que pode afetar a vida e o patrimônio das
pessoas e empresas, apenas profissionais com larga experiência devem emitir
um Laudo.
Um Laudo Elétrico deve considerar os aspectos técnicos (conformidade
com as normas técnicas), jurídicos (Leis e normas), de proteção contra
incêndio e de segurança aos trabalhadores e usuários de eletricidade.

MODELO DE LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL


ITENS MÍNIMOS RESPONSÁVEIS PARA APRESENTAÇÃO DE
LAUDO TÉCNICO DE SEGURANÇA PARA EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS.
1. Identificação de Construção
1.1 – Interessado: Indicar o nome do proprietário da edificação.
1.2 – Local: Indicar a localização completa o imóvel (Rua, nº, lote,
quadra, bairro, município, estado);
1.3 – Assunto: Descrever o objeto do laudo a ser atingido;
2. Dados Técnicos da Edificação
Os dados técnicos da edificação deverão se obtidos, mediante
verificação local, através de exames, ensaios, testes ou ainda, por meio de
informações seguras fornecidas por pessoas que tenham participado da
execução de obra. No caso de informações prestadas por técnicos
credenciados, mencionar o nome, qualificação e o CREA.
2.1 Constituição da Edificação: Informar o número de pavimento da
edificação, metragem quadrada, pés direitos, etc..
2.2 Fundações: deverá ser descrito o tipo, se profundas ou diretas, os
materiais empregados, as normas seguidas, se há recalques, trincas, ferros
expostos, quais as recomendações para recuperação, etc..
2.3 Estruturas: Informar o tipo, os materiais empregados com suas
especificações técnicas tais como: armaduras, concreto utilizado, formas,
normas seguidas, se há fissuras, ferros expostos, quais as recomendações
para recuperação, etc..

42
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

2.4 Fechamentos e Alvenaria: Indicar o tipo, a qualificação dos materiais,


a forma e aplicação, as impermeabilizações, se há, quais as recomendações
para recuperação, etc..
2.5 Cobertura: Indicar o tipo, materiais empregados com suas
especificações técnicas, tais como: madeiramento, tipo de telhas, calhas,
impermeabilizações térmicas e hidráulicas, estado de conservação das
estruturas e telhas, procedimento para os reparos, etc..
2.6 Revestimentos: Informar o tipo de revestimento encontrado nas
áreas secas e úmidas, caso haja umidade nas paredes, quais os
procedimentos para recuperação, etc..
2.7 Pisos: Informar o tipo de pisos encontrados nas áreas secas e
úmidas, caso haja partes ocas, trincadas, quais os procedimentos para
reparos, etc..
2.8 Infraestrutura externa à edificação: Informar os tipos de materiais e o
estado em que se encontra o sistema de:
a – Drenagem de águas pluviais;
b – drenagem sanitária incluindo: caixas de inspeção, caixas de gordura
tanques sépticos, sumidouros, filtros anaeróbicos, etc..
c – rumos de arrimo, drenagem dos muros, condições de estabilidade,
indicando os parâmetros principais de cálculo, etc..
2.9 Instalações Hidráulicas Prediais: Informar as características das
instalações e o estado em que se encontram os materiais empregados nas
instalações de água fria e quente (incluindo aquecedores), gás, drenagem das
coberturas, existência de reservatórios de água, consertos a serem efetuados,
etc..
2.10 Instalações Elétricas Prediais: Informar as características das
instalações e o estado em que se encontram os materiais de proteção das
instalações contra descarga na rede elétrica, etc.
2.11 Instalações Telefônicas e Comunicação de Dados e TV: Informar e
caracterizar o sistema existente na edificação e seu estado de conservação.

43
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

3. Informações Complementares
3.1 Sempre que existir piscina deverá ser apresentado Laudo Técnico
específico conforme modelo sugerido pela PMI;
3.2 Caso haja necessidade de apresentação de estudo para adaptação
às Normas de Segurança, deverá ser acompanhado do respectivo Memorial
Descritivo, com os itens sempre referidos as normas da ABNT, ambos em duas
vias, além do cronograma físico financeiro correspondente.

4. Conclusões Finais
4.1 O responsável técnico deverá ser conclusivo com relação as reais
condições e equipamentos instalados e se referenciar sempre pelas Normas
Técnicas Oficiais – NTOs, abordando as condições de segurança, estabilidade,
conforto, salubridade, etc..

