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INTRODUÇÃO À

MICROBIOLOGIA E
CONCEITOS EM
TAXONOMIA
Zilka Nanes Lima
MICROBIOLOGIA BÁSICA
UEPB / DF / LaRMiCC
zilkananeslima@gmail.com
CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• Aula predominantemente
retirada das seguintes referências:
• LEVINSON, W. – Microbiologia Médica e Imunologia. 13ª edição.
Editora ArtMed, 2016. Porto Alegre – RS.

• NEVES, D.P. – Parasitologia Humana. 12ª edição. Editora


Atheneu, 2011. São Paulo – SP.

• KONEMAN – Diagnóstico Microbiológico – Texto e Atlas Colorido.


6ª edição. Editora Guanabara Koogan, 2008. Rio de Janeiro – RJ.
(Capítulos 6,12 e13).

• Classificação dos micro-organismos - David Bergey's Manual -


http://www.microbiologyprocedure.com/bacterial-classification/
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Bactérias

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Vírus

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INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA - Profa. Zilka Nanes Lima

Reino Micro-organismos Tipo celular


patogênicos
Animal Helmintos Eucariótico

Vegetal Nenhum Eucariótico

Protista Protozoários Eucariótico


Fungos Eucariótico
Procariótico Bactérias Procariótico

Vírus Acelular

Relações biológicas entre micro-organismos patogênicos.


(Fonte: Levinson, 2016)
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DIFERENÇAS ENTRE VÍRUS, BACTÉRIAS, FUNGOS,
PROTOZOÁRIOS E HELMINTOS - Profa. Zilka Nanes Lima

Bactérias
Fungo em fruta

Leveduras e
bactérias
Helminto
(ovos de Thichuris thichiura)
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Diferenças entre bactérias e vírus

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INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA - Profa. Zilka Nanes Lima
Característica Vírus Bactérias Fungos Protozoários
e Helmintos

Células Ausentes Presentes Presentes Presentes

Diâmetro aproximado 0,02-0,2 1-5 3-10 (leveduras) 15-25 (trofozoítos)


(µm)

Ácido nucléico DNA ou RNA Tanto DNA como RNA Tanto DNA como RNA Tanto DNA como RNA

Tipo do núcleo Ausente Procariótico Eucariótico Eucariótico

Ribossomos Ausentes 70 S 80 S 80 S

Mitocôndrias Ausentes Ausentes Presentes Presentes

Natureza da superfície Capsideo proteico e Parede rígida, contendo Parede rígida, Membrana flexível
externa envelope lipoproteico peptidioglicano. contendo quitina

Motilidade Nenhum Algumas Nenhum A maioria

Método de replicação Não por fissão binária Fissão binária Brotamento Mitose
(leveduras) ou Mitose
(bolores)
(Fonte: Levinson, 2016) Professora Zilka Nanes Lima
Protozoário: Trichomonas vaginalis em urina

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Protozoário: Taenia spp. em intestino
humano

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CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• CLASSIFICAÇÃO: “É a ordenação dos


seres vivos em classes, baseando-se no
parentesco, semelhança ou ambos.”
(Simpson).

• NOMENCLATURA: “É a aplicação de
nomes distintos a cada uma das classes
reconhecidas numa dada classificação.”
(Simpson)
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CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• TAXONOMIA: “É o estudo teórico da


classificação, incluindo as respectivas bases,
princípios, normas e regras.” (Simpson).
Reconhece, classifica e identifica os seres
vivos
• SISTEMÁTICA: “É o estudo científico das
formas de organismo, sua diversidade e toda e
qualquer relação entre elas.” (Simpson) .
Estuda as características físicas, fisiológicas
ou comportamentais para permitir a
classificação. Professora Zilka Nanes Lima
CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• A unidade taxonômica (unidade, grupo etc.)


denomina-se táxon (plural taxa), que pode
corresponder a diversos níveis de
classificação ou categoria taxonômica, que
em Microbiologia são sete:
1. Reino, 2. Filo, 3. Classe,
4.Ordem, 5. Família,
6.Genêro, 7. Espécie.
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TAXONOMIA
- Profa. Zilka Nanes Lima

