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ISBN 85.297.

0018-X
ISSN 0100-9443

________ . ___ _.. __ LTURA. DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRÁRIA

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA ~


CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE GAOO DE CORT - CNPGC
CAMPO GRANDE, MS

. PARA O MANEJO INTEGRADO DAS


PROPOSICÃO

• •

Campo Grande, MS
1992
IS8N 85.297.0018-X
ISSN 0100-94.'

Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Rerorma Agrária

Empre~a de Pe~qul~a Agropecuárla-EMBRAPA


Bra~ileira
Centro Nacional de PesquIsa de Gado de Corte-CNPGC
Campo Grande, MS

PROPOSIÇAO PARA O
MANEJO INTEGRADO DAS CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS

José Raul Valério


WIlson Werner Koller

Campo Grande, MS
1992
EMBRAPA-CNPGC. Documentos, 52
Exemplares desta publicaç~o podem ser solicilados ao:
CNPGC
Rodovia BR 262, km 4
Telefone: (067) 763-1030
Telex: (067) 2153
FAX: (067) 763-2245
Caixa Postal 154
CEP 79080 Campo Grande, MS
Tlragelll: 1.000 exemplares
COMIT~ DE PUBLICAÇOES
Cacilda Borges do Valle
Ecila Carolina Nunes Zampleri Lima - Editoraç~o
Estelino Augusto Baroli
Ezequiel Rodrigues do Valle
Fernando Paim Cosla
Kepler Euclldes Filho - Presidente
Maria Anlonia U. Cintra de Oliveira Sanlos - Normalizaç~o
Roza Maria Schunke
DatIlografIa: Marcos Paredes Martins
Desenho: Paulo Roberto Duarte Paes
CrIaçao/Capa: José Raul Valério

VAL~RIO, J.R.; KOLLER, W.W. ProposiçAo para o lIIa-


nejo integrado das cigarrInhas-das-pastagens.
Campo Grande : EMBRAPA-CNPGC, 1992. 37p. (EM-
BRAPA-CNPGC. Documentos, 52).

1. - Manejo inlegra-
Clgarrinhas~das-pastagens
do. 2 . ZuIIa entrerIana - Manejo inlegrado. 3.
ZuIla entrerlana Controle. !. Koller, W.W.
11. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Gado
de Corte (Campo Grande, MS). l I ! . Titulo. IV.
Sérle.
CDD 595.752

© EMBRAPA 1992
AGRADECIMENTOS

A todos que colaboraram na execução dos trabalhos, em


especial à Marlene Conceiçao Monteiro OliveIra, Lélla
Inês dos Santos Zampieri Vera, Gustavo Oliva Paschoal,
Valdomiro Marques Correa e Dilma Borlinques. Os
agradecimentos são extensivos também aos membros do
Comitê de Publicações do CNPGC e revisores pelas
sugestões feitas à redação deste trabalho.
SUMARIO

Pág.

lNTRODUÇAO ....... . ............ . ..... .. . . .. . .... . 9


2 MANEJO DE PRAGAS EM PASTAGENS .......... . ....... . 10
3 CARA CTERIZAÇAO DO PROBLEMA .. , .... . . ... ...... ... . 10
3.1 Sobre a gramínea forrageira . .. . . ..... .. .... 10
3 . 2 Sobre o inseto 12

4 CONSIDERAÇOES SOBRE AS ALTERNATIVAS DE CONTROLE.. 13


4.1 In 'j eticida s Químico s ... . . .. ............. . .. 14
4 . 2 Pr á t i c a s cu I tur a I s ............ . ............ 14
4.3 Re s istência de planta s aos in s eto s . .. . .... . 15
4.4 Cont ro I e b i o I 6g ico .. . ..... .. ........ .. ..... 15
5 ALGUNS RESULTADOS OBTIDOS PARA FUNDAMENTAR AS
PROPOSIÇOES DE MANEJO........................... 16
5.1 EfeIto de diferente s cargas-animal, durante
o período seco do ano, no s níveis populacio-
naIs de cigarrinhas no inícIo da infesta-
ç~o oo.. . . . .............. . .................... ...... .......................... 16
5.2 Efeito da remoç~o da cobertura vegetal morta
(palha) acumulada ao nível do 'j oIo, em pas-
tagens de Brachlarla decu.bens sujeItas a
diferentes cargas-animal, sobre os níveis
populacionais das cigarrinhas .............. 19
5.3 Tratos culturais em pastagens de Brachlarla
decu.bens Stapf: efeitos sobre os ovos, nin-
fas e adultos de cigarrinhas-das-pastagens .. 22
5.4 Seleçao de gramíneas resistentes às cigar-
rinhas-das-pastagens ....................... 24
6 PROPOSIÇOES PARA O MANEJO INTEGRADO DAS CIGAR-
RINHAS-DAS-PASTAGENS ............................ 30
6 . 1 Diversificar as pastagens da propriedade com
a inclusao de gramíneas resistentes às ci-
garrlnhas ........................................................ . .......... 30
6.2 Manejar as pastagens, adequando a carga-ani-
mal, de modo a evitar sobra de pasto ....... 31
6.3 Queima controlada, após as primeiras chuvas,
podendo estar associada à gradagem, em áreas
com histórico de altas infestaçOes ......... 33
6.4 Uso de inset i c i da s .................... . .... 33
7 REFER~NCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................... 34
ANEXO I ............. . .............................. 37
CONSIOERAÇOES INICIAIS

As cigarrinhas representam as principais praga s das


pa st agen s na maioria dos Estados brasileiros. Devido à
sua ocorrência generalizada e aos altos n íveIs
populacionais, cau sa m severos dano s reduzindo a pr odução
e qualidade de gramíneas forrageiras s usceptíveis.
Pastagens são culturas de baixo valor por unidade de
área. Se, por um lado, tal característica limita a adOÇa0
de medida s convencionais de controle de praga s , por
outro, favorece a adoção de táticas de manejo integrado
de pragas; principalmente se e st as forem de baixo custo e
fácil adOÇa0.
o Centro Nacional de Pesqui s a de Gado de Corte (CNPGC)
da Empresa Bra si leira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA),
ao longo de vários anos, vem desenvolvendo pesquisas
avaliando métodos alternativos de controle, bem como
estudos relativos aos danos e à biologia das cigarrinhas.
Nesta publicação, sao apresentados resultado s de
alguns desses trabalhos, com base nos quais, sao
formuladas algumas recomendações que compõem uma proposta
de manejo integrado para o controle das cigarrinhas. No
entanto, é importante lembrar que o problema representado
pelas cigarrinhas é muito complexo. O termo
"cigarrinhas-das-pastagens" inclui in~meras espécies. Em
diferentes regiões do Brasil, além de se constatar a
predominância de diferentes gramíneas forrageiras,
constatam-se também, diferentes complexos de cigarrinhas.
Devido a essa diversidade, bem como diversidades de ordem
geográfica e climática, o programa de manejo talvez não
possa ser um ~nico para todo o país.
Os dados aqui apresentados referem-se, principalmente,
à espécie Zulla entrerlana que predominou nas áreas
estudadas.
Entende-se que, quanto maior for o volume de
conhecimentos sobre os fatores associados ao prOblema
clgarrinhas-das-pastagens, mais acertado será o programa
de manejo. Reconhece-se que o volume necessário de
conhecimentos é bem maior do que hoje se dispõe. No
entanto, mesmo na aus~ncia de outras informações, deve- s e
tentar implementar um programa de manejo ba s eando- s e no
bom senso, conhecimentos e experi~ncias atuai s . I s to
significa dizer, Que se trata de um proce~so dinâmi c o e
Que, à luz de novas informações, possívei s alleraçõ es
poder~o ser feitas no manejo ent~o propo s to.