Ao final do Laudo o(s) profissional (ais) deverá (ão) fazer constar:


4.2 Declaramos ter vistoriado a Edificação e responsabilizamo-nos,
sob as penas da lei, que as informações constantes neste Laudo Técnico,
estão em conformidade com a legislação e normas Técnicas e vigor, a
menos quando mencionado em contrario.
Observações:
A – No campo da assinatura técnica, indicar qualificação, CREA, nº.
ART, registro da PMI nome completo do responsável e datar;
B – Anexar ART (original ou cópia autenticada);

MEMORIAL DESCRITIVO

1. CONSIDERAÇÕES

1.1 DADOS GERAIS:


PROPRIETÁRIO:
LOCAL :
OBRA :
ÁREA : 400,00 m²

44
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

1.2 FINALIDADE
O Memorial Descritivo tem por finalidade estabelecer os
serviços, fixando os métodos construtivos a serem empregados na execução
da presente obra de acordo com o projeto anexo, de um galpão Industrial com
área de 400,00m².

1.3 PROJETO
O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para construção civil, e o orçamento foi
elaborado conforme Caderno de Encargos da PINI.

2. ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO
2.1 FUNDAÇÕES
Para esse projeto foi sugerido o uso de sapatas de concreto como
solução para as fundações, mas é recomendado o laudo de sondagem do
terreno para determinar a resistência do solo, recomendados pela NBR-6122.
As fundações serão diretas através de sapatas de concreto armado nas
dimensões de 1,20x1,20m com altura mínima de 40cm, assentadas com
suficiente capacidade de suporte em lastro de concreto magro na espessura de
10cm no fundo, armadura com malha de ferro Ø 6.3mm c/20cm e pilarete de
tubo de concreto Ø 60cm para receber o pilar pré-moldado, sendo armado com
4 Ø 3/8” (10mm) e estribos 5.0mm c/15cm, sendo imprescindível o uso de
concreto usinado com FCK = 18 Mpa.

2.2 VIGAS DO BALDRAME


Deverá ser executado uma viga de baldrame em concreto armado nas
dimensões de 20x40cm e 15x40cm com armadura de 4 Ø 1/2” (12.5mm) e
estribos 5.0mm c/15cm. Após a montagem das formas em madeira será
necessário a colocação de espaçadores plásticos entre a ferragem e as formas
conforme NBR.

45
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

2.3 IMPERMEABILIZAÇÃO
Na parte superior das vigas de fundações bem como nas laterais, será
aplicado em toda sua extensão duas demãos de hidroasfalto, e nas primeiras
02 fiadas da alvenaria de tijolos.

2.4 ALVENARIA
As paredes serão executadas com alvenaria de tijolos de 8 furos de boa
qualidade e resistência, de acordo com as medidas nominais do Projeto
Arquitetônico. Em todos os vãos de portas e janelas na edificação será utilizado
as vergas e contravergas de 10cm em concreto com 02 ferros de 8.0mm.
Para o assentamento do tijolo poderá ser usada argamassa de cimento
e areia média no traço 1:6 e aditivo substituto da cal. Deverá ser executada
uma viga de cobertura em concreto com dimensão 15x40cm sobre as paredes
de largura nominal 20cm, sendo a armadura de 4 Ø 5/8” (10mm) e estribos
5.0mm c/15cm.

2.5 PILARES

Os pilares serão todos pré-moldados nas dimensões mínimas de


25x40cm com pé direito de 5,00m e deverão ser dimensionados pelo fabricante
com armadura suficiente para suportar a ação do vento e cargas atuantes. E
pilares com 15x40cm com pé direito de 2,60m na parte do administrativo
conforme especificação no projeto estrutural.

2.6 ESQUADRIAS

As janelas serão todas de ferro com cantoneira 3/4x3/4” #1/8” do tipo


basculante, com vidros lisos de 4mm nas esquadrias do pavilhão e 4mm
fantasia nos banheiros.
A porta externa da recepção será de ferro com folha galvanizada #18 e
com fechadura cilíndrica de boa qualidade. O portão do pavilhão será de
armação de ferro com folha galvanizada #18 do tipo contrapeso.

46
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

As portas internas serão todas de madeira semioca com fechadura


comum de metal.

2.7 VIDROS
Nos sanitários serão colocados vidros com espessura de 4mm do tipo
fantasia e nas demais dependências com vidros 4mm do tipo liso.

