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Resumo
Introdução
1 Sentido do Trabalho
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Rifkin (2004) coloca que o emprego é uma relação entre aqueles que
detêm a força de trabalho em suas mãos, ou seja, as condições do trabalho, e os
trabalhadores.
O trabalho é, por sua vez, segundo Oliveira (1995) é qualquer atividade
em que o homem desenvolve riquezas, compreendendo como riquezas qualquer
bem ou prestação de serviço.
O trabalho tem início na pré-história, através da transformação da
natureza e tudo ao seu redor em insumos essenciais à sua sobrevivência, como por
exemplo, armas, ferramentas e utensílios. De acordo com Oliveira (1995), a história
do trabalho tem início na pré-história, época em que as necessidades de
sobrevivência, alimentação, abrigo e resistência fizeram com que o homem
desenvolve se o trabalho. Diante da evolução nas formas das ferramentas utilizadas,
como o arado, por exemplo, e dos avanços na agricultura, o trabalho teve uma
progressão. Do trabalho, portanto é que dá-se origem a definição de emprego.
Muitas vezes a palavra trabalho transmite uma idéia penosa, servil e
humilhante, entretanto o trabalho é imprescindível à vida humana, pois retrata
motivo de dignidade pessoal, além de desempenhar papel fundamental na vida do
homem.
Segundo Hegel (2004), no século XIX, o trabalho era visto como um
processo de transformação e transição. Nesta época surge a idéia de que o homem
necessita de reconhecimento por seu trabalho. Desde então, o significado de
trabalho como “suor do rosto” dá lugar à força do trabalho remunerado.
[...] o trabalho é uma relação peculiar entre os homens e os objetos, na qual
se unem o subjetivo e o objetivo, o particular e o geral através do
instrumento, a ferramenta (MORESCO e STAMOU apud HEGEL, 2004, p.
62).
teoria do capital humano afirma que uma educação adicional elevará os rendimentos
futuros e, neste sentido, a aquisição de educação é da natureza de um investimento
privado em rendimentos futuros” (BLAUG, 1971, p.21).
Diante deste conceito de ‘capital humano’, o homem já não é mais
considerado algo descartável e que pode ser reavido ou substituído a qualquer
momento. Agora, o homem se torna um ‘capital’ precioso que demanda
aperfeiçoamento. Em síntese, o homem mais racional, prático e bem-preparado para
encarar novos desafios e que saiba lidar melhor com as inovações tecnológicas será
aquele que obterá maior êxito no mercado.
Desse modo, a colaboração para as empresas por parte daqueles
possuidores de conhecimento se faz essencial. Assim, ocorre um progresso
recíproco pela troca de conhecimento, onde a aprendizagem é eficaz e propositada
rumo ao plano organizacional.
A certeza do incentivo à criatividade é evidenciada no momento em
que analisamos o contexto organizacional nas disputas sem precedentes entre as
empresas. Estas empresas possuem uma cultura baseada na confiança, onde as
pessoas trocam informações, adquirem conhecimento e isso as mantém em um
estado de motivação.
Entretanto nem todas as empresas possuem esse clima de confiança e
uma cultura de incentivo e valorização ao capital humano. Sendo assim, nota-se que
os indivíduos tendem a ficar desmotivados em empresas com uma cultura negativa
e um clima ruim, a desmotivação, assim como as condições ruins de trabalho podem
prejudicar a saúde física e mental do colaborador.
A falta de vontade de trabalhar pode ser um indício de distúrbio
psicopatológico, que afeta o psicológico do funcionário, no qual manifestam algumas
doenças, estimulando a completa ausência de motivação em funcionários. Tais
problemas de saúde que podem ser obtidos, por esforços repetitivos, falta de
incentivos ou auxílios, entre outros, tornam a relação indivíduo-organização
complicada e são considerados problemas de caráter psicológico.
Segundo Dejours (1992) a relação entre o homem e o trabalho pode
ser de doença, sofrimento, sendo também um motivo de saúde e deleite. Essa
relação cooperou para que a influência da psicologia fosse inserida no
relacionamento entre indivíduo e organização. Notando-se assim a presença do
homem reativo, que responde à tudo o que lhe é imposto de forma concreta e
sensível, isso prova que o homem trava uma ininterrupta luta contra a doença
mental que é provocada pelo trabalho, aplicando a estabilidade, a normalidade e o
equilíbrio.
O sofrimento do trabalhador tem início quando a relação homem-
organização se vê bloqueada, é o momento quando o trabalhador utilizou toda a sua
aprendizagem, suas propriedades intelectuais e de adaptação e não obteve sucesso
ou realização de alguma forma.
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4 Pesquisa
Tendo por objetivo analisar até que ponto a ausência de políticas
organizacionais voltadas para a Qualidade de Vida no Trabalho favorecem um clima
ineficaz e, consequentemente, afetando os resultados das organizações. Foi
realizada uma análise com os funcionários de uma micro empresa de calçados,
onde são fabricados 1000 pares de calçados/dia, situada na cidade de Franca - SP.
