0 Bewertungen0% fanden dieses Dokument nützlich (0 Abstimmungen)
181 Ansichten6 Seiten
O documento resume o contexto histórico e as principais características do movimento barroco no Brasil, Portugal e Espanha entre os séculos XVI e XVIII. Inclui informações sobre a influência cultural espanhola em Portugal após a União Ibérica, o desenvolvimento do barroco na Bahia e Minas Gerais, e autores importantes como Gregório de Matos, Padre Antônio Vieira e características como o cultismo e o conceptismo.
O documento resume o contexto histórico e as principais características do movimento barroco no Brasil, Portugal e Espanha entre os séculos XVI e XVIII. Inclui informações sobre a influência cultural espanhola em Portugal após a União Ibérica, o desenvolvimento do barroco na Bahia e Minas Gerais, e autores importantes como Gregório de Matos, Padre Antônio Vieira e características como o cultismo e o conceptismo.
O documento resume o contexto histórico e as principais características do movimento barroco no Brasil, Portugal e Espanha entre os séculos XVI e XVIII. Inclui informações sobre a influência cultural espanhola em Portugal após a União Ibérica, o desenvolvimento do barroco na Bahia e Minas Gerais, e autores importantes como Gregório de Matos, Padre Antônio Vieira e características como o cultismo e o conceptismo.
Alunos: Iuri N. Matiello, Aristides E. de Lara e Matheus
Jamil.
Matéria: Português
Trabalho sobre: Barroco
Turma: 101
Fontes: Mundo Educação, Wikipédia, Brasil Escola
Contexto histórico:
O termo “barroco” vem da palavra portuguesa homônima que
significa “pérola imperfeita”, ou por extensão joia falsa. A palavra foi rapidamente introduzida nas línguas francesa e italiana.
O ano de 1580 é significativo, marcado pela morte de Camões, e
pelo fim da autonomia política de Portugal, com o desaparecimento do rei, na África, sendo que o sucessor foi Filipe II de Espanha, que anexou o reino português aos seus domínios, na chamada União Ibérica. Foi durante o ciclo do ouro que a exploração desse minério foi a principal atividade econômica desenvolvida no país. Minas Gerais foi o grande foco onde muitas jazidas foram encontradas.
O capitólio político passou a ser Madrid, tendo Portugal perdido,
além do seu foco político, a importância do foco cultural. No século que se seguiu (século XVII), a influência predominante passou a ser a espanhola que se tornou marcante na cultura portuguesa e durante este mesmo período, brotam aos olhos da Espanha uma riquíssima geração de escritores, como Gongora, Quevedo, Miguel de Cervantes, Félix Lopes de Vega e Calderón de lá Barca além de muitos outros.
Nessa época, a primeira capital do Brasil, Salvador, foi transferida
para o Rio de Janeiro.
Movimento barroco:
O movimento Barroco foi um período estilístico e filosófico da
História da sociedade ocidental, ocorrido desde meados do século XVI até ao século XVIII. Foi inspirado no fervor religioso e na passionalidade da Contra reforma. Didaticamente falando, o Período barroco, vai de 1580 a 1756.
Características do barroco:
O estilo barroco nasceu em decorrência da crise do Renascimento,
ocasionada, principalmente, pelas fortes divergências religiosas e imposições do catolicismo e pelas dificuldades econômicas decorrentes do declínio do comércio com o Oriente.
Todo o rebuscamento presente na arte e literatura barroca é reflexo
dos conflitos dualistas entre o terreno e o celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus (teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo presente no período renascentista.
As características mais típicas do Barroco, descrito usualmente
como um estilo dinâmico, narrativo, ornamental, dramático, cultivando os contrastes e uma plasticidade sedutora, veiculam um conteúdo programático articulado com requintes de retórica e grande pragmatismo.
Cultismo e conceptismo:
O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem rebuscada, culta,
extravagante, repleta de jogos de palavras e do emprego abusivo de figuras de estilo, como a metáfora e a hipérbole. Veja um exemplo de poesia cultista:
Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das Maravilhas, A
quem infiéis despedaçaram
O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de Matos)
O conceptismo ocorre principalmente na prosa, é marcado pelo jogo
de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. A organização da frase obedece a uma ordem rigorosa, com o intuito de convencer e ensinar. Veja um exemplo de prosa conceptista:
Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas:
olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. (Pe. Antônio Vieira).
O barroco no Brasil:
O Barroco no Brasil foi o estilo artístico dominante durante a maior
parte do período colonial, encontrando um terreno receptivo para um rico florescimento. Fez sua aparição no país no início do século XVII, introduzido por missionários católicos, especialmente jesuítas, que para lá se dirigiram a fim de catequiza e aculturar os povos indígenas nativos e auxiliar os portugueses no processo colonizador. Ao longo do período colonial vigorou uma íntima associação entre a Igreja e o Estado, mas como na colônia não havia uma corte que servisse de mecenas, como as elites não se preocuparam em construir palácios ou patrocinar as artes profanas senão no fim do período, e como a religião exercia enorme influência no cotidiano de todos, deste conjunto de fatores deriva que a vasta maioria do legado barroco brasileiro esteja na arte sacra: estatuária, pintura e obra de talha para decoração de igrejas e conventos ou para culto privado.
