Sie sind auf Seite 1von 5

recomendações

Atualização de Condutas em Pediatria


nº 68 Departamentos Científicos SPSP - gestão 2013-2016
Abril 2014

Departamento de
Oncologia e Hematologia
Importância da
interpretação
do hemograma
Departamento de
Pneumologia
SAOS:
peculiaridades
na criança
Departamento de Endocrinologia
Cirurgia bariátrica
na adolescência

Sociedade de Pediatria de São Paulo


Alameda Santos, 211, 5º andar
01419-000 São Paulo, SP
(11) 3284-9809
recomendações
Departamento de Oncologia e Hematologia

Importância da interpretação
do hemograma

O hemograma é um
exame laboratorial
bastante solicita-
do – seja em consultas am-
bulatoriais ou avaliações em
(Ht), hemoglobina (Hb) e
cálculo dos seguintes índi-
ces hematimétricos:
ÆÆvolume corpuscular
médio (VCM): avalia
pronto-socorro – e fornece o tamanho das
informações nem sempre in- hemácias e as classifica
terpretadas e valorizadas. É em microcíticas,
dinâmico e variável de acor- normocíticas e
do com as condições de co- macrocíticas;
leta e processamento, além ÆÆhemoglobina
das condições clínicas do pa- corpuscular média
ciente no momento da cole- (HCM);
Autora:
ta. Na sua interpretação, são ÆÆconcentração Célia Martins Campanaro
analisadas as séries eritroide, de hemoglobina DEPARTAMENTO DE
granulocítica e plaquetária corpuscular média ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA
e devem ser questionados: (CHCM): define Gestão 2013-2016

a justificativa de sua solici- as hemácias como Presidente:


Célia Martins Campanaro
tação - por quê? O que se hipocrômicas e Vice-presidente:
espera? Qual a importância normocrômicas; Sandra Regina Loggetto
do resultado na definição de ÆÆred cell distribution width Secretário:
Miriam Verônica Flor Park
condutas médicas? RDW: avalia o grau de Membros:
Ana Claúdia Carramaschi Villela
Devem sempre ser con- anisocitose. Soares, Beatriz Salles Aguiar,
siderados: idade, sexo, etnia, Fernando Luiz Lupinacci, Helaine
Cristina de Castro, Helena Reis
anamnese, exame clínico e A análise qualitativa é M. Silva, Josefina A. P. Braga,
hipóteses diagnósticas. realizada por microsco- Julie Anne Colnago Soares,
Jorge David A. Carneiro,
pia, onde são identificados Katharina Nelly Tobos, Luiz
Gonzaga Tone, Marcela Vieira
Eritrograma graus de alterações das he- dos Santos, Maria Lucia Martino
Avalia as hemácias, de mácias, descritos em cruzes Lee, Maria Lydia M. de Andréa,
Maria Pizza, Marimilia Teixeira
forma quantitativa e qualita- (+ a ++++/4) e descrição Pita, Mary Hokazono, Mina
tiva. Os contadores automa- de alterações morfológicas, Halsman, Mônica Pinheiro de A.
Verríssimo, Patricia Belintani B.
tizados das células do sangue descritas a seguir, em asso- Fonseca, Paula Bruniera, Paulo
fornecem a contagem de ciação às principais doenças Taufi Maluf Jr., Roberto Augusto
Plaza Teixeira, Sidnei Epelman,
hemácias (GV), hematócrito relacionadas. Wellington Luiz Mendes.
3
recomendações
Departamento de Oncologia e Hematologia

1. Microcitoses: anemia por deficiência de ferro,


expediente
talassemias, doenças crônicas, hipertireoidismo,
Diretoria da Sociedade de
Pediatria de São Paulo intoxicação por chumbo, síndrome mielodisplásica;
Triênio 2013 – 2016
2. Macrocitoses: Síndrome de Down, anemias hemolíticas,
Diretoria Executiva
Presidente: megaloblásticas, síndromes mielodisplásicas, doenças
Mário Roberto Hirschheimer hepáticas, alcoolismo, medicações.
1º Vice-Presidente:
Clóvis Francisco Constantino
2º Vice-Presidente:
3. Hemácias crenadas: hepatopatias, queimaduras
João Coriolano Rego Barros extensas, deficiência de enzimas eritrocitárias;
Secretário Geral:
Maria Fernanda B. de Almeida 4. Esferócitos: esferocitose hereditária, anemia hemolítica
1º Secretário:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner autoimune, transfusões.
2º Secretário:
Tadeu Fernando Fernandes 5. Esquizócitos ou hemácias fragmentadas: coagulação
1º Tesoureiro:
Renata Dejtiar Waksman vascular disseminada, síndrome hemolítico-urêmica,
2º Tesoureiro: hemólise mecânica (p.ex.: próteses cardíacas);
Lucimar Aparecida Françoso