2.8 COBERTURA
No pavilhão terá tesouras metálicas com banzos de perfil U100x50mm
#3,35mm e diagonais/montantes de U92x30mm#2,25mm com distância entre
tesouras de 4m. As terças serão de madeira cedro 5x15cm, o suporte para
fixação de terça será de ferro tipo L # 4.75mm soldado na tesoura, deverá ser
previsto furos na chapa de ferro para pregação da mesma.
Os oitões do pavilhão serão de alvenaria de tijolos, estruturado com
pilares pré-moldados e viga de concreto armado.
As tesouras dos sanitários, recepção/administração serão executadas
em madeira tratada e imunizada contra inseto, com guias de 2,5x10cm e ripa
4,0 x 6,0cm todas de cedrinho, sendo que o espaçamento máximo entre
tesouras será de 1,20m.
A cobertura do pavilhão e dos anexos será com telha de fibrocimento
ondulada 6 mm.

2.9 REVESTIMENTOS
As paredes externas e internas serão salpicadas com chapisco 1:3 de
cimento e areia regular, emboçadas e rebocadas com argamassa de cimento,
cal e areia média no traço 1:1: 6.
As paredes internas dos sanitários serão chapiscadas, emboçadas e
revestidas até altura de 1,50m com azulejos 20x20cm ou piso parede 30x30cm
de boa qualidade, sendo colados com argamassa colante de cimento cola e o
restante até o teto será rebocado.
Os azulejos deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador, antimofo e
antibactericida, as juntas deverão ter largura de 3mm.

47
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

2.10 FORRO E BEIRAL

O forro da recepção/administração serão de PVC plástico do tipo lambri


macho-fêmea, cor branco, largura de 10 cm, pregado sobre estrado de madeira
cedrinho com ripas 2,5x3,5 cm distantes no máximo 40cm, sendo fixado nas
tesouras para evitar que o mesmo não sofra empenamento. Nos banheiros a
onde ficará a caixa d’água teremos uma laje maciça de 10 cm.
O beiral dos anexos será de lambri cedrinho do tipo macho/fêmea e
espelho de madeira cedrinho. No pavilhão não será previsto forro, devido o pé-
direito de 5m e a cobertura ser com telha de fibrocimento.

2.11 PINTURAS

As paredes externas e internas serão lixadas e pintadas com uma


demão de selador pigmentado e no mínimo de duas demãos de tinta acrílica.
O beiral de madeira será lixado e pintado com tinta à esmalte sintético.
As esquadrias de madeira serão lixadas e pintadas com fundo
preparador e tinta esmalte sintético.
As esquadrias de ferro receberão fundo antiferruginoso e acabamento
em esmalte sintético.

2.12 PAVIMENTAÇÕES
A regularização do piso será com aterro de material adequado e
executado em camadas devidamente apiloadas sobre o solo.
O contrapiso dos anexos será com concreto traço 1:4:4 (cimento, areia e
brita) na espessura mínima de 5cm.
O piso do pavilhão será de concreto armado com malha de ferro 4.2mm
c/30 cm com espessura mínima de 6 cm. O concreto utilizado deverá ser
usinado, devendo atingir um fck mínimo de 200 kgf/cm².
O desempeno do piso do pavilhão deverá ser realizado logo após a
concretagem, quando o concreto apresentar consistência levemente firme,
utilizando-se desempenadeira/lixadeira mecânica do tipo industrial.
Deverá ser marcado as juntas de dilatações de 5mm ao longo do eixo
transversal e longitudinal com requadros máximos de 4,00x5,00m executado

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

com equipamento de corte para concreto, sendo preenchidos as juntas com


asfalto de baixa penetração ou mastique especial.
Nos anexos serão assentados piso de cerâmica 30x30cm antiderrapante
com PEI-4, grau de absorção II, de 1ª classe ou piso monolítico, assente sobre
camada de regularização na espessura média de 3 cm, a argamassa será de
cimento e areia no traço 1:4.
Os pisos de cerâmica deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador,
antimofo e antibactericida, as juntas deverão ter largura de 5 mm

