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25/08/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Escola da Administração Científica

A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na ênfase colocada nas

tarefas. A preocupação inicial era eliminar o desperdício e perdas sofridas pelas indústrias,

elevando os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da

engenharia industrial.

Frederick Winslow Taylor (1856 - 1915), mentor principal dessa teoria, nasceu na Filadélfia,

Estado da Pensilvânia, EUA. Quando Taylor trabalhava como engenheiro, o sistema de

remuneração da época era do tipo “por peça ou por tarefa”. Aí, tínhamos duas situações

distintas e contraditórias:

1. Os patrões, de um lado, procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da

tarefa;

2. Os empregados, para contrabalancear o preço das peças, diminuíam o ritmo de

produção, aumentando o número de horas.

Esse cenário levou Frederick Winslow Taylor a analisar o problema da produção, buscando

balancear os interesses de patrões e empregados.

Os autores costumam dividir a Escola de Administração Científica em dois períodos.

PRIMEIRO PERÍODO DE TAYLOR

Este primeiro período corresponde à época da publicação de seu primeiro livro "Shop

Management" (Administração das Oficinas), onde ele enfoca técnicas para racionalização do

trabalho operário, por meio de Estudos de Tempo e Movimento (Motion-time Study). Seu

estudo começou com os operários, onde passou a analisar cuidadosamente as tarefas de cada

operário. Ele segmentou cada movimento e processo de trabalho. Em seguida, Taylor procurou

aperfeiçoá-los.

Uma de suas conclusões foi a de que os operários produziam muito menos do que realmente

poderiam produzir com os equipamentos disponíveis, pois mesmo que eles produzissem mais,
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eles não teriam uma remuneração adicional para isso. Era preciso, então, mudar o sistema de

remuneração. Nesse primeiro livro, Taylor recomenda que:

O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir os custos unitários de

produção;

Como forma de alcançar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos

de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos

padronizados que permitam o controle das operações da organização;

Os funcionários devem ser alocados em seus postos de trabalho segundo os métodos

científicos, juntamente com os recursos para realizar as suas tarefas de forma adequada;

Eles também devem ser treinados segundo um método científico para aperfeiçoar suas

aptidões e executar as suas tarefas de forma mais eficiente;

A Administração também deve criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com

os funcionários.

Taylor buscou aplicar os princípios tecnológicos de sua época nos processos manuais. Para fazer

isso, ele identificava o trabalho a ser feito, segmentava o trabalho e designava a forma correta

de executar a tarefa. Em seguida, ele reunia as operações na sequência onde havia o melhor

rendimento.

SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR

Este período é marcado pelo livro “Princípios de Administração Científica”, onde Taylor

concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma

estruturação geral da organização e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios.

Ele, então, desenvolveu estudos sobre a Administração Geral, a qual denominou Administração

Científica, sem deixar de lado as preocupações com as tarefas operárias. Segundo Taylor, as

organizações de sua época sofriam de três enfermidades:

1. Vadiagem sistemática dos funcionários, que reduziam a produção para aproximadamente

um terço da sua capacidade real, para evitar a redução das tarifas de salários pela

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gerência. Havia três causas para esta vadiagem sistemática:

O falso conceito de que o maior rendimento do homem e da máquina provoca o

desemprego;

O sistema deficiente de administração que força os operários à ociosidade no trabalho

para proteger interesses pessoais e o receio à mudança; e

Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais os operários

desperdiçam grande parte de seus esforços e tempo.

1. A gerência desconhecia as rotinas de trabalho e do tempo necessário para a sua

realização;

2. Falta de padrão para as técnicas de métodos de trabalho.

Não é difícil perceber a imagem negativa de Taylor a respeito do ser humano. Entretanto,

ele se preocupou em criar um ambiente educativo baseado na intensificação do ritmo de

trabalho em busca da maior eficiência da organização. Mas é importante estar claro que

seu foco não está no ser humano, mas nas tarefas e em como elas deviam ser realizadas.

Administração como ciência


Segundo Taylor, a administração deveria ser estudada de forma científica, e não de forma

empírica. A improvisação cede lugar ao planejamento, assim como o empirismo cede lugar à

ciência.

O lugar de destaque ocupado por Taylor se deve ao fato de ele ter sido o primeiro a fazer uma

análise completa do trabalho, incluindo os movimentos e tempos. Ele pregou a padronização

dos modos de execução, o treinamento de funcionários, a especialização. Em resumo, ele foi o

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primeiro a assumir uma atitude metódica ao analisar e organizar as empresas, o qual era

adotada em todas as camadas da pirâmide hierárquica.

Os elementos da Administração Científica podem ser assim resumidos:

Estudo de tempos e padrões de produção;

Supervisão funcional;

Padronização de máquinas, ferramentas, instrumentos e materiais;

Planejamento do desenho de tarefas e cargos;

Princípio de execução;

Prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas;

Definição de rotina de tarefa.

Organização Racional do Trabalho (ORT)


Taylor verificou que os funcionários obtinham o conhecimento para execução de suas tarefas

do trabalho por meio da observação de funcionários mais experientes. Ele notou que esse fato

resultava em diferentes métodos empregados na execução da mesma tarefa. Ou seja, sempre

há técnicas e ferramentas melhores que as demais.

