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Como Pagar Impostos e Contribuições em Atraso sem

a Multa de Mora e sem a Multa Fiscal de Forma Legal

1
PAGAMENTO DE DÉBITOS FISCAIS EM ATRASO SEM A MULTA DE MORA

COMO PAGAR IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DE DÉBITOS FISCAIS EM


ATRASO SEM A MULTA DE MORA DE FORMA LEGAL.

PAGAMENTO DE IRPJ - CSLL - PIS - COFINS - IPI - INSS - ICMS – ISS - IOF - SEM
A MULTA DE MORA

ANÁLISE DAS PENDÊNCIAS FISCAIS DE 2012 E DOS ÚLTIMOS 5 ANOS.

COMO REGULARIZAR DE FORMA LEGAL E SEM A MULTA FISCAL DE FORMA


ESPONTÂNEA.

LEGISLAÇÃO – JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA FISCAL E JUDICIAL.

PROF. CARLOS ALBERTO CORDEIRO


CONSULTOR TRIBUTÁRIO, FISCAL, CONTÁBIL E SOCIETÁRIO

2
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução
total ou parcial da referida obra intelectual (apostila e
respectivos anexos), por qualquer meio ou processo,
especialmente por sistemas gráficos, mecânicos, eletrônicos,
microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos,
videográficos, gravação ou por quaisquer outros meios sem
autorização prévia por escrito do autor. Vedada a
memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a
inclusão de qualquer parte desta obra intelectual em qualquer
sistema de processamento de dados. Essas proibições
aplicam-se também às características gráficas desta obra
intelectual e à sua editoração. A violação dos direitos autorais
é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal),
com pena de prisão e multa, busca e apreensão e
indenizações diversas (Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos
Direitos Autorais e Lei nº 5.988 art. 17 e seus parágrafos de
14/12/1073).

3
DECLARAÇÃO

Esta apostila com seus respectivos anexos foi cuidadosamente


preparada, com base na legislação tributária, fiscal, contábil e societária,
no entanto, foi escrita em termos gerais e deve ser considerada somente
como uma orientação geral a todas as empresas e aos profissionais. Esta
apostila com os seus respectivos anexos, não poderá servir de base para
atender e cobrir situações e casos concretos específicos das empresas e
dos profissionais envolvidos nos trabalhos operacionais e não
recomendamos e nem aconselhamos agir ou deixar de agir com base nas
informações contidas na referida apostila e anexos sem antes obter
orientação e aconselhamento profissional específico ao caso concreto.
Favor contatar profissionais experientes para discutir os assuntos no
contexto de suas circunstâncias particulares tendo em vista fatos ou
circunstâncias específicas de Leis, Regulamentos e Diversos Atos
Normativos do fisco e que podem variar. O autor da referida apostila com
seus respectivos anexos não aceita e nem assume quaisquer
responsabilidades ou obrigações por qualquer dano decorrente de
qualquer ação tomada, ou não tomada, por qualquer pessoa com base nas
informações desta apostila e seus respectivos anexos ou por quaisquer
decisões nela baseadas.
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CURSO: Como Pagar Impostos e Contribuições em Atraso
sem a Multa de Mora e sem a Multa Fiscal de Forma Legal
PROF. CARLOS ALBERTO CORDEIRO
CONSULTOR TRIBUTÁRIO, CONTÁBIL E SOCIETÁRIO

Material completo do curso (slides e anexos / material de apoio):


Apresentação dos slides: 172 slides ou páginas.

5
ANEXOS:

6
7
8
PASTA “A”
PAGAMENTO DE TRIBUTOS EM ATRASO
SEM A MULTA DE MORA E SEM A MULTA
PUNITIVA DE FORMA LEGAL

9
1. Qualquer tipo de tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS, IPI,
ICMS, ISS etc.) é possível pagar com atraso sem a multa de mora
de forma legal?

Sim, desde que se enquadre no caput do art. 138 do Código


Tributário Nacional – CTN e não se enquadre no parágrafo único do
mesmo diploma legal.

LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea


da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo
devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do
tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia


apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo
ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

10
1. Qualquer tipo de tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS, IPI, ICMS, ISS etc.)
é possível pagar com atraso sem a multa de mora de forma legal?

Ver texto abaixo de orientação da própria Receita Federal do Brasil - Fonte: Site
da Receita Federal – assunto “MPF - Orientações ao Contribuinte”.

Responsabilidade por infrações (Art.136 a 138 da Lei 5.172/66 - CTN)

A responsabilidade por infrações à legislação tributária independe da intenção


do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos
do ato. A responsabilidade é pessoal do agente quando do cometimento de
infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, bem como
quanto às infrações que decorrem direta e exclusivamente de dolo específico.
A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração,
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de
mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa,
nos casos de tributos cujo montante dependa de apuração.
Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento fiscal relativo ao fato denunciado.

11
1. Qualquer tipo de tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS, IPI, ICMS, ISS
etc.) é possível pagar com atraso sem a multa de mora de forma legal?

ATENÇÃO: INÍCIO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL.

• Súmula CARF nº 49: A denúncia espontânea (art. 138 do Código Tributário


Nacional) não alcança a penalidade decorrente do atraso na entrega de
declaração.

• ACÓRDÃO Nº 12-48384 de 23 de Julho de 2012 - 16 º TURMA


ASSUNTO: Normas Gerais de Direito Tributário
EMENTA: PROCEDIMENTO FISCAL. INÍCIO. O procedimento fiscal tem início
com o primeiro ato de ofício, por escrito, praticado por servidor
competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu
preposto. INFRAÇÃO. RESPONSABILIDADE. EXCLUSÃO. A responsabilidade
é excluída pela denúncia espontânea da infração. Não se considera
espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
COFINS.
Período de apuração: : 01/03/2003 a 30/04/2004

12
1. Qualquer tipo de tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS, IPI, ICMS, ISS etc.) é
possível pagar com atraso sem a multa de mora de forma legal?
ATENÇÃO: INÍCIO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL.
ACÓRDÃO 1805-00.019
órgão Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF - 1a. Seção - 5a. Turma
Especial
Decisão CARF 1a. Seção / 5a. Turma Especial / ACÓRDÃO 1805-00.019 em 19/03/2009
SIMPLES - Ex(s): 2001
ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL EMENTA ANO-CALENDÁRIO:
2000,2001 EXCLUSÃO DE ESPONTANEIDADE - MANDADO DE PROCEDIMENTO FISCAL -
MPF E TERMO DE INÍCIO DE FISCALIZAÇÃO O MPF autoriza a realização do
procedimento fiscal, mas o ato que o inicia, capaz de excluir a espontaneidade do
contribuinte (CTN, art. 138, parágrafo único), é o primeiro ato de oficio, escrito,
praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação
tributária ou seu preposto (Decreto n° 70.235/72, art. 70, I).
Para fins de exclusão da espontaneidade, o M2F não supre a ausência de um regular
Termo lavrado por Auditor Fiscal, que cientifique o contribuinte do início da
fiscalização. O Termo de Inicio de Fiscalização sem a ciência de seu destinatário não
se caracteriza como tal. No presente caso, não há como desconsiderar a confissão
dos débitos mediante a entrega de declarações retificadoras.
(...)

13
1. Qualquer tipo de tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS, IPI,
ICMS, ISS etc.) é possível pagar com atraso sem a multa de mora
de forma legal?

ATENÇÃO: INÍCIO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL.

ACÓRDÃO 1805-00.019
(...)
Recurso Voluntário Provido.
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso
interposto pela FRAN MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA.
ACORDAM os Membros da 5ª turma especial da primeira SEÇÃO DE
JULGAMENTO, por unanimidade de votos, em DAR provimento ao
recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o
presente julgado.
Publicado no DOU em: 23.03.2011
Recorrente: FRAN MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA.
Recorrida: 2ª TURMA/DRJ-CURITIBA/PR
Data de decisão: 19/03/2009 Data de publicação: 23/03/2011

14
2. O que é melhor e o mais indicado fazer: Primeiro pagar os
tributos em atraso sem a multa de mora e depois declarar na
DCTF os débitos ao fisco ou primeiro declarar ao fisco os
tributos e depois pagar com o atraso sem a multa de mora?

Ver anexo n.º 1 – diversas Decisões Administrativas Fiscais

15
3. Débitos fiscais declarados ou não declarados (informados ou
não informados) ao fisco e sua relevância para fins de denúncia
espontânea.

Como vimos no assunto anterior de número 2, e com base em


diversas decisões administrativas fiscais (anexo n.º 1), o que se
recomenda e o que é mais prudente fazer o pagamento do tributo
em atraso e posteriormente declarar os valores nas obrigações
acessórias (Por exemplo: DCTF, DIPJ, Gia de ICMS, etc.).

16
4. Posição do fisco federal, estadual e municipal sobre a inaplicabilidade
da multa de mora nos casos de denúncia espontânea.

STJ - Súmula - 360 - 27/08/2008 órgão Superior Tribunal de Justiça - STJ - S1


- PRIMEIRA SEÇÃO Decisão Espécie: Súmula

(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27.08.2008, DJe 08.09.2008 p. )

EMENTA: O BENEFÍCIO DA DENÚNCIA ESPONTÂNEA NÃO SE APLICA AOS


TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
REGULARMENTE DECLARADOS, MAS PAGOS A DESTEMPO.

EREsp 531249 RS 2004/0028886-1 DECISÃO:23/06/2004 DJ DATA:09/08/2004


PG:00169
Íntegra do Acórdão Acompanhamento Processual Ag Rg nos EREsp 464645
PR 2004/0102109-1 DECISÃO:22/09/2004 DJ DATA:11/10/2004 PG:00220
Íntegra do Acórdão Acompanhamento Processual EREsp 511340 MG
2004/0139262-2 DECISÃO:08/02/2006 DJ DATA:20/02/2006 PG:00189
Íntegra do Acórdão Acompanhamento Processual EREsp 504409 SC
2005/0018070-1 DECISÃO:14/06/2006 DJ DATA:21/08/2006 PG:00223
Íntegra do Acórdão Acompanhamento Processual EAg 621481 SC
2005/0112304-9
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4. Posição do fisco federal, estadual e municipal sobre a
inaplicabilidade da multa de mora nos casos de denúncia
espontânea.

