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Universidade do Estado de Mato Grosso

Engenharia Civil
Estradas II

Misturas Asfálticas

Aula 22: Dosagem


Misturas Asfálticas

As misturas asfálticas constituem sistemas


plástico-elásticos cujos componentes tem
características, composta de uma fase sólida,
que é constituída pelos agregados pétreos de
elevado módulo de Elasticidade, uma fase
líquida, de betume asfáltico com viscosidade
elevada e uma outra fase gasosa de ar, que é
um fluído de compressibilidade elevada.

As misturas podem ser:

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Misturas Asfálticas

Misturas Abertas ou Fechadas:


 Abertas são aquelas que possuem
granulometria com predomínio de
agregados grossos de um mesmo tamanho
(de 1” a 1 1/2” são chamados de
macadame).
 Agora as misturas fechadas possuem uma
granulometria contínua, assim os
agregados finos preenchem os vazios
deixados pelos agregados grossos.

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Misturas Asfálticas

Misturas a Frio e a Quente:


 As misturas cuja temperatura de execução é
menor que 100ºC, são misturados a frio, sendo
nessas utilizados asfaltos diluídos ou
emulsificados, e os agregados não são aquecidos
para eliminar a umidade.

 Uma mistura asfáltica a quente é a combinação


dos agregados aquecidos a uma temperatura
relativamente alta e misturados com asfalto à
quente acima de 100ºC, esta ainda tem a
vantagem de que logo depois de compactada e
fria, já pode ser submetida imediatamente ao
tráfego.
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Misturas Asfálticas
Mistura na Estrada e em Usinas:
 Quando os agregados são distribuídos ao longo da
estrada sobre material asfáltico, para depois
misturá-los mediante meios mecânicos
(motoniveladores, arados de discos, usinas móveis,
etc.) denominam-se “misturas na estrada” ou
“mistura local”.
 Se, pelo contrário, a mistura for preparada em
uma usina fixa e logo transportada para a estrada
para ser distribuída e compactada, se trata de
uma “mistura em equipamento” ou “mistura em
usina”, sendo que nesta os agregados podem ser
classificados, secados e convenientemente
dosados para obter-se a granulometria que se
deseja.
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Misturas Asfálticas

Os fatores que influem na dosagem das


misturas, vinculadas com as propriedades que
se busca atingir no conjunto são:

Granulometria da mistura dos agregados;


Temperatura e viscosidade do asfalto;
Quantidade de asfalto usado;
Grau de Compactação.

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Misturas Asfálticas

A granulometria do agregado adotada e a


quantidade de asfalto utilizada na mistura,
são os responsáveis pela impermeabilização,
durabilidade e distribuição das tensões no
revestimento asfáltico.

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Misturas Asfálticas

A durabilidade dos revestimentos asfálticos


é limitada pela ação combinada dos agentes
climáticos e de trânsito.

Estes falham por deformação a altas


temperaturas ou por fratura e desintegração,
geralmente a baixas temperaturas.

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Tipos de Revestimento e Dosagem

Imprimação
É a aplicação de uma camada de material asfáltico sobre
a superfície de uma base concluída, antes da execução de
revestimento qualquer. Sua função é aumentar a coesão
da superfície de base através da penetração do material
asfáltico, promover aderência entre a base e o
revestimento, e impermeabilizar a base.

São indicados os asfaltos diluídos CM-30 e CM-70 devido


a baixa viscosidade, permitindo assim uma infiltração
melhor na base do pavimento.

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Tipos de Revestimento e Dosagem

Asfalto diluído de cura média utilizado para


imprimação

 A definição do teor de ligante asfáltico é obtida


experimentalmente variando-se a taxa de
aplicação de 0,8 l/m² a 1,3 l/m² e, após 24
horas, observando-se a que produziu maior
eficiência em termos de penetração e formou
uma película asfáltica consistente na superfície
imprimada, sem excessos ou deficiências.

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Tipos de Revestimento e Dosagem

Asfalto diluído de cura média utilizado para


imprimação

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Tipos de Revestimento e Dosagem

Pintura de Ligação
É a aplicação de uma camada de material asfáltico sobre
a superfície de uma base ou revestimento antigo, antes
da execução de revestimento asfáltico. Sua função é
aumentar a coesão da superfície de base através da
penetração do material asfáltico, promover aderência e
impermeabilizar a camada subjacente.