Essas técnicas e ferramentas podem ser encontradas, analisadas e aperfeiçoadas de forma

científica através de um estudo de tempos e movimentos, substituindo métodos empíricos por

métodos científicos. Dessa forma, é possível estabelecer um padrão para a organização através

de uma pesquisa. Isso foi chamado de Organização Racional do Trabalho (ORT).

Segundo Taylor, os operários não tinham competência, nem formação ou meios para analisar

cientificamente o seu trabalho e estabelecer de forma científica o método ou ferramenta mais

eficiente. Os supervisores deixavam sob a responsabilidade dos seus subordinados a escolha da

melhor técnica de execução do trabalho. Assim, na Administração Científica ocorre uma

realocação e divisão das responsabilidades. A gerência é responsável pelo planejamento e

supervisão do trabalho dos operários, enquanto esses se limitam à execução das tarefas.

Segundo Chiavenato (2003)[1], a ORT é baseada nos seguintes princípios:

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Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;

Estudo da fadiga humana;

Divisão do trabalho e especialização do operário;

Desenho de cargos e tarefas;

Incentivos salariais e prêmios de produção;

Conceito de Homo Economicus (Homem Econômico);

Condições ambientais de trabalho, como iluminação e conforto;

Padronização de métodos e ferramentas;

Supervisão funcional.

Vejamos, como mais detalhes, alguns desses princípios norteadores da Organização Racional do

Trabalho.

Divisão do trabalho e especialização do funcionário


Uma das decorrências do Estudo dos Tempos e Movimentos foi a divisão do trabalho e a

especialização dos funcionários para aumentar a produtividade. Dessa maneira, cada

funcionário passou a se especializar em uma única tarefa, ajustando-se aos padrões

estabelecidos das organizações.

Essa medida tirou a liberdade do funcionário em determinar a sua maneira de trabalhar. Ele

ficou confinado a uma única tarefa de execução padrão e repetitiva. A ideia básica era de que

a especialização aumentava a eficiência.

Desenho de cargas e tarefas


A primeira tentativa de estabelecer uma política de cargos e tarefas foi proposta por Taylor.

Segundo ele, tarefa é toda atividade executada por uma pessoa em seu trabalho, constituindo-

se na menor unidade dentro da divisão de trabalho de uma organização.

Já o cargo é o conjunto de tarefas executadas de forma cíclica e repetitiva.

Assim, desenhar um cargo significa especificar as tarefas que o compõe, os métodos de

execução e a relação com os demais cargos existentes.

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A Administração Científica prega que o desenho de cargos deva ser feito de forma simples e

elementar. A ênfase nas tarefas levou os engenheiros a simplificar os cargos para obter o

máximo de especialização por parte de cada operário e, consequentemente, a maior

eficiência. A simplicidade facilita o treinamento dos funcionários, pois permite que eles

aprendam de forma rápida as suas tarefas, além de facilitar o controle por parte dos

supervisores.

Esse conceito foi muito aplicado em linhas de montagens; ao invés de um operário realizar

uma tarefa complexa, essa tarefa é decomposta em várias partes dispostas em uma linha de

produção, onde cada uma é tratada por um funcionário. É importante saber que o fluxo de

sequência é definido, assim como o seu tempo de execução.

Incentivos salariais e prêmios de produção


Como forma de fazer o operário colaborar com os princípios idealizados, Taylor e seus

seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e prêmios de produção. A ideia era

que os salários fixos não são estimulantes para uma postura colaborativa e altamente

produtiva dos operários. Ele propôs que os operários fossem remunerados por sua produção.

Nesse caso, é estabelecido um patamar a ser alcançado periodicamente pelos funcionários. A

produção conseguida acima da meta deve ser recompensada de forma adicional. Com planos

de prêmios de produção, Taylor procurava atender os objetivos das empresas e dos

funcionários que poderiam ganhar mais se produzissem mais.

Homo economicus
Segundo o conceito de homem econômico, as pessoas são influenciadas pelo salário e

recompensas financeiras e materiais. Ou seja, a importância está em como de ganhar a vida e

não uma procura de trabalho por afinidade. Esse princípio pode ser considerado um dos mais

depreciáveis, pois tem a visão do ser humano como um indivíduo mesquinho, limitado,

preguiçoso e culpado pela ineficiência da organização e seus desperdícios.

Condições de trabalho

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É certo que apenas a recompensa financeira não seria suficiente para obter o máximo de

produtividade dos operários. Era preciso um conjunto de condições de trabalho que

possibilitassem o aumento da produtividade, tais como:

Adequação de instrumentos de trabalho, equipamentos de produção aos processos para

minimizar o esforço do trabalho e o desperdício de tempo na execução das tarefas;

Arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo de produção;

Melhoria do ambiente físico de trabalho, de maneira que o ruído, ventilação, iluminação

e conforte não reduzam a produtividade e eficiência do operário;

Projeto de instrumentos e equipamentos especiais para reduzir movimentos inúteis.

