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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – CECEN

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

CURSO: FÍSICA LICENCIATURA

AMANDA ROMANA SANTOS DA SILVA

CASSANDRA MARIA RIBEIRO COSTA

EZEQUIEL SILVA RODRIGUES

LAERCIO BARBOSA ALVES

NAIRO PEREIRA CAMPELO FILHO

WANDERSON JHONN SOUSA APOLIANO

DISTURBIOS DE COMPORTAMENTO

SÃO LUÍS – MA

2010

AMANDA ROMANA SANTOS DA SILVA

CASSANDRA MARIA RIBEIRO COSTA

EZEQUIEL SILVA RODRIGUES

LAERCIO BARBOSA ALVES

NAIRO PEREIRA CAMPELO FILHO

WANDERSON JHONN SOUSA APOLIANO

DISTURBIOS DE COMPORTAMENTO

Trabalho apresentado ao professor Fernando _________, com objetivo de nota na disciplina


prática.

SÃO LUÍS – MA

2010
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM: CARACTERÍSTICAS BÁSICA 5

3. FATORES DOS DISTÚBIOS 8

3.1 AUTISMO INFANTIL E AGRESSIVIDADE 8

3.2 MEDO E FOBIA ESCOLAR 9

3.3 CIÚME E TIMIDEZ 9

3.4 FANTASIA E SEXUALIDADE 8

3.5 AGITAÇÃO INQUIETUDE E INSTABILIDADE 9

3.6 PROBLEMAS FAMILIARES 9

4. PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM: UMA REALIDADE SÓCIO-EDUCACIONAL 7

4.1 COMO IDENTIFICAR PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM 8

4.2 CARACTERÍSTICAS DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM 9

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 11

REFERÊNCIAS 12

1. INTRODUÇÃO

Distúrbios de Comportamento são padrões de conduta que podem ameaçar as relações normais
entre a criança e as pessoas que a rodeiam e tendem a piorar no decorrer do tempo
transformando-se num quadro de Transtorno de Conduta futuro.

As crianças e adolescentes com distúrbios de comportamento representam um grande desafio


para os educadores, para a escola e para a sociedade. São indivíduos que apesar de possuírem
capacidade cognitiva dentro da média, nem sempre são capazes de realizar suas tarefas
acadêmicas, além disso, chamam a atenção do grupo mais pelo desconforto que geram do que
pela capacidade de manter boas relações. Podem ser muito tímidos e isolados ou barulhentos e
agressivos.

Os alunos com distúrbio de comportamento freqüentam, geralmente, uma escola convencional


com currículo comum a sua série e idade. E é, justamente na escola, um dos primeiros espaços de
convivência supervisionada, que profissionais experientes vão perceber seu comportamento
inadequado. Nesta, a começar pelo professor, passando em seguida pelo orientador educacional
e, possivelmente, chegando à direção todos vão se debater com a questão: “O quê fazer com este
aluno?”

Por que nossa educação é tão embrutecedora e cega, se nossas crianças são tão ricas?Por que a
humanidade teme tanto a espontaneidade, se a atitude espontânea conduz tão rapidamente ao
crescimento responsável? Por que nos falta confiança no futuro, se forças sociais intensas e
construtivas podem ser liberadas no indivíduo através da aceitação de alguns poucos princípios
básicos?(Carl R. Rogers)

2.CARACTERISTICAS BÁSICAS

Muitos psicólogos classificam os distúrbios de comportamento em duas categorias principais:


problemas de conduta e problemas de personalidade.Os problemas de conduta relacionam-se a
comportamentos que perturbam totalmente as outras pessoas e podem ser dirigidos contra elas,
visto que são hostis, agressivos, destrutivos, às vezes envolvendo delinqüência e
psicopatologia.Os problemas de personalidade são de caráter neurótico e podem ser chamados de
“comportamento esquivo”, isto é, a criança tem medo dos outros, sentem-se ansiosa, evita
situações que possam expô-la à crítica, ao ridículo ou à rejeição. Pode manifestar um certo grau
de hostilidade, mas a menos que esteja submetida a um grau incomum de tensão, refreia essa
hostilidade ou dirige-a contra si própria, sob forma de culpa ou autocrítica.Uma das razões pela
qual é difícil compreender os distúrbios de comportamento é que eles servem como fuga ou
defesa contra a ansiedade. Há vários tipos diferentes de manobras que as pessoas usam,
inconscientemente, como meios de lidar com a ansiedade ou tensão. Elas são chamadas
“mecanismos mentais”, “mecanismos de defesa” ou mecanismos de fuga”. Estes mecanismos
têm em comum o seguinte: são padrões de comportamento aprendidos com o objetivo de reduzir
ou eliminar a ansiedade, ao invés de resolver os problemas que constituem a causa básica da
mesma.

3. FATORES DOS DISTÚBIOS

Os distúrbios de comportamento freqüentemente são criados ou agravados por conflitos, dos


quais o mais comum é o do aluno proveniente de um lar em que os valores e os padrões
aceitáveis de comportamento estão em contraste direto com os da escola.

3.1 AUTISMO INFANTIL E AGRESSIVIDADE

O autismo nasce com a criança, mas pode ser aparente em diferentes idades, consoante a
gravidade e a profundidade das suas manifestações. Alguns pais notam alguns sinais ainda no
primeiro ou segundo ano de vida dos seus filhos, e na maioria dos casos o autismo torna-se
evidente antes da criança ter atingidoostrês anos de idade.É uma doença contínua, sem volta
atrás. A partir do momento que se manifesta a criança vai ficar com ela para toda a vida.

