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Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Disciplina: DIREITO E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA


Professor: HIGOR KALLIANO F. Q. DE SOUSA

ROTEIRO DE AULAS
Noções Preliminares

- O Direito regula as relações dos indivíduos em sociedade, se apossa do sujeito e o


mantém sob proteção, mas o considera parte da sociedade, até porque Direito e sociedade se
pressupõem.

- “ ubi societas ibi jus”- Onde há Sociedade, existe Direito.

- Segundo Kelsen, onde não há conflito de interesses, não há necessidade de justiça.

Direito e Moral

- Direito e Moral são instrumentos de controle social que não se excluem, antes, se
completam e mutuamente se influenciam.

A Moral

- Se identifica com a noção de bem, que constitui o seu valor.

- Divide-se em: Moral Natural e Moral Positiva. A primeira consiste na idéia de bem
captada diretamente na fonte da natureza, isto é, na ordem que envolve, a um só tempo, a vida
humana e os objetos naturais.

- A Moral positiva possui três esferas distintas, que Heinrich Henkel denomina por:

a) Moral autônoma: corresponde a noção de bem particular a cada consciência. O homem


atua como legislador para a sua própria conduta.
b) A Ética superior dos sistemas religiosos: consiste nas noções fundamentais sobre o
bem, que as seitas religiosas consagram e transmitem a seus seguidores.
c) Moral social: constitui um conjunto predominante de princípios e de critérios que, em
cada sociedade e em cada época, orienta a conduta dos indivíduos. (impões aos indivíduos uma
norma de agir não elaborada por sua própria consciência).
Paralelo entre a Moral e o Direito

Direito Moral

Bilateral (As normas jurídicas ao mesmo tempo em


que impõem um dever jurídico a alguém, atribuem
um poder ou direito subjetivo a outrem) Unilateral (impõe apenas deveres)

Heterônomo (As regras jurídicas são impostas pelo Autônomo(A regra nasce na consciência
Estado independentemente da vontade de seus individual)
destinatários)

Exterior (O direito cuida das ações humanas em Interior (Preocupa-se pela vida interior
primeiro plano e, em função destas, quando das pessoas)
necessário, investiga o ânimo do agente)

Coercível ( capacidade de adicionar a força Incoercível (não tem a capacidade de


organizada do Estado, para garantir o respeito aos adicionar a força organizada do Estado,
preceitos); (uso legal da força). para garantir o respeito aos preceitos).

Sanção prefixada (o direito se manifesta mediante Sanção difusa (estabelece uma diretiva
um conjunto de regras que definem a dimensão da mais geral, sem particularizações)
conduta exigida, que especificam a fórmula do agir)

Os Diversos Usos da Palavra Direito

- Apresenta, pelo menos, quatro sentidos diferentes:

a) como norma: é o Direito Positivo, isto é, um sistema de normas jurídicas que em


determinado momento histórico regula as relações de um povo.

b) como faculdade;

c) na acepção do justo;

d) como ciência;

A Divisão do Direito

Direito Público

– É aquele destinado a disciplinar os interesses gerais da coletividade. Assim sendo, é o


ramo do direito objetivo que disciplina, em regra, as relações jurídicas de subordinação em que
o interesse público seja prevalente e imediato.

Direito Privado

- É aquele que se refere aos interesses dos indivíduos. Assim, é o ramo do direito objetivo
que disciplina, em regra, as relações jurídicas de coordenação em que o interesse privado seja
prevalente e imediato.

- Nas relações de Direito Privado, as normas jurídicas, ou seja, as leis e demais regras,
são de Direito Civil, Direito Comercial ou Direito do Trabalho e as pessoas envolvidas nessas
relações são indivíduos (cidadãos, pessoas físicas), Pessoas Jurídicas de Direito Privado
(empresas) ou Pessoas Jurídicas de Direito Público (empresas públicas) ou o próprio Estado,
quando não esteja imbuído do poder político ou jurisdicional.

