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FRAGMENTOS

Sem história, sem canção

CENA UM: O MUNDO QUE SONHAMOS - OVERTURE –instrumental


MÚSICA #1 – “Um mundo bem melhor”
https://www.youtube.com/watch?v=ESwwd9H2MMo
[Seis solistas, 3 mulheres e 3 homens: hindu, negro, branco de terno, roqueira de preto,
menina patricinha, japonesinha. TODO O CORAL ATRÁS DE BRANCO CANTANDO]
A hora chegou, precisamos dar as mãos (H)
E lembrar que somos todos irmãos (Duo)
Tantos vão morrendo, tentando encontrar (M)
Uma chance, (H) um motivo pra sonhar (duo)

Fácil fingir que não há o que fazer (H)


E que alguém, um dia, vai resolver (H)
Somos todos parte de algo bem maior (M)
E no fim (M) queremos só amor (Todos)

Eu e você podemos muito (H)


Somos aqueles que podem trazer o amor ao mundo (H)
Não precisa ir longe, procure ao seu redor (M)
Assim a gente faz um mundo bem melhor (Duo)

(Oh) Faça o melhor, dê carinho, estenda a mão (M contralto))


Quando houver problema, dê solução (duo H)
Basta atitude, dizer mais sim que não (M)
É só abrir seu coração (H)

Eu e você podemos muito (H)


Somos aqueles que podem trazer o amor ao mundo (H)
Não precisa ir longe, procure ao seu redor (M)
Assim a gente faz um mundo bem melhor (Duo)

Alguns pensam que o problema é de ninguém (H Modulação)


Mas é preciso ver que ele é seu também (H – forte)
Te-e-e-emos que entender: Pra mudança acontecer (M – forte)
Você também precisa querer Yeah, yeah, yeah, yeah (M) Pausa

Eu e você podemos muito (Todos) (com resposta do solista)


Somos aqueles que podem trazer o amor ao mundo
Não precisa ir longe, procure ao seu redor
Assim a gente faz um mundo bem melhor (Sobe o tom e repete o refrão)
CENA DOIS – A DESILUSÃO DA JUVENTUDE
[Mendigos com roupas maltrapilhas, enrolados em papel de papelão, jornal, cobertor
velho, rosto sujo de carvão]
POEMA – A manhã do milênio
A Manhã Do Milênio Do que valeu? [Silêncio]
( autoria de Thiago de Mello ) Hoje, manhã deste milênio novo,
“Então é nisso que você acredita? Fala avança, imensa e escura, bem na fronte,
sério!” a marca suja da miséria humana
De que valeu o assombro indignado gravada em cinza pela indiferença
e esta perseverança que me acende dos que pretendem donos ser da vida;
em pleno dia a estrela que me guia, calada avança uma legião de crianças
seguro do meu chão e do meu sonho? deserdadas do pão e todavia
De que valeram todos os prodígios capazes de sorrir: maior milagre
da ciência mergulhando na espessura do século perverso que findou?
mais escura do espaço e dominar
jamais imaginadas vastidões De que valeram todas as palavras
para encontrar a luz fossilizada? que proferi na treva da esperança?
Tão pouco, talvez nada. Não consola
De que valeu meu passo peregrino saber que fiz, que fiz a minha parte,
pelo tempo, meu canto solidário, que reparti com tantos o diamante,
a entrega ardente, a dor desmerecida, e olhei de frente o sol para aprender
o viver afastado do meu povo, que tudo vale a pena quando a alma
só porque desfraldei em plena praça não é pequena.
a bandeira do amor?
Não sei o tamanho
da minha alma. Só sei que vou varando
o fim do rio, posso discernir
a margem que me chama. Obstinado,
confiante sigo o cântico distante
da estrela alucinante. Que destino
de estrela é o de brilhar e, mesmo extinta,
fulgurante perdura sobre os homens. (?)