Principais características:

 grande dificuldade em desenvolver relações sociais com outras crianças ou adultos;


 enormes dificuldades na comunicação com os outros;
 e a existência de comportamentos limitados e muito repetitivos.

Fisicamente, pelo contrário, são crianças com uma aparência completamente normal e saudável.
A incapacidade em desenvolver as relações sociais é uma das marcas características da criança
autista.A incapacidade em desenvolver as relações sociais é uma das marcas características da
criança autista. A criança vive como que fechada no seu mundo e não entende que outros possam
ter um ponto de vista ou uma opinião diferente da sua.

Há dois fatores centrais e interdependentes que fazem com que uma criança se comporte de
maneira agressiva: seu estado emocional e suas experiências de vida. A criança nasce com
características emocionais próprias. Ela pode ser frágil ou resistente. A partir de então, terá de
dar conta das circunstâncias nas quais se encontra. Se for uma criança frágil, vulnerável, seu
comportamento pode ocasionar bastante dificuldade para as outras pessoas, conforme ela luta
para tentar criar e manter um senso de identidade pessoal; se for resistente enfrentará a vida
passo a passo, apresentando poucos problemas. Ela saberá quem é com relação a seu passado, e
terá uma clara noção do caminho que pretende percorrer.A criança com comportamento
agressivo interpreta erroneamente o comportamento do outro. Ela enxerga o mundo do ponto de
vista de uma personalidade frágil e sua relação com ele se baseia em relações altamente
defensivas. Elas são incapazes de se relacionar de forma apropriada com as pessoas no plano
afetivo. Desde cedo, elas vêm reagindo com agressividade quando se esperava que formassem
vínculos, e se acostumaram a um padrão de relacionamento intensamente hostil com os
outros.Quanto mais vulnerável a criança mais ela necessita de um ambiente de apoio.

3.2 MEDO E FOBIA ESCOLAR

O medo representa uma das emoções normais da vida humana. É um estado emocional de alerta,
que se caracteriza por sensação de desconforto e ansiedade ante um perigo
iminente.Basicamente, o medo é causado por dois fatores: falta de segurança e falta de amor e
proteção. No entanto, existem outros fatores coadjuvantes, que merecem ser lembrados:·
Experiências prévias que provocaram medo;· Atitude medrosa dos pais e adultos em diversas
situações;· Ameaças dos adultos quando contam histórias reais ou de fadas;· Moléstias crônicas
que prendem a criança na cama por longo tempo;· Imaturidade da criança cujos pais são
superprotetores e excessivamente ansiosos.Nos primeiros dias de aula, é natural a criança recear
a situação nova, a própria escola, os colegas, pessoas estranhas, o professor. Cabe a este mostrar-
se atento, disponível e confiante.

A fobia escolar é caracterizada quando a criança falta à escola com queixas de sintomas vagos. A
criança com medo de ir à escola pode também ter medo de sair de casa. A independência de uma
criança começa quando ela vai à escola. Atualmente, a criança frequenta a escolinha ou creches
com tenra idade. A separação dos pais, principalmente da mãe, pode ser muito penosa para ela.
Geralmente, esta mãe é orientada para que fique com a criança na escola nos primeiros dias, até
que a criança se acostume com sua nova rotina. Aos poucos, a menina ou o menino se adaptam e
começam a gostar do novo ambiente. Interagem com os novos coleguinhas e os professores. O
medo de ir à escola pode ser causado por vários fatores: uma professora nova e exigente,
dificuldades numa determinada matéria, timidez, dificuldade de relacionamento com os
coleguinhas, um colega de temperamento difícil. Pais muito rígidos ou protetores demais podem
desenvolver na criança a ansiedade de separação. Na escola, sentem saudade dos pais. Não
interagem com os amiguinhos. Fazer amizade com crianças da mesma idade desenvolve a
independência e pode amenizar a timidez.

3.3 CIÚME E TIMIDEZ

O ciúme uma emoção que traz em si um potencial imprevisível de reaçoes, quer que seja
expreimentada pelo adulto, pelo adolescente ou pela criança. embora não seja diretamente ligado
à vida escolar, é importante que o professor saiba identificá-lo, pois pode constituir em elemento
capaz de interferir na aprendizagem.

o ciúme configura um diagnóstico grave quando persiste durante muitos anos.

A superproteção ou a vida social restrita por parte dos pais são empecilhos à socialização da
criança. Ela se torna dependente, insegura e acaba se isolando dos outros, dando a impressão de
ser orgulhosa e antipática.A timidez excessiva de uma criança deve ser encarada com seriedade.
Provém em geral de um complexo de inferioridade cultivado por pais, irmãos, outros adultos. Os
excessos de castigos corporais também levam à timidez.Não devemos confundir a criança tímida
com a apática. A apatia é um sintoma de que as coisas não vão bem com a criança; suas causas
podem ser orgânicas ou emocionais (desamor, violência). Tanto a criança tímida como a apática
necessitarão de amor, apoio e afeto dos pais e professores.

3.4 FANTASIA E SEXUALIDADE

A fantasia considerada “normal” é uma forma de ajustamento da criança á realidade em que ela
vive. Já a fantasia caracterizada como problema psicológico é aquela que a criança usa como
uma espécie de fuga da realidade, que ela não quer aceitar por diversos motivos.