Supervisão funcional
Taylor recomenda que a autoridade de gerir os operários deva ser dividida entre vários

supervisores, onde cada um é especializado em uma área diferente. Dessa maneira, cada

supervisor tem uma autoridade funcional. A autoridade funcional é relativa e parcial. Essa

“Administração Funcional” consistia, portanto, em dividir o trabalho de maneira que cada

homem tivesse que executar a menor variedade possível de funções, independentemente de

seu nível hierárquico. Sempre que possível, deveria se limitar a apenas uma função.

A supervisão funcional representa a divisão do trabalho para as funções de chefes e de

supervisores. Ela separa o planejamento mental do braçal. Essa abordagem trouxe uma série

de críticas, pois acreditava-se que a eficiência era alcançada pela subordinação única.

Princípios da Administração Científica


A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao administrador

levou os teóricos da Administração Científica a pensar em princípios que pudessem ser

aplicados a todas as situações possíveis - abordagem prescritiva e normativa[2].

Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação. É uma previsão

antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. Dentre a difusão de

princípios defendidos pelos autores da Administração Científica, vamos destacar aqueles que

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sempre são cobrados em provas: os princípios da Administração Científica de Taylor e os

princípios básicos de Ford.

Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios, a saber:

Princípio de planejamento. Substituir no trabalho o critério individual do operário, a

improvisação e a atuação empírico-prática, por métodos baseados em procedimentos

científicos. Substituir a improvisação pela ciência por meio do planejamento do método

de trabalho.

Princípio de preparo. Selecionar, cientificamente, os trabalhadores de acordo com suas

aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, conforme o método

planejado. Preparar máquinas e equipamentos em um arranjo físico e disposição

racional.

Princípio do controle. Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo

executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A

gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor

possível.

Princípio da execução. Distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução

do trabalho seja disciplinada.

Como dissemos, apesar de Taylor ser o expoente principal da Administração Científica, outros

personagens contribuíram, de forma evidente, para a afirmação dos postulados teóricos. Um

desses personagens foi Henry Ford, que aplicava seus princípios em negócios efetuados pela

Ford Companhia de Motores.

Ford desenvolveu três princípios, que visavam acelerar a produção por meio de um trabalho

ritmado, coordenado e econômico - a linha de montagem:

Princípio de intensificação. Diminuir o tempo de duração das atividades com a

utilização imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto

no mercado.

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Princípio de economicidade. Reduzir, ao mínimo, o volume do estoque da matéria-

prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago à empresa antes de

vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida. A velocidade

de produção deve ser rápida.

Princípio de produtividade. Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo

período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário

ganha mais e o empresário tem maior produção - adaptação do conjunto de

trabalhadores ao ritmo imposto pela esteira de produção.

Outro conceito que Ford também desenvolveu foi o conceito de “produção em massa”. Vamos

entender isso melhor!

Inicialmente, a empresa Ford Companhia de Motores trabalhava artesanalmente. Segundo

estudos, o tempo total trabalhado antes de serem repetidas as mesmas operações de um

montador da Ford chegava a 514 minutos. Nesse sistema, cada trabalhador ficava sempre na

mesma área de montagem e fazia uma parte importante de um carro (por exemplo, colocando

rodas, ou molas, ou motor) antes de passar para o carro seguinte, que vinha até ele. Porém,

era responsabilidade do trabalhador apanhar as peças no estoque e trazê-lo até seu posto.

Para cumprir essa responsabilidade, o trabalhador tinha que ir atrás do trabalho.

A primeira providência que Ford tomou, para tornar esse processo mais eficiente, foi a de

entregar as peças em cada posto, de onde os trabalhadores não precisavam mais ficar saindo.

Em seguida, Ford decidiu que o montador executaria uma única tarefa, andando de um carro

para outro dentro da fábrica. Em 1913, pouco antes de implantar a linha de montagem, o

tempo médio de ciclo de cada montador da Ford havia caído para 2, 3 minutos.

No entanto, logo apareceram os problemas desse procedimento: a movimentação consumia

tempo e, como os montadores tinham velocidades diferentes de trabalhos, os mais rápidos

perdiam sua eficiência quando encontravam os mais lentos pela frente. Nesse sentido,

desenvolveu-se a essência da linha de montagem móvel, onde o produto em processo desloca-

se ao longo de um percurso enquanto os operadores ficam parados.


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Assim, Ford evidenciou dois princípios da produção em massa: peças

padronizadas e trabalhadores especializados.

O princípio das peças padronizadas deu origem ao controle de qualidade (uniformidade das

peças e produtos) e à redução da quantidade de peças na fabricação de seus carros.

O princípio do trabalhador especializado dizia que cada pessoa ou cada grupo de pessoas

tinha uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo predefinido. Assim, por esse

princípio, cada trabalhador atuava apenas no processo específico que lhe fosse atribuído.

Os princípios da produção em massa podem ser assim resumidos:

ESQUEMATIZANDO:

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[1]CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da

moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

[2] A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em prescrever

princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias

para que o administrador possa ser bem-sucedido.

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