Assim sendo, seria de grande interesse, conhecer a


opini~o de produlores e lécnicos das vária s regiõe s do
Brasil, sobre as proposições iistadas neste trabaiho.
Para lanto, àqueles interessados em preslar tal
colaboraç~o, solicilamos o preenchimento do queslionário
Que se encontra no final desta publicaçao.

Os autores
PROPOSICAO PARA O
MANEJO INTEGRADO OAS CIGARRINHAS-OAS-PASTAGENS

José Raul valério 1


Wiison Werner Kolle~

1 INTRODUCAO

Independentemente da cultura em Questao, o manejo Ou o


controle integrado de pragas, é hoje resultado da tomada
de consciência de Que nao se pode, e nao se deve,
continuar na dependência exclusiva de inseticida s que, em
várias ocasiõe s , têm s ido utilizado s , preventivamente, no
controle de pragas. Inúmero s exemplos ilustram uma
dependência cada vez maior pelos produtos químicos, seja
por resistência aos inseticidas, reinfestaçao da praga,
ou mesmo pela ocorrência de pragas até entao tidas como
secundárias, ocasionando, além do custo elevado no
controle, problemas de ordens ambiental e social.
O conceito de manejo de pragas inclui um enfoque mais
tolerante quanto ao "status" de praga, ou seja, considera
que nem todas as pragas têm a importância que lhes são
atribuídas, e que há níveis populacionais que deveriam
ser tolerados. Procura-se, portanto, racionaiizar o
controie ao invés de maximizá-lo.
O manejo de pragas pode ser entendido como uma seleçao
racional de métodos de controle, que venham garantir uma
agricultura eficiente, minimizando os inconvenientes para
a saúde humana e meio ambiente. O conceito de manejo de
pragas inclui, portanto, aspectos de ordem econÔmica,
ecológica e social.

1
Eng.-Agr., Ph.D., CREA/MS NQ 317/0, EMBRAPA-Centro
Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC), Caixa
Postal 154, CEP 79080 Campo Grande, MS.
2
B1610go, Ph.D., CRB-1 NQ 01392/84, EMBRAPA-CNPGC.
10

2 MANEJO DE PRAGAS EM PASTAGENS

Pastagens são culturas de baixo valor por unidade de


área. Isto favorece a adoção de táticas de manejo de
pragas, uma vez que o pecuarista é um produtor acostumado
a conviver com diferentes níveis populacionai s de in s eto s
em suas pa s tagen s . Já o agricultor tradicional, devido ao
maior valor por unidade de área de sua cultura, não
tolera a simples presença de insetos pragas em sua
lavoura, adotando, muitas vezes, medidas preventivas de
controle.
Um outro aspecto importante, favorecendo a
implementação do manejo de praga s em pa s tagens, é o fato
de estas constituirem ecossistema s semi-perenes.
t importante con s iderar que a bovinocultura de corte
no Bra s il é basicamente exten s iva. Purtanto, as práticas
de manejo de praga ~ a serem recomendadas não podem ser
tais que inten s ifiquem o sistema de produção. De s ta
forma, deve- s e pensar em proposições que sejam de baixo
custo e fácil adoção, coadunando-se , o máximo possível,
com a realidade atual de exploração.

3 CARACTERIZAÇAO DO PROBLEMA

As recomendaçõe s de manejo de pragas deverão estar de


acordo com s ituaçõe s específicas. Para tanto, deve-se
caracterizar, neste c aso, a gramínea em questão e a praga
ou as "pragas-chaves" que serão alvo das táticas de
manejo.

3.1 Sobre a gra.rnea forragelra


A região do s Cerrados, que ocupa, aproximadamente, 20%
do território brasileiro, é responsável pela manutenção
de um percentual importante do rebanho bovino brasileiro.
Pelas características do solo (baixa fertilidade e alto
teor de alumínio), esta região, antes da introdução de
gramlneas cultivadas, possibilitava uma utilização na
11

base de uma unidade-animai para cada 6-8 hectares de


pastagem nativa. Apó s a introduç~o da gramí n ea Brachiaria
decu.bens, particularmente a cultivar Basilisk (também
conhecida como cv . Au s traliana), a s itua ç ~o da pecuária
de corte ne s ta regi~o foi significativamente alterada.
Es ta gramínea adaptou-se perfeitamente ao s s olo s do s
C errado~ e hoje perm i te um a c a pa c idade d e supo rt e de a té
1, 5 u nidade-animal por hec t a re. N~o s ó n o ~ Ce rr ad os , ma s
ta mbém em ou tr as regi~ es , milha res d e hecta r es foram
es tabelecido s c om e ss a gr a mIn e a, s o b ampl a var i eda d e de
co ndiç~e~ c limática s , ge ográficas e e dáfi cas.

t c omum, portanto, e nco ntr a r á r e a~ d e mi lhare s de


hec t a r es pl a nt a das uni c a ment e c om B. decumben s ,
o riginando exten s a s mon oc ultura s , co n s titu in do
ec o ss istema s reconh ec idam en te com mu ito meno r d iv e r s idade
do que os eco ss i s tema s naturai s.
Infelizmente, nestas condiç~e s , e~ta forrageira
permitiu explo s ~es populacionais de alguma s e s pécie s de
insetos às quais se mo s trou altamente ~usceptível: O
complexo cigarrinhas-das-pa s tagens.
Na realidade, as pastagens de B. decu.bens apresentam
uma ampla variedade de insetos, que são ainda pouco
estudados. No geral, a entomofauna associada às pastagens
é pouco conhecida em face do já mencionado baixo valor
por unidade de área destas pastagens. Dos insetos pragas
em pastagem de B. decu.bens, todos são daninhos até certo
ponto, mas certas espécies, como as
cigarrinhas-das-pastagens, sao particularmente
importantes devido à sua ocorrência generalizada, aos
altos níveis populacionais e à severidade dos danos que
causam. Estes insetos, que têm sido intensivamente
estudados nos últimos anos, sao, portanto, considerados
pragas-chaves para as pastagens de B. decu.bens. Em
funçao disso a discussao será limitada a proposiç~es de
manejo para estes insetos; particularmente para a espécie
lu!!a entrerlana.
12