STJ - Súmula - 360 - 27/08/2008órgãoSuperior Tribunal de Justiça -


STJ - S1 - PRIMEIRA SEÇÃODecisãoEspécie: Súmula

DECISÃO:13/09/2006 DJ DATA:18/12/2006 PG:00291


Íntegra doAcórdãoAcompanhamentoProcessualAgRg nos EREsp
710558 MG 2006/0151256-0 DECISÃO:08/11/2006 DJ
DATA:27/11/2006 PG:00238
Íntegra doAcórdãoAcompanhamentoProcessualEDcl no AgRg nos
EREsp 491354 PR 2004/0043077-3 DECISÃO:14/02/2007 DJ
DATA:05/03/2007 PG:00253
Íntegra doAcórdãoAcompanhamentoProcessualREsp 850423 SP
2006/0040465-7 DECISÃO:28/11/2007 DJ DATA:07/02/2008 PG:00245
Íntegra doAcórdãoAcompanhamentoProcessualREsp 247562 SP
2000/0010613-5

18
4. Posição do fisco federal, estadual e municipal sobre a inaplicabilidade
da multa de mora nos casos de denúncia espontânea.

STJ - Súmula - 360 - 27/08/2008órgãoSuperior Tribunal de Justiça - STJ - S1 -


PRIMEIRA SEÇÃODecisãoEspécie: Súmula

DECISÃO:02/05/2000 DJ DATA:29/05/2000 PG:00126


Íntegra doAcórdãoAcompanhamentoProcessualREsp 601280 RS
2003/0190527-1 DECISÃO:14/09/2004 DJ DATA:25/10/2004 PG:00305
Íntegra doAcórdãoAcompanhamentoProcessualREsp 554221 SC
2003/0116250-0 DECISÃO:03/10/2006 DJ DATA:06/11/2006 PG:00304
Íntegra doAcórdãoAcompanhamentoProcessual

O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a


lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a
destempo.

Data da decisão: 27/08/2008


Data da publicação no DOU: 08/09/2008 (DJe8 p.)

19
4. Posição do fisco federal, estadual e municipal sobre a inaplicabilidade
da multa de mora nos casos de denúncia espontânea.

Tributo declarado pelo contribuinte pode ser conceituado como tributo


“autolançado”, é “autolançamento”?

Obs.: Conflito entre o CTN, art. 142 X CTN art. 150.

Tributo apurado, calculado e constituído pelo próprio contribuinte, torna-se


desde logo líquido, certo e exigível pela administração fiscal?

Ver abaixo a Súmula n.º 436 do STJ.

SÚMULA N.º 436 DO STJ - ÓRGÃO JULGADOR - S1 - PRIMEIRA SEÇÃO

DATA DO JULGAMENTO: 14/04/2010 - DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE: DJE


13/05/2010
RSTJ VOL. 218 P. 704

ENUNCIADO
A ENTREGA DE DECLARAÇÃO PELO CONTRIBUINTE RECONHECENDO
DÉBITO FISCAL CONSTITUI O CRÉDITO TRIBUTÁRIO, DISPENSADA
QUALQUER OUTRA PROVIDÊNCIA POR PARTE DO FISCO. 20
4. Posição do fisco federal, estadual e municipal sobre a inaplicabilidade
da multa de mora nos casos de denúncia espontânea.

Súmula n.º 436 do STJ

Precedentes

• AgRg no Ag 937706 MG 2007/0183275-8 Decisão:06/03/2008 DJE


DATA:04/03/2009
• AgRg no Ag 1146516 SP 2009/0003105-4 Decisão:04/03/2010 DJE
DATA:22/03/2010
• REsp 510802 SP 2003/0003262-0 Decisão:01/04/2004 DJ
DATA:14/06/2004 PG:00165
• REsp 603448 PE 2003/0194605-3 Decisão:07/11/2006 DJ
DATA:04/12/2006 PG:00281
• REsp 823953 SP 2006/0048963-2 Decisão:09/09/2008 DJE
DATA:01/10/2008
• REsp 1090248 SP 2008/0198248-7 Decisão:02/12/2008 DJE
DATA:18/12/2008
• REsp 1101728 SP 2008/0244024-6 Decisão:11/03/2009 DJE
DATA:23/03/2009

21
5. O que é denúncia espontânea e qual o seu principal objetivo?

- Procedimentos de iniciativa da empresa.


- Espontaneidade no Direito Tributário de acordo com o artigo 138
do CTN.
- A empresa não pode estar sob início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização relacionado com a
infração (parágrafo único do art. 138 do CTN).
- A denúncia espontânea libera o contribuinte (empresa) de boa-fé
das consequências da situação de infrator, a empresa deixa de
submeter-se à sanção do pagamento de multas.
- A empresa está se “redimindo” através do uso da Denúncia
espontânea
- Entendemos que o artigo 138 do CTN é uma norma legal dirigida
ao contribuinte e não autoridade fiscal administrativa, ou seja, é
uma prerrogativa legal outorgada aos sujeitos passivos da
obrigação tributária.

22
5. O que é denúncia espontânea e qual o seu principal objetivo?

- Os contribuintes que procurarem espontaneamente a repartição


fazendária para denunciar a infração fiscal, terão excluída a
imposição de penalidades.

- Dependendo o que dispõe a legislação do estado (ICMS) e do


município (ISS), o contribuinte deverá formalizar a denúncia
espontânea por escrito, descrevendo a natureza do fato, tais
como erros, irregularidades, tributos não pagos no tempo
devido, problemas de erros e também irregularidades na
escrituração fiscal da empresa.

- Formalização da denúncia espontânea da infração fiscal perante


o fisco.

- Termo de auto-denúncia espontânea: nos casos em que o


contribuinte, antecipando-se à ação do fisco, promove a
denúncia espontânea da infração, é a comunicação prévia ao
fisco.
23
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

ACÓRDÃO 108-09.142

Órgão Julgador: 1º Conselho de Contribuintes - 8a. Câmara

Data de Publicação: 18.04.2007


Data de Julgamento: 06.12.2006

Relator: JOSÉ HENRIQUE LONGO

Presidente: DORIVAL PADOVAN


Matéria: IRPJ
Exercício: 1998

Ementa: DENÚNCIA ESPONTÂNEA - INAPLICABILIDADE DA MULTA DE MORA


- A denúncia espontânea de infração, acompanhada do pagamento do
tributo em atraso e dos juros de mora, exclui a responsabilidade do
denunciante pela infração cometida, nos termos do art. 138 do CTN, o qual
não estabelece distinção entre multa punitiva e multa de mora sendo,
portanto, inaplicável a penalidade imposta.

24
DECISÃO 16-21437 - DRJ

Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I / 14a.


Turma / DECISÃO 16-21437 em 20/05/2009

DENÚNCIA ESPONTÂNEA DA INFRAÇÃO. IMPEDIMENTO PARA A


LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO Denúncia espontânea da
infração é tida como o procedimento adotado pelo infrator que
regularize a situação que tenha configurado a infração, antes do
início de qualquer ação fiscal relacionada com a infração, hipótese
que, uma vez verificada, impede a lavratura do Auto de Infração.
REINCIDÊNCIA. EXISTÊNCIA DE DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DA
EXTINÇÃO DO CRÉDITO REFERENTE À INFRAÇÃO ANTERIOR.
APLICAÇÃO RESTRITA ÀS INFRAÇÕES COMETIDAS APÓS A DATA
DA HOMOLOGAÇÃO Reincidência é a prática de nova infração a
dispositivo da legislação por uma mesma pessoa ou por seu
sucessor, dentro de cinco anos da data em que houver passado em
julgamento administrativo a decisão condenatória ou
homologatória da extinção do crédito referente à infração anterior.
25
DECISÃO 16-21437

(...)

Em havendo decisão homologatória da extinção do crédito


referente à infração anterior, a aplicação da reincidência deve ficar
restrita às infrações cometidas após a data da homologação.
Período de apuração: : 17/09/1987 a 04/04/2005
Publicado no DOU em: 20/05/2009

26
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

Súmula CARF - Conselho Administrativo de Recursos Fiscais


nº 31:

DESCABE A COBRANÇA DE MULTA DE OFÍCIO ISOLADA EXIGIDA SOBRE


OS VALORES DE TRIBUTOS RECOLHIDOS EXTEMPORANEAMENTE, SEM
O ACRÉSCIMO DA MULTA DE MORA, ANTES DO INÍCIO DO
PROCEDIMENTO FISCAL.

27
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:

1º) A empresa recolhe todos os tributos em atraso sem a multa de


mora. Recolhimento a vista.

2º) Fazer denúncia espontânea por escrito ao fisco dizendo que


recolheu os tributos normalmente em conformidade com o artigo 138
do Código Tributário Nacional, transcrito abaixo:

“Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da


infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e
dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de
apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de
fiscalização, relacionados com a infração.”

28
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:

3º) Anexar a essa denúncia espontânea as cópias dos


comprovantes dos referidos recolhimentos.

* Uma outra questão, que se faz é a seguinte:


O fisco poderá cobrar a multa de mora ?
Sim. Nesse caso a empresa deve impugnar a cobrança via
administrativa e até via judicial, se for o caso. Única
exigência:
enquadrar-se no artigo 138 do Código Tributário Nacional, ou
seja, com base no procedimento de DENÚNCIA
EXPONTÂNEA.

29
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.
PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:
RESTITUIÇÃO - DENÚNCIA ESPONTÂNEA - PAGAMENTO DE
TRIBUTO DECLARADO EM DCTF DEPOIS DO VENCIMENTO E DA
ENTREGA DA DECLARAÇÃO - DESCABIMENTO DA MULTA DE
MORA

Segundo o art. 138 do Código Tributário Nacional, a denúncia


espontânea, acompanhada do pagamento do tributo e dos juros
de mora devidos, exclui a responsabilidade pela infração,
inclusive a penalidade decorrente do pagamento em atraso,
denominada “multa de mora”.