Direito Objetivo e Subjetivo

O direito subjetivo apresenta-se sempre em relação jurídica. Apesar de relacionar-se com


o Direito objetivo, ele se opõe correlativamente é ao dever jurídico. Um não existe sem o outro. O
sujeito ativo da relação é o portador de direito subjetivo, enquanto o sujeito passivo é o titular de dever
jurídico. Este possui o encargo de garantir alguma coisa àquele.
O direito subjetivo apresenta duas esferas: a da licitude e a da pretensão. A primeira corresponde
ao âmbito da liberdade da pessoa, agere licere, pelo qual pode movimentar-se e atuar na vida social,
dentro dos limites impostos a todos pelo ordenamento jurídico. É ele quem garante a conduta livre dos
indivíduos, porque o Direito objetivo impõe a toda a coletividade o dever jurídico de respeitar essa faixa de
liberdade, bem como a integridade física e moral de cada um.

Enquanto o Direito objetivo é chamado por norma agendi, designando o conjunto de preceitos que
organiza a sociedade, o subjetivo é conceituado como facultas agendi, ou seja, como faculdade de agir
garantida pelas regras jurídicas.

O direito subjetivo consiste, assim, na possibilidade de agir e de exigir aquilo que as normas de
Direito atribuem a alguém como próprio.

O Direito objetivo define os direitos subjetivos. Do ponto de vista científico, o direito subjetivo
decorre do Direito objetivo.Ao requerer alguma providência judicial, o interessado deve fundamentar o seu
pedido, em determinados dispositivos que integram o ordenamento jurídico.

Na doutrina exposta por San Tiago Dantas, o direito subjetivo pode ser identificado por três
elementos: a) porque a um direito corresponde um dever jurídico; b) porque esse direito é passível de
violação, mediante o não-cumprimento do dever jurídico pelo sujeito passivo da relação jurídica; c) porque o
titular do direito pode exigir a prestação jurisdicional do Estado, ou seja, tem a iniciativa da coerção.

Direito Natural

O jusnaturalismo atual concebe o Direito Natural apenas como um conjunto de amplos


princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a ordem jurídica. Os princípios mais apontados
referem-se ao direito à vida, à liberdade, à participação na vida social, à união entre os seres para a
criação da prole, à igualdade de oportunidades.

Chama-se jusnaturalismo a corrente de pensamento que reúne todas as idéias que surgiram,
no correr da história, em tomo do Direito Natural, sob diferentes orientações.

Tradicionalmente os autores indicam três caracteres para o Direito Natural: ser eterno, imutável e
universal; isto porque, sendo a natureza humana a grande fonte desses Direitos, ela é,
fundamentalmente, a mesma em todos os tempos e lugares.

A origem do Direito Natural se localiza no próprio homem, em sua dimensão social, e o seu
conhecimento se faz pela conjugação da experiência com a razão. É observando a natureza humana,
verificando o que lhe é peculiar e essencial, que a razão induz aos princípios do Direito Natural.

Infelizmente, uma falsa compreensão leva alguns juristas, ainda hoje, a um visível preconceito
em relação ao Direito Natural, julgando-o idéia metafísica ou de fundo religioso. É indiscutível
que se levarmos em consideração que a ordem natural das coisas foi estabelecida pelo Criador, este, em
última análise, seria o autor do Direito Natural. Contudo, a ordem de raciocínio mais recomendável
é a de se partir diretamente da idéia que envolve a natureza humana e o fim a que tende realizar.