3.2 Sobre o Inseto


Ao se desenvolver um programa de manejo de pragas, é
multo importante o conhecimento da bioecoiogia dos
organismos a serem manejados. No caso, a denomlnaç30
cigarrinha-das-pastagens inclui um compiexo de espécies.
Diferentes regiões do Brasil apresentam diferentes
complexos de cigarrinhas. Devido a esta diversidade, bem
como diversidades de ordem geográfica e climática, o
programa de manejo n30 pode ser único para todo o paIs.
O complexo das clgarrinhas-das-pastagens
(Homoptera:Cercopidae) inclui, principalmente, as
seguintes espécies: DeoIs Inco.pIeta (Waiker), importante
na regi30 Norte do paIs; lulla entrerlana (Berg), Deols
schach (F) e Aeneola.la selecta selecta (Waiker),
importantes para o Nordeste; e Deols flavoplcta (Stal),
Que juntamente com lulla entrerlana, predomIna nos
Estados do Brasil Central, norte do Paraná e na regi30
Leste. Trata-se de um grupo de Insetos bastante unIforme,
tanto morfologicamente, como nos padrões gerais de
comportamento, segundo aiguns autores . No entanto,
caracterlsticas peculiares de cada e s pécie, bem como do
reiacionamento inseto-planta-melo, sao fundamentaIs para
Que se possa propor um bom programa de manejo.
A ocorr~ncia das clgarrinhas coincIde com a estaç30
chuvosa do ano. Trata-se de um inseto multivoltlno
(várias gerações no ano), sendo Que o número de gerações
é funç30 da duraçAo do perIodo chuvoso. Na regi30 Norte,
onde a cigarrlnha predominante ~ a Deols Incompleta, as
áreas de clIma do tipo "Afi" permitem a ocorrência destes
insetos durante o ano todo. Já na reglAo do Distrito
federai, regiAo de cilma mais seco, a ocorr~ncia da
espécie predominante (Deois fl8vopicta) se dá,
principalmente, entre os meses de novembro e março. Estas
duas situações iiustram bem a necessidade de
reglonallzaçAo das proposições de manejo de pragas.
A eclo~30 da~ ninfas, provenielltes de ovo~ em
diapausa, tem o s eu inIcio por o ca ~ i3 0 d o princIpio da
e s taç30 chuvo s a, Que no Brasil Cenlral, por exemplo,
aconlece geralmente no mê~ de ~ etembro. Em geral, e s les
ovO~ sao ovipo~ilados no solo, nos re~tos v ege lai~, ou
na~ folhas morla~ aInda presa s às bases da~ plantas.

A~ ninfas, apó~ a eclosão, alojam-se nas ba~es da~


touceira~, junto ao solo, onde permane c em envoltas por
uma ma s~ a espumosa, produzida por elas, até a emergência
do ~ a dullos . E~te~ se acasalam, ocorre a ovipo~ição e dão
origem a uma nova geração. O ci c lo ovo a ovo va ria com as
dif e rentes espéCies, ma s , em gerai, gira ao redor de 58
dias (período de in c ubação: 15 dia ~ ; perIodo ninfa l: 40
dias; pré-ovipo~içao: 3 dia s ). Alribui-~e um a longevidade
média de dez dia~ à s ci garri nha s .
Em funçao da duração de~l e ciclo de vida, e da duraçao
do períOdO chu vOSO do ano p ard um a dada região, lem- s e o
n,jmero de gerações das di fe rentes espéCies de
ci garrlnhas. Há regiõe s, r omo o Di s lrito Federal, onde se
admite Que a e s pécie predominanle (O. flavopIcta)
apre~ente duas gerações; já em Campo Grande, MS , têm s ido
verifi c adas até Quatro gerações. t de se esperar um
número superior de gerações para certas regiões da
Amazônia, onde as condições permitem a constanle presença
destes insetos .

• CONSIOERAÇOES SOBRE AS ALTERNATIVAS DE CONTROLE

ConhecImentos sobre o ciclo de vida, a flutuaçao


populacional e o número de geraç~es nao sao suficientes
para o estabeiecimento de um programa de manejo. Na
realidade, o volume necessário de conhecimentos é bem
maior. Por exemplo, nao se dIspõe ainda de conheci-
mentos básicos, como o nível de dano econÔmico . No
entanto, mesmo na ausência desta e de outras informaçOes,
deve-se tentar implementar um programa de manejo
baseando-se no bom senso, conhecimentos e experiências
14

atuãi~. Isto significa dizer que se trata de um pro c e sso


dinâmico e que, à luz de novos conhecimentos, pos s ívei s
alterações poder~o ser feitas no manejo até então
propo s to .

~.1 Inseticidas quI.icos


O us o de inseticidas químicos em pastagens depara-~e
com duas limitaç~es importantes: a primeira, de ordem
ecológica, uma vez que demandaria o tratamento de
extensa s áreas e, a segunda, de ordem econômica,
associada ao alto cu s to resultante do tratamento de s ta s
áreas. Tais limitaçõe s pOderiam ser talvez minimizada s
atravé s d o uso de produtos s eletivos e da s eletividade na
aplicação, ou seja, aplicaçõe s feitas rigorosament e
apena s nas ocasiões e locai s ne c e s sário~. No c a~ o
particular de áreas de s tinadas à produç~o de s emente ~ de
gramíne a s forrageiras, tais limitações são menores, face
a redução nas áreas a serem tratadas e a maior margem de
lucro desta ativIdade. Na maioria das veze s , o produtor
tem lançado mão desta ferramenta em ocasiões imprópria s ,
motivado pela constatação de danos (amarelecimento) da s
pastagens. Valério (1985) concluiu que a sintomatologia
dos danos causados pela cigarrinha Z. entreriana, em B.
decu.bens, se expressa plenamente só após três semanas.
Se considerarmos que a longevidade média destes adulto s
está ao redor de dez dias, ao se constatar o pasto
amarelecido, a quase totalidade da populaç~o responsável
por aqueles danos já teria morrido, não se justIficando,
portanto, a aplicaçao de InseticIdas naquele momento.

~.2 Práticas culturais


Como mencIonado anterIormente, o sistema de exploraç~o
é extensivo e as proposIç~es dever~o se coadunar com tal
realidade. PrátIcas culturais apresentam grande potencial
neste caso. O manejo visando controlar a altura da
gramínea pode contribuir no controle das cigarrinhas.
Apesar de alguns pesquisadores entenderem que o pasto
deva ser mantIdo alto, há ainda controvérsia a esse
respeIto. A queima das pastagens é prática tradicIonal e
15

freqüente na bovinocultura de cor t e naciona l. Esta


medlda, a~~im co mo a gradagem efe tuada por ocasião da
renovação de pa~tagen~, ~ão al terna tiva ~ potencial mente
úteis no controle das cigarrinha~.