Jurisprudência da Câmara Superior de Recursos Fiscais e do


Superior Tribunal de Justiça. DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE
TRIBUTO PREVIAMENTE DECLARADO EM DCTF -
IRRELEVÂNCIA PARA A CONFIGURAÇÃO DO INSTITUTO,
QUANDO EFETUADA, COM O PAGAMENTO DO TRIBUTO E DOS
JUROS DE MORA, ANTES DO INÍCIO DO PROCEDIMENTO
FISCAL OU DO PROCEDIMENTO DE AUDITORIA INTERNA DAS
DCTF. 30
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:

Não desnatura o instituto da denúncia espontânea o fato de o débito


denunciado ter sido previamente comunicado ao Fisco através de DCTF,
e de o seu pagamento, em atraso, acompanhado dos juros devidos, ter
sido efetuado em data posterior ao da entrega dessa declaração,
quando efetuada a denúncia e recolhidos o tributo e os juros de mora
antes do início de qualquer procedimento de fiscalização ou iniciado o
procedimento de auditoria interna das DCTF correspondentes. Em se
tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, com relação
aos quais o lançamento, como ato jurídico constitutivo do crédito
tributário, só se consuma depois de homologada, tácita ou
expressamente, pelo Fisco, a atividade do contribuinte de apurar o
tributo devido, tem-se que, juridicamente, a apuração realizada pelo
contribuinte e a entrega da DCTF correspondente, nenhuma valia tem,
porquanto insuscetíveis de constituir o crédito tributário, o que se dá
apenas com a homologação fazendária, expressa, com a revisão da
DCTF, ou tácita, com o decurso do qüinqüênio legal. Recurso provido.
(Acórdão nº 105-16561, da 5ª Câmara do Primeiro Conselho de
Contribuintes; Data da sessão: 14/06/2007; Relator: José Clóvis Alves)
31
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:
ATENÇÃO: antes da empresa decidir sobre o recolhimento do tributo em atraso SEM a
multa de mora e COM juros selic, convém analisar o seguinte:

1.Já houve início de procedimento administrativo de fiscalização para cobrança do


tributo até a presente data (___/____/________)?
( ) SIM ( ) NÃO

2. Já houve início de procedimento de fiscalização POR ESCRITO, praticado por servidor


competente até a presente data (___/____/________)?
( ) SIM ( ) NÃO

3. A empresa foi notificada através de:

a) Intimação fiscal, via AR (correio) para pagamento do tributo ( ) SIM ( ) NÃO


b) Aviso de cobrança, via AR (correio) para pagamento do tributo ( ) SIM ( ) NÃO
c) Notificação fiscal, via AR (correio) para pagamento do tributo, ou ( ) SIM ( ) NÃO
d) houve lavratura de auto de infração ( ) SIM ( ) NÃO

4. O tributo foi declarado em obrigação acessória fiscal, como por exemplo: DCTF,
SEFIP, GFIP, DIPJ, GIA DE ICMS etc., PELO VALOR TOTAL A PAGAR?
( ) SIM ( ) NÃO

32
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:
ATENÇÃO: antes da empresa decidir sobre o recolhimento do tributo em atraso SEM a
multa de mora e COM juros selic, convém analisar o seguinte:

5. O tributo foi declarado em obrigação acessória fiscal, como por exemplo: DCTF,
SEFIP, GFIP, DIPJ, GIA DE ICMS etc., PELO VALOR PARCIAL (MENOR) ou sem valor
nenhum ou não declarou nada de valor A PAGAR PARA DEPOIS FAZER A RETIFICAÇÃO
ESPONTÂNEA?
( ) SIM ( ) NÃO

6. A empresa pretende pagar efetivamente o tributo em atraso com os juros de mora?


( ) SIM ( ) NÃO

7. Após o pagamento do tributo COM juros de mora e SEM a multa de mora, a empresa
irá posteriormente declarar o valor correto do tributo a pagar em obrigação acessória
(DCTF, GFIP, DIPJ, GIA de ICMS, etc.) ou retificar o valor a pagar, caso tenha informado
valor a menor? (ver item 5 acima).
( ) SIM ( ) NÃO

8. Resultado/conclusão:
Se os itens de n.º 1, 2, 3, e 4 forem NÃO e os itens de n.º 5, 6 e 7 forem SIM, o
procedimento está plenamente integrado ao que dispõe o artigo n.º 138 do Código
Tributário Nacional – CTN – Lei n.º 5.172/66, com base na Súmula
n.º 360 do STJ, com base na Nota Técnica COSIT n.º 1 de 18/01/2012 (Coordenação
Geral de Tributação da RFB), itens n.º 4.2, 10, 10.1, 12 e item n.º 20, alínea “b2” e a
empresa poderá fazer jus ao pagamento dos tributos em atraso SEM a multa de mora.
33
6. Denúncia espontânea no pagamento de tributos em atraso.

PROCEDIMENTOS PRÁTICOS:
ATENÇÃO: ANTES DA EMPRESA DECIDIR SOBRE O RECOLHIMENTO DO TRIBUTO
EM ATRASO SEM A MULTA DE MORA E COM JUROS SELIC, CONVÉM ANALISAR O
SEGUINTE:
INSTA SALIENTAR QUE A REFERIDA ORIENTAÇÃO LEGAL, MESMO COM BASE NA
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E TAMBÉM COM BASE NA JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVA FISCAL (ENTENDIMENTO DO FISCO), COM BASE NO
ENTENDIMENTO DA PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL (PGFN) E
TAMBÉM COM BASE NA JURISPRUDÊNCIA JUDICIAL (ENTENDIMENTO DO PODER
JUDICIÁRIO), TAL ORIENTAÇÃO NÃO PODERÁ SERVIR DE BASE PARA ATENDER E
COBRIR SITUAÇÕES E CASOS CONCRETOS ESPECÍFICOS DAS EMPRESAS E DOS
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NOS TRABALHOS OPERACIONAIS DAS EMPRESAS
OU NOS CASOS RELACIONADOS ESPECIFICAMENTE ÀS PESSOAS FÍSICAS COM
TRIBUTOS EM ATRASO E NÃO RECOMENDAMOS E NEM ACONSELHAMOS AGIR
OU DEIXAR DE AGIR COM BASE NAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NA REFERIDA
APOSTILA E ANEXOS SEM ANTES OBTER ORIENTAÇÃO E ACONSELHAMENTO
PROFISSIONAL ESPECÍFICO AO CASO CONCRETO DA EMPRESA
(ACONSELHAMENTO COM ADVOGADOS TRIBUTARISTAS, CONTADORES,
AUDITORES, RESPONSÁVEIS PELO DEPTO FISCAL E CONSULTORES). FAVOR
CONTATAR PROFISSIONAIS EXPERIENTES PARA DISCUTIR OS ASSUNTOS NO
CONTEXTO DE SUAS CIRCUNSTÂNCIAS PARTICULARES TENDO EM VISTA FATOS
OU CIRCUNSTÂNCIAS ESPECÍFICAS DE LEIS, REGULAMENTOS E DIVERSOS
ATOS NORMATIVOS DO FISCO E QUE PODEM VARIAR DE ACORDO COM O TEMPO
E VIGÊNCIA DAS RESPECTIVAS NORMAS LEGAIS. ORIENTAMOS TAMBÉM E
INSTA SALIENTAR QUE TODA A RESPONSABILIDADE SÃO DOS
ADMINISTRADORES DAS EMPRESAS, DOS SÓCIOS E DOS DIRIGENTES DAS
EMPRESAS, CONFORME PREVISTO NO CÓDIGO CIVIL, LEI N.º 10.406/02, ARTS.
1.011, 1.016 E 1.178, LEI N.º 6.404/76, ARTS. 153 E 158.
34
7. Diferença entre multa de mora (multa compensatória) e multa
punitiva (multa de ofício). Espécies de multas fiscais.

Parecer Normativo COORDENADOR DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO -


CST nº 61 de 01.01.1979

4. MULTAS FISCAIS DEDUTÍVEIS, PORQUE COMPENSATÓRIAS

4.1 - As multas fiscais ou são punitivas ou são compensatórias.


4.2 - Punitiva é aquela que se funda no interesse público de punir o
inadimplente. E a multa proposta por ocasião do lançamento. E aquela
mesma cuja aplicação é excluída pela denúncia espontânea a que se
refere o artigo 138 do Código Tributário Nacional, onde o
arrependimento, oportuno e formal, da infração faz cessar o motivo de
punir.
4.3 - A multa de natureza compensatória destina-se, diversamente,
não a afligir o infrator, mas a compensar o sujeito ativo pelo prejuízo
suportado em virtude do atraso no pagamento do que lhe era devido. E
penalidade de caráter civil, posto que comparável à indenização
prevista no direito civil. Em decorrência disso, nem a própria denúncia
espontânea é capaz de excluir a responsabilidade por esses
acréscimos, via de regra chamados moratórios.
35
8. Multa de mora e denúncia espontânea.

Para a empresa não pagar a multa de mora a empresa deverá auto


denunciar-se de forma espontânea e não se enquadrar no parágrafo
único do art. 138 do CTN.

Art. 138.A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da


infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo
devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada
pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo
dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia


apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo
ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

36
8. Multa de mora e denúncia espontânea.

ACÓRDÃO CSRF/01-04.259

Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF - Primeira Turma / ACÓRDÃO


CSRF/01-04.259 em 02.12.2002
IRPJ

DENÚNCIA ESPONTÂNEA - OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA - MULTA AFASTADA - A


denúncia espontânea da infração exclui o pagamento de qualquer penalidade,
tenha ela a denominação de multa moratória ou multa punitiva - que são a
mesma coisa -, sendo devido apenas juros de mora, que não possuem caráter
punitivo, constituindo mera indenização decorrente do pagamento fora do
prazo, ou seja, da mora, como aliás consta expressamente no artigo 138 do
CTN.