A fantasia pode vir acompanhada não só por medo como também por agressividade e outros
sentimentos.

A necessidade e a curiosidade de aprender coisas a respeito do sexo estão presentes na criança


pequena na mesma proporção das outras curiosidades.

A curiosidade em conhecer o próprio corpo, seu corpo, seu sexo, o sexo oposto, o o corpo de
seus pais, comparar-se com crianças do mesmo sexo faz parte de um interesse natural da criança.

A maneira como os adultos recebem essa curiosidade tem muito a ver com o desenvolvimento
posterior de problemas relacionado à sexualidade.

3.5 AGITAÇÃO, INQUIETUDE E INSTABILIDADE

As três características são normais em certos períodos da vida da criança e aparecem como
reflexo de crises passageiras, como a dos 3 anos e da puberdade, que coicidem com grandes
modificações glandulares.
Apesar de não serem problemas graves, a gitação, inquietude ou instabilidade, quando presentes
na sala de aula, podem ocupar grande parte do valioso tempo da classe. É essencial que o
professor tente desenvolver um clima de harmonia para que possa trabalhar com essas crianças
de uma forma que evite o desperdício de tempo, mantendo-as interessadas e realmente
envolvidas no trabalho que todos estão realizando.

3.6 PROBLEMAS FAMILIARES

Uma grande parte dos distúrbios de compotamento reflete o desequilibrio social e emocional das
relações existentes na família.

A família é a primeira unidade com aqual a crinça tem (ou deveria ter) contato contínuo e é
também o primeiro contexto no qualse desenvolvem padrões de socialização e problemas sociais.

Os problemas mais comuns existentes na família e que podem interferir na aprendizagem são:

 Separação dos pais;


 Morte dos pais;
 Superproteção – filho único;
 Enurese;
 Vícios infantis.

4. PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM: UMA REALIDADE SÓCIO-EDUCACIONALO


fracasso escolar é um dos maiores problemas que as instituições educacionais encontram nos
dias atuais, pois além de possuir uma origem orgânica, psicológica e/ou ambiental, causam
outros problemas no aluno, como desmotivação e desinteresse, que interferem no seu processo
de aprendizagem. Com isso, é importante que a escola trabalhe com, e no coletivo, através de
uma equipe multidisciplinar, a fim de identificar os problemas envolvidos no processo de ensinar
e aprender, visto que estes quando identificados, precocemente podem facilitar o tratamento de
cada caso.No âmbito escolar, muitas terminologias relacionadas a problemas na aprendizagem
são utilizadas inadequadamente, pois existem educadores que não compreendem os significados
distintos que esses termos possuem e acabam por generalizá-los, empregando de forma
inadequada. Esta dificuldade que encontramos é fruto da literatura com a qual nos deparamos
que utiliza diferentes terminologias para se referir a um único tema.Segundo Rotta (2006, p 112)
a definição dos problemas de aprendizagem passa primeiro pelo conceito de aprendizagem, visto
que “não há dúvida que o ato de aprender se passa no sistema nervoso central, onde ocorrem
modificações funcionais condutais, que dependem do contingente genético de cada indivíduo,
associado ao ambiente onde esse ser está inserido”. Realmente, o ambiente influencia de forma
direta na vida do sujeito, vindo até mesmo a alterar sua conduta, mas também é importante
salientar que os fatores genéticos têm grande influência no desenvolvimento do ser humano,
pois, fazem parte dos fatores intrínsecos que se desenvolvem em função dos fatores
extrínsecos.Em vista disso, pode-se salientar que os problemas na aprendizagem são resultantes
de falhas intrínsecas e extrínsecas no processo de aprendizagem. De acordo com a autora acima
explicitada, dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que abrange um grupo diverso de
problemas capazes de alterar as possibilidades de uma criança em aprender, estas podem ser
primárias ou específicas, que se devem a alterações no sistema nervoso central, chamadas de
transtornos na aprendizagem que caracterizam-se por três tipos: na leitura, na escrita e nas
habilidades matemáticas. As dificuldades também podem ser naturais ou secundárias, causadas
por problemas da escola e/ou da família, bem como da proposta pedagógica, que muitas vezes
não oferece condições adequadas para a criança aprender. Vale destacar, que as dificuldades
primárias podem ser acompanhadas de dificuldades secundárias, o que requerer maior atenção
dos profissionais da educação e da família, bem como da equipe multidisciplinar. As
dificuldades naturais ou secundárias podem ter origem tanto na família como na escola, pois se a
criança não recebe o apoio, a estimulação e o incentivo necessário em sua casa, com certeza irá
desenvolver lacunas em sua aprendizagem, e o mesmo ocorre com a escola quando não tem uma
proposta pedagógica adequada às necessidades do aluno, bem como profissionais preparados e
qualificados para atender a todo tipo de diferença.A partir dessas discussões realizadas é
importante mencionar, que os problemas da aprendizagem em geral, requerem severa atenção
dos profissionais da educação, pois estes podem ter origem orgânica ou ambiental e cabe ao
professor perceber tais problemas, para encaminhar seu aluno ao atendimento especializado, o
mais cedo possível, pois o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de progresso.