Diretoria de Publicações 6. Drepanócitos ou hemácias falciformes: doença


Diretora: Cléa Rodrigues Leone falciforme;
Revista Paulista Pediatria
Editora: Ruth Guinsburg
Editora associada: Sônia Regina
7. Acantócitos: desnutrição, distúrbios metabólicos e
Testa da Silva Ramos secundários a doenças hepáticas;
Editores executivos:
Amélia Miyashiro N. dos Santos 8. Dacriócitos ou hemácias em gota: mielofibrose,
Antonio Carlos Pastorino
Antonio de Azevedo Barros Filho talassemia maior, anemia megaloblástica;
Celso Moura Rebello
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck 9. Codócitos ou hemácias em alvo: talassemias, outras
Mário Cícero Falcão
hemoglobinopatias, icterícia obstrutiva, doenças
Departamentos Científicos
Diretor:
hepáticas;
Rubens Feferbaum
Membros: 10. Howell-Jolly: asplenia e eritropoese extramedular;
Paulo Roberto Pachi
Regis Ricardo Assad 11. Pontilhado basófilo: anemias megaloblásticas,
Maria Marluce dos Santos Vilela talassemias, hemoglobinas instáveis, anemias ferropriva e
hemolíticas;
12. Corpúsculo de Pappenheimer: pós-esplenectomia,
Produção editorial: anemias hemolíticas, aplásticas e por intoxicação pelo
L.F. Comunicações Ltda.
Editor: chumbo;
Luiz Laerte Fontes
LLFontes@LFComunicacoes.com.br 13. Anel de Cabot: anemias megaloblásticas, intoxicação
Revisão:
Otacília da Paz Pereira
por chumbo;
Arte:
Lucia Fontes 14. Corpúsculos de Heinz: talassemias, Hb instável;
Lucia@LFComunicacoes.com.br
15. Rouleaux: doenças do colágeno, hiperfibrinogenemia.
4
recomendações
Departamento de Oncologia e Hematologia

Principais causas de ane- Leucograma


mias em crianças e adoles- Na interpretação dos gló-
centes: bulos brancos, é importante
ÆÆAnemias microcíticas: a diferenciação entre valores
deficiência de ferro; relativos e absolutos.
talassemias; intoxicação • Relativos: medidos em
pelo chumbo; doenças porcentagem (%).
crônicas; Hb instáveis; • Absolutos: calculados
anemias sideroblásticas. a partir do número total
ÆÆAnemias normocíticas: de leucócitos e valores
eritroenzimopatias; relativos.
defeitos da membrana
eritrocitária; doenças
crônicas; inflamações Contagem leucócitos totais x valor relativo (%)
=
agudas e infiltrações absoluta 100
medulares por neoplasias
(sem deficiência prévia As principais causas de
de ferro); sequestro alterações nos leucócitos são:
esplênico; anemias ÆÆLeucocitoses:
hemolíticas autoimunes; infecções, doenças
hemorragias agudas; inflamatórias e leucoses;
Hb anômalas (doença ÆÆLeucopenias: infecções
falciforme). virais e graves,
ÆÆAnemias macrocíticas: consumo de leucócitos.
deficiências de ácido Afrodescendentes
fólico e vitamina B12; apresentam leucopenia
anemia responsiva leve, constitucional
a tiamina; anemia (étnica);
diseritropoietica ÆÆNeutrofilia: processos
congênita; mielodisplasias; infecciosos e
doenças hepáticas; inflamatórios, doenças
hipotireoidismo; aplasia mieloproliferativas, após
eritroide pura; anemias exercícios, alimentação,
aplásticas. uso de medicamentos
As principais causas de (corticosteroides,
policitemia além do período ranitidina, epinefrina) e
neonatal são as cardiopatias estresse;
cianóticas e hipertensão pul- ÆÆNeutropenia:
monar. infecções virais, sepse
5
recomendações
Departamento de Oncologia e Hematologia

grave, neutropenia (corticosteroides),


benigna, étnica, cíclica, neoplasias, após cirurgias,
autoimunes, síndrome traumas, queimaduras,
mielodisplásica, anemias sangramentos e asplenia;
aplásticas; ÆÆplaquetopenias
ÆÆEosinofilia: alergias, (trombocitemias):
reações medicamentosas, trombocitemia imune
parasitoses, infecções (PTI), infecções virais
(clamídia, doença da (HIV, CMV, EBV,
arranhadura do gato), rubéola) e bacterianas,
mieloproliferativas, transfusão maciça,
radioterapia, hemodiálise; coagulação intravascular
ÆÆBasofilia: hipersensibili- disseminada, doenças
dade, doenças mielopro- autoimunes. A
liferativas crônicas; trombocitopenia neonatal
ÆÆMonocitose: infecções deve ser considerada
crônicas (tuberculose, como situação especial
sífilis, leishmaniose e está associada
visceral), mielodisplasia, principalmente a infecções
pós-quimioterapia, congênitas, sepse,
colagenoses; traumatismo de parto e
ÆÆLinfocitose: infecções hipóxia;
virais, coqueluche; ÆÆplaquetas gigantes:
leucoses. trombocitemias imunes,
síndrome de Bernard
Plaquetograma Soulier;
Deve conter a contagem ÆÆmicroplaquetas: síndrome
total de plaquetas e análise de Wiskott Aldrich
morfológica, com descrição (imunodeficiência
Referências bibliográficas de plaquetas gigantes, micro- congênita, plaquetopenia,
Failace, R: Hemograma: manual de
interpretação . 4ª ed Artmed, 2003. plaquetas, em grumos. eczemas).
pag15-278
Fonseca, PBB. Interpretação do
As principais causas de
hemograma. In: Hematologia para o
pediatra. 1ª ed. Atheneu. 2007, pag
alterações nas plaquetas são: É importante ressaltar
473- 482.
Oki FA. Differential diagnosis of anemia.
ÆÆplaquetose secundária ou que as alterações mostradas
In: Nathan DG, Oski FA, editors.
Hematology of Infancy and Childhood.
reacional (trombocitose): pelo hemograma acompa-
Philadelphia: WB Saunders, 2009, p.
455-466.
Infecções bacterianas nham as variações de situa-
Sandoval, C.; Mahoney, D.H.; Lorin, ou virais, doenças ções clínicas dos pacientes
M.I.; Approach to the child with anemia.
Literature review current through: inflamatórias, e precisam ser consideradas
Jun 2012. This topic last updated:
Jul 6, 2011. induzida por drogas em conjunto.
6

Das könnte Ihnen auch gefallen