Exige-se apenas que a confissão não seja precedida de processo administrativo


ou de fiscalização tributária, por que isso lhe retiraria a espontaneidade, que é
exatamente o que o legislador tributário buscou privilegiar ao editar o artigo
138 do CTN. Recurso provido.

Por maioria de votos, DAR provimento ao recurso, vencidos os Conselheiros


Antonio de Freitas Dutra, Cândido Rodrigues Neuber, Verinaldo Henrique da
Silva, Zuelton Furtado, Mário Junqueira Franco Junior e Manoel Antonio
Gadelha Dias.
37
8. Multa de mora e denúncia espontânea.

ACÓRDÃO CSRF/01-04.259

Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF - Primeira Turma /


ACÓRDÃO CSRF/01-04.259 em 02.12.2002
IRPJ
(...)

EDISON PEREIRA RODRIGUES PRESIDENTE

Publicado no DOU em: 08.08.2003

Relator: MARIA GORETTI DE BULHÕES CARVALHO


Recorrente: METALÚRGICA GERDAU S/A
Recorrida: OITAVA CÂMARA DO PRIMEIRO CONSELHO DE
CONTRIBUINTES
Interessado: FAZENDA NACIONAL

Data de decisão: 02/12/2002


Data de publicação: 08/08/2003
38
9. FGTS em atraso é imposto ou contribuição? O instituto da denúncia
espontânea poderá também ser aplicado em relação ao FGTS?

STJ - RECURSO ESPECIAL - 2006/0037520-7 - 17/10/2006

Superior Tribunal de Justiça - STJ - T1 - PRIMEIRA TURMA

REsp 830495 / RS ; RECURSO ESPECIAL

Relator(a)Ministro FRANCISCO FALCAO (1116)Orgao Julgador


T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento17/10/2006Data da Publicaçao/FonteDJ 23.11.2006 p. 227

Ementa
FGTS. FALTA DE DEPOSITOS. EMPRESA DEVEDORA. NATUREZA JURIDICA DAS
CONTRIBUIÇOES. DIREITO TRABALHISTA. DENUNCIA ESPONTANEA.
EXCLUSAO DE MULTA DE MORA. BENEFICIO. CONCESSAO. IMPOSSIBILIDADE.
TAXA SELIC. INAPLICABILIDADE. TR E JUROS DE MORA. INCIDENCIA. I -
Conforme já assentado por esta Corte, seguindo orientaçao do Pretório
Excelso, AS CONTRIBUIÇOES DESTINADAS AO FGTS NAO POSSUEM NATUREZA
TRIBUTÁRIA, sendo forçoso concluir que as disposiçoes do CTN nao podem ser
aplicadas às questoes atinentes ao Fundo. Precedente: REsp nº 792.406/RS,
Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 06/02/2006.

39
9. FGTS em atraso é imposto ou contribuição? O instituto da denúncia
espontânea poderá também ser aplicado em relação ao FGTS?

STJ - RECURSO ESPECIAL - 2006/0037520-7 - 17/10/2006

II - NAO É POSSÍVEL A CONCESSAO DO BENEFÍCIO


DA DENÚNCIAESPONTÂNEA (ART. 138 DO CTN) À RECORRENTE, PORQUANTO
TAL BENESSE, QUE ACARRETA O AFASTAMENTO DA MULTA DE MORA, SÓ PODE
SER ASSEGURADA QUANDO SE TRATAR DE OBRIGAÇOES TRIBUTÁRIAS, O QUE
NAO É O CASO DOS DÉBITOS DO FGTS, DEVENDO SER MANTIDO O JULGADO
NO CAPÍTULO QUE ENTENDEU DEVIDA A MULTA MORATÓRIA. III - Ainda que as
verbas discutidas nos autos fossem de natureza tributária, a hipótese nao
comportaria o benefício dadenúncia espontânea, visto que o STJ já pacificou o
entendimento de que essa dádiva nao é cabível no caso de parcelamento do
débito tributário. Precedentes: REsp nº 628.074/MG, Rel. Min. FRANCIULLI
NETTO, DJ de 25/04/2005 e AGA nº 363.912/RS, Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE
BARROS, DJ de 01/09/2003. IV - A taxa SELIC nao tem aplicaçao na hipótese,
porquanto há previsao legal apenas para que incida sobre tributos federais,
consoante o previsto no art. 13, da Lei nº 9.065/95, nao se aplicando às
contribuiçoes do FGTS, que conforme assinalado, nao têm natureza tributária,
merecendo reforma o julgado recorrido neste particular. V - Os débitos perante
o FGTS possuem disciplina própria de atualizaçao monetária e de cobrança de
juros moratórios, prevista na Lei nº 8.036/90, prescrevendo o mencionado
diploma legal que sobre tais valores deve incidir a TR e juros de mora à razao
de 0,5% ao mês, critérios que se adotam no caso em tela, conforme restou
fixado na sentença.
40
9. FGTS em atraso é imposto ou contribuição? O instituto da denúncia espontânea poderá
também ser aplicado em relação ao FGTS?

STJ - RECURSO ESPECIAL - 2006/0037520-7 - 17/10/2006

VI - Recurso especial provido parcialmente.AcórdaoVistos e relatados os autos em que sao


partes as acima indicadas, prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro
LUIZ FUX, decide a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, dar
parcial provimento ao recurso especial, na forma do relatório e notas taquigráficas
constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Os Srs.
Ministros LUIZ FUX (voto-vista), TEORI ALBINO ZAVASCKI e DENISE ARRUDA votaram com o
Sr. Ministro Relator. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro JOSÉ DELGADO.Resumo
EstruturadoINAPLICABILIDADE, BENEFICIO, DENUNCIA ESPONTANEA, COM, OBJETIVO,
AFASTAMENTO, MULTAMORATORIA / HIPOTESE, COBRANÇA, CRÉDITO,FGTS; OCORRENCIA,
PARCELAMENTO, DÉBITO/ OBSERVANCIA, JURISPRUDENCIA, STJ, ENTENDIMENTO,
INAPLICABILIDADE, CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL, EM, MATÉRIA, REFERENCIA, FGTS,
MOTIVO, CARACTERIZAÇAO, MATÉRIA, NATUREZA TRABALHISTA, E, NAO, CONTRIBUIÇAO,
NATUREZA TRIBUTARIA;APLICABILIDADE, DENUNCIA ESPONTANEA, APENAS, EM,
OBRIGAÇAO TRIBUTARIA;IMPOSSIBILIDADE, APLICAÇAO, BENEFICIO, DENUNCIA
ESPONTANEA, APOS, PARCELAMENTO, DÉBITO. INAPLICABILIDADE, TAXA SELIC, COMO,
INDICE, CORREÇAO MONETARIA, SOBRE, DÉBITO, EMPREGADOR, COM,
FGTS / DECORRENCIA, APLICAÇAO, LEI FEDERAL, 1995, DETERMINAÇAO, INCIDENCIA, TAXA
SELIC, APENAS, SOBRE, TRIBUTO FEDERAL.

41
9. FGTS em atraso é imposto ou contribuição? O instituto da denúncia
espontânea poderá também ser aplicado em relação ao FGTS?

STJ - RECURSO ESPECIAL - 2006/0037520-7 - 17/10/2006

INCIDENCIA, TR, COM, JUROS DE MORA, SOBRE, DÉBITO, EMPREGADOR, COM,


FGTS /IRRELEVANCIA, ALEGAÇAO, INCONSTITUCIONALIDADE, OU,
ILEGALIDADE, TR /DECORRENCIA, OBSERVANCIA, ENTENDIMENTO, STF,
RECONHECIMENTO, VALIDADE, TR, PARA, CORREÇAO MONETARIA, VALOR,
DÉBITO, COM, AFASTAMENTO, APLICAÇAO, APENAS, CONTRATO, ANTERIOR,
LEI FEDERAL, 1991;APLICAÇAO, LEI FEDERAL, 1990, DETERMINAÇAO,
APLICAÇAO, TR, E, JUROS DE MORA, SOBRE, DÉBITO, FGTS.Entenda o uso
da barra e do ponto e vírgula.
Referência LegislativaLEG:FED CFB:****** ANO:1988 ***** CF-1988
CONSTITUIÇAO FEDERAL DE 1988 ART:00007 INC:00003
LEG:FED LEI:009065 ANO:1995 ART:00013
LEG:FED LEI:008036 ANO:1990 ART:00022 PAR:00001
LEG:FED LEI:008177 ANO:1991
Veja(INAPLICABILIDADE - CTN - FGTS) STJ - RESP 792406-RS (DENUNCIA
ESPONTANEA - PARCELAMENTO DO DÉBITO) STJ - RESP 628074-MG, AGRG NO
AG 363912-RS (VALIDADE DA TR) STF - AI-AGR 560256/DF (FGTS - NATUREZA
TRABALHISTA) STJ -RESP 792406-RS

42
10. Empresa ainda está pagando parcelamento de tributos, que foi
pedido de forma espontânea:
É possível questionar a multa de mora do parcelamento?

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO


DE 1.966

Art. 155-A.

§ 1º Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito


tributário não exclui a incidência de juros e multas.

OBS. 1: O caput e o parágrafo primeiro foram acrescentados pela Lei


Complementar N.º 104 de 10/01/2001

OBS. 2: Débitos tributários até fatos geradores de 09/01/2001 antes


do art. 155-A do CTN versus Débitos Tributários, fatos geradores a
partir de 10/01/2001.

43
11. É possível recuperar na via judicial, a multa de mora de tributos
paga de forma espontânea nos últimos cinco anos?

- Entendemos que sim, pois é um direito subjetivo dos contribuintes,


pois foi exteriorizada a confissão espontânea da infração.
-Entendemos que a Lei Complementar n.º 104/01 que inseriu a letra
“A” ao artigo 155 do CTN, não contempla qualquer cláusula de
revogação e nem de substituição do artigo 138 do mesmo diploma
legal.
Portanto não houve nenhuma inovação supervelmente em relação ao
artigo 138.
- Entendemos que o artigo 138 tem o caráter de natureza “muito
especial”, cujo objetivo é premiar o contribuinte que pratica a
denúncia espontânea, antes de um procedimento do fisco.