~.3 Resistência de plantas aos insetos


Ne~ta alternativa, talvez resida a grande con tribuição
ao manejo de pragas de pastagens. A busca de
alternativas, se não para a ~ub~tituição da B.
decumbens, que ~em dúvida será tarefa muito difí ci l, mas
para a composição de um quadro mai ~ diver~ificado no
contexto da exploração, deverá s er uma con~tante.
E s tudo~realizados têm revelado algumas gramíneas com
boa ~ qualidade ~ agronômica~ e que têm apresentado
apreciável nível de resi~tência à~ cigarrinha~. lita-se o
caso da Brachiaria brizantha cv. Marandu, que tem
evidenciado alta capacidade produtiva, boa aceitação pelo
gado e um elevado grau de resistência às cigarrinhas. t
claro que, para efeito de uma correta diversificação, o
interessante seria incluir gramíneas de diferentes
gêneros, como o capim Andropogon gayanus, que se tem
caracterizado como uma boa alternativa. t interessante
também considerar a utilização, na medida do pos~ível, de
gramíneas nativa s , como por exemplo: Pasp3lum guenoarum e
Paspalum pllcatulum.
Uma outra ~uge~tão, particularmente, para o caso do
produtor que irá formar sua propriedade, seria a
permanência de faixas ou bosques com a comunidade vegetal
original entre as pa~tagens, principalmente objetivando
abrigar os inimigos naturais.

~.~ Controle bIológico


Inimigos naturais das cigarrinhas têm sido citados em
vários trabalhos. Contesta-se, entretanto, sobre a
abundância, variedade e efici~ncia dos mesmos. Este é,
sem dúvida, um campo que tem muito ainda a oferecer para
o controle das cigarrinhas. A larva da mosca
Salplngogaster n1gra (Oiptera:Syrphida p ) tem sido um dos
16

predadore~ mai~citados atuando sobre ninfas de


cigarrinhas, enquanto que o fungo entom6geno Metarhizium
anisopliae tem sido amplamente estudado, com potencial de
se tornar arma importante no manejo destes insetos.
Esforços deveriam ser feitos no sentido de se conhecer
mais sobre esles e outros inimigos naturais. s~o de
grande importância estudos visando aumentar a densidade
populacional da mosca S. nlgra. Algumas observações
revelam que sua presença tem sido maior em áreas de
pastagem adjacentes à vegetaç~o de cerrado. Conhecimentos
sobre sua biologia, fatores de mortalidade influindo
sobre flutuações da praga e deste predador, e do impacto
deste predador sobre a cigarrinha, s~o essenciais.
Deve-se ter um grande conhecimento, tanto sobre o inimigo
natural quanto sobre a praga, se o objetivo é um bom
manejo para controlar as cigarrinhas-das-pastagens.
Quanto ao fungo entomógeno M. anisopliae, apesar dos
inúmeros estudos, tem-se observado inconsistência nos
resultados de avaliações de controle. Tais constatações
têm limitado a sua recomendaç~o.

5 ALGUNS RESULTADOS OBTIDOS PARA FUNDAMENTAR AS


PROPOSIÇOES DE MANEJO

5.1 Efeito de diferentes cargas-animal, durante o


período seco do ano, nos níveis populacionais de
cigarrinhas no início da infestação
~ conhecido,
para multas espécies de insetos, que
mudanças na planta hospedeira podem influenciar aspectos
como sobrevivência, desenvolvimento, fecundidade, bem
como dispers~o dos adultos (Kain et aI. 1975). O manejo
das pastagens, através da carga-animal, promove
alterações nas plantas hospedeiras e constitui uma
ferramenta importante no controle de insetos, em
pastagens.
17

Os dados apresentado s na Tabela referem-se aos


níveis populacionais de ninfas e adultos das clgarrinhas
por ocasiao do prImeiro pico populacional. Este pico
(prImeira geraçao) é resultado QOS níveIs de infestaçao e
de sobrevivência dos ovos em diapausa nas pastagens.
Os levantamentos populacionais ocorreram ao longo de
três anos. Neste estudo, procurou-se conhecer o efeito de
um manejo diferenciado na seca, quando os ovos das
cigarrinhas permaneceram em diapausa, sobre os níveis
populacionais, particularmente na primeira geraçao de
cigarrinhas. Amostraram-se ninfas e adullos em pastagens
de B. decumbens, submelidas a lrês cargas-animal: 1,0;
1,4 e 1,7 unidades-animal (UA/ha) na seca, e sob carga
única, de 2,5 UA/ha, no período das águas (novembro a
abril).

TABELA 1. Níveis populacionais de cigarrinhas, por


ocasião do primeiro pico, em pastagens de
Brachiaria decumbens cv . Basillsk, submetidas a
diferentes cargas-animal no período seco
(maio-oulubro). Média das infestações 1979/80,
1980/81 e 1981/82.

Níveis populacionais
Carga-animal
Adultos/m'
(UA/ha) Ninfas/m'
(l. entreriana)
1, O 100,9a* 19,2a*
1 ,4 70,7b 12,5b
1, 7 61,3b 7 , 1c

*Médias seguidas da mesma letra, na mesma coluna, nao


diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabll idade.

A constataçao mais importante d~ste trabalho refere-se


ao fato de nIveis populacionais mais elevados terem sido
verificados nos pastos sujeitos à menor carga-animai, ou
18

seja, nos pastos mais altos. Alguns trabalhos, mesmo


referindo-se a insetos diferentes, fundamentam esta
observaç~o.

Dixon & Campbell (1978) afirmam que o aumento da


carga-animal reduziu acentuadamente a populaç~o de
Costelytra zealandlca (Scarabaeidae), denominado "grass
grub". Concluem que, por raz~es ecológicas e produtivas,
a manipulaç~o de cargas-animal, durante períodos críticos
no cIclo de vida deste inseto, merece estudos como medida
de controle.
Naito et aI. (1977b), verificando o efeito de cortes
da pastagem na ocorrência de insetos e pragas, citam que
a maioria dos insetos e aranhas diminuíram em número
depois do corte. Os autores sugerem que este fato se deva
à migraç~o para áreas adjacentes n~o cortadas, retirada
dos insetos com a grama cortada, mudança no
relacionamento entre os insetos, morte causada pela
máquina de corte, e mudança no microclima. Observaram,
também, que n~o só pragas como também inimigos naturais
diminuíram em número. Entretanto, puderam verificar que a
abundância relativa de inimigos naturais e pragas
aumentou com o corte e que a habilidade predatória
tendeu, algumas vezes, a aumentar na área cortada.
Num outro estudo, Naito et aI. (1977a) verificaram o
efeito de pastagens puras e consorciadas na ocorrência de
insetos praga~. As pastagens consorciadas (gramíneas +
leguminosas) que apresentam maior diversificaç~o
horIzontal e vertical, abrigavam maior número de inimigos
naturais. Concluem que, para manejo de pragas, é mais
interessante pastos com consorciaç~o do que pastagens
puras, uma vez que populaç~es de inimigos naturais e
diversificaç~o de espécies aumentam, o que diminui,
portanto, o risco de explosões populacionais de certas
pragas.
Tailamy & Denno (1979) observaram a resposta de
insetos sugadores à simplificaç~o na estrutura da planta
hospedeira . A altura da gramínea, a diversidade da altura
da folhagem e a biomassa foram significativamente
19

correlacionadas à riqueza de espécies, sendo a altura da


gramínea a maior responsável pela variaçao na riqueza de
espécies de insetos sugadores.
Segundo Morris (1969), diferenças entre a fauna de
invertebrados em áreas pastejadas e não pastejadas foram
muito acentuadas, mostrando que as populaç~es de insetos
aumentavam, em muito, após o término do pastejo .