Para pintura de ligação poderá ser utilizado as emulsões


asfálticas a seguir: RR-1C, RR-2C, RM-1C, RM-2C e RL-
1C.

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Tipos de Revestimento e Dosagem

Emulsão asfáltica de ruptura rápida (RR-1C,


RR-2C ou RR-2C modificada por polímero)
 A definição do teor de ligante asfáltico é obtida
experimentalmente, no canteiro da obra, variando-se a
taxa de aplicação de 0,5 l/m² a 0,8 l/m² de emulsão
asfáltica, acrescentando-se proporcionalmente água
variando de 0,5 l/m² a 0,2 l/m², de forma que a taxa
total de emulsão e água seja sempre igual a 1,0 l/m².

 Deve ser observado, após o tempo de cura requerido,


normalmente de 4 a 6 horas, qual o teor total de
emulsão e água que não provocou escorrimento do
ligante para os bordos e formou uma película
superficial consistente, sem excessos ou deficiências.
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Tipos de Revestimento e Dosagem

Emulsão asfáltica de ruptura rápida (RR-1C,


RR-2C ou RR-2C modificada por polímero)

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Tipos de Revestimento e Dosagem

Emulsão asfáltica de ruptura média (RM-1C


ou RM-2C)
 definição do teor de ligante asfáltico é obtida
experimentalmente, no canteiro da obra, variando-se a
taxa de aplicação de 0,5 l/m² a 0,7 l/m² de emulsão,
acrescentando-se proporcionalmente água variando de
0,5 l/m² a 0,3 l/m², de forma que a taxa total de
emulsão e água seja sempre igual a 1,0 l/m².

 Deve ser observado, após o tempo de cura requerido,


normalmente de 12 a 24 horas, qual o teor total de
emulsão e água que não provocou escorrimento do
ligante para os bordos e formou uma película
superficial consistente, sem excessos ou deficiências.
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Tratamento Superficial

TSS : Tratamento Superficial Simples


TSD: Tratamento Superficial Duplo
TST: Tratamento Superficial Triplo

Os agregados utilizados podem ser pedra


britada, cascalho e escória britada, e material
asfáltico empregado pode ser a emulsão
asfáltica de ruptura rápida RR-2C
(preferencialmente), ou emulsão asfáltica RR-
1C, CAP-7 e o asfalto diluído CR-250.

Aula 14: Dosagem


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Ana Elza Dalla Roza – Lucas Ribeiro
Dosagem dos Agregados

Método do Gabarito
É um método direto, que consiste em um gabarito de
contornos metálicos, construído nas dimensões de 3 x 50
x 100 cm (medidas internas), onde o agregado é
acomodado uniforme e cuidadosamente, evitando-se
falhas e/ou excessos.
 Através da quantidade de agregado, em peso, que se
conseguiu acomodar dentro do gabarito e da área do
mesmo (0,5 m²), obtém-se a taxa de agregado.
 É conveniente que a taxa seja determinada através da
média de três determinações.
Através da divisão da taxa em kg/m² pela massa
específica aparente solta (g/cm³) pode-se
transformar a taxa de kg/m² para uma taxa em
l/m².
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Dosagem dos Agregados

Método da Califórnia
É um método indireto, onde as taxas de agregados são
calculadas a partir dos valores de “D” (diâmetro de
peneira que deixa passar 90% da amostra) nas
respectivas curvas granulométricas dos agregados de
uma camada.
 A taxa de agregados será:
T= 0,8 x D (taxa obtida em l/m²)

Através da divisão da taxa em kg/m² pela massa


específica aparente solta (g/cm³) pode-se
transformar a taxa de kg/m² para uma taxa em
l/m².
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Dosagem dos Agregados

TS
Com respeito à graduação, a distribuição mais uniforme
é a mais adequada.
 Com agregados bem graduados (graduação contínua)
há um envolvimento heterogêneo das partículas,
podendo-se chegar à ausência total de cobertura de
alguns grãos, diminuindo-se assim a adesão global e
aumentando-se o risco de rejeição destes. O risco de
exsudação posterior do ligante também é maior.
 Com agregados de dimensões similares, aplicados na
taxa correta, há uma adesão mais uniforme e,
portanto, maior estabilidade do conjunto. Obtém-se,
assim, também, uma área máxima de contato pneu-
agregado.
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Dosagem do Ligante

Método Direto
Pode-se admitir que a taxa total do ligante asfáltico, em
l/m², seja igual a 10,0% da taxa total de agregado, em
kg/m².