1. Como identificar os problemas na aprendizagem

Uma criança com problemas de aprendizagem, pode ter um nível normal de inteligência, de
acuidade visual e auditiva. É uma criança que se esforça em seguir as instruções, em concentrar-
se, e portar-se bem em sua casa e na escola. Sua dificuldade está em captar, processar e dominar
as tarefas e informações, e logo a desenvolvê-las posteriormente. A criança com esse problema
não pode fazer o que outros com o mesmo nível de inteligência podem conseguir.

A criança com problemas específicos de aprendizagem tem padrões pouco usuais em perceber as
coisas no ambiente externo. Seus padrões neurológicos são diferentes das outras crianças da
mesma idade. No entanto, têm em comum algum tipo de fracasso na escola ou em sua
comunidade.

1. Como detectar problemas de aprendizagem nas crianças

Não é nada difícil detectar quando uma criança está tendo problemas para processar as
informações e a formação que recebe. Os pais devem estar atentos e conscientes dos sinais mais
frequentes que indicam a presença de um problema de aprendizagem, quando a criança:

- Apresenta dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções.

- Apresenta dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer.

- Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que
fracassa no trabalho escolar.

- Apresenta dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc.
Sua tendência é escrever as letras, palavras ou números ao contrário.
- Falta-lhe coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como
apontar um lápis ou amarrar o cordão do sapato.

- Apresenta facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros
artigos.

- Tem dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o “ontem”, com o “hoje” e/ou
“amanhã”.

- Manifesta irritação ou excitação com facilidade.

5. CARACTERÍSTICAS DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

As crianças que têm problemas de aprendizagem, com frequência apresentam, segundo a lista
obtida do características e/ou deficiências em:

 Leitura (visão) A criança se aproxima muito do livro; diz palavras em voz alta; assina,
substitui, omite e inverte as palavras; vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes;
não lê com fluidez; tem pouca compreensão na leitura oral; omite consoantes finais na
leitura oral; pestaneja em excesso; fica vesgo ao ler; tende a esfregar os olhos e queixar-
se de que coçam; apresentam problemas de limitação visual, soletração pobre, entre
outras.
 EscritaA criança inverte e troca letras maiúsculas; não deixa espaço entre palavras e não
escreve em cima das linhas; pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou
canhoto; move e coloca o papel de maneira incorreta; trata de escrever com o dedo; tem o
pensamento pouco organizado e uma postura pobre, etc.
 Auditivo e verbalA criança apresenta apatia, resfriado, alergia e/ou asma com
frequência; pronuncia mal as palavras; respira pela boca, queixa-se de problemas do
ouvido; sente-se enjoado; fica branco quando lhe falam; depende de outros visualmente e
observa o professor de perto; não pode seguir mais de uma instrução por vez; põe a
televisão e o rádio em volume muito alto, etc.
 MatemáticasO aluno inverte os números; tem dificuldade para saber a hora; pobre
compreensão e memória dos números; não responde a dados matemáticos, etc.
 Social / Emocional Criança hiperativa, com baixa auto-estima e atenção.

O aprendizado da escrita é iniciado pela criança muito antes da primeira vez que o professor
coloca um lápis em sua mão e mostra como formar letras.”

(VYGOTSKY )

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho possibilitou-nos visualizar de maneira crítica a questão do fracasso da criança


principalmente nas primeiras séries do ensino fundamental. Muitos educadores atribuem a
responsabilidade do insucesso do aluno à situação econômica; à família e a própria criança. No
entanto, percebemos que o papel da escola em atender as necessidades do aluno não é
questionado, compactuando com a concepção de que o aluno é que precisa adaptar-se a escola –
padrão, onde quem não é capaz de responder às suas exigências não está pronto para acompanhar
o processo de escolarização, como consequência ele é excluído do sistema escolar.

Porém, pensamos que a escola precisa está voltada para os problemas de aprendizagem do
educando a partir do conhecimento das especificidades de cada criança, padrões, valores,
experiências, cultura e o significado que a escola pode ter para ela.

Dessa forma, tudo isso nos mostram que compatibilizar a escola às necessidades do aluno é
fundamental para minimização do problema de evasão e repetência, pois a escola pode tornar-se
um ambiente significativo e prazeroso.

No desenvolver do trabalho observamos que essa compatibilização se dá através da busca do


conhecimento científico pelos professores nos cursos de formação continuada, possibilitando
relacionar as experiências dos alunos às bases teóricas, concientizando-os para a necessidade de
estar elaborando projetos para a questão do letramento. A exposição dessas propostas nos leva a
compreender que há grande preocupação em devolver às crianças que apresentam distorção
idade/série, o direito à educação que durante muito tempo lhes foi negado. É importante ressaltar
também, a preocupação em estimular essas crianças à compreensão e a interpretação de textos,
fatos e acontecimentos e não se deter àquela concepção de que alfabetizar é decodificar
símbolos, copiar letras, sílabas e palavras. Entendemos que essa postura é necessária, pois
possibilita ao educando a liberdade de elaborar seus próprios conceitos e opiniões, que são
atitudes primordiais para o exercício da cidadania.

Dessa forma, nos dias de hoje, onde as sociedades do mundo inteiro estão interagindo
(globalização), cada vez mais centradas na linguagem escrita, tanto na chamada cultura do papel,
como na digital, ser alfabetizado não é apenas saber ler e escrever da maneira tradicional como
vem sendo feito em algumas salas de aula, pois esta condição se revela insuficiente para
corresponder às demandas contemporâneas. É preciso ir além do simples domínio da tecnologia
escrita.