Fonte: http://pontobiologia.com.br/taxonomia-classificacao-seres-vivos/

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REINOS DOS MICRO-ORGANISMOS - Profa. Zilka Nanes Lima

• Robert Whittaker incluiu os fungos no reino Fungi ficando


3 reinos para organismos multicelulares:
Plantae Reino das Plantas
Fungi - Reino dos fungos (como leveduras e bolores)
Animalia - Reino dos animais (helmintos)
E mais dois reinos para os organismos unicelulares
ou coloniais:
Protista - Reino das Algas Unicelulares e dos Protozoários
Monera - Reino das Bactérias e Cianobactérias (ou algas
azuis)

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REINOS DOS MICRO-ORGANISMOS - Profa. Zilka Nanes Lima

• Um outro sistema foi proposto para incluir os vírus, com seis reinos, divididos por
três super-reinos e o grupo supremo, o Super-domínio Biota:

• Super-domínio: Biota - Todos os organismos vivos, sem nenhuma exceção.


– Super-reino: Acytota - organismos acelulares (também chamado "império"
ou domínio Aphanobionta)
• Reino: Vírus - os vírus e agentes sub-virais
– Super-reino: Prokaryota - organismos sem núcleo celular organizado
• Reino: Monera - as bactérias
– Super-reino: Eukaryota - organismos com núcleo celular organizado
• Reino: Fungi - os fungos
• Reino: Metaphyta - as plantas "superiores"
• Reino: Metazoa - os animais
• Reino: Protista - os protozoários e algas unicelulares

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REINOS DOS MICRO-ORGANISMOS - Profa. Zilka Nanes Lima

Recentemente, no entanto, novas investigações sobre


a filogenia dos organismos levaram a um novo sistema de
classificação, a cladística (sistema filogenético). A mais
importante foi a descoberta de Carl Woese, em 1977, de que
os procariotas compreendiam dois grupos distintos, a que ele
chamou Eubacteria e Archaebacteria que foram
denominadas mais tarde, por ele, como Bacteria e Archaea.
Esta descoberta levou ao sistema de
classificação cladístico dos organismos em três Domínios,
que se pretendia que fossem um substituto dos Reinos, mas
que acabou por ser usado como um "super-reino" (se bem que
ainda possa ser utilizada a proposta dos super-reinos, pois no
reino Monera os domínios Bacteria e Archaea são sub-
reinos). Professora Zilka Nanes Lima
Fungos

Classificação
de bactérias, fungos
e vírus
CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS

• Baseia-se em semelhanças ou relações entre


propriedades bioquímicas, fisiológicas,
genéticas e morfológicas.
• A CLASSIFICAÇÃO faz parte da Taxonomia Bacteriana assim
como a nomenclatura e a identificação dos mais variados tipos
de células.
• A nomenclatura é baseada em regras internacionais e a
identificação se dá através do isolamento e uso prático de um
esquema de classificação.
• Manual de Bergey de Bacteriologia Sistemática
(Publicação que auxilia a identificação das bactérias que têm
sido descritas e cultivadas. Classifica as bactérias conhecidas
e torna as informações acessíveis na forma de chaves. )
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Fonte:http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=25779&langType=1046
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS

• Baseia-se em semelhanças ou relações entre pigmentação,


temperaturas de crescimento, padrão de conidiogênese ou
esporogênese, aparência de estruturas microscópicas., entre
outros fatores.
• A CLASSIFICAÇÃO faz parte da Taxonomia Fúngica assim como a
nomenclatura e a identificação dos mais variados tipos de células.
• A nomenclatura é baseada em regras internacionais e a identificação
se dá através do isolamento e uso de um esquema de
classificação.
• “Estamos ainda longe de um acordo sobre uma forma definitiva de nosso
esquema taxonômico (e sobre a nomenclatura com o qual expressá-
lo.)...Os fatos, por si mesmos, não criam um sistema para nós...Deve,
ainda...haver lugar para a intuição nascida da experiência. As constantes
idéias divergentes expostas neste livro mostram que o enfado decorrente
da unanimidade e da uniformidade ainda não se estabeleceu entre os
micologistas.
• International Code of Nomenclature for algae, fungi, and plants
(Melbourne Code)
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• Fonte: Fisher; Cook – Micologia, fundamentos e diagnóstico.
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS

• Baseia-se em semelhanças ou relações entre


propriedades físico-químicas, bioquímicas,
propriedades antigênicas e biológicas, genéticas, e
morfológicas.
• A CLASSIFICAÇÃO faz parte da Taxonomia Viral assim
como a nomenclatura e a identificação dos mais variados
tipos de partículas virais.
• A nomenclatura é baseada em regras internacionais e a
identificação se dá através do isolamento e uso prático de
um esquema de classificação.
• Internacional Committee on Taxonomy of Viruses - ICTV
(Organizam os vírus em níveis hierárquicos de ordem,
família, subfamília, gênero e espécie, além de níveis mais
baixos na hierarquia, como subespécies, estirpes, variantes,
grupos e subgrupos.)
Fonte: Santos; Romanos; Wigg – Introdução à Virologia Humana – Segunda edição.
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ALGUMAS DEFINIÇÕES
IMPORTANTES
PARA ENTENDER CLASSIFICAÇÃO
•DOMÍNIO: é a designação dada em microbiologia ao taxon de nível mais
elevado utilizado para agrupar os organismos numa classificação científica.

•REINO: É a categoria hierárquica alta de classificação científica


dos microrganismos.

•FILO: Os filos são os agrupamentos que levam em consideração os seus


traços evolutivos dos microrganismos , a sua estrutura e ancestralidade.

•CLASSE: É o sistema taxonômico de maior hierarquia mais utilizado na


microbiologia básica.

•ORDEM: Agrupa famílias constituídas por espécies que apresentam entre si


um elevado grau de semelhança morfofuncional.

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ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES
PARA ENTENDER CLASSIFICAÇÃO

•FAMÍLIA: A família agrupa um conjunto de gêneros, ou de sub-famílias, e


está incluída em ordens.

•TRIBO: Quando uma clade, que é um grupo de organismos originados de um


único ancestral comum exclusivo, precisa de mais subdivisão na taxonomia.

•GÊNERO: Agrupa um conjunto de espécies que partilham um conjunto muito


alargado de características morfológicas e funcionais, um genoma com
elevadíssimo grau de comunalidade e uma proximidade filogenética muito
grande, refletida pela existência de ancestrais comuns muito próximos.

•ESPÉCIE: Constituição de agrupamentos de indivíduos com profundas


semelhanças estruturais e funcionais recíprocas, resultantes da partilha de
um genoma idêntico, que lhes confere acentuada uniformidade bioquímica.

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CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• GENÊRO: Quando várias espécies


apresentam caracteres comuns para reuni-
las num grupo, dá-se a esse grupo o nome
de genêro. Dessa forma vemos que,
frequentemente, um genêro pode possuir
várias espécies ou subespécies.
• ESPÉCIE: É definida como sendo uma
coleção de indivíduos que se assemelham
tanto entre si como os seus ascendentes e
descendentes.
Professora Zilka Nanes Lima
CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• A nomenclatura das espécies deve ser


latina e binomial, ou seja, a espécie é
designada por duas palavras: a primeira
representa o Genêro (deve ser escrita
com a primeira letra em maiúscula); a
segunda a espécie considerada (deve ser
escrita com letra minúscula, mesmo
quando for nome de pessoa. Estas
palavras devem ser sempre sublinhadas
ou escritas em itálico.
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CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• SUB-ESPÉCIE: Dá-se esse nome quando alguns


indivíduos de determinada espécie destacam-se do
resto do grupo por possuírem uma característica
excepcional ou um conjunto de pequenas diferenças
da forma específica típica, que se perpetuam nas
gerações seguintes.
• CEPA ou ESTIRPE ou VARIANTE: Quando a
diferença é fisiológica ou de hospedeiro. O termo 'cepa' se
aplica igualmente a uma linhagem de micro-
organismos (vírus ou bactérias) produzida em laboratório
(pode-se dizer que são clones) com a finalidade de estudos.
Professora Zilka Nanes Lima
CONCEITOS EM TAXONOMIA - Profa. Zilka Nanes Lima

