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324
SÚMULA N. 324
Referências:
CF/1988, art. 109, I.
Lei n. 6.855/1980.
Lei n. 7.750/1989.
Precedentes:
CC 18.009-DF (3ª S, 10.09.1997 – DJ 06.10.1997)
CC 21.671-DF (2ª S, 22.09.1999 – DJ 29.11.1999)
CC 34.889-MA (2ª S, 09.06.2004 – DJ 04.10.2004)
CC 36.641-MS (2ª S, 23.04.2003 – DJ 19.12.2003)
REsp 481.965-DF (4ª T, 20.03.2003 – DJ 23.06.2003)
EMENTA
ACÓRDÃO
DJ 06.10.1997
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
VOTO
376
SÚMULAS - PRECEDENTES
EMENTA
ACÓRDÃO
DJ 29.11.1999
RELATÓRIO
VOTO
378
SÚMULAS - PRECEDENTES
de fls. 49. Nesse caso, a competência para processar e julgar a ação é da Justiça
Federal, conforme tem decidido esta Corte. Anote-se:
(...)
Nos termos do art. 100, IV, a, do CPC, é competente o foro do lugar onde está a
sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica.
A Associação de Poupança e Empréstimo - Poupex, regida pela Lei n.
6.855/1980, com as alterações da Lei n. 7.750/1989 e por normas constantes de
seu estatuto, é uma sociedade civil que tem sede e foro na cidade de Brasília-DF.
O art. 100, IV, d, do mesmo Código, contém uma norma especial para as ações
relativas ao cumprimento de obrigações contratuais.
Na ação ordinária os Autores pretendem a cobrança de indenização especial
em decorrência da morte do segurado principal.
De fato, trata-se de uma obrigação contratual, cujo instrumento jurídico
dispõe, verbis:
O 42º BMTz, local onde estava lotado o segurado, é uma unidade militar do
Exército, que não funciona como agência, sucursal ou unidade regional da FHE.
Pelo menos, não há prova nos autos em contrário.
Não há cláusula consignando o cumprimento da obrigação em Goiânia. O fato
de o contrato de adesão (fls. 30) ter sido assinado em Goiânia, não significa, tão-só
por isso, que nesta Capital exista agência, sucursal ou regional da FHE. Parece-me,
à toda evidência, que o formulário em questão pode ser encaminhado, por razões
práticas, obviamente, por malotes do 42º BMTz, ou mesmo pelo correio. (fls. 56-
57)
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SÚMULAS - PRECEDENTES
Processual Civil. Competência. Ação contra pessoa jurídica. Sede. CPC, Art. 100,
IV, a. Iapas. Súmula n. 204-TFR.
- Segundo o canon inscrito no Art. 100, IV, a, do CPC, é competente o foro do
lugar onde tem sede a pessoa jurídica, para as ações contra ela propostas.
- Tendo sido ajuizada ação contra o antigo Iapas no Rio de Janeiro, antes da
transferência da sede daquela autarquia para o Distrito Federal, não prospera a
pretensão de ser deslocada a competência para o foro de residência dos autores,
por afronta ao Art. 100, IV, a, do CPC e a jurisprudência consolidada na Súmula n.
204-TFR.
- Recurso especial provido. (REsp n. 13.390-RJ, 1ª Turma, Relator o Senhor
Ministro Cesar Asfor Rocha, DJ de 28.11.1994)
EMENTA
ACÓRDÃO
DJ 04.10.2004
RELATÓRIO
382
SÚMULAS - PRECEDENTES
VOTO
384
SÚMULAS - PRECEDENTES
EMENTA
ACÓRDÃO
DJ 19.12.2003
RELATÓRIO
VOTO
386
SÚMULAS - PRECEDENTES
Vistos, etc.
1. Trata-se de conflito negativo de competência entre o Juízo Federal de
Imperatriz-MA, suscitante, e o Juízo de Direito da 3ª Vara Cível da mesma cidade,
relativo à competência para apreciar ação de execução por título extrajudicial
proposta por Daniel Lima Alves contra a Fundação Habitacional do Exército, para
cobrança de R$ 11.617,80, valor da apólice do seguro de vida em grupo a que
aderiu após incorporar-se ao Exército.
Proposta a ação perante o Juízo Federal da Subseção Judiciária de Imperatriz-
MA, este declinou de sua competência em favor da Justiça Estadual.