5.2 Efeito da remoça0 da cobertura vegetal morta


(palha) acumulada ao nível do solo, em pastagens
de Brachiaria decumbens sujeitas a diferentes
cargas-animal, sobre os níveis populacionais das
cigarrinhas
Durante a conduçao do teste anterior, observaram-se
diferenças na quantidade de material vegetal morto,
acumulado ao nível do solo nas pastagen s sujeitas às
diferentes cargas.
Ninfas e adultos destes insetos foram amostrados
semanalmente ao longo de 17 meses, em parcelas
experimentais onde se procedeu à remoção manual da palha
(por meio de rastelos) e, em parcelas onde esta foi
mantida. Verificou-se que o número médio, tanto de ninfas
por metro quadrado, como de adultos por dez redadas,
foi menor (P < 0,05) nas parcelas em que a palha foi
removida, independentemente da carga-animal à qual a
pastagem esteve submetida (Tabela 2). As reduções médias
observadas para ninfas e adultos foram de 60 e 30%,
respectivamente. Tais reduções nao resultaram da r~moçao
da população já existente, mas foram conseqüência das
alterações microclimáticas provocadas pela remoça0 da
palha. Hewitt (1986), ao estudar alguns fatores
ambientais que afetariam a sobrevivência dos ovos de
cigarrinhas, durante a estaçao seca, no Brasil Central,
observou que esta foi maior nas pastagens com mais de 30
cm de altura e que apresentavam abundância de palha em
decomposição. Hewitt (1985) estudou, também, a
preferência de cigarrinhas quanto à oviposiçao, frente a
diferentes características de solo e de cobertura
vegetal, sendo que a presença de palha foi sempre
20

preferida para a postura, em comparaçao a um mesmo tipo


de solo com ausência de palha. Oomen (1975) afirma Que os
ovos em diapausa encontram maiores possibilidades de
sobrevivência sob uma camada de palha, onde conseguem
proteçao contra altas temperaturas. A remoça0 desta
palha, bem como o corte e remoça0 do restante da
forragem, feitos duas semanas antes do início das chuvas,
reduziu em 93% o número de ninfas, em compara~ao à área
nao tratada. Seiffert (1978) relata Que, ao se permitir
sobras de forragem, os animais selecionam as partes mais
novas e tenras das plantas (principalmente de janeiro a
fevereiro, no Brasil Central), permanecendo o restante
intocado até a primavera seguinte. Menezes et alo (1983)
recomendam a remoça0 desta sobra por meio da Queima ou
roçagem, em benefIcio da rebrota da pastagem. " A sobra de
forragem associa-se ao aumento do volume de palha
acumulado no solo. Fagan (1969) afirma Que pastagens com
grande densidade de caules e touceiras, formam uma
proteção contra ventos Quentes (reduzindO a evaporação) e
altas temperaturas, aumentando a taxa de sobrevivência de
ninfas. Esse mesmo papel é desempenhado por plantas altas
e, principalmente, pela palha acumuiada ao nIvel do solo.
Desta forma, pastagens manejadas mais intensamente, desde
que nao sejam superpastejadas, resultam num menor acúmuio
de palha e, conseqüentemente, expõem os ovos e ninfas de
cigarrinhas a um ambiente menos favorável à sua
sobrevivência, produzindo, ao mesmo tempo, forragem com
características agrostológicas mais interessantes para o
consumo e o rendimento do rebanho.
21

TABELA 2. Efeito da remoç~o da cobertura vegetal morta


(palha), acumulada ao nível do solo, sobre os
níveis popuiaciona i s ' das cigarrinhas 1 em
pastagens de Brachlarla decu.bens mantidas
durante o período seco do ano (maio a outubro)
sob diferentes cargas-animal . Janeiro de 1983 a
maio de 1984.

Cargas- NQ médio NQ médio de


2 3 4
-animal na s eca Tratamento de ninfas adultos por
4
(UA/ha) por m' dez redadas

SR 194,6a 106,6a
1, O
CR 86,4b 79,9b

SR 36,9a 19,2a
1, 4
CR 12, 1b 12,2b

SR 19, 1a 7, 1a
1, 7
CR 8,5b 5,2b
1
Zulla entreriana (Berg, 1879), 85% de ocorrência; Deols
flavopicta (Stal, 1854), 14% e, Mahanarva fl .. brlolata
(Stal, 1854), 1%.
2
Durante o período das água~ (novembro a abril) a carga-
-animal é única e igual a 2,5 UA/ha.
3
SR - sem remoç~o da palha; CR - com remoç~o da palha.
4Médias seguidas da mesma letra, dentro de cada coluna e
carga-animal, n~o diferem entre si pelo teste de Tukey
ao nlvel de 5% de probabilidade.
22

5.' Tratos culturais e. pastagens de Brachiaria


decu.bens Stapf: efeitos sobre os ovos, ninfas e
adultos de clgarrlnhas-das-pastagens
A prática da limpeza de pastagens, através de queimas,
é uma rotina em diversos Estados brasileiros. Pastagens
pouco produtivas ou em degradação também sao,
eventualmente, submetidas a gradagem e/ou outros tratos
culturais visando ao aumento de produtividade. t pouco
conhecido o efeito da adoça0 de tais práticas sobre as
populações de insetos associados às pastagens de B.
decumbens, particularmente com respeito às cigarrinhas.
Parcelas experimentais com área individual de 1.600 m'
foram submetidas aos tratamento s queima e gradagem, após
a primeira chuva de setembro, antes do aparecimento das
primeiras ninfas. Constatou- se que ambo s os tratamentos
determinaram reduções significativas (P< 0,05) no número
de ovos (Tabela 3) . A viabilidade dos ovos remanescentes
também foi significativamente (P <0,05) reduzida. Na
gradagem, constatou-se que es s a reduçao no número de ovos
foi maior devido ao soterramento de ovos, enquanto que,
no tratamento queima, a viabilidade dos ovos é que foi
grandemente reduzida em funçao do caior. Menezes &
Pereira (19837) observaram que a temperatura durante a
queima em pastagem, chegou a 370°[, matando as ninfas de
cigarrinhas. Visto que as ninfas se desenvoivem em
ambiente úmido, e se protegem no interior da espuma que
produzem, os ovos devem ser mais vulneráveis à açao das
aitas temperaturas, nos per Iodos em que a pastagem se
encontra sob baixas condições de umidade.
Estudos conduzidos posteriormente, combinando-se os
efeitos da queima aos da gradagem, mostraram que a
populaçao de ninfas e de adultos, até o quinto mês do
per lodo de infestaçao, foram significativamente menores
(P<O,05) no tratamento queima + gradagem em relaçeo à
testemunha (Tabela 4). A queima da pastagem geralmente
nao é necessárIa, desde que esta seja corretamente
manejada (Menezes et aI. 1983). Já a gradagem pOderá ser
inevitável como melo de melhorar a produtIvIdade de
pastagens em degradaçao. Neste caso, utilizar a queima
23