[Enquanto ela fala, os mendigos estão imóveis em cada canto do palco]


MÚSICA #2 – A MISÉRIA DO MUNDO https://youtu.be/IUTO3xHUl8I
[Entram seis retirantes nordestinos caracterizados de Brasil Nordeste. Os mendigos
iniciam sua cena demonstrando fome e miséria, movimentam-se do chão com
movimento corporal com as mãos como pedintes. Passam pessoas bem vestidas que os
ignoram]
NÃO SOU PROFETA NEM TÃO POUCO VISIONÁRIO
MAS O DIÁRIO DESSE MUNDO TÁ NA CARA
UM VIAJANTE NA BOLÉIA DO DESTINO
SOU MAIS UM FILHO DA TESOURA E DA NAVALHA

LEVANDO A VIDA TIRO UM VERSO DA CARTOLA


CHORA VIOLA NESSE MUNDO SEM AMOR
DESIGUALDADE RIMA COM HIPOCRISIA
NÃO TEM VERSO NEM POESIA QUE CONSOLE O CANTADOR

A NATUREZA NA FUMAÇA SE MISTURA


MORRE A CRIATURA E O PLANETA SENTE A DOR

O DESESPERO NO OLHAR DE UMA CRIANÇA


A HUMANIDADE FECHA OS OLHOS PRA NÃO VER
A AMBIÇÃO, O DESAMOR, A IGNORÂNCIA
AUMENTO O CRIME E CRESCE A FOME DO PODER

BOI COM SEDE BEBE LAMA


BARRIGA SECA NÃO DÁ SONO
EU NÃO SOU DONO DO MUNDO
MAS TENHO CULPA PORQUE SOU FILHO DO DONO (BIS)
CENA TRÊS – O povo grita CONTRA miséria do mundo
MÚSICA #3 – MISÉRIA (TITÃS)
https://www.youtube.com/watch?v=mBtm9mTWlpA&feature=youtu.be
[ ELENCO UM: O grupo com coreografia entra com o “Balé: Miséria”. Enquanto a
música é cantada]
INTRO INTRO
Miséria é miséria em qualquer canto A morte não causa mais espanto
Riquezas são diferentes O Sol não causa mais espanto
Índio, mulato, preto, branco A morte não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto O Sol não causa mais espanto
Riquezas são diferentes Miséria é miséria em qualquer canto
Miséria é miséria em qualquer canto Riquezas são diferentes
Filhos, amigos, amantes, parentes Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferentes Riquezas são diferenças
Ninguém sabe falar esperanto Índio, mulato, preto, branco
Miséria é miséria em qualquer canto Filhos, amigos, amantes, parentes
(Duo) Fracos, doentes, aflitos, carentes
Todos sabem usar os dentes Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferentes (Duo) Em qualquer canto miséria
INTRO Riquezas são miséria
Miséria é miséria em qualquer canto Em qualquer canto miséria
Riquezas são diferentes Riquezas são miséria,
A morte não causa mais espanto Riquezas são miséria
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Riquezas são diferentes

O Sol não causa mais espanto


Miséria é miséria em qualquer canto
(Duo)
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferenças (Duo)

[Os mendigos respondem ao solista com a letra da música que está em vermelho, com
os rostos sujos e com muita dor]
CENA QUATRO – O povo tem fome de Arte
MÚSICA #4 – COMIDA (TITÃS) -
https://www.youtube.com/watch?v=hOyt4cwjVns
[ELENCO DOIS: Entra o segundo grupo COREOGRÁFICO, como se estivesse
respondendo ao grupo anterior. No final os dois grupos coreográficos entram e fazem
o refrão final]
A gente não quer só comer
Bebida é ÁGUA A gente quer comer e quer fazer amor
Comida é PASTO A gente não quer só comer
Você tem sede de quê? DE QUÊ A gente quer prazer pra aliviar a dor
Você tem fome de quê? DE QUÊ
A gente não quer só dinheiro
A gente não quer só comida A gente quer dinheiro e felicidade
A gente quer comida, diversão e arte A gente não quer só dinheiro
A gente não quer só comida A gente quer inteiro e não pela metade
A gente quer saída para qualquer parte
Bebida é ÁGUA
A gente não quer só comida Comida é PASTO
A gente quer bebida, diversão, balé Você tem sede de quê? DE QUÊ
A gente não quer só comida Você tem fome de quê? DE QUÊ
A gente quer a vida como a vida quer
Diversão e arte
Bebida é ÁGUA Para qualquer parte
Comida é PASTO Diversão, balé
Você tem sede de quê? DE QUÊ Como a vida quer
Você tem fome de quê? DE QUÊ
Desejo, É necessidade, vontade É
Necessidade, desejo, eh
Necessidade, vontade, eh