44
12. Os efeitos da denúncia espontânea: exclusão da responsabilidade penal,
exclusão de qualquer pretensão punitiva;

LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996.

Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a
ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro
de 1990, e aos crimes contra a Previdência Social, previstos nos arts. 168-A e
337-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será
encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na
esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário
correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 2010).

§ 1o Na hipótese de concessão de parcelamento do crédito tributário, a


representação fiscal para fins penais somente será encaminhada ao Ministério
Público após a exclusão da pessoa física ou jurídica do parcelamento. (Incluído
pela Lei nº 12.382, de 2011).
§ 2o É suspensa a pretensão punitiva do Estado referente aos crimes
previstos no caput, durante o período em que a pessoa física ou a pessoa
jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no
parcelamento, desde que o pedido de parcelamento tenha sido formalizado
antes do recebimento da denúncia criminal. (Incluído pela Lei nº 12.382, de
2011).
§ 3o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da
pretensão punitiva. (Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).
45
12. Os efeitos da denúncia espontânea: exclusão da responsabilidade
penal, exclusão de qualquer pretensão punitiva;

LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996.

Art. 83.

§ 4o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos


no caput quando a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com
o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de
tributos, inclusive acessórios, que tiverem sido objeto de concessão
de parcelamento. (Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).
§ 5o O disposto nos §§ 1o a 4o não se aplica nas hipóteses de
vedação legal de parcelamento. (Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).
§ 6o As disposições contidas no caput do art. 34 da Lei no 9.249,
de 26 de dezembro de 1995, aplicam-se aos processos
administrativos e aos inquéritos e processos em curso, desde que
não recebida a denúncia pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 12.382, de
2011).

46
12. Os efeitos da denúncia espontânea: exclusão da responsabilidade
penal, exclusão de qualquer pretensão punitiva;

Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995

Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei nº


8.137, de 27 de dezembro de 1990, e na Lei nº 4.729, de 14 de julho de
1965, quando o agente promover o pagamento do tributo ou
contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da
denúncia.
§ 1º (VETADO)
§ 2º (VETADO)

47
13. Entendimento do fisco (Administrativo Fiscal sobre denúncia
espontânea);

Ver anexo n.º 2 – vamos analisar diversas Decisões Administrativas


Fiscais – entendimento do Fisco (Administrativo Fiscal).

48
13. Entendimento do fisco (Administrativo Fiscal sobre denúncia espontânea);

Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009 - DOU de 23.6.2009

Aprova o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e dá


outras providências.
Retificado no DOU de 26/06/2009, Seção 1, pág. 23.
Alterada pela Portaria MF nº 446, de 27 de agosto de 2009.
Alterada pela Portaria MF nº 586, de 21 de dezembro de 2010.
Alterada pela Portaria MF nº 226, de 11 de abril de 2011.

O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos
II e IV do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal e o art. 4º do Decreto nº 4.395,
de 27 de setembro de 2002, e tendo em vista o disposto nos arts. 25 e 49, § 3º da Lei nº
11.941, de 27 de maio de 2009, e nos arts. 32 e 43 do Anexo I do Decreto nº 6.764, de 10 de
fevereiro de 2009, resolve:

CAPÍTULO I

DO REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

Art. 1º Fica aprovado o Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais


(CARF), na forma dos Anexos a esta Portaria:

49
13. Entendimento do fisco (Administrativo Fiscal sobre denúncia espontânea);

Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009 - DOU de 23.6.2009

Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de julgamento do CARF afastar a aplicação
ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de
inconstitucionalidade.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado, acordo
internacional, lei ou ato normativo:

I - que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão plenária definitiva do Supremo
Tribunal Federal; ou

II - que fundamente crédito tributário objeto de:

a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda


Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002;

b) súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar nº 73, de


1993; ou

c) parecer do Advogado-Geral da União aprovado pelo Presidente da República, na forma


do art. 40 da Lei Complementar nº 73, de 1993.

50
13. Entendimento do fisco (Administrativo Fiscal sobre denúncia espontânea);

Portaria MF nº 256, de 22 de junho de 2009 - DOU de 23.6.2009

Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal


Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na
sistemática prevista pelos artigos 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 11 de
janeiro de 1973, Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos
conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. (Incluído pela
Portaria MF nº 586, de 21 de dezembro de 2010)

§ 1º Ficarão sobrestados os julgamentos dos recursos sempre que o STF


também sobrestar o julgamento dos recursos extraordinários da mesma
matéria, até que seja proferida decisão nos termos do art. 543-B.

§ 2º O sobrestamento de que trata o § 1º será feito de ofício pelo relator ou por


provocação das partes.

51
14. Entendimento do judiciário sobre denúncia espontânea;

Ver anexo n.º 3 – analisar diversas Decisões Judiciais – Entendimento


Judiciário

52
15. As sanções tributárias podem ser transferidas ao sucessor ou
responsável? É possível a aplicação da denúncia espontânea pelo
sucessor ou responsável?

Casos de:

-Sucessão Empresarial (incorporação, cisão ou fusão).

- Aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento comercial.

- Transformação do tipo societário (S/A em Ltda. ou LTD em S/A).

Ver anexo 4 – analisar diversas Decisões Administrativas Fiscais –


entendimento do Fisco (administração Fiscal).

Ver também anexo n.º 5 – analisar diversas Decisões Judiciais –


entendimento do Judiciário.

53
15. As sanções tributárias podem ser transferidas ao sucessor ou
responsável? É possível a aplicação da denúncia espontânea pelo
sucessor ou responsável?

SÚMULAS CONSOLIDADAS DO CARF – CONSELHO ADMINISTRATIVO


DE RECURSOS FISCAIS

Súmula CARF nº 47: Cabível a imputação da multa de ofício à


sucessora, por infração cometida pela sucedida, quando provado que
as sociedades estavam sob controle comum ou pertenciam ao
mesmo grupo econômico.

54
16. Saída de sócios X tributos provisionados;

- Na saída de um dos sócios da empresa, os valores de tributos em


discussão administrativa e/ou judicial deverão ser deduzidos dos
lucros ou do acervo patrimonial a ser transferido ao sócio?

CÓDIGO CIVIL DO BRASIL


Lei nº 10.406 de 10.01.2002

Art. 1.003.A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente


modificação do contrato social com o consentimento dos demais
sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.

Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do


contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário,
perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como
sócio.

- Ver anexo n.º 6 – “Contabilização de obrigações, provisões e


contingências”.

55
16. Saída de sócios X tributos provisionados;

CÓDIGO CIVIL - LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.

Seção V
Da Resolução da Sociedade em Relação a um Sócio

Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a


um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante
efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em
contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da
resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os
demais sócios suprirem o valor da quota.
§ 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa
dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual
em contrário.

Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a


seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais
anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade;
nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo,
enquanto não se requerer a averbação. 56
17. Multas Fiscais X Empresa Inativa

Processo de Consulta nº 105/04


Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 10a. RF

Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário

Ementa: PESSOA JURÍDICA INATIVA. ALCANCE DO CONCEITO. O


pagamento de multas relativas ao descumprimento de obrigações
acessórias descaracteriza a inatividade da pessoa jurídica no ano-
calendário, por restar comprovada a correspondente mutação
patrimonial.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.779, de 1999, art. 16; IN SRF nº 145,


de 2002, art. 2º; IN SRF nº 308, de 2003, art. 2º; IN SRF nº 401, de
2004, art. 2º.

VERA LÚCIA RIBEIRO CONDE - CHEFE

Data de decisão: 30/04/2004


Data de publicação: 25/05/2004
57
18. Multas entre Pessoa Jurídica de Direito Público: Não Aplicável.

Processo de Consulta nº 1/00


Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 6a. RF

Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário

Ementa: MULTA DE MORA.Há inaplicabilidade de multas entre


pessoas jurídicas de direito público. Cabe, entre essas, a exigência
de juros e correção monetária, por não se revestirem estes de caráter
de penalidade.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Parecer CGR nº L-038/1974.

DÉCIO LIMA JARDIM - Chefe da Divisão

Data de decisão: 13/01/2000


Data de publicação: 27/11/2000

58
19. Multa fiscal moratória nos casos de falência.

SÚMULA Nº 13, DE 19 DE ABRIL DE 2002 (*) (**) (Advocacia-Geral da União -


AGU)

Republicada no DOU de 08/02, 09/02 e 12/02/2007

"A multa fiscal moratória, por constituir pena administrativa, não se inclui no
crédito habilitado em falência regida pela legislação anterior à Lei nº 11.101,
de 9 de fevereiro de 2005."

REFERÊNCIAS:
Legislação: Lei nº 11.101, de 9.2.2005 (art. 83, VII, e 192), e Decreto nº 6.042,
de 12.2.2007 (altera o art. 239, § 9º, do Decreto nº 3.048, de 6.5.1999).

Jurisprudência: Supremo Tribunal Federal: Súmula N° 565. Superior Tribunal de


Justiça: EREsp 208.107/PR, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins (Primeira
Seção); REsp 255.678/SP, 312.534/RS, Rel. Min. Milton Luiz Pereira e AGREsp
422.760/PR, Rel. Min. Francisco Falcão (Primeira Turma); REsp 235.396/SC, Rel.
Min. Francisco Peçanha Martins e 315.912/RS, Rel. Min. Castro Meira, AG
347.496/RS, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins (Segunda Turma).

(*) Redação alterada pelo Ato de 06 de fevereiro de 2007.

59
PASTA “B”
JUROS SELIC

60
1. Os juros selic são legais?