Os proprietários já estão neste ramo de atividade há 30 anos, sendo 6 anos como
sócios. No momento estão passando por dificuldades, estando em fase de
separação, o que vem refletindo na produtividade da empresa, além de não
contarem com políticas que visam a QVT.
O universo pesquisado é constituído por 89 funcionários, dos quais,
aproximadamente 44,94% ou seja, 40 funcionários responderam o questionário
proposto. A escolha pela empresa deve-se ao fato de não haver programas de
qualidade de vida no trabalho e pelo fato de haver muitos conflitos na mesma. A
pesquisa foi feita com funcionários da área de produção por ser o local onde se
concentra a maior parte dos funcionários da empresa.
Para a análise proposta, foi aplicado um questionário para que os
funcionários respondessem não havendo nenhum investigador presente. O
questionário foi dividido em duas partes, criado de modo que conseguisse
informações funcionais e pessoais dos pesquisados. Na primeira parte foram
abordadas as informações pessoais e funcionais do pesquisados, já na segunda
parte, se abordou as informações referentes à cultura, clima organizacional e
qualidade de vida no trabalho.
Após a aplicação do primeiro questionário, com o objetivo de analisar
as informações pessoas dos pesquisados pode-se analisar que, quanto à
escolaridade, aproximadamente 27,5% possuem o ensino médio completo;
aproximadamente 12,5% entre os que possuem ensino médio incompleto, superior
incompleto e superior completo; outros 55% aproximadamente possuem o ensino
fundamental; e 5% optaram por não responder a esta pergunta.
Quanto ao tempo de serviço na empresa, os pesquisados estão
distribuídos de forma que: 10 % estão na empresa a menos de 01 ano; 72,5% estão
na empresa entre 01 e 04 anos; 15% estão na empresa a mais de 5 anos; e 2,5%
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Conclusão
Durante toda a pesquisa, foram ressaltados temas importantes que
contribuem diretamente para o bem estar e para o crescimento das organizações.
Toda empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, necessita da
implantação de programas que visam a QVT, a melhoria no clima organizacional, e
principalmente que desenvolvam trabalhos que previnam e determinem o
desaparecimento dos fatores geradores de estresse negativo.
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É notável se destacar que os indivíduos não são iguais uns aos outros,
e que cada pessoa tem o seu jeito de ser, agir, pensar e, portanto, de se comportar.
Todos têm diferentes crenças, valores e necessidades, por isso não devem ser
vistos ou tratados pela organização como se fossem todos iguais.
Na empresa em que foi realizada a pesquisa foram detectados vários
pontos positivos, através do questionário aplicado, presentes no ambiente
organizacional, como a facilitação da integração entre os funcionários, a estabilidade
e a segurança na organização, o desejo de se esforçar um pouco mais afim de que
a empresa seja bem sucedida, entre outros aspectos, porém, infelizmente, são
notáveis também pontos negativos, tais como falta de liberdade de expressão; falta
de treinamento introdutório; fatos estes que não condizem com as organizações que
adotam a QVT como ferramenta para o bem-estar dos seus colaboradores.
As informações coletadas sugeriram que o dia-a-dia do trabalhador na
empresa pesquisada necessita ser revisto, considerado e redesenhado a todo tempo
e deve ser realizado com a participação dos mesmos, pois os trabalhadores são
construtores da sua própria história. Para que isso ocorra, é preciso, junto com os
trabalhadores, construir a missão, metas e objetivos da organização, através da
comunicação clara e real do que se espera dos trabalhadores e o que a empresa,
em contrapartida, pode lhes prover. Supõe-se, com isso, ser o passo inicial para a
minimização e/ou a ausência de fatores negativos do ambiente organizacional e o
inicio para um melhor rendimento empresarial.
Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, Carlos Roberto de. História do Trabalho. São Paulo: Ática, 1995.
ANEXO A
QUESTIONÁRIO PARTE I – INFORMAÇÕES PESSOAIS / FUNCIONAIS
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Cultura Organizacional:
( ) justos ( ) injustos
3 . Na empresa em que trabalha você pode expressar sua opinião sem medo de ser
punido?
( ) sim ( ) não
4. Quando você entrou nesta empresa, foi apresentado aos colegas de trabalho?
( )sim ( ) não
( ) sim ( ) não
6. Faz parte da filosofia da empresa comunicar sua missão e metas aos seus
funcionários?
( ) sim ( ) não
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( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
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( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
3. Seu chefe lhe fornece todas as informações necessárias para tomar suas
decisões no trabalho?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) aposentado;
( ) sim ( ) não
10. Você acredita que o destino desta empresa dependa também de você?
( ) sim ( ) não
11. Relacione os fatores internos à empresa que podem estar sendo a causa do
aparecimento dos problemas organizacionais:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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