antes da gradagem facilita a execuç~o desta e auxilia na


destruiç~o de maior número de ovos de cigarrinhas. No
caso de áreas em que as mesmas sejam um problema grave e
cíclico, práticas culturais como a queima + gradagem, ou
somente a queima, constituem armas importantes para a
minimizaç~o deste problema. Entretanto, Warren et ôl.
(1987) advertem que a reinfestaç~o por artrópodos ocorre
naturalmente, embora seja retardada com o aumento da área
tratada. Deve-se, ent~o, ter o cuidado de manter tais
áreas manejadas de modo a evitar que se recriem as
condições favoráveis ao desenvolvimento da praga.

TABELA 3. Efeito da queima e da gradagem sobre o número e


a viabilidade dos ovos de cigarrinhas em
pastagens de Brachlarla decumbens Stapf cv.
Basilisk. Período de infestaç~o 1985/86.

NQ de ovos Viabilidade NQ de ovos


tpoca das
Tratamento coletados em viáveis
avaliações
por m2 percentagem por m2

Antes 493a* 89,41a 441a


Gradagem
Depois 211b 77,11b 163b

Antes 282a 97,74a 275a


Queima
Depois 242b 8,95b 22b

*Os valores seguidos das mesmas letras, dentro de cada


coluna e tratamento, não diferem significativamente
entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de proba-
bilidade.
24

TABELA 4. Efeito de tralos cuiturais executados em pa~-


tagens de Brachlarla decumbens Stapf cv.
Basiil~k, sobre a~ popuiaçõe~ de cigarrl-
nhas-das-pa~tagens. PerIodo de lnfe~taçao
1985/86.

Número médio Número médio de


de ninfa~/mJ adulto~/redada
Tratamento~

A1 A1

3
Testemunha 83,9a 17,9a 0,62a 0,36a

Queima + gradagem 0,2b 2,3b 0,07b O, 1 1 b

1
Valore s obtidos nas avaliaçõe s reallzada ~ entre a época
de aparecimento da s primeira s ninfa s até o 70Q dia do
período de infestaç~o.
2valores obtldo~ entre o 702 e o 140 Q dia do período de
lnfestaç~o. (As amostragens de nInfas e adultos foram
executadas semanalmente).
30s valores seguidos das mesmas letra s , dentro de cada
coluna, n~o diferem significativamente entre si, pelo
teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

5.4 Seleção de gramíneas resistentes às cigar-


rinhas-das-pastagens
De maneira geral, plantas resistentes a insetos sao
agrupadas de acordo com o mecanismo de resistência que
apresentam. Segundo Palnter (1951) tais mecanismos
inciuem: toierância, quando a planta hospedeira apresenta
a capacidade de se recuperar dos danos ocasionados pelos
insetos; nao-preferência, quando as plantas nao
apresentam estImulos que as caracterizem como atrativas,
ou mesmo quando apresentam substâncias repelentes e,
finalmente, antibiose, quando as plantas determinam
efeitos adversos no desenvolvimento, sobrevivência e
reproduçao dos insetos.
25

No ~ es ludo s de re s l ~ l~n c la à ~ c lgarrlnha ~ , entendemo~


que o objetIvo prIncipal deva se r a bu ~ca de gramínea s
que a pre s entem co mo meca ni s mo de re s i s tên c ia, a
antlbio~ e . Planta s co m e~ La c dra c Lerr ~ ti ca int er feririam
no de ~ ellvolvimento, det er minando reduç~o no ritmo de
c re sc imento, reduziriam a ~o br e vlv ênci a, bem c omo o
po l enc ial reprodulivo da ~ c iyarrinha ~ . Como re s ultado,
h a veria uma reduç~o no ~ ní vei s popula c ionai s .
O Lrabalh o de s crito a se guir teve como objetivo
avaliaI o d e~e nvolvimenlo e ~obre vivê ncia de n infa s da
c igarrinha Z. entreriana e m diferenLe ~ gramín ea s (8.
decumbens, B. humidicola, B. dictyoneura, B.
ruzlziensls, B. brlzantha e Andropogon gayanus). PlanLa s
d es la ~ gramín ea ~ f o ram e ~ Labelecida s e m va s o s a parlir de
muda s obLida s e m par ce la s experimentai~. Apó s o plantio,
o~ va s os foram lampado ~ com pap e i de a lumínio,
deixando- s e uma abertura c entrai para a s aída das
planla~. Tal procedimenLo vi s ou estimuiar a emi ~s ~o de
raíze s ~uperficiais, imporlante s para garantir a
~obrevivência da s ninfa s re c ém-e c lodida s , e também,
prover um ambienle de menor aeraç~o e lumino s idade e
maior umidade à s ninfa s , s imulando a s condições de campo.
Apó s doi ~ me ses e meio do piantio, a s planta s foram
infe s tadas com 15 ovos pre s tes a eciodir . Semanaimente,
até a emergência do s aduitos, foram feiLa s leitura s do
número de ninfas presentes em cada va ~ o, objelivando
conhecer o períodO ninfal (desenvolvimenlo) e o número de
ninfas que alingiram a fa s e adulla ( s obrevivência).
A Fig. ilustra a sobrevivência das ninfas nas
diferenles gramínea s . Idenlificam-se doi ~ grupos
distintos: O primeiro (8. humidicoia, 8. ruzizlensls, 8.
decumbens, 8. dlctyoneura), incluindo gramíneas que
propiciaram maior laxa de sobrevivência, e o segundo,
composlo pela 8. brlzantha e A. gayanus, onde se
verificou o oposlo. No presente trabalho nenhuma ninfa
completou o desenvolvimento em A. gayanus, e um número
multo reduzIdo o fez em B. brlzantha. Na Fig. 2,
constata-se que aquelas que propiciaram maIor
sobrevivência foram justamente as que permitiram um
26