JUROS SELIC NOS DÉBITOS FISCAIS

Inconstitucionalidade da cobrança dos Juros Selic sobre Débitos


Tributários Federais. Os Juros Selic é uma taxa de remuneração do
capital, e por isso a sua cobrança é ilegal. A Constituição Federal, o
Código Tributário Nacional e a Legislação Civil estabeleceram como
limite máximo para cobrança de juros a taxa de 1% ao mês.
Constituição Federal art. 192, § 3º (revogado pela Emenda
Constitucional nº 40/2003).
Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172/66 – art. 161.

Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é


acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da
falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da
aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou
em lei tributária.
§ 1º SE A LEI NÃO DISPUSER DE MODO DIVERSO, OS JUROS DE
MORA SÃO CALCULADOS À TAXA DE UM POR CENTO AO MÊS.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta
formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do
crédito. 61
1. Os juros selic são legais?

Processo:

REsp 215881 PR 1999/0045345-0


Relator(a):
Ministro FRANCIULLI NETTO
Julgamento:
24/09/2002
Órgão Julgador:
T2 - SEGUNDA TURMA
Publicação:
DJ 30/06/2003 p. 163
REPDJ 12/08/2003 p. 206

Ementa
RECURSO ESPECIAL. FAZENDA NACIONAL. EMPRÉSTIMO
COMPULSÓRIO SOBRE AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS. REPETIÇÃO
DE INDÉBITO. TAXA SELIC. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE
NÃO CONHECIDO. ILEGALIDADE. POSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO.

(...)
Obs.: Ver anexo n.º 17 – Decisão na íntegra. 62
1. Os juros selic são legais?

A Taxa SELIC para fins tributários é, a um tempo, inconstitucional e ilegal.


Como não há pronunciamento de mérito da Corte Especial deste egrégio
Tribunal que, em decisão relativamente recente, não conheceu da argüição de
inconstitucionalidade correspectiva (cf. Incidente de Inconstitucionalidade
nestes autos), permanecendo a mácula também na esfera infraconstitucional,
nada está a empecer seja essa indigitada taxa proscrita do sistema e
substituída pelos índices oficiais de correção monetária. A utilização da Taxa
SELIC como remuneração de títulos é perfeitamente legal, pois toca ao BACEN
e ao Tesouro Nacional ditar as regras sobre os títulos públicos e sua
remuneração. Nesse ponto, nada há de ilegal ou inconstitucional. A balda
exsurge quando se transplantou a Taxa SELIC, sem lei, para o terreno
tributário. Determinando a lei, sem mais esta ou aquela, a aplicação da Taxa
SELIC em tributos, sem precisa determinação de sua exteriorização quântica,
escusado obtemperar que mortalmente feridos de frente se quedam os
princípios tributários da legalidade, da anterioridade e da segurança jurídica.
Fixada a Taxa SELIC por ato unilateral da Administração, além desses
princípios, fica também vergastado o princípio da indelegabilidade de
competência tributária. Afastada a aplicação da Taxa SELIC, deve incidir, em
substituição, a correção monetária pelos coeficientes oficiais, pois esta
representa apenas a atualização do valor real do débito, corroído pela inflação.
A esse respeito, é orientação pacífica no Documento: 557620 - EMENTA /
ACORDÃO - Site Certificado- DJ: 12/08/2003 Página 1 de 2 âmbito desta Corte
que a partir da vigência da Lei n. 8.383/91, a correção monetária na repetição
de indébito deve ser feita pela UFIR. Recurso especial provido.
63
2. O instituto da denúncia espontânea poderá também ser
aplicado para os juros de mora?

Entendemos que independe do procedimento da denúncia


espontânea.

Entendemos também não aplicável o art. 138 do CTN para o caso dos
juros Selic, pois o procedimento independe se espontâneo ou não.

64
3. É possível pagar os tributos em atraso sem os juros selic?

Sim, porém somente através de medida judicial.

ATENÇÃO: Junho de 2007 a fevereiro/2014, praticamente em quase


todos os meses o percentual dos juros selic foi inferior a 1% ao mês.

65
3. É possível pagar os tributos em atraso sem os juros selic?

SÚMULAS CONSOLIDADAS DO CARF – CONSELHO ADMINISTRATIVO


DE RECURSOS FISCAIS

SÚMULA CARF Nº 4: A partir de 1º de abril de 1995, os juros


moratórios incidentes sobre débitos tributários administrados pela
Secretaria da Receita Federal são devidos, no período de
inadimplência, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
Custódia - SELIC para títulos federais.

SÚMULA CARF Nº 5: São devidos juros de mora sobre o crédito


tributário não integralmente pago no vencimento, ainda que suspensa
sua exigibilidade, salvo quando existir depósito no montante integral.

66
4.1 Parcelamento de tributos: É possível pagar sem os juros selic?
Resposta: Sim, porém somente através de medida judicial.

4.2. E no caso de parcelamento de tributos (como por exemplo, ICMS, ISS etc.) em que é
cobrado juros acima da Selic, é legal?
Resposta: Não é legal. Ver Ação Direta de Inconstitucionalidade STF 442 (1) - ICMS -
ÍNDICE CORREÇÃO MONETÁRIA - PAGAMENTO EM ATRASO - FIXAÇÃO PELOS ESTADOS -
LEGALIDADE

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - PLENÁRIO

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 113 DA LEI N. 6.374, DE 1º


DE MARÇO DE 1.989, DO ESTADO DE SÃO PAULO. CRIAÇÃO DA UNIDADE FISCAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO - UFESP. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA PELO ÍNDICE DE PREÇO AO
CONSUMIDOR - IPC. UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO COMO FATOR DE
ATUZALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS. ARTIGO 24, INCISO I, DA CONSTITUIÇÃO
DO BRASIL. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. INTERPRETAÇÃO CONFORME À
CONSTITUIÇÃO.

4. Pedido julgado parcialmente procedente para conferir interpretação conforme ao artigo


113 da Lei n. 6.374/89 do Estado de São Paulo, de modo que o valor da UFESP não exceda o
valor do índice de correção dos tributos federais.

Obs.: Ver também Processo de ICMS-SP DRT 06 172486/2010 e DRT 6-303544/2010, ambos
referente TIT-SP, sendo que o Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo reconheceu o
direito dos contribuintes que reclamam das altas taxas de juros acima da Selic sobre os
débitos de ICMS. 67
5. Os juros selic se aplicam também ao FGTS em atraso?

Sim.

68
6. Créditos Tributários – Decisão Judicial – Juros Selic –
Compensação tributária

Processo de Consulta nº 180/03


Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 6a. RF
Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário

Ementa: COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS


Os créditos tributários reconhecidos por decisão judicial transitada
em julgado poderão ser atualizados a partir de 1º de janeiro de 1996
pela aplicação de juros Selic até a compensação do débito.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.249/1995, art. 39, § 4º e IN-SRF n º


210/2002, art. 37, § 4º.

Data de decisão: 08/10/2003


Data de publicação: 05/12/2003

69
6. Créditos Tributários – Decisão Judicial – Juros Selic – Compensação
tributária

Processo de Consulta nº 71/04


Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 4a. RF
Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário

Ementa: COMPENSAÇÃO DE CRÉDITO


Os créditos de PIS reconhecidos por decisão judicial transitada em julgado
poderão ser utilizados para compensação com outros tributos e contribuições
administrados pela Secretaria da Receita Federal, podendo esses créditos
serem atualizados a partir de 1º de janeiro de 1996 pela aplicação de juros
Selic até a compensação do débito.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.249/1995, art. 39, § 4º e IN/SRFnº 210/2002, art.


37, § 4º.

FRANCISCO PAWLOW - Chefe

(*) Republicada por ter saído incorreção, do original, no D.O.U. de 12-3-2004,


Seção 1, págs. 15 a 16.

Data de decisão: 05/03/2004


Data de publicação: 22/03/2004
70
6. Créditos Tributários – Decisão Judicial – Juros Selic –
Compensação tributária

Processo de Consulta nº 4/00


Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 3a. RF
Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário

Ementa: RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA.

Desde que não decaído o direito de formular o pleito, os valores


pagos indevidamente no período compreendido entre 01.01.1988 a
31.12.1991, serão corrigidos até 31.12.1995, para efeito de
restituição ou compensação, na forma da NE COSIT/COSAR nº 8/1997;
os valores pagos indevidamente entre 01.01.1992 e 31.12.1995 serão
corrigidos pela UFIR; a partir de 01.01.1996, incidirão juros
equivalentes à taxa SELIC, acumulada mensalmente, até o mês
anterior ao da restituição ou compensação, e de um por cento
relativamente ao mês em que for realizado o evento.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.250/1995, art. 39, § 4º; Lei nº 8.383,


art. 66, § 3º; NE COSIT/COSAR nº 8/1997.

71
6. Créditos Tributários – Decisão Judicial – Juros Selic – Compensação
tributária

Processo de Consulta nº 4/00


(...)
Outros Tributos ou Contribuições
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO.
DECADÊNCIA.
Extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos, contados da data da
extinção do crédito tributário, o direito de pleitear a restituiçãoou a
compensação da parcela relativa ao FINSOCIAL exigida das empresas
exclusivamente vendedoras de mercadorias e mistas, com fundamento no art.
9º da Lei nº 7.689, de 1988, na alíquota superior a 0,5% (meio por cento),
conforme Leis nº 7.787, de 30 dejunho de 1989, 7.894, de 24 de novembro de
1989, e 8.147, de 28 de dezembro de 1990, acrescida do adicional de 0,1% (um
décimo por cento) sobre os fatos geradores relativos ao exercício de 1988, nos
termos do art. 22 do Decreto-lei nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.430/1996, art. 74; Decreto nº 2.138/1997; MP nº


1.973-58/2000, art. 18, inciso III; MP nº. 1.621-36/1998; MP nº 1.212/1995; IN SRF
nº 6/2.000; IN SRF nº 73/1997; IN SRF nº 21/1997; AD SRF nº 96/1999.

PAULO DE TARSO MIRANDA DE LACERDA - Superintendente

Data de decisão: 16/02/2000


Data de publicação: 04/04/200
72
7. Juros Selic – Compensação Tributária – Juros Simples

Processo de Consulta nº 340/07


Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 9a. RF

Assunto: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO COMPENSAÇÃO.