Cada banho de ligante deverá ser ajustado conforme o


tipo de tratamento superficial.

Por exemplo num TSD, uma distribuição adequada do


banho total de ligante seria: 35% da taxa total para o
primeiro banho e 45% da taxa total para o segundo banho
e os 20% finais para o último banho, esta sugestão é
válida para emulsão asfáltica RR-2C.

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Dosagem do Ligante

Método da Califórnia
Deve-se empregar as seguintes expressões para se obter
as taxas de ligante RR-2C em l/m²

L = (0,07 x T)+ 0,33 (Superfícies Normais)


0,67
L = (0,07 x T) + 0,45 (Superfícies Pororsas)
0,67

Onde:
L = Taxa de ligante (RR-2C), em l/m²
T = Taxa de agregado, em l/m²

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Pré Misturado a Frio (DNIT - ES 317/97)
Os constituintes do pré-misturado a frio são o agregado
mineral e a emulsão asfáltica.
Podem ser empregados:
 Agregado graúdo
 Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40%
 Índice de forma superior a 0,5
 Durabilidade, perda inferior a 12%
 Adesividade superior a 90%
 Agregado miúdo
 moderada angulosidade
 equivalente de areia igual ou superior a 55%
 Material de enchimento (filer)
 atendam a seguinte granulometria

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Pré Misturado a Frio (DNIT - ES 317/97)
Granulometria dos agregados (DNER-ME 083/98),
obedecendo as faixas especificadas no quadro:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Determinação da granulometria da mistura:
Seleção da faixa granulométrica
 Diâmetro máximo do agregado é fixado de modo a
não ultrapassar em 2/3 da espessura da camada.

O cálculo das quantidades dos materiais da mistura dos


diferentes agregados, com a finalidade de obter uma
dada granulometria especificada pode ser feito por
processos gráficos e analíticos (Método de Rothfucs).
Esses métodos permitem obter uma curva granulométrica
resultante, dentro da faixa especificada, com tolerâncias
estabelecidas em relação à mistura dosada, partindo de
materiais que, individualmente, não satisfazem à
especificação estabelecida.
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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Frio
A dosagem das misturas a frio inicia-se com o cálculo dos
teores preliminares de asfalto e emulsão asfáltica (EA).

Consiste do cálculo da superfície específica dos agregados


a partir da proporção dos diversos tamanhos de partícula
devidamente ponderada.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Frio
Deve-se determinar a massa específica média dos
agregados a partir da massa específica de três frações
predefinidas, conforme fluxograma:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Frio
Após calcular a superfície específica média dos
agregados, faz-se sua correção com um fator
determinado em função da massa específica real média
dos agregados (Gsamédio), conforme indica a Tabela:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Frio
Calcula-se, então, o teor de asfalto residual (p) em relação à massa
total dos agregados utilizando a expressão:

Onde:
k = módulo de riqueza. Para PMF denso, Santana (1993) sugere valores de k entre 3,2 e
4,5.

Obtém-se o teor de asfalto (p’) e de emulsão asfáltica (p’EA) sobre a


mistura asfáltica total a partir das seguintes relações:

Onde:
t = teor percentual em massa de asfalto na emulsão asfáltica.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Frio

Tendo sido definido o teor t, procede-se à


DOSAGEM MARSHALL variando-se os teores de
moldagem (geralmente t±1% e t±2%) e
determinando-se então os parâmetros
volumétricos e mecânicos.
Santana (1993) sugere a determinação do teor de
projeto final de acordo com o teor que obtiver a
maior massa específica aparente do corpo-de-
prova.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Frio