2.13 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS

A entrada de energia será executada a partir do painel medidor instalado


em alvenaria com poste de concreto para padrão de luz trifásico localizado na
entrada da edificação.
O quadro de distribuição de luz (QDL) será do tipo embutir para 12
disjuntores, caixa com tampa de metal. Os disjuntores serão do tipo mono
Os condutores serão fios de cobre com isolamento termoplástico para
600 v.
Os eletrodutos externos serão de PVC do tipo rígido e os embutidos em
alvenaria serão de PVC do tipo corrugados. As caixas serão do tipo embutir,
estampadas em PVC plástico do tamanho 2x4”. As tomadas e os interruptores
serão do tipo embutir, universal 6A-250V, cor cinza de termoplástico.
A iluminação do pavilhão será com luminária fluorescente tipo calha com
lâmpadas 2x110w, e os anexos serão pontos com luminária fluorescente tipo
calha com lâmpadas 2x40w.
Toda a instalação deverá ser feita conforme o Projeto Elétrico, seguindo
rigorosamente a NBR 5410 e as normas da concessionária local.
A instalação da rede telefônica interna e de responsabilidade do
construtor e será constituída da tubulação de entrada, caixa do tipo RO de
alvenaria da entrada da edificação rebocada interna e dreno do fundo, com
tampa de ferro fundido T-16 com dimensões de 30 x 30 x 50 cm. Utilizar
eletroduto de PVC rígido rosqueável, curvas de 45° ou 90° com diâmetro
mínimo de 25 mm e cabos CCI de 02 pares.

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

2.14 APARELHOS

A bacia sanitária será do tipo auto sifonada, cor branca e assento


plástico da mesma cor. A descarga será do tipo válvula fixada na parede.
O lavatório será com coluna e de louça branca vitrificada e de boa
qualidade.
Os suportes para papel e porta toalha serão de metal do tipo externo
fixado com bucha e parafuso. As torneiras serão metálicas cromadas, lisas, de
13 mm (1/2”) e de boa qualidade.
As barras de apoio para pessoas com deficiência física serão de metal
Ø 2” x 90cm fixadas nas paredes próximas ao vaso sanitário. O chuveiro será
elétrico do tipo ducha.

2.15 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

A entrada da água será com tubo PVC 32 mm até a chegada ao


reservatório, sendo distribuídos com barriletes de tubo PVC 50 mm até as
colunas de água. Os ramais serão executados, conforme o projeto e a ligação
das pias lavatório serão com engate plástico 13 mm (1/2”) com nípel.
As canalizações de esgoto serão com tubos e conexões de PVC 100
mm do tipo esgoto de boa qualidade com dimensões e especificações em
projetos.
O reservatório será de fibra com capacidade para 1000 litros. Deverá ser
previsto um cano de PVC 25 mm com registro na caixa d’água e saída para o
beiral que servirá de ladrão, extravasor e limpeza.
Os canos e conexões para água serão de PVC rígido do tipo soldável,
classe 12.
Os ralos sifonados serão de PVC com grelha, diâmetro 15 cm e saída de
cano 50 mm.
Se caso na cidade existir rede de capitação de esgoto, ele será
interligado a caixa de inspeção com tubulação de PVC de 100mm, senão será
construído uma fossa séptica de cimento do tipo câmara única com capacidade
para 5 pessoas e volume mínimo de 2125 litros, e sumidouro com tijolos
maciços gradeados, assentados com argamassa de cimento e areia 1:4, com

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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA

dimensões: comprimento = 4,00m; largura = 1,50m e profundidade = 1,50m;


com tampa de concreto armado para facilitar a inspeção.
A instalação será feita conforme o Projeto Hidrossanitário, seguindo
rigorosamente a NBR 8160 e as normas da concessionária local.

Belém, de de 2012 .

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BIBLIOGRAFIA
- FERREIRA, Reinaldo Mathias. Correspondência Comercial e Oficial
com Técnicas de Redação. Ed. Ática.13ª edição.1999.São Paulo-SP.
- MEDEIROS, João Bosco.Correspondência Técnicas de Comunicação
Criativa. Editora Atlas S.A.13ªedição.1999.São Paulo.
- SILVA, Cícero Antonio. Curso de Português e Técnicas de
Redação.1999.
- INFANTE, Ulisses Infante. Curso de Gramática Aplicada aos Textos.
Editora Scipione.2ªedição.1995.São Paulo.
- SACCONI, Luiz Antonio.Gramática Essencial Ilustrada.Atual
Editora.18ª edição. 1999.São Paulo-SP.
- SENAI, Centro de Educação Profissional de Ponta Grossa.Curso
Técnico em Eletromecânica Redação Técnica.1999.Ponta Grossa - PR.
- CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Todos os
Textos. Atual Editora. 1999. São Paulo-SP.
- CABRAL, Isabel. Palavra Aberta. Atual Editora.1998. São Paulo-SP.

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