Neste sentido, faz-se necessário que os profissionais da área educacional, comprometidos com
uma educação de qualidade, estejam refletindo sobre que concepção de escola estão oferecendo à
nossas crianças: se é a que aliena ou liberta, a fim de encontrar soluções para a aprendizagem e
não apontar culpados desse processo, pois a única vítima é o aluno.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Vera Maria de Moura. Dificuldades Escolares e o Desenvolvimento da Criança.

Revista Interação da Faculdade de Educação da UFG. n. 1-2, p. 61-66, jan./dez. 1992.

PAIN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. 4ª ed. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1992.


REGO, Teresa Cristina.Vygotsky: uma perspectiva histórico – cultural da educação. 7ª ed.

Petrópolis: Vozes, 1995.

mutschele, Marly santos. Problemas de aprendizagem da criança. 4ª ed. São Paulo: Loyola,
2001.

Textos recomendados

www.PortalEducacao.com.br

pt.wikipedia.org/.../Dificuldades_de_aprendizagem

br.guiainfantil.com/aprendizagem/101-problemas-de-aprendizagem-das-criancas.html

www.psicopedagogiabrasil.com.br/artigos_escola_vila.htm

Alguns sites de Projetos Sociais

www.caminhando.org.br

www.einstein.br/projetos-sociais www.ecofuturo.org.br/

www.infraero.gov.br

www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/projetos/index.php www.cce.puc-
rio.br/sitecce/website/website.dll/folder?cOferec... g1.globo.com/.../petrobras-abre-inscricao-de-
patrocinio-de-projetos-s...

https://smpsicopedagogia.webnode.com.br/products/alguns-sites-de-projetos-sociais/.

Disturbios de Comportamento

Os Disturbios Comportamnetais estão ligados aos aspectos emocionais e sociais. A família e o


meio social em que o individuo está inserido influencia no seu comportamento, tornando-o
calmo ou agitado, rebelde, tímido e algumas vezes agressivo e violento. Existem psicologos que
classificam osdisturbios comportamentais em duas categorias: problemas de conduta e problemas
de personalidade. Os problemas de conduta relacionam-se ao comportamento que incomodam
outras pessoas, o individuo se torna agressivo, hostil, destrutivo, emanado problemas para si
próprio. E os problemas de personalidade são de caráter neurótico e também são chamados de
"comportamento esquivo", pois, o individuo tem medo dos outros, sente-se ansioso e evitam
lugares ou situações que possam expô-lo ao ridículo. Os Disturbios de Comportamento são
exemplos de procedimento que odem advertir as analogias normais entre o individuo e as
pessoas que o rodeiam e, este distúrbios aspiram a se tornar pior no transcorrer do tempo
modificando-se para um quadro de "Transtorno de Conduta Futuro". Estes Distúrbios aparecem
na escola, no perído do ensino fundamental e os professores são os primeiros a perceberem as
mudanças no comportamento dos alunos, pois, a família não conseguem perceber e, muitas das
vezes, não admitem. Os Distúrbios comportamentais são criados ou agravados por conflitos
familiares, separação dos pais; pais agressivos; perda de algum responsável; a falta de
conhecimento do pai ou da mãe; pais envolvidos com a marginalidades e drogas; ciúmes;
rejeição, enfim são vários os fatores que interferem nesses distúrbios. O docente deve
encaminhar a criança para o psicopedagogo, que analisará as causas diagnósticando o problema e
encaminhando para o psicologo. A smpsicopedagogia consultoria tem um trablho desenvolvido
com instituições escolares para o diagnóstico e encaminhamento profissional. Esperamos o seu
contato!

Abordagem Neurológica dos Distúrbios Comportamentais na Infância


Autor: Antônio Carlos De Farias

Introdução

A diferenciação entre um comportamento normal e patológico nem sempre é clara; Não existe
um critério uniforme e inequívoco do que seja um comportamento normal. As pessoas são
diferentes uma das outras, crescem em ambientes com variadas culturas e crenças, vivenciam as
situações da vida com as suas maneiras próprias de ser. Não se pode julgar as alterações
comportamentais de uma criança sem antes entender a sua história de vida, a herança genética e
a experiência herdada dos seus pais, o ambiente em que cresceu e a forma como interagiu e
interage com ele.

A Determinação genética e as influências ambientais

O comportamento humano é o resultado da interação entre a programação genética que controla


a formação e organização do sistema nervoso e as circunstâncias ambientais em que o individuo
se encontra ao longo do seu processo de evolução.

Os genes contêm as instruções iniciais para a formação do sistema nervoso, incluindo, as


estruturas anatômicas e químicas que participarão do processo de modulação comportamental
com a finalidade de adaptar o indivíduo ao seu meio ambiente; codificações genéticas
inadequadas podem ocasionar cérebros malformados em sua estrutura anatômica ou química
gerando distúrbios cognitivos e ou comportamentais. Muitos aspectos do que somos que antes
eram imputadas as influências ambientais são hoje mais corretamente reconhecidos como
déficits cerebrais por herança genética. As maiorias dos genes implicados com os distúrbios
mentais variam no modo e intensidade como se manifestam nas sucessivas gerações familiares:
um pai pode apresentar uma forma leve de distúrbio mental e o seu filho pode apresentar uma
forma mais grave.