O Método Marshall modificado - DNER-ME 107/94,


para as misturas a frio, é aplicado para
verificação das condições de vazios, estabilidade
e fluência, atendendo aos valores seguintes:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Pré Misturado a Quente
Os constituintes do pré-misturado a quente são o
agregado mineral e cimento asfáltico.
Podem ser empregados:
 Agregado graúdo
 Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40%
 Índice de forma superior a 0,5
 Durabilidade, perda inferior a 12%
 Adesividade superior a 90%
 Agregado miúdo
 equivalente de areia igual ou superior a 55%
 Melhorador de Adesividade
 A adesividade dos agregados ao ligante betuminoso é
determinada conforme os métodos NBR 12583 e NBR 12584.
Quando não houver boa adesividade deve-se empregar aditivo
melhorador de adesividade.
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Tipos de Revestimento e Dosagem
Pré Misturado a Quente
Granulometria dos agregados, obedecendo as faixas
especificadas no quadro:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Determinação da granulometria da mistura:
Seleção da faixa granulométrica
 Diâmetro máximo do agregado é fixado de modo a
não ultrapassar em 2/3 da espessura da camada.

O cálculo das quantidades dos materiais da mistura dos


diferentes agregados, com a finalidade de obter uma
dada granulometria especificada pode ser feito por
processos gráficos e analíticos (Método de Rothfucs).
Esses métodos permitem obter uma curva granulométrica
resultante, dentro da faixa especificada, com tolerâncias
estabelecidas em relação à mistura dosada, partindo de
materiais que, individualmente, não satisfazem à
especificação estabelecida.
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Tipos de Revestimento e Dosagem
Pré Misturado a Quente
Devem ser empregados cimentos asfálticos de
petróleo dos tipos CAP 30-45 CAP 50-70 e CAP 85-
100, classificação por penetração.
Para a dosagem do ligante asfáltico os corpos-de-
prova Marshall devem ser moldados conforme NBR
12891, com 75 golpes por face.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Concreto Asfáltico (DNIT - ES 31/2006)
Os constituintes são o agregado mineral e cimento
asfáltico.
Podem ser empregados:
 Agregado graúdo
 Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40%
 Índice de forma superior a 0,5
 Durabilidade, perda inferior a 12%
 Adesividade superior a 90%
 Agregado miúdo
 equivalente de areia igual ou superior a 55%
 Material de enchimento (fíler)
 Melhorador de Adesividade

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Concreto Asfáltico (DNIT - ES 31/2006)
Granulometria dos agregados, obedecendo as faixas
especificadas no quadro:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Concreto Asfáltico (DNIT - ES 31/2006)
Devem ser atendidos os requisitos abaixo:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Concreto Asfáltico (DNIT - ES 31/2006)
Devem ser empregados cimentos asfálticos de
petróleo dos tipos CAP 30-45 CAP 50-70 e CAP 85-
100, classificação por penetração.
Para a dosagem do ligante asfáltico os corpos-de-
prova Marshall devem ser moldados conforme NBR
12891.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Determinação da granulometria da mistura:
Seleção da faixa granulométrica
 Diâmetro máximo do agregado é fixado de modo a
não ultrapassar em 2/3 da espessura da camada.
 Camada de rolamento apresenta maior porcentagem
de material fino.

O cálculo das quantidades dos materiais da mistura dos diferentes


agregados, com a finalidade de obter uma dada granulometria
especificada pode ser feito por processos gráficos e analíticos
(Método de Rothfucs).
Esses métodos permitem obter uma curva granulométrica resultante,
dentro da faixa especificada, com tolerâncias estabelecidas em
relação à mistura dosada, partindo de materiais que,
individualmente, não satisfazem à especificação estabelecida.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
O método de dosagem de maior uso em nível
mundial faz uso de compactação da mistura
asfáltica por impacto (golpes), sendo denominado
de Método Marshall, em referência ao
engenheiro Bruce Marshall, que deu origem ao
desenvolvimento desse procedimento na década
de 1940.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
A norma DNER-ME 043⁄95, que trata do método
de dosagem Marshall, recomenda o esforço de
compactação de 50 golpes em cada face do corpo
de prova, para pressão de inflação do pneu até
7kgf/cm², e de 75 golpes em cada face do corpo
de prova, para pressão de inflação do pneu de
7kgf/cm² até 14kgf/cm².

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
O objetivo do método consiste em determinar-se
o teor ótimo de asfalto (teor de projeto, também
denominado) que deverá ser adicionado à mistura
de agregados (que respeita a faixa
granulométrica pré-fixada), a fim de que sejam
satisfeitas às condições prescritas na
Especificação de Serviço do DNIT.

