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Questão 1
Considera-se que o predomínio por longo tempo de certos fatores limitantes num ecossistema
leve à seleção de poucas estratégias de resistência, implicando na grande abundância de
alguns grupos funcionais. Considere a Floresta Ombrófila Densa e a Savana que ocorrem no
Brasil. Quais são os principais fatores limitantes em cada um desses tipos de vegetação? Dê
exemplos (pelo menos três) dos principais caracteres morfológicos e/ou fisiológicos
apresentados pelas plantas e que poderiam caracterizar determinados grupos funcionais
especialmente comuns em cada um desses tipos de vegetação.
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Questão 2
O muçum (Synbranchus spp.) é um peixe de água doce também chamado de enguia por seu
formato serpentiforme. Ele é noturno e carnívoro. Sua capacidade de retirar oxigênio do ar
permite estivar enterrado no lodo durante a estação seca. Estudos de seu desenvolvimento
mostram reversão de sexo com protoginia (= fêmeas que se transformam em machos).
Estudos populacionais mostram 80% de machos primários (=nasceram machos) e 20% de
machos secundários (=já foram fêmeas). Que condições ambientais seletivas podem
favorecer a protoginia? E em oposição, quais favorecem a protandria (=machos que se
transformam em fêmeas)?
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Questão 3
A taxonomia α tem sido considerada prioritária por muitos cientistas de todas as épocas desde
Linnaeus. Entretanto, este campo da ciência anda marginalizado e carente em contingente de
pesquisadores. Com base nisso pergunta-se:
a) O que é Taxonomia α? Como ela vem se desenvolvendo desde sua criação? Quais aspectos
andam sendo incorporados nas publicações recentes? Você pode descrever alguns dos termos
utilizados neste tipo de produção?
b) Você acredita que a taxonomia α pode contribuir na conservação de espécies? Explique.
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Questão 4
Questão 5
Porcentagem Porcentagem
Tamanho Número Número Número de indivíduos da
da ninhada de ninhadas de ninhegos ninhada
Fonte: Lack, D. 1948. Natural selection and family size in the starling. Evolution
2:95-110.
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Questão 6
0.7
Com fungos
a Sem fungos
0.6
Biomassa acima do solo (g)
0.5
a
a
0.4
0.3
0.2
b
0.1
0.0
Perto Longe
Tipo de solo
Figura. Biomassa acima do solo (média ± erro padrão) em plântulas de Pinus contorta nove meses após
serem germinadas em 4 diferentes tratamentos (n = 10/tratamento): Em solos coletados perto (~100m) e
longe (~1000m) de plantações de outras Pináceas invasoras, inoculados ou não com fungos
ectomicorrízicos. Letras diferentes representam diferenças signfificativas (Anova de dois fatores, 5%,
Teste a posteriori de Tukey).
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Questão 7
Perguntas:
1) Sob quais condições o crescimento ilimitado pode ocorrer em populações naturais, como
mostrado no gráfico acima?
Questão 8
Pesquisadores observaram que na Flórida (EUA) havia lagos naturais habitados e não
habitados por peixes da família Centrachidae. Estes peixes são reconhecidos como
importantes consumidores de larvas de insetos aquáticos, incluindo detritívoros e predadores.
Curiosamente, notaram que arbustos da espécie Hypericum fasciculatum, que habitam as
margens destes lagos, produziram mais sementes quando próximas aos lagos com peixes do
que aquelas próximas de lagos sem tais predadores.
Testes de premissas: os pesquisadores verificaram que (i) lagos com e sem peixes não diferem
quanto à extensão, estrutura de vegetação marginal, produtividade e impactos antrópicos.
Informações adicionais: abelhas são os principais polinizadores de H. fasciculatum.
(a) Formule uma hipótese que explique esta relação entre presença de peixes predadores e
aumento da fecundidade de H. fasciculatum.
(b) Descreva um desenho experimental para testar sua hipótese.
Obs: Dados originais: Knight et al. (2005). Trophic cascades across ecosystems. Nature 437:
880-883.
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Questão 9
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Questão 10
As ratitas incluem poucas espécies viventes de aves de grande porte que não possuem
capacidade de voar, entre elas estão os conhecidos avestruzes e as emas dos cerrados
brasileiros. As espécies viventes são conhecidas apenas das localidades numeradas no mapa
abaixo (Figura 1). A distribuição atual do grupo sugere que o ancestral habitava o
supercontinente de Gondwana.
Figura 1 – Distribuição
atual das aves ratitas. 1-
América do Sul, 2-África,
3-Austrália, 4-Nova Guiné,
5-Nova Zelândia.
Recentemente, Haddrath e Baker (2009. Proc. R. Soc. B. 268: 939-945) publicaram uma
filogenia das aves ratitas (Figura 2), usando como grupos externos a família Tinamidae
(representada pelo nodo 4 da figura 2), galinhas e patos. No mesmo trabalho, os autores
dataram cada nodo, e os resultados estão na tabela abaixo.
Nodo divergência
(milhões de anos)
1 110.1 (± 19.8)
2 85.4 (± 16.9)
3 92.2 (± 18.9)
4 62.8 (± 14.1)
5 78.9 (± 14.8)
6 5.3 (± 1.6)
10 62.4 (± 7.0)
7 69.3 (± 12.4)
8 13.7 (± 3.2)
9 65.3 (± 6.9)
Figura 2 – Filogenia das ratitas. Os números após cada
táxon indicam a distribuição geográfica das espécies 11 35 (30-35)
viventes em relação à figura 1. O tempo de divergência
em cada nodo está apresentado na tabela a direita.