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SIMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE
MANUTENÇÃO CORRETIVA E O
IMPACTO EM UM SISTEMA
PRODUTIVO.
CAMILA RODRIGUES VIEIRA MACHADO (pitagoras)
camilarvm@hotmail.com
SAMARA LOPES BARBOSA (pitagoras)
samaralb@hotmail.com
WEDERLEY MENDES MIRANDA (pitagoras)
wederley@yahoo.com.br
2. Introdução
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XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008
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f) Ao chegar à máquina, a equipe executa o reparo durante o tempo MTTR daquela falha.
g) Ao concluir o serviço, a OS é fechada, a máquina é liberada, e a equipe retorna à oficina.
OS emitida OS na fila de
atendimento OS é direcionada
Equipe retorna
para a equipe
5. Resultados
Após o tratamento estatístico dos dados de falha apresentados por Santos et al (2007), foram
obtidas as distribuições de probabilidade triangular e normal para o MTTR e MTBF,
respectivamente, conforme mostrado a seguir:
MTTR = TRIA(0.21, 0.905, 1.62) ; MTBF = NORM(215, 73.1), onde os valores são dados em
horas.
Para a simulação do processo produtivo foram consideradas três máquinas trabalhando em
série, recebendo matéria-prima a cada 15 minutos e com os tempos de processamento de 15
minutos em cada. Não foi considerado tempo de deslocamento do produto entre as unidades.
5.1 Teste de Convergência
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Para definir o tempo de simulação necessário, foram realizados testes com tempos de
replicação de 10h a 100h, com intervalos de 10h entre eles. Para cada tempo, foram feitas 10
replicações, e registrados o resultado do número de peças produzidas por hora até que o
processo se tornasse estável, ou seja, até que o número de peças produzidas por hora
apresentasse pouca variação. Por motivos de simplificação, foi adotado um MTBF reduzido
(Tabela1).
TABELA 1 - Parâmetros das falhas para o teste de convergência
Parâmetro Valor
Tempo de deslocamento da equipe mecânica 6 min
Tempo de deslocamento da equipe elétrica 6 min
MTBF NORM( 10, 1)
MTTR TRIA(0.21, 0.905, 1.62)
Na Figura 2, observa-se que um tempo de 120 horas de replicação foi suficiente para se obter
uma convergência de aproximadamente 99% dos resultados do número de peças produzidas
por hora (três peças).
Este mesmo teste pôde ser realizado para diversos cenários da simulação: reduzindo o MTTR,
reduzindo a variabilidade do MTTR e utilizando prioridade no atendimento da OS. Estes
resultados ilustram como as diferentes estratégias de manutenção influenciam nos resultados
da produção. A Tabela 2 apresenta as características das falhas que foram utilizadas nas
simulações (5.2) e (5.3) a seguir.
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Os resultados desta simulação podem ser vistos na Figura 4 e demonstram que a redução do
MTTR em 50% reflete positivamente na produção, que aumento em 2,5% o número de peças
produzidas, com uma média de 39 peças produzidas a mais para o período de 400h. Além
disso, reduz também a variabilidade na produção, deixando a saída do processo mais estável.
Cenário inicial Cenário com redução do MTTR
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A Figura 5 mostra o número de peças produzidas nos dois cenários. No cenário 1 as equipes
atendem preferencialmente as falhas na Unidade 1, enquanto no cenário 2 o atendimento é
feito por ordem de chegada da OS. As médias na produção foram 944 peças e 932 peças,
respectivamente. Apesar da variabilidade do MTTR gerar oscilações consideráveis nas
curvas, é possível perceber que na maioria das replicações houve uma redução da produção no
cenário 2, onde não há prioridade para atender a OS. Na média, foram produzidas 12 peças a
menos a cada 260h, o que equivale a cerca de 1,3%.
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6. Conclusão
A coleta de dados de paradas de equipamentos é essencial para se implementar modelos de
simulação confiáveis. Entretanto deve-se tomar cuidados especiais e ter critérios durante a
coleta, onde erros de anotação e outros problemas podem levar a resultados equivocados.
A análise estatística dos dados utilizados em um modelo estocástico é importante para uma
melhor adequação destes na obtenção de resultados coerentes com a realidade.
Em um modelo estocástico, como o desenvolvido, o ajuste da amostra a uma distribuição
probabilística conhecida é importante, pois permite simular diferentes cenários com boa
aproximação com o sistema físico real.
A partir dos resultados das simulações realizadas pode-se concluir que:
- Ao realizar o Teste de Convergência foi possível concluir a sua importância para determinar
o tempo necessário de simulação. Os processos estocásticos requerem este tipo de análise,
pois os resultados aleatórios tendem a convergir, em média, com o aumento do tempo de
simulação.
- Como era de se esperar, foi possível confirmar que a redução no tempo de reparo ocasiona
um aumento da produtividade, como mostrado nos itens (5.2) e (5.3). Este é um bom
argumento para se investir em treinamento, qualidade e padronização dos processos de
manutenção.
- De acordo com o item 5.4 foi possível ilustrar que a estratégia de se priorizar o atendimento
para as máquinas mais críticas contribui para o aumento da produtividade.
O modelo desenvolvido é aplicável a diversas indústrias que pretendam estudar as estratégias
de atendimento de manutenção corretiva. No entanto, é necessário ajustá-lo, uma vez que
cada empresa apresenta uma realidade peculiar.
Referências
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Produtos e Processos. Editora: AXECEL BOOKS. Rio de Janeiro – RJ. 2004.
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2001.
MELLO, Bráulio Adriano de. Modelagem e simulação de sistemas. Santo Ângelo, 2007.
NAKAJIMA, Seiichi. Introdução ao TPM - Total Productive Maintenance. Trad. Mário Nishimura. São Paulo:
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SANTOS, G. E. et al, Ferramentas de Gestão da Manutenção Aplicadas a uma Ponte Rolante, Faculdade
Pitágoras, Monografia do Curso de Engenharia de Produção, 2007.
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NETO, A. N. R. & PINTO, L. R.. Template do programa Arena para a simulação das operações de
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PRADO, D. S. Usando o Arena em simulação, Série Pesquisa Operacional. Belo Horizonte: Editora de
Desenvolvimento Gerencial. 1999. v. 3.
WILLIAMS, E. J. Downtime Data -- Its Collection, Analysis. And Importance, Proceedings of the 26th
conference on Winter simulation, Orlando, Florida, United States, pp.: 1040 - 1043, 1994.
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