O ambiente através dos vários estímulos externos determina quais circuitos cerebrais serão mais
desenvolvidos com a finalidade de adaptar o indivíduo ao seu meio externo; estes processos
ocorrem de forma dinâmica ao longo de toda a vida, em cada novo aprendizado se estabelece um
novo circuito de memória. A ação ambiental inadequada pode reforçar circuitos cerebrais de
memória para a má conduta; Se uma criança é agredida ela memoriza o ato e aprende agredir, Se
uma criança desenvolve-se em um meio de amor e diálogo ela memoriza o ato e aprende a
dialogar e amar.

Abordagem das alterações agudas do comportamento

Transtornos agudos do comportamento devem ser abordados como um quadro emergencial, uma
vez que, várias situações médicas podem causá-los, sendo alguns deles, um risco potencial de
morte para o paciente. Se no passado recente a maioria desses pacientes recebia atendimento em
hospitais psiquiátricos, a evolução dos meios diagnósticos e a necessária humanização dos
serviços médicos propiciaram atendimentos de melhor qualidade nos hospitais gerais. Situações
causadoras de distúrbios comportamentais como intoxicações, distúrbios metabólicos e
hidroeletrolíticos, hematomas intracerebrais, requerem atendimento em locais com estrutura
física adequada, equipe especializada, laboratórios e serviços de imagem – 24 horas, porque
viabilizam diagnóstico e intervenção precoce. Passado essa fase de atendimento, é prudente que
a hospitalização seja de curta duração, sendo o paciente posteriormente encaminhado para um
ambulatório de saúde mental ou para outras especialidades dependendo do seu diagnóstico
clínico.

Sintomas mais freqüentemente observados em alterações agudas do comportamento:

• Inespecíficos: pânico, euforia, desinibição verbal, agressividade


• Agitação psicomotora: hiperatividade psíquica e motora sem finalidade aparente.
• Confusão: desorientação
• Delírios: desorientação, despersonalização, alteração da percepção
• Alucinação: visuais e auditivas

As principais causas de alterações agudas do comportamento podem ser classificadas em:

A: Sintomáticas - Relacionadas a enfermidades sistêmicas que possam comprometer


secundariamente o sistema nervoso. Geralmente cursam com alteração do nível de consciência.

• Intoxicações
• Drogas
• Infecções do SNC
• Distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos
• TCE
• Estado de mal convulsivo de crises tipo parcial complexa ou ausência
• Doenças crônicas sistêmicas
B: Psicóticas – Relacionadas a doenças psiquiátricas. Geralmente preservam o nível de
consciência mas desestruturam o pensamento.

• Surto psicótico
• Mania

C: Não psicóticas – Relacionadas a doenças psicossomáticas. Não comprometem o nível de


consciência e tampouco comprometem a qualidade do pensamento. Geralmente associa-se a
conflitos psíquicos.

• Pânico
• Conversão
• Somatização

Todas estas causas podem ser facilmente diferenciadas através de uma anamnese detalhada. As
pautas de atuação da equipe médica devem seguir a seguinte seqüência:

• Observação da conduta para depois definir sobre a necessidade ou não de contenção – química
ou física ou ambas.
• Descartar causas sintomáticas
• Diferenciar causas psicóticas de não psicóticas

O comprometimento do nível de consciência tende o diagnóstico para uma causa sintomática; a


desestruturação do pensamento para uma causa psicótica, lembrando que as esquizofrenias é um
distúrbio que se inicia na adolescência ou inicio da vida adulta e tem uma evolução com períodos
livres de sintomas. Não se deve suspeitar do quadro quando o primeiro surto ocorre em crianças
de baixa idade. Antes da puberdade geralmente o surto psicótico associa-se a doenças sistêmicas,
EX – Lupus eritematoso sistêmico. Os quadros psicossomáticos geralmente associam-se a
ganhos secundários e freqüentemente relaciona-se a maus tratos e agressões físicas.

Abordagem das alterações crônicas do comportamento

O atendimento a crianças com transtornos crônicos do comportamento geralmente demanda o


trabalho de uma equipe multidisciplinar. O comportamento inadequado freqüentemente
desestrutura as relações acadêmicas, familiares e sociais da criança. O auxílio de uma equipe
especializada envolvendo médicos, psicólogos, assistentes sociais, propicia uma melhor análise e
abordagem, ao considerar todas as variáveis médicas e não médicas que colaboram para o
agravamento do quadro.

A Interpretação entre um comportamento difícil, mas normal, e um comportamento patológico


nem sempre é clara; muitos problemas, às vezes, erroneamente interpretados como patológicos
são típicos e esperados em certos estágios da vida infantil:

• Ansiedade de Separação – 8 a 24 meses – a criança adquire a capacidade de distinguir a mãe de


outras pessoas e se assusta quando se aproxima de estranho ou quando a mãe momentaneamente
se afasta.
• Comportamento Opositivo (birras) – 24 a 48 meses – tentativa de autonomia da criança.
• Pensamento mágico – 36 a 48 meses – a criança não separa o real do imaginário, nessa fase são
comuns o medo, as fobias e as mentiras.
• Fobia escolar – 6 a 7 anos
• Angústia da Puberdade – Adolescência

Outros são decorrentes de um padrão de temperamento ou associados a funções biológicas


irregulares

• Humor negativo – reações intensas a estímulos banais, inadaptação a situações novas, mal
humor
• Distúrbio do ciclo do sono, alimentação e excreção
• Transtorno de ajustamento – reação a um stress agudo claramente identificável

Ao abordar o problema é sempre importante analisar:

A. As características dos pais:

Perfil comportamental, Temperamento, Expectativas em relação ao filho, Doenças


neuropsiquiátricas.