Durante esse longo tempo, o Direito Natural passou por altos e baixos, por fases de grande
prestígio e por períodos críticos, causados pelos ventos frios do positivismo e devido também aos
excessos de seus próprios adeptos, reacendeu, no espírito dos juristas, o entusiasmo pelo Direito
Natural, que hoje se encontra no apogeu, na fase que a História da Filosofia do Direito registra como a
de seu renascimento. A idéia do Direito Natural é o eixo em torno do qual gira toda a Filosofia do
Direito.
A corrente jusnaturalista não se tem apresentado, no curso da história, com uniformidade
de pensamento. Há diversos matizes, que implicam a existência de correntes distintas, mas que
guardam entre si um denominador comum de pensamento: a convicção de que, além do Direito escrito,
há uma outra ordem, superior àquela e que é a expressão do Direito justo. É a idéia do Direito perfeito e
por isso deve servir de modelo para o legislador. É o Direito ideal, mas ideal não no sentido utópico,
mas um ideal alcançável. A divergência maior na conceituação do Direito Natural está centralizada na
origem e fundamentação desse Direito. Para o estoicismo helênico, localizava-se na natureza cósmica.
No pensamento teológico medieval, o Direito Natural seria a expressão da vontade divina. Para outros,
se fundamenta apenas na razão. O pensamento predominante na atualidade é o de que o Direito
Natural se fundamenta na natureza humana.

Durante muito tempo o pensamento jusnaturalista esteve mergulhado na Religião e


concebido como de origem divina. Assim aceito, o Direito Natural seria uma revelação feita por Deus
aos homens. Coube ao jurisconsulto holandês, Hugo Grócio, considerado "o pai do Direito Natural",
promover a mudança desse paradigma. A sua famosa frase ressoa até os dias atuais: "O Direito
Natural existiria mesmo que Deus não existisse ou que, existindo, não cuidasse dos assuntos
humanos."

Direito Positivo

Rejeita todos os elementos de abstração na área do Direito, a começar pela idéia do


Direito Natural, por julgá-la metafísica e anti-científica. O positivismo despreza os juízos de valor,
para se apegar apenas aos fenômenos observáveis.

Para essa corrente de pensamento o objeto da Ciência do Direito tem por missão estudar as
normas que compõem a ordem jurídica vigente. A sua preocupação é com o Direito existente. Nessa
tarefa o investigador deverá utilizar apenas os juízos de constatação ou de realidade, não
considerando os juízos de valor.

Em relação à justiça, a atitude positivista é a de um cetiscimo absoluto. Por considerá-la um


ideal irracional, acessível apenas pelas vias da emoção, o positivismo se omite em relação aos valores.

Para o positivismo jurídico só existe uma ordem jurídica: a comandada pelo Estado e que é
soberana.Assim, para o positivista a lei assume a condição de único valor.

A chamada Escola da Exegese desenvolveu programa típico do positivismo. Essa Escola, já vencida
pelo tempo, defendeu o fetichismo legal. A sua doutrina era o codicismo. Este, no dizer de Carnelutti, "é
uma identificação exagerada ou exasperada do Direito com a lei". Era a idéia de que o código tinha solução
para todos os problemas. O Direito repousava exclusivamente na lei.

O positivismo jurídico, que atingiu o seu apogeu no início de nosso século, é hoje uma teoria em
franca decadência. Surgiu em um período crítico da história do Direito Natural, durou enquanto foi
novidade e entrou em declínio quando ficou conhecido em toda a sua extensão e consequências. Com a
ótica das ciências da natureza, ao limitar o seu campo de observação e análise aos fatos concretos, o
positivismo reduziu o significado humano. O ente complexo, que é o homem, foi abordado como prodígio
da Física, sujeito ao princípio da causalidade. Em relação à justiça, a atitude positivista é a de um
ceticismo absoluto. Por considerá-la um ideal irracional, acessível apenas pelas vias da emoção, o
positivismo se omite em relação aos valores. Sua atenção se converge apenas para o ser do Direito, para a
lei, independentemente de seu conteúdo. Identificando o Direito com a lei, o positivismo é uma porta aberta
aos regimes totalitários, seja na fórmula comunista, fascista ou nazista.

O positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz às exigências sociais de justiça. Se, de um lado,
favorece o valor segurança, por outro, ao defender a filiação do Direito a determinações do Estado,
mostra-se alheio à sorte dos homens. O Direito não se compõe exclusivamente de normas, como pretende
essa corrente. As regras jurídicas têm sempre um significado, um sentido, um valor a realizar. Os positivistas
não se sensibilizaram pelas diretrizes do Direito.Apegaram-se tão-somente ao concreto, ao materializado.
Os limites concedidos ao Direito foram muito estreitos, acanhados, para conterem toda a grandeza e
importância que encerra. A lei não pode abarcar todo o jus. A lei, sem condicionantes, é uma arma para o
bem ou para o mal.

FONTES DO DIREITO

Noções Gerais

A doutrina jurídica não se apresenta uniforme quanto ao estudo das fontes do Direito.
Entre os cultores da ciência do Direito, há uma grande diversidade de opiniões quanto ao tema,
principalmente em relação ao elenco das fontes. Esta palavra provém do latim, fons, fontis e significa
nascente de água. No âmbito de nossa Ciência é empregada como metáfora, conforme observa Du
Pasquier, pois "remontar à fonte de um rio é buscar o lugar de onde as suas águas saem da terra; do
mesmo modo, jnquirir sobre a fonte de uma regra jurídica é buscar o ponto pelo qual sai das
profundidades da vida social para aparecer na superfície do Direito".

As fontes diretas são a lei e o costume. As fontes indiretas são a doutrina e a


jurisprudência.

As fontes do Direito podem ser analisadas do ponto de vista histórico, social, filosófico
e material, como também podemos analisar as fontes em seu sentido formal, isto é, como forma
de expressão do Direito.

a) Fontes Materiais – O Direito não é um produto arbitrário da vontade do legislador, mas


uma criação que se lastreia no querer social. É a sociedade, com centro das relações da vida,
quem fornece ao legislador os elementos necessários à formação dos estatutos jurídicos. Como
causa produtora do Direito, as fontes materiais são constituídas pelos fatos sociais, pelos
problemas que emergem na sociedade e, que são condicionados pelos chamados Fatores do
Direito, com a Moral, a Economia, a Geografia, dentre outros.
b) Fontes Formais- são os meios de expressão do Direito, as formas pelas quais as normas
jurídicas se exteriorizam, ou seja, tornam-se conhecidas. São: a lei, o costume, regulamento e
contrato coletivo, doutrina e jurisprudência, princípios gerais de Direito, analogia e equidade.

Lei

É uma norma jurídica abstrata e geral expressa por escrito pelo Estado, com criação de
direito novo. Ela possui cinco características:

a) Abstração – a lei é abstrata porque não se incorpora, apesar de escrita e publicada no


Diário Oficial; se nós rasgarmos o jornal não estaremos rasgando e eliminando a lei, ela
continua aplicável e vigente;
b) Generalidade – é uma norma jurídica geral, pois se liga a conseqüência jurídica a
condição de fato de modo geral.
c) Estatalidade – é uma norma jurídica elaborada pelos órgãos do Estado, distinguindo-se
do costume, que é uma norma jurídica geral elaborada fora dos órgãos do Estado.
d) Escrita
e) Novidade- a lei cria um direito novo, mesmo quando modifica um direito já existente.

Leis
Constituição Federal Constituições Estaduais Emendas às Constituições Leis complementares
Leis ordinárias Leis delegadas Decretos legislativos Resoluções do Legislativo Medidas
provisórias.

Hierarquia das leis

Pela ordem de importância, classificam-se as normas da seguinte forma:

1. Constituição

2. Emendas à Constituição

3. Leis complementares

4. Leis ordinárias

5. Decretos regulamentares

6. Outras normas de hierarquia inferior

Vigência da lei

A lei é levada ao conhecimento de todos por meio de sua publicação no Diário Oficial.
Publicada a lei, ninguém se escusa de cumpri-la, alegando que não a conhece (art. 3 a da Lei de
introdução ao Código Civil). Sua força obrigatória, todavia, está condicionada à sua vigência,
ou seja, ao dia em que começa a vigorar.