Principais autores e obras do barroco:
Bento Teixeira (1561-1618)
Gregório de Matos (1633-1696)
Manuel Botelho de Oliveira (1636-1711)
Frei Vicente de Salvador (1564-1636)
Frei Manuel da Santa Maria de Itaparica (1704-1768)
O marco inicial do Barroco no Brasil se deu por meio da obra
Prosopopeia do autor Bento Teixeira no ano de 1601.
Gregório de Matos foi outro autor marcante do barroco no Brasil e
foi apelidado de Boca do Inferno devido a linguagem de baixo calão com que retratava a sociedade da época, o autor escreveu poesias líricas, religiosas e satíricas, mas não teve nada publicado em vida. Tudo que se tem conhecimento de sua obra foi fruto de pesquisas.
Outro autor de destaque foi Frei Manuel de Santa Maria Itaparica,
entre outros.
Padre Antônio Vieira:
Padre Antônio Vieira nasceu na capital lusitana em 1608 e se
mudou para a Bahia com sua família aos seis anos de idade. Foi ai que iniciou os estudos no colégio jesuíta e aos 21 anos já lecionava no colégio de Teologia em Salvador. No ano de 1640, Vieira retornou a Portugal e lá foi nomeado Pregador-régio, título que o fez ficar na sua terra natal até 1652, quando finalmente resolve voltar às terras brasileiras. Torna-se chefe de uma missão da Igreja no Maranhão, mas é logo expulso da região por ter defendido os indígenas da escravidão imposta pelos colonos portugueses, em 1661. A inquisição cassou os seus direitos de pregador e até mesmo o condenou a prisão domiciliar. Tocado com o caso, a maior entidade de Portugal interveio e mandou o missionário para Roma, na tentativa de que ele reconstruísse seus direitos como pregador. O padre passou novamente por Portugal, mas não foi bem recebido e retornou ao Brasil em 1681, contudo sem deixar o seu envolvimento com as questões políticas, defesa dos judeus, índios e negros. No ano de 1697, Antônio vieira falece no Colégio da Bahia, em Salvador.
Barroco baiano:
A Bahia, ainda no ciclo do açúcar, produziu notável arte barroca. O
Rio São Francisco passou a ser o principal meio de integração da região Nordeste com Minas.
A riqueza da capital da Colônia permitiu a renovação artística
deflagrada pela reconquista das terras pelos portugueses. A arquitetura sofreu influência de Portugal e Itália.
As fabulosas obras de arte no interior das igrejas demonstram
pompa e riqueza, e atraiam multidões da Europa para o Brasil. Um dos conventos mais famosos é o de Nossa Senhora da Lapa, da primeira metade do Século XVIII. Ele está ligada diretamente à história da independência. Nesse convento morreu assassinada Sóror Joana Angélica de Jesus, quando tentava defender brasileiros revoltosos refugiados na clausura.
Poucos foram os nomes dos escultores baianos que resistiram ao
tempo. Antônio Duarte, Manuel Gonçalves Pinheiro, João Laves Carneiro, Inácio Dias de Oliveira. Suas obras são conhecidas como produção de um grupo de escultores.
O baiano Gregório de Mattos (1636-1695), conhecido também como
Boca do Inferno, ao lado do luso-baiano padre Antônio Vieira, do "Sermão da Sexagésima", são os principais exemplos da produção literária produzida na Bahia. Mattos, poeta satírico da famosa estrofe 'Incêndio em mares de água disfarçado! / Rio de neve em fogo convertido!', trabalhou ativamente no final do século XVII quando a representação do barroco nas artes plásticas já estava consolidada em Salvador. Barroco mineiro:
O Barroco Mineiro foi a principal manifestação artística do Brasil
Colônia, tanto na arquitetura quanto na escultura e pintura com temas sacros. A Capitania de Minas Gerais, que foi o centro da atividade mineradora no Brasil Colônia, viveu o apogeu das artes no Brasil oitocentista. O chamado Barroco Mineiro constituiu-se a partir de várias influências artísticas, vindas tanto de outras regiões da colônia, como o Rio e Janeiro e Salvador, quanto de Portugal. A grande movimentação comercial de Minas Gerais à época agitava também a esfera cultural. Somou-se a isso a forte influência que teve o catolicismo popular na formação de irmandades leigas, isto é, associações de pessoas, geralmente artistas, profissionais liberais e até mesmo escravos, que tinham, ao mesmo tempo, a prática da devoção religiosa e da assistência mútua. Grande parte das construções arquitetônicas monumentais de cidades como Ouro Preto, Mariana e São João Del Rei, foi, direta ou indiretamente, realizada por essas irmandades. No interior das igrejas (cujo estilo também recebia a alcunha de Rococó), eram instaladas as esculturas e pintadas, geralmente nos tetos, várias imagens.