[NO FINAL OS DOIS GRUPOS DE COREOGRAFIA ENTRAM, COMO SE TIVESSEM


UM DUELO]

Desejo, É necessidade, vontade É Riquezas são miséria,


Necessidade, desejo, eh Riquezas são DIFERENÇAS
Necessidade, vontade, eh Riquezas são miséria

[Fecha a luz. Todos saem]


CENA CINCO – A humanidade busca a PAZ para violência doméstica
[As mulheres apanham os cartazes que estão na lateral da coxia e entram lentamente,
vão até o procenio, centro do palco e levantam o cartaz e voltam para o fundo do palco.
A música inicia, com o solista][ No telão, vários vídeos de mulheres na luta pelos seus
direitos]
MÚSICA #5 – A Minha alma (O Rappa)
https://www.youtube.com/watch?v=qvKT4IS6gRI
A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego! (SÊGO! SÊGO! SÊGO! SÊGO! SÊGO! SÊGO!))
Pois paz sem voz, (PAZ SEM VOZ) paz sem voz (PAZ SEM VOZ)
Não é paz, é medo!
(MEDO! MEDO! MEDO! MEDO!)

Às vezes eu falo com a vida (VIDA)


Às vezes é ela quem diz (O QUÊ)
Qual a paz (PAZ) que eu não quero conservar (PAZ) REPETE
Pra tentar ser feliz? (SER FELIZ)

REPETE TUDO DESDE O INÍCIO


[Assim que começar esse trecho da música, homens brutos entram espacando-as
mulheres e levando-as pra casa e oprimindo-as]
As grades do condomínio
São pra trazer proteção (PROTEÇÃO)
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa PRISÃO

Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar na poltrona
No dia de domingo (DOMINGO!)

Procurando novas drogas de aluguel


Neste vídeo coagido
É pela paz que eu não quero seguir admitindo (QUERO PAZ)

É pela paz que eu não quero seguir (PAZ)


É pela paz que eu não quero seguir (PAZ)
É pela paz que eu não quero seguir admitido (QUERO PAZ)
É pela paz que eu não quero seguir (PAZ)
É pela paz que eu não quero seguir (PAZ)
É pela paz que eu não quero seguir admitido (QUERO PAZ)

[Quando terminar a música, TODOS deitam-se lentamente no chão. As duas mulheres


entram para a boca de cena e iniciam o poema]
POEMA: Quanto vale a vida?
Quanto vale a vida de qualquer um de Quanto vale a vida?
nós? Nas garras da águia
Quanto vale a vida em qualquer situação? Nas asas da pomba
Quanto valia a vida perdida sem razão? Em poucas palavras
Num beco sem saída, quando vale a vida? No silêncio total
São segredos que a gente não conta No olho do furacão
São contas que a gente não faz Na ilha da fantasia
Quem souber quanto vale, fale em alto e Quanto vale a vida?
bom som Quanto vale a vida na última cena
Quantas vidas vale o tesouro nacional? Quando todo mundo pode ser heróI?
Quantas vidas cabem na foto do jornal? Quanto vale a vida quando vale a pena?
Às sete da manhã, quanto vale a vida Quanto vale quando dóI?
Depois da meia-noite, antes de abrir o São coisas que o dinheiro não compra
sinal? Perguntas que a gente não faz:
São segredos que a gente não conta Quanto vale a vida?
(Faz de conta que não quer nem saber)
Quem souber, fale agora ou cale-se para
sempre
Quanto vale a vida acima de qualquer
suspeita?
Quanto vale a vida debaixo dos viadutos?
Quanto vale a vida perto do fim do mês?
Quanto vale a vida longe de quem nos faz
viver?
São segredos que a gente não conta
São contas que a gente não faz
Coisas que o dinheiro não compra
Perguntas que a gente não faz:

[Após o poema, o hindu entra e anda pelo palco inteiro enquanto faz o solo de violino.
Quando ele chega no canto esquerdo do palco, SONOPLASTIA: com dois tiros, e ele
cai]