desenvolvImento maIs rápido do Inseto. Isto caiacterlza


estas gramíneas como plantas adequadas ao desenvolvimento
das clgarrinhas, diferentemente da B. brizantha e A.
gayanus. VerIfIca-se, para o caso da B. brlzanlha, que o
período nlnfal se estendeu por quase uma semana além da
média das demais gramIneas. Na Fig. 3 constata-se o
número de adultos emergidos em cada uma das gramíneas
estudadas . Observa-se um reduzido número de adultos para
B. brlzantha (nao houve emerg~ncia de adultos em A.
gayanus), contra números bem superiores nas demais
braquiárias.
Teste s como este permitem identificar material
apresentando antlblose às clgarrinhas. No ca s o, B.
brizantha e A. gayanus têm sido citadas como resi sl ente s
em o u t r o s t r a b a I h o s (N i l a k h e 19 8 7, Co s e n z a. 19 8 7 ? ). Es ta s
duas gramIneas sao, atualmente, as melhores alternativas
para um programa de manejo para as cigarrinhas em
pastagens.
~oportuno fazer aqui refer~ncia à B. humldicola,
recomendada até há pouco tempo, para aigumas regi~es do
paIs, como gramInea resistente. Na realidade esta
gramínea é resistente às cigarrinhas através do mecanismo
toleranCia, mas analisando-se os dados apresentados
anteriormente, concluI-se que, apesar desta re s istência,
trata-se de uma planta ho s pedeira que, ao permitir alta
sobrevivência e rápido desenvolvimento, favorece a
multiplicação destes insetos, ou seja, contribui para o
aumento dos níveis populacionais.
Os resultados e as consideraç~es feitas neste Item,
ilustram bem o potencIal desta linha de pesquisa no
controle destes insetos. Com as avaliações hoje em
andamento, envolvendo germoplasmas do gênero Brachiarla
(aproximadamente 800 ecotlpos) e de Panlcum maximum (em
torno de 400 ecotipos), vIslumbra-se a possibiiidade de
serem encontradas outras gramIneas resistentes, que
permitirão a composição de sistemas mais diversificados
de exploração.
15-p----------------------------------------~

, - Broctioria decumbenl

• --. Braehiaria tunidíço6a


10
"'~
... .....
_.~ -----~:~ - - Brod!ia!ia ~
---~~ ....... -._~
."
......""'" " ..~:-----_._---- - - Brochiaria ruziziensis
"'," ..--.-. __._-
5 _.-.-... ...... ' . , ' , .... -. -, Brachioria brizantha
.... ,
-.--..:::,.-
".
..... _-----
",.,.... , ........ -.-.-._._.-
"'--
29,1:)2 03103 08AJ3 11103 16103 2MJ3 30.{)3 02/04

Datas

FIG, 1, Sobrevivência de n i nfa ", de Zulia entreriana


em diferen t e ", gramínea ""
Brochiorio dict:loneuro I 27.6

erSl!i h iSH i SI humidícolo J 29 . 1

c:
'-
Brochiorio ruz I zien! i. I 29 . 2
E
...
CI

<!) erochiorio decumbens J 29 . 7


N
Q)

erochiorio t!ri~!H!lbg I 35.6

I I I
o 10 20 30

Pe r I' o d o nin f a I méd io d ias

FIG . 2. Período ninfal médio de Zulia enlreriana


em diferente~ gramínea~ .
erQschiarig hymi!tí~oIQ
1
arsu;hjgrig rUl;j~il[llil
I
~aschigrig d.cu",~ns
I
enlscbisuig ~~2Dty[g
I
I Brochiaria brizontha

AndroP.292!! ~yonus

: I I r
o 10 20 30 40 50 60 70

N! total de adultos emergidos

FIG. 3. Número total de adultos de Zulia entreriana


emergidos em várias gramíneas.
30

6 PROPOSIÇOES PARA O MANEJO INTEGRAOO OAS


CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS

As propo s içô e~ qu e ~ e a pre ~e ntam são fu nd a me n tada s n o~


re s ul t ado s di scu tido s an t erior men te. O enfo qu e principal
de s t e co njunt o de med i d as resid e na t ent at i va de se
evita r que as pop ul aç~e s de cigarr l '1has a ti njam
proporç~e s e p i d êm i cas , ao invé s de s e t ~ nta r contro i ar
p opu l aç~es em ní ve is epid êm i co~.

Oferece - s e um elenc o de medidas que c om p~e um a


p roposta a mp l a d e manejo i n tegrad o. São med i da~ que,
me smo isoladamente , contribuem para a red ução d e n i vei~
popul acionais da s ciga r rin h a~ . A im pl emen t ação d es t a~
med idas , em par te o u no todo , dependerá d a ·nece ss i d ad e e
c ara c ter íst i c a s da pr opri ed ad e e p o s ~i bilid a d e do
produtor . São ela s :

6.1 Diversificar as pastagens da propriedade com a


inclusão de gramíneas resistentes às cigarrlnhas
Objetivo: Redução d os níveis populacionais da s
cigarrinhas, atravé s da utilização de gramíneas
resi s tente s que apre s entem como mecani s mo de re s istência
a antibiose.
Sugere-se:
- As gramíneas B. brlzantha cv . Marandu e Andropogon
gayanus cv. Planaltina;
- Que, quando possível, a inclusão de s tas gramíneas
seja feita por ocasião da formação de novas áreas, bem
como, quando da renovação de pastagens;
- Evitar o estabelecimento de áreas extensas com um
único tipo de gramínea, procurando intercalar áreas de
gramíneas susceptíveis com gramíneas resistentes.
31

6.2 Manejar as pastagens, adequando a carga-animai,


de modo a evitar sobra de pasto
Objetivo: ReduçSo do nível populacional das
cigarrinhas atravé s da diminuiçSo da altura da gramínea e
da quantidade de palha a c umulada ao nível do solo,
re s ult a ndo em co n diçõ e s d e s favorávei s ao de s envolvlmento
e s obrevivência de ovo s e ninfa s da s cigarrlnha s.
Suger e - s e:
- Adotar tal procedimento, principalmente, mas n~o
exclu s ivamente, na s pastagen s su s ceptíveis,
particularme n te n a s áre as da pr o priedade c om hi s t ó ri co de
maiore s infe s ta çõ e s ;
- Es ta práti c a deverá ser implementada em caráter
permanente, prin c ipalmente no s me s e s do ano quando ocorre
pico de produç~o de forragem. No Bra s il Central, por
exemplo, no s me s es de janeiro e fe vereiro há s obra de
pasto, o que originará material vegetal mo rto que
contribuirá para o acúmulo de palha ao nível do s ol o .
As cigarrinhas, nas condições do Brasil Central,
concentram a ovipo s iç~o de ovo s em diapausa,
principalmente, nos mese s de março a maio (Fig. 4). Este s
ovo s permanecem nas pastagens até a eclos~o das ninfas,
no início da época das chuvas. t de grande importância
que, durante este período, as condições sejam adversas à
sobrevivência destes ovo s . Pastagens com reduzlda
quantidade de palha ao nível do solo, apresentaram níveis
populacionais mais baixos (item 5.2). Admite-se que isto
se deva à reduç~o no teor de umidade ao nível do solo, ao
aumento da aeraç~o, possibilitando a dessecaç~o dos
mesmos, bem como a um aumento na eficácia da predaç~o.
Sendo atingido o objetivo (pastagens com reduzida
quantidade de palha ao nível do solo), o produtor poderá
aliviar a press~o de pastejo por ocasi~o de março/abril
(Brasil Central), permitindo um aumento na produçao de
forragem, visando à alimentaç~o do gado no período seco.
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M e s e s

FIG. 4. Populaç~o de Zulia entreriana e percentual


de ovos em diapausa.
33

Aqui, os animai s poder~o s er remanejados para áreas


tradicionalmente menos sujeita s a alta s infestações, bem
como, para pastagen s e s tabelecida s com gramínea s
resistente s .