Como por exemplo para a DNER-ES 031⁄2006:

42
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
IMPORTANTE:
A mistura a ser dosada deve manter na pista certa percentagem de
vazios (% V), pois com o tempo os agregados tendem a se
compactar sob a ação do tráfego e o asfalto tende a subir para a
superfície da capa de rolamento (exsudação).

Este fato cria o conhecido problema das pistas derrapantes, devido


à película de asfalto que aparece no topo de uma camada de
concreto asfáltico.

Outra razão de se manter os vazios em certo intervalo de valor é a


característica da variação de volume do asfalto por influência da
temperatura, o que causaria o mesmo problema, se os vazios não
existissem.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
IMPORTANTE:
A relação betume-vazios (RBV) fixa a proporção de
betume dentro dos vazios deixados pelos agregados e se
deve ao mesmo fato anterior.

A estabilidade corresponde à ruptura do corpo de prova


devido ao esforço de compressão, valor expresso em
kgf, exercido durante o ensaio de compressão diametral.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
Os procedimentos para a determinação dos
parâmetros gerados numa dosagem Marshall
para concreto asfáltico usado em camada de
rolamento são, em síntese, os seguintes:
1) Seleção da faixa granulométrica a ser utilizada na
mistura asfáltica considerando, principalmente o tipo
de tráfego;

2) Determinação das massas específicas reais do ligante


e dos agregados;

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
3) Projeto de mistura dos agregados para a definição da
composição granulométrica que deverá ser
enquadrada nos limite da faixa especificada;

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
4) Escolha das temperaturas de mistura e compactação, a
partir da curva viscosidade x temperatura do ligante
escolhido;

 A temperatura do ligante não deve ser inferior a


107ºC nem superior a 177ºC.

 A temperatura dos agregados deve ser de 10 a 15ºC


acima da temperatura definida para o ligante, sem
ultrapassar 177ºC.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
5) Adoção de teores de asfalto para os diferentes grupos
de corpos-de-pova a serem moldados. Cada grupo
deverá ter, no mínimo, três corpos-de-prova, a fim de
que se possa obter um valor médio das características
da mistura, para cada teor de asfalto.

 Conforme a experiência do projetista, para a


granulometria selecionada, é sugerido um teor de
asfalto (T, em %) para o primeiro grupo de CPs.

 Os outros grupos terão teores de asfalto acima


(T+0,5% e T+1,0%) e abaixo (T-0,5% e T-1,0%).

49
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
 por exemplo, 6 %:

Portanto, teremos teores de asfalto de 5,0 % 5,5 %, 6,0 %,


6,5 % e 7,0 %, correspondendo a cinco (5) séries de
corpos-de-prova, sendo três (3) moldados para cada teor
de ligante, totalizando quinze (15) corpos – de – prova a
serem ensaiados.

50
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
6) Os CPs são moldados conforme indica a seqüência da
Figura:

51
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
6) Os CPs são moldados conforme indica a seqüência da
Figura:

52
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
 Na preparação dos corpos-de-prova para o ensaio
Marshall, os agregados e o asfalto são aquecidos
separadamente, até a temperatura especificada e,
então, misturados.
 A mistura betuminosa é colocada no molde aquecido
(90ºC – 150ºC), numa única camada, e compactada com
75 golpes (tráfego pesado) com o soquete padrão em
cada face do corpo de prova.
 O corpo-de-prova de concreto asfáltico é um cilindro
com diâmetro igual a 4” (10,16 cm) e 2 ½” (6,35 cm)
de altura.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
7) Após o resfriamento e a desmoldagem dos corpos-de-
prova, obtêm-se as dimensões do mesmo (diâmetro e
altura).
 Determinam-se para cada corpo-de-prova suas
massas seca (MS) e submersa em água (MSsub).
 Com estes valores é possível obter a massa
específica aparente dos corpos-de-prova (Gmb),
que, por comparação com a massa específica
máxima teórica (DMT), vai permitir obter as
relações volumétricas típicas da dosagem.
 Estas relações volumétricas serão mostradas no
passo 10.

54
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
8) A partir do teor de asfalto do grupo de CPs em questão
(%a), ajusta-se o percentual em massa de cada
agregado, ou seja:
%n = %n* × (100% – %a)
onde %n é o percentual em massa do agregado “n” na
mistura asfáltica já contendo o asfalto. Note-se que
enquanto Σ %n* = 100%, após o ajuste, Σ %n = 100% – %a.