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/05/150526_marital_rape_india_mv
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/07/pesquisa-da-onu-aponta-que-90-das-
indianas-tem-medo-de-sair-na-rua.html
http://www.compromissoeatitude.org.br/registros-de-violencia-contra-a-mulher-
na-india-aumentaram-mais-de-7-ips-22102012/
CENA SEIS – A realidade do Brasil
Poema: “Perfeição” [Um ator ou Atriz na boca de Cena][Enquanto o Hino Nacional
começa ser cantado, todos entram da plateia com o tecido verde/amarelo por sobre a
cabeça de todos em direção ao palco]
MÚSICA #6 – HINO NACIONAL BRASILEIRO
Venha! E O SOL DA LIBERDADE EM RAIOS
Vamos celebrar a estupidez humana FÚLGIDOS BRILHOU NO CÉU DA
A estupidez de todas as nações PÁTRIA NESSE INSTANTE
O meu país e sua corja de assassinos Comemorar a inveja, intolerância e a
Covardes, estupradores e ladrões incompreensão
Vamos celebrar a estupidez do povo SE O PENHOR DESSA IGUALDADE
Nossa polícia e televisão E esquecer a nossa gente
Vamos celebrar nosso governo CONSEGUIMOS CONQUISTAR COM
E nosso estado, que não é nação BRAÇO FORTE
Celebrar a juventude sem escola Que trabalhou honestamente a vida inteira
As crianças mortas EM TEU SEIO Ó LIBERDADE
Celebrar nossa desunião E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar nossa tristeza Vamos celebrar a aberração
Vamos celebrar nossa vaidade De toda a nossa falta de bom senso
Vamos comemorar como idiotas E descaso por educação
A cada fevereiro e feriado DESAFIA O NOSSO PEITO À PRÓPRIA
Todos os mortos nas estradas MORTE
Os mortos por falta de hospitais Vamos celebrar o horror
Vamos celebrar nossa justiça De tudo isso - com festa, velório e caixão
A ganância e difamação Ó PÁTRIA AMADA IDOLATRADA
Vamos celebrar os preconceitos SALVE! SALVE
O voto dos analfabetos Está tudo morto e enterrado agora
Comemorar a água podre Já que também não podemos celebrar
E todos os impostos A estupidez de quem cantou esta canção:
Queimadas, mentiras e sequestros BRASIL, UM SONHO INTENSO UM
Nosso castelo de cartas marcadas RAIO VÍVIDO
O trabalho escravo DE AMOR E DE ESPERANÇA A TERRA
Nosso pequeno universo DESCE
Toda hipocrisia e toda afetação SE EM TEU FORMOSO CÉU RISONHO E
Todo roubo e toda indiferença LÍMPIDO A IMAGEM DO CRUZEIRO
Vamos celebrar a fome RESPLANDECE
Não ter a quem ouvir GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
Não se ter a quem amar ÉS BELO, ÉS FORTE, IMPÁVIDO
Vamos alimentar o que é maldade COLOSSO
Vamos machucar o coração E O TEU FUTURO ESPELHA ESSA
Vamos celebrar nossa bandeira GRANDEZA
Nosso passado de absurdos gloriosos TERRA ADORADA
Tudo o que é gratuito e feio ENTRE OUTRAS MIL, ÉS TU BRASIL Ó
Tudo o que é normal PÁTRIA AMADA
Vamos cantar juntos o hino nacional DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE
OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS GENTIL PÁTRIA AMADA. BRASIL
PLÁCIDAS
(a lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
DE UM POVO HERÓICO O BRADO
RETUMBANTE
Vamos comemorar a nossa solidão
[Quando finaliza o Hino Nacional todos chegaram até o procênio do palco, deixam o tecido no
chão, sobem em silêncio, encaram a plateia e fazem um minuto de SILÊNCIO]
CENA SETE: O POVO REAGE À INJUSTIÇA
MÚSICA #7 – “É” (Gonzaguinha) https://www.youtube.com/watch?v=RWtAozeRayU
[todo o elenco no palco, reagindo às injustiças, na luta por uma nação mais justa]

É! É!
A gente quer valer o nosso amor A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor... A gente quer do bom e do melhor...