As próprias leis costumam indicar a data em que entrarão em vigor. Mas se uma lei
nada dispuser a respeito, entrará ela em vigor, no território nacional, 45 dias após a publicação.
Fora do País, o prazo é de 3 meses (art. l" da Lei de introdução ao Código Civil).

O espaço de tempo compreendido entre a publicação da lei e sua entrada em vigor


denomina-se vacatio legis (a "vacância da lei"). Serve para que todos se adaptem à nova lei,
sendo que esse período varia de acordo com a vontade do legislador, tendo em consideração a
complexidade da lei expedida.

Costume

- É a prática pública e geral, reiterada com constância e uniformidade, de um modo de agir,


acompanhado da convicção de sua obrigatoriedade jurídica.

- Os costumes podem ser de três espécies:

a) Secundum Legem (de acordo com a lei) – é o costume que estabelece forma costumeira
de interpretação ou aplicação de uma lei, é o costume interpretativo;
b) Praeter Legem (além da lei) – é o vigente na falta de preceito legal. A aplicação de
costume nesses casos é autorizada pelo art. 4º da Lei de Introdução do Código Civil “Quando a
lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais do direito”.
c) Contra legem (contra a lei) – é o modo de agir aplicando prática costumeira contrária à
lei. P. ex. o uso do cheque pré-datado1.

Doutrina

É o trabalho dos juristas, dos estudiosos do Direito, que definem e sistematizam os


conceitos jurídicos, agrupando-os em categorias, determinando sua natureza jurídica,

compondo os institutos jurídicos, construindo as teorias jurídicas e reunindo todos eles na


formação de disciplinas jurídicas.

Jurisprudência

É a reiteração de decisões judiciais num mesmo sentido. A doutrina influencia a


jurisprudência, que influencia a elaboração de costumes ou normas jurídicas.

A jurisprudência é o resultado de decisões reiteradas e uniformes decorrentes de


aplicação da lei ao caso concreto.

Princípios Gerais do Direito

São as proposições diretivas do Direito Positivo que devem ser aplicadas no caso em
julgamento, na ausência de outra fonte formal.

As normas a seguir resultam dos princípios gerais do Direito e pregam que:

a) O homem não deve se alimentar do homem;


b) O Estado agressor é o culpado pela guerra;
c) O criador da obra de sua faculdade inventiva e talento têm o direito de ter o seu
nome a ela ligado;
d) A criança tem direito à proteção;
e) Matar alguém é crime;

NORMA JURÍDICA E ORDENAMENTO JURÍDICO

Conceito de Norma Jurídica

- “É a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social” (2001, pág. 81, Paulo
Nader).

- “Uma regra de conduta social. Seu objetivo é regular a atividade dos homens em suas
relações sociais” ( 2000, pág 305, André Franco Montoro).

- As norma jurídicas são imperativas, ou seja, impõem o dever, e são também atributivas,
ou seja, conferem direitos.

- Norma jurídica ≠ Lei. A lei é apenas uma das formas de expressão das normas.

Características

a) Bilateralidade – a norma jurídica possui dois lados: um representado pelo direito


subjetivo e outro pelo dever jurídico. Em toda relação jurídica há sempre um sujeito ativo
(direito subjetivo) e um sujeito passivo (possui o dever jurídico).

1
Vide Lei do Cheque nº. 7.357/1985, em seu art. 32: “O cheque é pagável à vista. Considera-se não-
escrita qualquer menção em contrário”.
b) Generalidade - a norma jurídica e preceito de ordem geral, que obriga a todos que se
acham em igual situação jurídica. Principio da isonomia, segundo o qual todos são iguais
perante a lei.
c) Abstratividade - visa atingir o maior número possível de situações.
d) Imperatividade - o Direito dever representar o mínimo de exigências, de
determinações necessárias. Para garantir efetivamente a ordem social, o Direito se manifesta
através de normas que possuem caráter imperativo.
e) Coercibilidade – quer dizer a possibilidade de uso da coação. Possui dois elementos:
psicológico e material. O primeiro exerce a intimidação, através das penalidades previstas para a
hipótese de violação das normas jurídicas. O elemento material é a força, que é acionada quando
o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente.
Coação – é uma reserva de força a serviço do Direito.