• CEPA ou ESTIRPE ou VARIANTE: É um termo


da biologia e da genética para se referir a um
grupo de descendentes com um ancestral
comum que compartilham semelhanças
morfológicas ou fisiológicas.
• Quando uma espécie sofre mutações
significativas ou conforme novas gerações se
adaptam a novas condições ambientais, os
descendentes podem ter formado uma nova
estirpe, exemplo o H1N1 é uma nova estirpe que
causa sintomasProfessora
maisZilkaintensos.
Nanes Lima
Cocos Gram-positivos

• Staphylococcus • Streptococcus

• Micrococcus • Peptostreptococcus
• Peptococcus • Enterococcus

* Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology Professora Zilka Nanes Lima


ESTUDO DOS COCOS GRAM-POSITIVOS - Profa. Zilka Nanes Lima

Staphylococcus ssp.
TAXONOMIA*
Reino : Bacteria
Filo : Firmicutes
Classe III: Bacilli
Ordem I: Bacillales
Família V: Staphylococcaceae
Gênero : Staphylococcus
Rosenbach 1884

* Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology


Professora Zilka Nanes Lima
ESTUDO DOS COCOS GRAM-POSITIVOS - Profa. Zilka Nanes Lima

Staphylococcus spp.
• Há mais de 30 espécies com importância clínica humana

• S. arlettae, S. aureus, S. auricularis, S. capitis, S. caprae, S. carnosus


• S. chromogenes, S. cohnii, S. condimenti, S. croceolyticus, S. delphini ,
• S. devriesei, S. epidermidis, S. equorum, S. felis, S. fleurettii, S. gallinarum,
• S. haemolyticus, S. hominis, S. hyicus, S. intermedius, S. kloosii,
• S. leei, S. lentus, S. lugdunensis, S. lutrae, S. lyticans, S. massiliensis,
• S. microti, S. muscae, S. nepalensis, S. pasteuri, S. pettenkoferi,
• S. piscifermentans, S. pseudintermedius, S. pulvereri, S. rostri
• S. saccharolyticus, S. saprophyticus, S. schleiferi, S. sciuri, S. simiae
• S. simulans, S. stepanovicii, S. succinus, S. vitulinus, S. warneri, S. xylosus

* Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology


Professora Zilka Nanes Lima
ESTUDO DOS COCOS GRAM-POSITIVOS - Profa. Zilka Nanes Lima

Streptococcus ssp.
TAXONOMIA*
Reino : Bacteria
Filo : Firmicutes
Classe : Bacilli
Ordem : Lactobacillales
Família : Streptococcacea
Gênero :Streptococcus
Rosenbach, 1884

* Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology


Professora Zilka Nanes Lima
ESTUDO DOS BASTONETES GRAM-NEGATIVOS
- Profa. Zilka Nanes Lima

Escherichia coli
TAXONOMIA*
Reino : Bacteria
Filo : Firmicutes
Classe : Bacilli
Ordem : Lactobacillales
Família : Enterobacteriaceae
Tribo: Escherichieae (Tribo I)
Gênero : Escherichia
Espécie: Escherichia coli
Professora Zilka Nanes Lima
Rosenbach, 1884
Mundo procariótico
• O mundo procariótico é dividido em dois Domínios
– Archaea e Eubacteria
• O genoma da Eubacteria pode ser até três vezes maior que o da
Archaea
• Os Archaea têm paredes celulares constituídas principalmente de
proteínas carecem do peptidioglicano (mureína) encontrado nas
Eubacteria
• Em suma, Archaea compreendem bactérias que são “extremófilos”
ambientais, não contém patógenos humanos. Exemplos: bactérias
metanogênicas, redutoras de sulfato, aeróbicas halofílicas (que
necessitam de sal), termoacidofílas (crescem entre 50-60 graus
celsius a pH<5), anaeróbias hipertermófilicas, heterotróficas ou
aeróbias redutores de enxofre capazes de oxidar enxofre ou outros
substratos inorgânicos e orgânicos.
Professora Zilka Nanes Lima
Árvore filogenética

Professora Zilka Nanes Lima


Taxonomia, classificação e
nomenclatura

Professora Zilka Nanes Lima

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