B. As características da criança

Fase do desenvolvimento psíquico, Temperamento, Ritmo biológico de sono-vigilia, alimentação


e excreções, hábitos, saúde pregressa.

C. O contexto em que o comportamento considerado patológico ocorre

Ambiente, Dinâmica de funcionamento familiar e escolar.

Um comportamento patológico é mais provável quando, possui uma característica crônica, mais
de um tipo de problema comportamental envolvido, interferindo com a função cognitiva e social
da criança, manifestando-se em todos os ambientes e sendo observado por diferentes pessoas do
seu convívio. A prevalência desses comportamentos patológicos na população pediátrica varia de
acordo como os problemas são definidos e medidos, os índices oscilam entre 2 e 10%.

Os sintomas crônicos geralmente associados a comportamento patológicos são:

• Ansiedade: (hipercinesia, impulsividade, irritabilidade, pânico, obsessão, compulsão)


• Distúrbios do humor: (depressão, isolamento, hipoatividade, insônia, fadiga, cansaço)
• Distúrbios do movimento: (tics)
• Pobre interação social
• Alterações cognitivas: (déficit de atenção, memória, linguagem, etc)

Dependendo da patologia esses sintomas podem ou não estar presentes, também podem oscilar
em intensidade e gravidade. As principais causas são doenças neuropsiquiátricas como:
• TDAH
• S. Tourret
• TOC
• Autismo
• Transtornos psiquiátricos

Estas doenças têm origem multifatorial (genética, ambiental), são decorrentes de um mau
funcionamento de circuitos cerebrais relacionados à regulação do comportamento , ocorre déficit
de neurotransmissores como p.ex. Dopamina e serotonina, cursam com alterações afetivas,
cognitivas e comportamentais e podem ser comórbidas em um mesmo indivíduo. O diagnóstico
diferencial entre elas envolve uma história clínica detalhada com aplicação de questionários
específicos (DSM-IV). Os exames complementares são de pouquíssima utilidade para o
diagnóstico.

Outras patologias cerebrais podem alterar os circuitos cerebrais relacionados com a regulação do
comportamento como por exemplo:

• Epilepsias
• Moléstia Reumática – Coréia de Sidehan
• Tumores cerebrais
• Doenças endocrinológicas

Nestes casos os métodos complementares como prova de atividade inflamatórias, dosagens


sérica de hormônios, eletroencefalograma e exames de neuroimagem são importantes apêndices
no diagnóstico e tratamento .

Tratamento

Terapia comportamental cognitiva

Terapia baseada em condicionamentos psicológicos que visam o rompimento de padrões


patológicos de comportamento.

Psicofarmacoterapia

A psicofarmacoterapia vem ocupando um lugar de destaque no tratamento não só de adultos


mais também de crianças e adolescentes;Tem por objetivo melhorar as funções cognitivas
(atenção, memória, concentração) e afetivas (humor, disposição) que possibilitem uma melhora
da integração social da criança. Deve ser um recurso complementar a psicoterapia.

Prevenção
A prevenção dos distúrbios comportamentais deve iniciar já no momento em que o casal idealiza
ter um filho; futuros pais devem evitar exposição a agentes ambientais que comprovadamente
podem causar alterações nas células reprodutivas ou interferir sobre o processo de formação e
desenvolvimento cerebral do futuro filho. O fumo p. ex. contém a nicotina responsável por
diminuição da circulação placentária, ocasiona um menor aporte de Oxigênio para o feto o que
interfere com a migração natural dos neurônios e formação de novas conexões (sinapses). Mães
fumantes têm 50% a mais de riscos que as não fumantes de apresentar filhos com retardo mental
e TDAH. Drogas, álcool, desnutrição materna, infecções no período gestacional são outras
possíveis causas. O homem também deve ter alguns cuidados, os espermatozóide são vulneráveis
a estes agentes ambientais, considerando que eles possuem uma vida útil de 3 meses, este seria
um período de segurança para o homem que prospectivamente deseja ter um filho. O
aconselhamento genético é importante para casais que apresentam histórico de doenças
neuropsiquiátricas ou retardo mental na família. A gestante deve regularmente realizar as
consultas de pré-natal e realizar exames complementares para identificação precoce de
problemas no feto. Sabe-se que o ambiente exerce uma importante influência sobre a plasticidade
cerebral (formação de novos circuitos de memória, crescimento neuronal); a correta educação
dos filhos com a precoce imposição de limites introduz desde tenras idades a noção de respeito
ao outro e aceitação das regras sociais, “A criança reproduz e memoriza as condutas do seu
ambiente”.

Distúrbios de Comportamento: Riscos e Desdobramentos na Escola PDF Imprimir E-mail


por Yara Tandel

Distúrbios de Comportamento são padrões de conduta que podem ameaçar as relações normais
entre a criança e as pessoas que a rodeiam e tendem a piorar no decorrer do tempo
transformando-se num quadro de Transtorno de Conduta futuro.

As crianças e adolescentes com distúrbios de comportamento representam um grande desafio


para os educadores, para a escola e para a sociedade. São indivíduos que apesar de possuírem
capacidade cognitiva dentro da média, nem sempre são capazes de realizar suas tarefas
acadêmicas, além disso, chamam a atenção do grupo mais pelo desconforto que geram do que
pela capacidade de manter boas relações. Podem ser muito tímidos e isolados ou barulhentos e
agressivos.

