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TEMAS E PROBLEMAS FILOSÓFICOS – TPF

Nikos Stangos. Conceitos da arte moderna.


Dawn Ades. Cap. 1: Dadá e Surrealismo.

FICHAMENTO

CONTEXTO

Dadá é um estado de espírito’, disse Breton. Esse estado de espírito


já era endêmico na Europa antes da guerra, mas o conflito deu novo
impulso e urgência ao descontentamento que muitos artistas plásticos e
poetas já sentiam (...). A guerra era a agonia de uma sociedade baseada
na cobiça e no materialismo. (p. 98).

A própria arte era dependente dessa sociedade; o artista e o poeta


eram produzidos pela burguesia e deles esperava-se, portanto, que
fossem seus ‘trabalhadores assalariados’, servindo a arte meramente para
preservá-la e defendê-la (...). A arte tornou-se uma transação comercial,
literal e metaforicamente, os artistas eram mercenários do espírito, os
poetas, ‘banqueiros da linguagem. (p. 98).

A revolta dos dadaístas envolveu um tipo complexo de ironia, porque


eles próprios eram dependentes da sociedade condenada, e a destruição
desta e de sua arte significaria, pois, a destruição deles próprios como
artistas. Assim, num certo sentido, o Dadá existiu para se destruir. (p. 99).

OBJETOS ANTIARTE

...os dadaístas continuaram produzindo coisas, ainda que estas


fossem, como frequência, como cavalos de troia, objetos antiarte.”
“Com o descrédito da obra de arte veio o cultivo do gesto. Dadá era
um modo de vida.
...não havia unidade real entre os dadaístas. Suas exposições, por
exemplo, eram notáveis por sua total incoerência. Nada há que seja um
estilo dadá. (p. 99-100).
DOIS TIPOS DE ÊNFASE DENTRO DO DADÁ

1. Por um lado, haviam aqueles como Ball e Arp que buscavam uma
nova arte a fim de substituir o esteticismo gasto e irrelevante.

2. Por outro lado, aqueles como Tzara e Picabia, emprenhados na


destruição pela zombaria, e também preparados para explorar a
ironia de sua posição, burlando o público a respeito de sua
identidade social como artista.
Em Zurique, o Dadá manteve mais ou menos o aspecto de um
movimento artístico novo, prosseguindo na realização de experimentos no
‘novo veículo’, a colagem, e em uma nova linguagem para a poesia. Arp
escreveu mais tarde: ‘(...) Buscávamos uma arte elementar que,
pensávamos, salvasse a espécie humana da loucura destes tempos’”. Ele
queria que “a arte fosse anônima e coletiva” e “começava a deixar que o
acaso entrasse em suas composições. (p. 100-1)

Sobre o acaso, Tzara “foi ainda mais longe, recomendando como


receita para um poema dadaísta recortar frases de um jornal, as quais
serão depois metidas num saco, agitadas e retiradas ao acaso. ‘O poema
será parecido com você’, disse ele, referindo-se à ideia de que o acaso
pode ser tão pessoal quanto a ação consciente e deliberada”. Tal
experimentação tem relação direta com o surrealismo, para o qual o
automatismo, estreitamente ligado ao acaso, era fundamental (p. 101-2).

Entretanto, como veremos, enquanto o surrealismo organizaria essas


ideias num conjunto de regras e princípios, no Dadá elas eram apenas
uma grande explosão de atividade que tinha por objetivo provocar o
público, a destruição de noções tradicionais de bom gosto, e a libertação
das amarras da racionalidade e do materialismo. (p. 102).

A NÃO SUPERIORIDADE DO ARTISTA

A não superioridade do artista como criador era uma das


preocupações fundamentais do Dadá. Ligado a isso estava todo um
complexo de ideias, interpretadas de diferentes maneiras por um ou outro
dadaísta. Poesia e pintura podem ser produzidas por qualquer um; deixou
de ser requerido um determinado surto de emoção para produzir qualquer
coisa; rompeu-se o cordão umbilical entre o objeto e o criador; não existe
diferença fundamental entre o objeto feito pelo homem e o objeto feito pela
máquina, e a única intervenção pessoal possível numa obra é a escolha.
(p. 105).

DESORIENTAR O OBSERVADOR

Segundo as suas palavras: “Um ponto que quero deixar bem claro é
que a escolha desses ready-mades 1nunca foi ditada pela apreciação
estética. A escolha se baseou em uma reação de indiferença visual, ao
mesmo tempo com uma total ausência de bom gosto ou de mau gosto, de
fato, uma completa anestesia.
O efeito de um objeto exposto sem qualquer implicação de gosto,
bom ou mau, é desorientar o observador. (p. 105).

APÊNDICE

DADAÍSMO - Dadá: o primeiro som emitido por uma criança expressa o


primitivismo, o começar do zero, o novo em arte.
Dadá é um estado de espírito, disse Breton. Esse estado de espirito
já era endêmico na Europa antes da guerra, mas o conflito deu novo
impulso e urgência ao descontentamento que muitos artistas plásticos e
poetas já sentiam.
Haelsenbeck escreveu em 1920: “Estamos de acordo que a guerra
foi maquinada pelos vários governos pelas razões mais autocráticas,
sórdidas e materialistas”. A guerra era a agonia de uma sociedade
baseada na cobiça e materialismo. Ball viu Dadá como um réquiem para
essa sociedade e também como os primórdios de uma nova. O dadaísmo
luta contra os estertores e delírios mortais de seu tempo.

CONTEXTO - A própria arte era dependente dessa sociedade [capitalista].


O artista e o poeta eram produzidos pela burguesia e deles esperava-se,
portanto, que fossem seus trabalhadores assalariados, servindo a arte
meramente para preservá-la e defendê-la.
É propósito da arte fazer dinheiro e agradar o burguês.
A arte tornou-se uma transação comercial, literal e metaforicamente.
Os artistas eram mercenários em espírito, os poetas, banqueiros da
linguagem.

1
O ready-made nomeia a principal estratégia de fazer artístico de Marcel Duchamp e é uma
forma ainda mais radical da arte encontrada (ou objet trouvé, no original francês). Essa
estratégia refere-se ao uso de objetos industrializados no âmbito da arte, desprezando noções
comuns à arte histórica como estilo ou manufatura do objeto de arte e referindo sua produção
primariamente à ideia.
A revolta dos dadaístas envolveu um tipo complexo de ironia ,
porque eles próprios eram dependentes da sociedade condenada, e a
destruição desta e de sua arte significaria, pois, a destruição deles
próprios como artistas. Assim, num certo sentido, o Dadá existiu para se
destruir.

DADÁ PARA ARP

A NÃO SUPERIORIDADE DO ARTISTA - A não superioris do do artista


como criador era uma das preocupações fundamentais. Poesia e pintura
podem ser produzidas por qualquer um; deixou de ser requerida por um
surto de emoção para produzir qualquer coisa. Rompeu-se o cordão
umbilicar entre o objeto e seu criador; não existe diferença fundamental
entre o objeto feito pelo homem e o objeto feito pela máquina, e a única
intervenção pessoal possivel numa obra é a escolha.

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