A gente quer carinho e atenção A gente quer carinho e atenção


A gente quer calor no coração A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade... A gente quer viver felicidade...

É! É!
A gente não tem cara de panaca A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca A gente não tem jeito de babaca
A gente não está A gente não está
Com a bunda exposta na janela Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela... Prá passar a mão nela...

É! É!
A gente quer viver pleno direito A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação... A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
É! É! É! É! É! É! É!... A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação...
CENA OITO: Estatutos do Homem (Thiago de Mello)
ESTATUTO DO HOMEM (Ato Institucional Permanente) A Carlos Heitor Cony

Artigo I - Fica decretado que agora vale Artigo XI


a verdade. agora vale a vida,
e de mãos dadas, marcharemos todos Fica decretado, por definição,
pela vida verdadeira. que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
Artigo II - Fica decretado que todos os muito mais belo que a estrela da manhã.
dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de Artigo XII
domingo.
Decreta-se que nada será obrigado
Artigo III - Fica decretado que, a partir nem proibido,
deste instante, tudo será permitido,
haverá girassóis em todas as janelas, inclusive brincar com os rinocerontes
que os girassóis terão direito e caminhar pelas tardes
a abrir-se dentro da sombra; com uma imensa begônia na lapela.
e que as janelas devem permanecer, o dia
inteiro,
abertas para o verde onde cresce a Parágrafo único:
esperança.
Só uma coisa fica proibida:
Artigo IV - Fica decretado que o amar sem amor.
homem não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem Artigo XIII
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar, Fica decretado que o dinheiro
como o ar confia no campo azul do céu. não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Parágrafo único: O homem, Expulso do grande baú do medo,
confiará no homem como um menino o dinheiro se transformará em uma espada
confia em outro menino. fraternal
Artigo V para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar Artigo Final.
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras. Fica proibido o uso da palavra liberdade,
O homem se sentará à mesa a qual será suprimida dos dicionários
com seu olhar limpo e do pântano enganoso das bocas.
porque a verdade passará a ser servida A partir deste instante
antes da sobremesa. a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
Artigo IX e a sua morada será sempre
o coração do homem
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.
MÚSICA #8 - A PAZ (ROUPA NOVA) -
https://www.youtube.com/watch?v=m_rm8IA70Do

Deve haver um lugar dentro do seu Só o amor muda o que já se fez


coração E a força da paz junta todos outra vez
Onde a paz brilhe mais que uma lembrança Venha
Sem a luz que ela traz já nem se consegue Já é hora de acender a chama da vida
mais E fazer a terra inteira feliz
Encontrar o caminho da esperança
Sinta Só o amor muda o que já se fez
Chega o tempo de enxugar o pranto dos E a força da paz junta todos outra vez
homens Venha
Se fazendo irmão, estendendo a mão Já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz
Só o amor muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez Só o amor muda o que já se fez
Venha E a força da paz junta todos outra vez
Já é hora de acender a chama da vida Venha
E fazer a terra inteira feliz Já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz
Se você for capaz de soltar a sua voz Venha
Pelo ar como prece de criança Já é hora de acender a chama da vida
Deve então começar, outros vão te E fazer a terra inteira feliz
acompanhar Inteira feliz
E cantar com harmonia e esperança A terra inteira feliz (um lugar no mundo)
Deixe que esse canto lave o pranto do mundo Inteira feliz (o lugar em que a gente vive)
Pra trazer perdão e dividir o pão A terra inteira feliz (um lugar no mundo)

Só o amor muda o que já se fez


E a força da paz junta todos outra vez
Venha
Já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz
MODULAÇÃO
Quanta dor e sofrimento em volta a gente
ainda tem (ainda tem)
Pra manter a fé e o sonho dos que ainda vem
(ainda vem)
A lição pro futuro vem da alma e do coração
Pra buscar a paz, não olhar pra trás, com
amor

Se você começar outros vão te acompanhar


E cantar com harmonia e esperança
Deixe que esse canto lave o pranto do mundo
Pra trazer perdão e dividir o pão

FIM

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