JUROS SELIC. CÁLCULO.
Ementa: Para efeito de cálculos relativos à compensação de tributos
ou contribuições administrados pela SRF, os juros equivalentes à taxa
Selic são computados de acordo com o regime de juros simples.

Dispositivos Legais: Lei nº 9.430/1996, arts. 61, § 3º e 74;


Lei nº 9.250/1995, art. 39, § 4º; Lei nº 9.532/1997, art. 73 e Instrução
Normativa SRF nº 600/2005, arts. 28 e 52, II e § 1º.
MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI - Chefe da Divisão

Data de decisão: 20/09/2007


Data de publicação: 02/10/2007

73
PASTA “C”
CONTABILIZAÇÃO DA MULTA DE
MORA, DA MULTA FISCAL E DOS JUROS
DE MORA E OS REFLEXOS CONTÁBEIS,
TRIBUTÁRIOS E SOCIETÁRIOS

74
1. A multa de mora, a multa punitiva e os juros de mora são
dedutíveis para fins de apuração do Lucro Real?

Ver no anexo n.º 7 a íntegra do Parecer Normativo da Coordenação do


Sistema de tributação n.º 61/79

75
1. A multa de mora, a multa punitiva e os juros de mora são dedutíveis para
fins de apuração do Lucro Real?

Processo de Consulta nº 50/00


Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 6a. RF
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

Ementa: SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE

Não são dedutíveis na formação do lucro real os valores provisionados


correspondentes a multa de mora e juros SELIC de débitos cuja exigibilidade
esteja suspensa por medida liminar em mandado de segurança.O benefício de
se permitir o pagamento de débitos tributários, cuja cobrança estava suspensa
por medida judicial, sem a cobrança de multa de mora quando o pagamento for
feito até 30 dias após publicação da decisão judicial que considerar devido o
imposto, não se estende aos juros de mora.

DISPOSITIVOS LEGAIS: RIR/1999, art. 344 e 951.

CIBELE MARGARIDA DE PAULA - Chefe da Divisão

Data de decisão: 22/03/2000


Data de publicação: 27/11/2000

76
2. A multa de mora e os juros de mora devem ou podem ser
contabilizados pelo regime de competência? São dedutíveis no Lucro
Real?

Lei 6.404/76 - Lei nº 6.404 de 15.12.1976

Art. 184.No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de


acordo com os seguintes critérios:

I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis,


inclusive imposto de renda a pagar com base no resultado do
exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do
balanço;

II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade


cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em
vigor na data do balanço;

III - as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo


não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os
demais ajustados quando houver efeito relevante. 77
2. A multa de mora e os juros de mora devem ou podem ser
contabilizados pelo regime de competência? São dedutíveis no Lucro
Real?

Lei 6.404/76 - Lei nº 6.404 de 15.12.1976

Art. 187 (...)

VII. (...)

§ 1º - Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período,


independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,


correspondentes a essas receitas e rendimentos.

78
2. A multa de mora e os juros de mora devem ou podem ser
contabilizados pelo regime de competência? São dedutíveis no Lucro
Real?

Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999

Subseção IX
Tributos e Multas por Infrações Fiscais

Art. 344. Os tributos e contribuições são dedutíveis, na determinação


do lucro real, segundo o regime de competência (Lei nº 8.981, de
1995, art. 41).

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica aos tributos e


contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos dos
incisos II a IV do art. 151 da Lei nº 5.172, de 1966, haja ou não
depósito judicial (Lei nº 8.981, de 1995, art. 41, § 1º).

§ 2º Na determinação do lucro real, a pessoa jurídica não poderá


deduzir como custo ou despesa o imposto de renda de que for sujeito
passivo como contribuinte ou como responsável em substituição ao
contribuinte (Lei nº 8.981, de 1995, art. 41, § 2º). 79
2. A multa de mora e os juros de mora devem ou podem ser contabilizados
pelo regime de competência? São dedutíveis no Lucro Real?

Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999

Art. 344. (...)

§ 3º A dedutibilidade, como custo ou despesa, de rendimentos pagos ou


creditados a terceiros abrange o imposto sobre os rendimentos que o
contribuinte, como fonte pagadora, tiver o dever legal de reter e recolher, ainda
que assuma o ônus do imposto (Lei nº 8.981, de 1995 , art. 41, § 3º).

§ 4º Os impostos pagos pela pessoa jurídica na aquisição de bens do ativo


permanente poderão, a seu critério, ser registrados como custo de aquisição
ou deduzidos como despesas operacionais, salvo os pagos na importação de
bens que se acrescerão ao custo de aquisição (Lei nº 8.981, de 1995, art. 41,
§ 4º).

§ 5º Não são dedutíveis como custo ou despesas operacionais as multas por


infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória e as impostas por
infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo
(Lei nº 8.981, de 1995, art. 41, § 5º).

80
2. A multa de mora e os juros de mora devem ou podem ser contabilizados
pelo regime de competência? São dedutíveis no Lucro Real?

Despacho de Aprovação Cosit nº 11

Solução de Consulta Interna Cosit nº 9


Data da publicação: 26 de junho de 2012
Assunto: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ
O § 1º do art. 41 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, revogou de forma
não expressa o art. 8º da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, pois tratou
da mesma matéria (indedutibilidade de tributos e contribuições com
exigibilidade suspensa nos termos do art. 151 do CTN) de forma diferente.
Não é admissível a dedutibilidade do tributo, na hipótese de concessão de
medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial
(art. 151, inciso V, do CTN), pelo regime de competência, por se tratar de uma
provisão. Na hipótese de parcelamento (art. 151, inciso VI, do CTN), a
dedutibilidade do tributo ocorre pelo regime de competência.
Os juros moratórios correspondentes à variação mensal da Taxa de Juros de
Longo Prazo - TJLP referentes ao Parcelamento Excepcional - Paex, instituído
pela Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006, são dedutíveis na
apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL pelo regime de competência.

81
2. A multa de mora e os juros de mora devem ou podem ser
contabilizados pelo regime de competência? São dedutíveis no Lucro
Real?

Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999

Art. 344. (...)

§ 6º A partir de 1º de janeiro de 1997, o valor da Contribuição Social


sobre o Lucro Líquido - CSLL, não poderá ser deduzido para efeito de
determinação do lucro real (Lei nº 9.316, de 1996, art. 1º).

OBS.: Ver o anexo n.º 7 – PN CST n.º 61/79

82
3. A empresa está questionando com o fisco ou judicialmente a cobrança da
multa de mora e dos juros de mora: A empresa poderá contabilizar como
despesa dedutível pelo regime de competência?

LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.

CAPÍTULO III
Suspensão do Crédito Tributário
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das
obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
suspenso, ou dela conseqüentes.

83
3. A empresa está questionando com o fisco ou judicialmente a
cobrança da multa de mora e dos juros de mora: A empresa poderá
contabilizar como despesa dedutível pelo regime de competência?

- Ver anexo n.º 8 – Planilha prática de tributos em discussão


administrativa ou judicial.

84
4. A empresa poderá distribuir lucros aos sócios ou acionistas
mesmo devendo tributos? E se estiver discutindo os tributos com o
fisco ou no judiciário, poderá distribuir os lucros aos sócios?

Lucros acumulados - distribuir aos sócios, AFAC (Adiantamento para Futuro


Aumento de Capital – Ver PN-CST nº 23/81), crédito no passivo ou
capitalização: o que é melhor para a empresa e para os sócios ou acionistas

a) Distribuição de lucros em dinheiro.

b) Distribuição de lucros com bens do ativo da empresa.


Obs.: Ver art. 238 do RIR/99 – Devolução de capital em bens e direitos pelo
valor contábil.

c) Distribuição de lucros via transferência contábil para conta-corrente dos


sócios ou acionistas do passivo não-circulante.

d) Distribuição de lucros via Adiantamento para Futuro Aumento de Capital –


AFAC – PN CST nº 23/81.

- Ver Resolução CFC nº 1.159/09, itens 68 e 69.

85
4. A empresa poderá distribuir lucros aos sócios ou acionistas
mesmo devendo tributos? E se estiver discutindo os tributos com o
fisco ou no judiciário, poderá distribuir os lucros aos sócios?

RESOLUÇÃO CFC Nº
Nº.. 1.255
255//09

Distribuição de lucros
32.8 Se a entidade declarar dividendos ou outra forma de distribuição de
lucros aos detentores dos seus títulos patrimoniais após o encerramento do
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, a entidade não
deve reconhecer esses dividendos ou distribuições de lucro como passivo ao final
daquele período. Os valores dos dividendos ou distribuições do lucro podem ser
apresentados como componente separado dos lucros ou prejuízos acumulados ao
final desse período.

- Contabilizar todas as receitas, custos e despesas pelo regime de competência.

- Lucro Contábil X Lucro Tributável dependendo do regime adotado pela empresa.


Obs.: Dependendo o caso, expurgar os efeitos do RTT. (IN-RFB nº 949/09).

- Lucro Contábil maior em relação ao Lucro Tributável: Isenção de IRRF e na


declaração anual dos sócios. Lei nº 9.249/95, art. 10.

86
4. A empresa poderá distribuir lucros aos sócios ou acionistas
mesmo devendo tributos? E se estiver discutindo os tributos com o
fisco ou no judiciário, poderá distribuir os lucros aos sócios?

RIR/99 - DECRETO Nº 3.000, DE 26 DE MARÇO DE 1999, Art. 39

Art. 39. Não entrarão no cômputo do rendimento bruto: IRPF

XXVII - os lucros efetivamente recebidos pelos sócios, ou pelo titular de empresa


individual, até o montante do lucro presumido, diminuído do imposto de renda da
pessoa jurídica sobre ele incidente, proporcional à sua participação no capital
social, ou no resultado, se houver previsão contratual, apurados nos anos-
calendário de 1993 e 1994 (Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, art. 20)

Art. 662. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a
partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro presumido, não estão sujeitos à incidência do
imposto na fonte, nem integram a base de cálculo do imposto de renda do
beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País (Lei nº 9.249, de 1995,
art. 10).
87
4. A empresa poderá distribuir lucros aos sócios ou acionistas
mesmo devendo tributos? E se estiver discutindo os tributos com o
fisco ou no judiciário, poderá distribuir os lucros aos sócios?