Os alunos com distúrbio de comportamento freqüentam, geralmente, uma escola convencional


com currículo comum a sua série e idade. E é, justamente na escola, um dos primeiros espaços de
convivência supervisionada, que profissionais experientes vão perceber seu comportamento
inadequado. Nesta, a começar pelo professor, passando em seguida pelo orientador educacional
e, possivelmente, chegando à direção todos vão se debater com a questão: “O quê fazer com este
aluno?”

*
 Ignorá-lo? Pois ele só quer “chamar a atenção”?
 Deixá-lo fora da classe para não atrapalhar o grupo?
 Levá-lo até a coordenadora para uma boa conversa?
 Suspendê-lo da aula e chamar os pais, mais uma vez...?
 Colocá-lo numa classe para alunos com necessidades especiais?
 Encaminhar para um especialista?
 Pedir a transferência de escola?”
Assim, repetidas vezes este aluno “problema” vai ser posto em pauta até ser deixado de lado
literalmente. Será “esquecido” no caso de ser muito quieto ou ao contrário, será retirado do
espaço físico comum por provocar conflitos e tumultuar o grupo. De qualquer forma o que se vê
é uma tendência a isolá-lo e “tratá-lo” à parte.

Acompanhando de perto essas crianças e adolescentes cheguei à conclusão que poucas vezes esta
forma de ação que pretende tratar colocando separado obtém bons resultados. O que dá certo
mesmo é tratar colocando junto!

Não fiquei surpresa quando tomei conhecimento através da Agência Européia para o
Desenvolvimento em Necessidades Educativas Especiais que a Educação Inclusiva propõe a
resolução cooperativa de situações problema sejam estas de cunho acadêmico ou de interação
social: “Resolução cooperativa de problemas: Especialmente para os professores que precisam
de ajuda para a inclusão de alunos com problemas sociais/comportamentais, uma abordagem
sistemática dos comportamentos indesejáveis na sala de aula, constitui um meio para diminuir a
quantidade e a intensidade dos distúrbios durante as aulas. A definição de regras claras e de
determinados limites, fixados com os alunos (acompanhados de incentivos adequados), provaram
ser eficazes”.(Educação Inclusiva e Práticas de Sala de Aula/ março-2003).

Assim como desenvolvemos habilidades para tocar um instrumento, desenhar um gráfico ou


aprender uma língua estrangeira, o ser humano pode desenvolver competência social.

A competência social refere-se a um conjunto de comportamentos aprendidos que são


socialmente aceitos e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de condutas
favoráveis à convivência em grupo. Uma boa competência social permite interações eficazes
com os outros e previne relações socialmente inaceitáveis, além de favorecer a realização
acadêmica e profissional, posteriormente.

“A investigação evidencia também que os alunos com diferentes níveis de competência social se
distinguem significativamente em comportamentos relevantes para a realização de tarefas em
sala de aula, tais como a exatidão das respostas que dão, o comportamento de escuta, a
capacidade de levar a cabo uma tarefa, de seguir instruções e o tempo na tarefa” (Gresham &
Reschly, 1986).

Por tratar-se de uma construção multidimensional e integrativa, que inclui fatores interpessoais,
cognitivos e emocionais a competência social se desenvolve nas práticas interativas entre o
indivíduo e seu meio. Sozinho e submetido a ações isoladas, a criança com distúrbio de
comportamento tende a aumentar suas discrepâncias acentuando sua inadequação social. É no
dia a dia de convivência em grupo que o ser humano aprende a perceber o outro como um
legítimo outro, aprende a negociar, interpretar as ações alheias e controlar suas próprias atitudes.

As crianças e adolescentes que apresentam distúrbios de comportamento possuem poucos


recursos pessoais necessários para a aprendizagem social. Isto de deve a uma gama de fatores
que costuma estar presente nesses casos, às vezes de forma combinada. Entre estes destaco:
*
ausência de um modelo coerente no ambiente de convívio: seja na família, com o cuidador
responsável, ou até mesmo uma experiência escolar inadequada.
*
problemas no estado geral de sua saúde com quadro orgânico/ funcional precário: dificuldades
cognitivas, déficit de atenção, depressão, hiperaritividade, entre outros.
*
características de temperamento que acentuam determinado traço na sua manifestação:
impulsividade descontrolada, forte agressividade, excesso de timidez.
*
atraso no desenvolvimento psicomotor com prejuízo na percepção do sujeito sobre si mesmo,
frente ao outro ou ao meio: imaturidade emocional, atraso na aquisição da linguagem,
dificuldade para percepção espaço-temporal, esquema e imagem corporal pouco consciente,
entre outros.

Tenho sugerido às escolas, pais e profissionais que evitem repetir a tendência de separação,
própria deste tipo de distúrbio, e combinem ações em conjunto.

Uma vez que o comportamento inadequado “empurra” a criança para fora do convívio social, é
preciso estar atento e manter o estado de cooperação entre os adultos responsáveis por ela. Isto
significa dizer que juntos devem estabeler metas e fazer avaliações periódicas do processo.
Sempre que possível, reunir os pais, educadores, terapeuta(s), e o médico (quando for o caso)
numa mesma conversa e quando necessário, a própria criança.

Yara Tandel

Leia mais: https://smpsicopedagogia.webnode.com.br/disturbio-comportamental/

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