Sanção- medida punitiva para a hipótese de violação de normas.

TEORIA DO ESTADO

1. Constituição e Estado

- A Constituição fixa a estrutura fundamental do Estado. Por isso, o Estado é uma noção prévia
ao estudo do Direito Constitucional.

2. Estado

Povo e Território

- Povo são aqueles indivíduos sujeitos a soberania do Estado; são os cidadãos, são aqueles
dotados de cidadania reconhecida pela ordem jurídica desse Estado. Estão excluídos os
estrangeiros de situação jurídica irregular e os transeuntes, viajantes e turistas, ligados a outras
Nações ou Estados.

- Território é o limite especial dentro do qual o Estado exerce seu poder de império sobre
pessoas e bens.

Soberania

É o poder de governo ou de comando, entendido como a propriedade que tem o Estado


de ser uma ordem suprema que não deve a sua validade a nenhuma outra ordem superior.

Cidadania

É a qualidade do individuo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no


desempenho de seus deveres para este.

ROTEIRO COMPLEMENTAR DA AULA DE TEORIA DO ESTADO

Principais conceitos da teoria geral do Estado

A Constituição é a norma fundamental de um Estado.Ela nos revela o particular modo de ser


daquele ente estatal, através da elucidação, dentre outros elementos que o caracterizam, de sua forma
de Estado, forma de governo, regime político e sistema de governo.

Conceito de Estado

O termo Estado, tem duas acepções importantes, que precisam ser bem compreendidas, para que
possam ser adequadamente diferenciadas. Num primeiro sentido, Estado é a pessoa jurídica de direito
público externo, dotada de soberania frente aos demais Estados estrangeiros. Juntamente com os
organismos internacionais, possui personalidade jurídica que lhe permite celebrar acordos com os
demais entes internacionais.

Noutra acepção, conforme definido pelo artigo 18, da Constituição Federal de 1988, Estado pode
também ser compreendido como uma das unidades que compõem a Federação brasileira, dotado apenas
de autonomia (e não de soberania) em relação às demais (outros Estados, Distrito Federal e Municípios).

Elementos constitutivos do Estado

Ao Estado são tradicionalmente atribuídos elementos constitutivos, a saber:povo, território e


soberania (ou governo).

Povo

Povo é o conjunto de pessoas ligadas ao Estado por um vínculo jurídico-político, que pode ser
definido como o conjunto dos nacionais daquele ente estatal. É importante mencionar, conforme
tradicional lição, que povo não se confunde com os conceitos de população e nação.

População é um conceito mais amplo que o de povo, uma vez que implica soma dos nacionais
(povo) aos estrangeiros encontrados no território de um Estado, num determinado momento.Trata-se,
portanto, de um conceito de natureza demográfica.

Nação, a seu turno, é o conjunto de pessoas unidas por laços históricos, culturais e linguísticos,
que não precisam, necessariamente, viver sob um mesmo território, ou estar vinculados a um Estado
constituído. Exemplo sempre citado é o da nação palestina, que demonstra equívoca identidade
nacional, mas que está fracionada em diversos territórios, sem que haja sequer um Estado
formalmente.

Território

Território é o espaço no qual o Estado exerce, com exclusividade,soberania. Estão aqui


incluídos não só os espaços terrestres (solo e subsolo), como também o aéreo e o aquático.

Soberania

Muitos doutrinadores costumam denominar este terceiro elemento constitutivo do Estado de


governo.

Soberania é um poder estatal dotado de supremacia na ordem interna, não podendo sofrer
qualquer limitação por outros poderes daquele mesmo Estado, e de independência na ordem externa,
não estando sujeito a imposições de quaisquer outros Estados estrangeiros ou Organismos Internacionais.

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