55
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
9) Com base em %n, %a, e nas massas específicas reais
dos constituintes (Gi), calcula-se a DMT
correspondente ao teor de asfalto considerado (%a)
usando-se a expressão apresentada:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
9) Exemplo apresentado:

57
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
10) Cálculo dos parâmetros de dosagem para cada CP,
conforme expressões:

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
10) Exemplo apresentado: (2 Cps)

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
10) Os parâmetros volumétricos a seguir devem ser
sempre calculados com valores de Gmb médio de três
corpos-de-prova:

60
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
11) Após as medidas volumétricas, os corpos-de-prova são
submersos em banho-maria a 60°C por 30 a 40
minutos;
12)Retira-se cada corpo-de-prova colocando-o
imediatamente dentro do molde de compressão;

61
Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
13)Determinam-se, então, por meio da prensa Marshall os
seguintes parâmetros mecânicos resultantes da curva
obtida:
 estabilidade (N): carga máxima a qual o corpo-de-
prova resiste antes da ruptura;

 fluência (mm): deslocamento na vertical


apresentado pelo corpo-de-prova correspondente à
aplicação da carga máxima.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
Com todos os valores dos parâmetros volumétricos e
mecânicos determinados, são plotadas seis curvas em
função do teor de asfalto que podem ser usadas na
definição do teor de projeto.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
ESCOLHA DO TEOR DE PROJETO:
O método de dosagem Marshall pode apresentar diversas
alternativas para escolha do teor de projeto de ligante
asfáltico:

1) Escolha do teor de projeto correspondente a um Vv de


4%;
2) Escolha a partir da estabilidade Marshall, da massa
específica aparente e do Vv.
 Nesse caso, o teor de projeto é uma média de três
teores, correspondentes aos teores associados à
máxima estabilidade, à massa específica aparente
máxima da amostra compactada e a um Vv de 4%.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
ESCOLHA DO TEOR DE PROJETO:
O método de dosagem Marshall pode apresentar diversas
alternativas para escolha do teor de projeto de ligante
asfáltico:

3) Outra forma de se obter o teor de projeto é fazendo


uso somente de dois parâmetros volumétricos, Vv e
RBV, o que é mostrado a seguir:
 Os parâmetros determinados no passo 10 são
correspondentes a cada CP. Os valores de cada
grupo são as médias dos valores dos CPs com o
mesmo teor de asfalto.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
ESCOLHA DO TEOR DE PROJETO:

 Pode-se então selecionar o teor de projeto a partir dos parâmetros de


dosagem Vv e RBV.
 Com os cinco valores médios de Vv e RBV obtidos nos grupos de corpos-de-
prova é possível traçar um gráfico do teor de asfalto (no eixo “x”) versus
Vv (no eixo “y1”) e RBV (no eixo “y2”).
 Adicionam-se então linhas de tendência para os valoresencontrados dos
dois parâmetros.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
ESCOLHA DO TEOR DE PROJETO:
 O gráfico deve conter ainda os limites específicos das duas variáveis,
indicados por linhas tracejadas.
 A partir da interseção das linhas de tendência do Vv e do RBV com os
limites respectivos de cada um destes parâmetros, são determinados
quatro teores de CAP (X1, X2, X3 e X4).
 O teor ótimo é selecionado tomando a média dos dois teores centrais, ou
seja, teor ótimo = (X2 + X3)/2.

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Tipos de Revestimento e Dosagem
Misturas a Quente – DOSAGEM MARSHALL
ESCOLHA DO TEOR DE PROJETO (EXEMPLO):
 Escolha do teor de projeto de uma mistura de concreto asfáltico na faixa
B do DNER com o CAP 30/45. Foi inicialmente escolhido um teor de asfalto
de 5,0%. Os demais grupos foram dosados com 4,0%, 4,5%, 5,5% e 6,0%. Os
valores dos parâmetros de dosagem apresentados são relativos às médias
dos CPs de cada grupo. Na última linha da tabela é indicado o teor ótimo
determinado através de um gráfico como o apresentado. O teor de
projeto é dado por (X2 + X3)/2, onde X1 = 4,4%, X2 = 4,6%, X3 = 5,4% e X4
= 5,5%.

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