Distribuídos os autos ao Juízo de Direito da 3ª Vara Cível de Imperatriz-MA, em
razão da manifestação da Fundação-Embargante pela incompetência da Justiça
Estadual, o digno Magistrado determinou a remessa dos autos à Justiça Federal.
Diante disso, o Juízo Federal suscitou o presente conflito, esclarecendo que a
partir da Lei n. 7.750/1989 ficou afastada a aplicação do art. 109, IV, da CF/1988 às
fundações de direito privado.
2. Às fls. 31 destes autos, verifico que a Fundação Habitacional do Exército - FHE
tem personalidade jurídica de direito privado. A jurisprudência deste Tribunal é
pacífica no sentido de que a Justiça Federal não é competente para julgar as ações
em que figurem entidades privadas. Transcrevo abaixo trecho do julgamento do
CC n. 34.358-RS, 2ª Seção, publicado em 26.03.2002, de minha relatoria:
Art. 1º. A Fundação Habitacional do Exército - FHE, com sede e foro na cidade
de Brasília-DF, criada pela Lei n. 6.855, de 18 de novembro de 1980, supervisionada
pelo Ministério do Exército e com atuação em todo o território nacional, tem
personalidade jurídica de direito privado, finalidade social e tempo de duração
indeterminado e é integrante do Sistema Financeiro da Habitação - SFH.
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SÚMULAS - PRECEDENTES
O artigo 12, por sua vez, que trata dos recursos financeiros da Fundação,
foi alterado pelo artigo 3º da Lei n. 7.750, de 13 de abril de 1989, citada no
precedente do Ministro Ruy Rosado de Aguiar, para retirar os recursos da
União como fonte daqueles destinados à Fundação, enquanto o artigo 4º da
referida Lei preconiza, verbis:
Nada obstante, com a devida vênia, creio dever ser mantido o entendimento
desta Segunda Seção, no sentido da competência da Justiça Federal. É que, além
de o artigo 31 da Lei n. 6.855/1980 entre outros privilégios, garantir à Fundação
Habitacional do Exército o mesmo foro da Fazenda Pública, o parágrafo único
do artigo 4º da Lei n. 7.750/1989 ressalva ficar mantida a obrigação de a
Fundação prestar contas ao Ministério do Exército e ao Tribunal de Contas da
União. Continua ela pois, sendo supervisionada pelo Ministério do Exército,
porquanto foi criada para beneficiar, prioritariamente, os militares ativos e
inativos associados à Poupex.
Ademais, essa Lei n. 7.750/1989 não alterou o artigo 4º da lei criadora da
Fundação Habitacional do Exército, o qual determina que os bens e direitos
desta serão incorporados ao patrimônio da União, no caso de sua extinção.
Em razão de tudo isso, continuo a entender que as causas nas quais
participa a Fundação Habitacional do Exército, devem ser julgadas pela Justiça
Federal, cuja competência se justifica, ainda mais, se se considerar o interesse
remoto da União, a cujo patrimônio serão incorporados os bens e direitos da
Fundação, no caso de sua extinção.
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SÚMULAS - PRECEDENTES
VOTO
EMENTA
ACÓRDÃO
DJ 23.06.2003
392
SÚMULAS - PRECEDENTES
RELATÓRIO
Alega a recorrente que a decisão violou os arts. 535, II, 538 e 557, parágrafo
primeiro, do CPC, porquanto não foi sanada a omissão apontada nos embargos
declaratórios alusiva à incompetência absoluta da Justiça estadual para apreciar
ação em que é ré fundação pública federal, salientando o cabimento do recurso
em face do vício apontado no despacho do Desembargador relator.
Argumenta que são cabíveis embargos declaratórios contra decisão do
relator, e que a omissão, no caso, era patente, de modo que não seria a hipótese
de aviamento de agravo interno, daí a má aplicação do art. 557.
Contra-razões às fls. 178-183, sustentando que a discussão é de mérito do
agravo de instrumento, restou preclusa, além do que a competência é mesmo da
Justiça estadual.
O recurso especial não foi admitido na instância de origem pelo despacho
presidencial de fls. 185-186, subindo a esta Corte por força de provimento dado
ao AG n. 469.404-DF (fl. 191).
É o relatório.
VOTO
394
SÚMULAS - PRECEDENTES