6.3 Queima controlada, após as primeiras chuvas,


podendo estar associada à gradagem, em áreas com
histórico de altas infestações
Objetivo: Reduç~o do s nívei s populacionais das
cigarrinha s (que originariam a primeira geraç~o) atravé s
da inviabilizaç~o do s ovo s pelo calor e soterramellto .
Sugere- s e:
- Adotar a queima controlada nas áreas que
tradicionalmente apre s en t am alta s infe s taçõe s. Es ta
medida, se bem conduzida, será parlicularmente útil na
eliminaç~o de grande parte da palha acumulada até ent~o,
facilitando a adoç~o da lálica de manejo propo s ta no item
anterior;
- A associaç~o com gradagenl, principalmente nas áreas
de pastagem a serem reformada s , ou me s mo nas áreas que
têm apresentado nívei s de população extremamente alto s .

6.4 Uso de inseticidas


Como mencionado anteriormente, a utilizaç~o de
inseticidas químicos no controle das cigarrinhas em
pastagens se depara com aspectos de ordem ecológica e
econômica.
Embora não se tenha avaliado, neste trabalho,
inseticidas para o controle de cigarrinhas, a inclus~o
deste item, nesta proposiç~o, visa fornecer subsídios
àqueles que optarem por esta medida de controle.
Inicialmente, é importante lembrar o aspecto discutido
no item 4.1 sobre a adoç~o do controle químico em
ocasiões inadequadas. O pasto "queimado" pelas
cigarri~has indica que os danos já ocorreram e que a
maior parte da populaç~o responsável por estes danos já
morreu. Desta forma, o produtor deverá monitorar os
34

nlveis populaciona i s de ninfas atravé~ de observaçOe~ no


campo . Muito embora n~o se tenha definido ainda o nív e l
de dano econômico para este s inse to s, acredita-se qu e o
controle deva ser implementado ap ó~ a c ons t ataçao de uma
população média entre 20 e 2 5 nin fas grande s (tamanho
semelhante ao da cigarrinha adulta) por metro quadrado .
O produto deverá ser aplicado quando da emerg~ncia da
maior parte dos adultos. Como, no campo, existem ninfa s
de diferentes idade s , pOderá ser necessária a reaplicaç~o
do produto após um intervalo de cinco a sete dias.
O produto a s er aplicado, deverá ser escolhido dentre
aqueles registrados para o controle da s cigarrinhas em
pa s tagen s , junto ao Ministério da Agricultura e Reforma
Agrária.

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host plant s tructure. Environmental Entomology, v . 8,
n.6, p.1021-1028, 1979.
VALÉRIO, J.R. Caracterização e avaliação do dano causado
pelo adulto da cigarrlnha-das-pastagens Zulia
entreriana (Berg, 1879) em Brachiaria decumbens 5tapf
cv. Basllisk. Piracicaba: ESALQ-USP, 152p. 1985. Te s e
Doutorado.
WARREN, 5.0.; SCIFREs, C.J.; TEEL, P . D. Response of
grassland arthropods to burning: a review .
Aariculture, Ecosystems and Environment, v • 19 ,
p.105-130, 1987.
37

ANEXO I

QUESTlON"RIO
MANEJO INTEGRADO DAS CIGARRINHAS-DAS- pASTAGENS

Nome: Profiss§o:
Endereço:
Cidade : tstado: Telefone:
Localizãçrõ-aã proprIedade (munIclpIo/Estado):
I\rea(ha) : __ _______ ___ _ Atividade: O PecuãfIa
O Pecuária + Agricultura
- Gramíneas forragelras estabelecidas na propriedade:

- Gramíneas atacadas (Que apresentam danos) pelas cigarrinhas : ___ ___ _

- Como estavam sendo manejadas as área$ atacadas?


O Com folga de pasto? O Sem folga de pasto?
- Informe sobre a Quantidade de palha acumulada ao nível do solo
ne$tas áreas atacadas:
O pouca O razoável O mui ta
- Adota alguma medida de controle? O sim O não
- Em caso afirmativo, Que medida adota?
- Caso possua Brachiaria brizantha cv. Marandu e/ou Andropogon g~yanus
na sua propriedade, informe se tem constatado algum tipo de dano
ocasionado pelas cigarrinhas:
MARANDU J O sem dano O dano baixo
to dano moderado O dano alto
ANDROPOGON {O sem dano O dano baixo
O dano moderado O dano baixo
- Se for de seu conhecimento, indique a(s) espécie(s) de cigarrinhas
Que ocorre(m) na sua propriedade: ____________________________________

- Com base em sua experiência, emita sua opini§o a respeito das propo-
siç~es listadas nesta publicaç§o:

ravor enviar para:


CENTRO NACIONAL OE PESQUISA DE GAOO DE CORTE
EMBRAPA
SETOR DE DlrUsAo OE TECNOLOGIA
~AIXA POSTAL 15. - 79001 CAMPO GRANDE, MS
Apoio:

AGRÍCOLA PANORAMA
COl\fÉRCIO E REPRESENTAÇÕES L'fDA
AV. DORVALlNO DOS SANTOS, 91
79170-000 SIDROLÂNDIA, MS
®

I ograminicida do arroz.
E de quem entende
de arroz. / . F",oce , "m pós
-emergente que co ntrola
com mUita eflcaw e
flexibilidade as principais
gramineas Invasoras do arroz.
Seu poder de cOlltrole vai da
emergênCia ao 4° perfilho, o que
significa uma maIOr facI lidade no
maneio da agua
• Furore pode ser ap licado mesmo quando a
lavoura estiver com agua E caso chova após a
ap licação, ele continua eficaz
Além disso . • Furore é mais eco nômiCO, pOIS apresenta
um custo por hecta re bastallte favo ravel .
Assegure sua produtividade com mais flexibilidade no tempo
Aplique ' Furore. O graminl clda do arroz .
/.
ATENÇÃO
Este proClU'lO DOO6 S8f pengoso
.l s.auae 00 hOmem an,rTl.."lI5 e ao
l'l'lMla.rT'lDoer'1leLeQóII~
te o fOCulo ti taça-<> a Quem nã:>
SOUOOr l8f S'9<t as ,nSfruÇÓeS
oe uso UtlhLC semp'lt 0$ eQu.
pa.onenIOS a.!l Pft:leçáo ~

I">acac>o ivva>~ tx>as


mascAr.> """

~~ [)fl

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