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1)NOÇÃO: Vivendo em sociedade, o homem precisa ter um lugar onde possa ser
oficialmente encontrado, para responder pelas obrigações que assumiu. Da mesma
forma as P.J.
WBM, 132: O domicílio é a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente
para efeitos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negócios
jurídicos.
2.1) CONCEITO/ELEMENTOS/DISTINÇÕES:
Domicílio aparente ou ocasional: Se não tem residência habitual: o lugar onde for
encontrada (CC, 73). CPC/2015, art. 46 § 2º
Vimos que a pessoa natural se distingue por 3 elementos (nome, estado e domicílio).
Distinções:
Ruggiero: É a mais tênue relação de fato entre uma pessoa e um lugar, tomada em
consideração pela lei.
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É a residência com ânimo definitivo.
Elementos do domicílio:
>Elemento material(objetivo):residência(rel.de fato entre pessoa e lugar)- fixação
em determinado lugar.
> Elemento psicológico(subjetivo): ânimo definitivo de permanência.
PSG, 247. Nada impede que uma pessoa resida em mais de um local (com
habitualidade), tomando apenas um como centro principal de seus negócios, ou seja,
como seu domicílio. Situação diferente é o caso da pessoa ter uma pluralidade de
residências, vivendo alternativamente em cada uma delas, sem que se possa
considerar uma somente como seu centro principal” > haverá pluralidade de
domicílios- CC, 71.
Importância: É importante para fixar o lugar da celebração dos atos jurídicos, para o
exercício de direitos, para a propositura de ações judiciais, para responder pelas
obrigações, etc.
No direito processual, a regra geral (CPC/2015, art. 46) é a de que o réu deve ser
demandado no seu domicílio: na Comarca onde tem o centro dos seus negócios ou
residência.
2.2)ESPÉCIES DE DOMICÍLIO:
A) Voluntário: É o escolhido livremente pelo indivíduo, sem sofrer outra influência que
não a de sua vontade ou conveniência. NC, 71 a 74
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d)o de cada cônjuge: o do casal (CC, 1.569 e Lei 6.515/77, art. 2º).
e)o servidor público: onde exerce permanentemente a sua função (CC, 76, p.ú.)-
chamado DOMICÍLIO FUNCIONAL.
f)o do militar em serviço ativo: o lugar onde servir. Se na Marinha ou Aeronáutica, a
sede do Comando a que esteja diretamente subordinado CC, 76, p.ú.).
g)os oficiais e tripulantes da Marinha Mercante: o lugar onde esteja matriculado o
navio (CC, 76, p. ú.).
h) os presos: o lugar onde cumpre a sentença (CC, 76, p. ú.).
i)o agente diplomático (que citado no estrageiro alegar extraterritorialidade, sem
indicar o domicílio no país): poderá ser demandado no DF ou no último ponto do
território nacional onde teve domicílio (CC, 77).
MHD, 245: o domicílio das P. J. é “a sua sede jurídica, onde os credores podem
demandar o cumprimento das obrigações. Como não têm residência, é o local de suas
atividades habituais, de seu governo, administração ou direção, ou, ainda, o
determinado no contrato constitutivo”.
a)D. Público: CC, 75, I a III - têm por domicílio a sede do seu governo.
4)PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS:
Pessoa natural:
Prático, quando tem diversos centros de atividade. Quebrado o princípio da unidade
domiciliar. É possível o domicílio plúrimo (p. ex> voluntário e funcional).
CC, 71- Se porém a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternativamente,
viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. Já constava do CC/16. Adotou o
sistema germânico. Fança – só 1 domicílio
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Novidade: CC, 72:
“É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão,
o lugar onde esta é exercida”.
P. ú: Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá
domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Pessoa jurídica:
Vários estabelecimentos: CC, 75, § 1º. > cada um deles será considerado domicílio
para os atos nele praticados.
STF, Súmula 363: “a pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no
domicílio da agência ou estabelecimento em que se praticou o ato”.
5) PERDA DO DOMICÍLIO:
a) pela mudança: Quando altera sua residência com intenção de transferir seu centro
de atividades.CC, 74. O domicílio passa a ser o mais recente. Prova: CC, 74, p. ú.
CC, 215, § 1º,III.
c) por contrato: em razão de eleição das partes, no que atina aos efeitos dele
oriúndos. CC, 78: Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio
onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
Ver: Súmula 335 do STF.
Foro de eleição nos contratos de adesão: VNS, 232, entende que não há abusividade,
não se aplicando o art. 51, IV da Lei 8.078/90-CDC.
STJ: Tem determinado que seja considerado, mesmo de ofício, o foro de domicílio do
consumidor, ignorando-se o foro previsto em contrato de adesão- VNS, 232.