LUCROS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS OU ACIONISTAS:


IRRF E ISENÇÃO

Qual ou quais Lucros abaixo incide I.R.F. na efetiva Distribuição aos


Sócios ou Acionistas, no sistema de Lucro Real Trimestral ou
Anual e no Lucro Presumido.

Lei 9.249/95, art. 10. I.N. 11/96, art. 51; I.N. 93/97, art. 48.

Empresa Lucro Real tem em separado os seguintes Lucros:


Até 88. *RIR/94 art. 727 = IRF 25%
89 a 92 RIR/99 art. 660 = IRF 0
93 RIR/99 art. 659 = IRF isento.
94 e 95 Lei 8.849/94 art. 2º = IRF 15% ver RIR/99 art.
655.
96 a 2014 Lei 9.249/95 art. 10 = IRF isento ver RIR/99 art.
654.

OBS: Se a origem dos Lucros for de Lucro Presumido, examinar a


Legislação específica do Lucro Presumido para o ano de 88
formação dos Lucros.
4. A empresa poderá distribuir lucros aos sócios ou acionistas
mesmo devendo tributos? E se estiver discutindo os tributos com o
fisco ou no judiciário, poderá distribuir os lucros aos sócios?

Questão: A empresa pode continuar mantendo os lucros


acumulados no grupo do patrimônio líquido?

RESOLUÇÃO CFC Nº
Nº.. 1.159
159//09

(...)
50. Os itens 42 a 43 da NBC T 19.18 - Adoção Inicial da Lei
nº. 11.638/07 e da Medida Provisória nº. 449/08 e os itens
115 e 116 do Comunicado Técnico nº. 03 (Resolução CFC
nº. 1.157/09) tratam dos lucros acumulados, sendo
permitida a existência de saldo positivo para todas as
entidades, exceto às sociedades por ações.

89
Ver anexo n.º 9
5. Análise dos impactos e reflexos contábeis e societários da
contabilização da multa e dos juros.

a) Impactos Contábeis:

- Maior endividamento
- Menor índice de liquidez
- Menor valor de Patrimônio Líquido

b) Impactos Societários:

- Aumento da responsabilidade dos sócios e/ou dos administradores


da empresa.
- Diminuição dos lucros a serem distribuídos aos sócios ou
acionistas.

90
5. Análise dos impactos e reflexos contábeis e societários da
contabilização da multa e dos juros.

Distribuição de lucros

1- ATENÇÃO: Quais os principais requisitos para que a empresa possa distribuir os


lucros intermediários durante o ano? Lei 6.404/76 art. 204. O Estatuto ou o Contrato
Social deve autorizar a Distribuição do Lucro Intermediário. Empresa Ltda. deve se
orientar pelas normas da Lei das S/A.Lei 3.708 de 10/01/1919.art 18.
Distribuição desproporcional dos lucros: Código Comercial - art. 330.
Código Civil – Lei nº 10.406/02, arts. 997, VII, 1.007 e 1.008.

2 - ATENÇÃO: EMPRESAS QUE TEM DÉBITOS FISCAIS DE IRPJ E INSS NÃO PODEM
DITRIBUIR LUCROS.
Fiscalização do INSS – Decreto nº 3.048/99, art. 201, § 5º, inc. II. Rir/99, art. 889
Atenção com relação a distribuição de lucros e pagamento de pro-labore.
ATENÇÃO: ver Lei nº 11.051/04, art. 17, sobre distribuição de lucros.
ATENÇÃO: Lucros ilícitos ou fictícios – Código Civil – Lei nº 10.406/2002, art. 1.009..
ATENÇÃO: Lucros distribuídos ou retirados a qualquer título em prejuízo do capital
Social – Código Civil – Lei 10.406/2002, art. 1.059

91
5. Análise dos impactos e reflexos contábeis e societários da
contabilização da multa e dos juros.

Distribuição de lucros

2 - ATENÇÃO: EMPRESAS QUE TEM DÉBITOS FISCAIS DE IRPJ E


INSS NÃO PODEM DITRIBUIR LUCROS.

As pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não


garantido, para com a União e suas Autarquias de Previdência e
Assistência Social, por falta de recolhimento de imposto, taxa ou
contribuição, no prazo legal, não poderão distribuir lucros,
quaisquer bonificações ou participação de lucros aos sócios,
diretores e demais membros de Órgãos dirigentes fiscais ou
consultivos.

Lei nº 4.357/64, art. 32, atualizada pela Lei nº 11.051/04


Lei nº 8.212/91, art. 52, atualizada pela Lei nº 11.941/09
92
PASTA “D”
OBRIGAÇÕES FISCAIS ACESSÓRIAS E
A ENTREGA AO FISCO APÓS O PRAZO
LEGAL

93
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED CONTÁBIL, EFD
- CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS, DIMOB, DECRED, etc.

É possível cumprir a entrega dessas obrigações acessórias de forma


espontânea sem o pagamento da multa fiscal?

ACÓRDÃO 108-09.142

1º Conselho de Contribuintes - 8a. Câmara


ACÓRDÃO 108-09.142
Órgão Julgador: 1º Conselho de Contribuintes - 8a. Câmara
Data da publicação no DOU: 18.04.2007
Data de Julgamento: 06.12.2006
Relator: JOSÉ HENRIQUE LONGO
Presidente: DORIVAL PADOVAN
Matéria: IRPJ
Exercício: 1998
Ementa: DENÚNCIA ESPONTÂNEA - INAPLICABILIDADE DA MULTA DE MORA - A denúncia
espontânea de infração, acompanhada do pagamento do tributo em atraso e dos juros de
mora, exclui a responsabilidade do denunciante pela infração cometida, nos termos do art.
138 do CTN, o qual não estabelece distinção entre multa punitiva e multa de mora sendo,
portanto, inaplicável a penalidade imposta.
Data da decisão: 06/12/2006
Data da publicação no DOU: 18/04/2007

94
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED CONTÁBIL,
EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS, DIMOB, DECRED, etc.

DECISÃO 16-21437

Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo I / 14a. Turma /


DECISÃO 16-21437 em 20/05/2009

DENÚNCIA ESPONTÂNEA DA INFRAÇÃO. IMPEDIMENTO PARA A


LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO Denúncia espontânea da infração é
tida como o procedimento adotado pelo infrator que regularize a situação
que tenha configurado a infração, antes do início de qualquer ação fiscal
relacionada com a infração, hipótese que, uma vez verificada, impede a
lavratura do Auto de Infração. REINCIDÊNCIA. EXISTÊNCIA DE DECISÃO
HOMOLOGATÓRIA DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO REFERENTE À INFRAÇÃO
ANTERIOR. APLICAÇÃO RESTRITA ÀS INFRAÇÕES COMETIDAS APÓS A
DATA DA HOMOLOGAÇÃO Reincidência é a prática de nova infração a
dispositivo da legislação por uma mesma pessoa ou por seu sucessor,
dentro de cinco anos da data em que houver passado em julgamento
administrativo a decisão condenatória ou homologatória da extinção do
crédito referente à infração anterior.
95
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED
CONTÁBIL, EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS,
DIMOB, DECRED, etc.

DECISÃO 16-21437

(...)

Em havendo decisão homologatória da extinção do crédito


referente à infração anterior, a aplicação da reincidência deve ficar
restrita às infrações cometidas após a data da homologação.
Período de apuração: : 17/09/1987 a 04/04/2005
Publicado no DOU em: 20/05/2009

96
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED CONTÁBIL,
EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS, DIMOB, DECRED, etc.

ACÓRDÃO 2802-00.353

Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF - 2a. Seção - 2a. Turma


Especial

CARF 2a. Seção / 2a. Turma Especial / ACÓRDÃO 2802-00.353 em


16/06/2010IRPF - Ex.: 2002

ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Exercício: 2002 IRPF - MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO,


A falta de apresentação da declaração de rendimentos ou sua entrega fora
do prazo estabelecido constitui irregularidade que dá ensejo à aplicação da
multa por descumprimento de obrigação acessória, MULTA POR ATRASO -
DENÚNCIA ESPONTÂNEA.
A espontaneidade na apresentação a destempo da declaração de ajuste
anual não tem o condão de elidir a aplicação da multa pela falta ou atraso
na entrega dessa declaração, por se tratar de OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
ACESSÓRIA AUTÔNOMA em relação ao fato gerador do tributo e constituir
prática de ato meramente formal. 97
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED CONTÁBIL,
EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS, DIMOB, DECRED, etc.

ACÓRDÃO 2802-00.353

(...)
RAZOABILIDADE-PROPORCIONA LIDADE-CONFISCO - VIOLAÇÃO.
Tratando-se de mera aplicação de dispositivo legal, cuja ilegalidade ou
inconstitucionalidade não foi argüida pelo Supremo Tribunal Federal, resta
afastada qualquer violação. Além disso, a Súmula n° 2 do CARF já dispôs
sobre a sua incompetência para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade
de lei tributária.
Recurso Voluntário Negado.
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.
Acordam os membros do Colegiado, por unanimidade de votos, negarem
provimento ao recurso interposto, nos termos do voto da Relatora.

Publicado no DOU em: 07.02.2011


Recorrente: MARIO CARVALHO
Recorrida: FAZENDA NACIONAL
Data de decisão: 16/06/2010Data de publicação: 07/02/2011

98
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED
CONTÁBIL, EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS,
DIMOB, DECRED, etc.

STJ - RECURSO ESPECIAL - 2009/0051227-5 - 17/06/2010

Tribunal de Justiça - STJ - T2 - SEGUNDA TURMADecisão


REsp 1129202 / SP
RECURSO ESPECIAL
2009/0051227-5
Relator(a)
Ministro CASTRO MEIRA (1125)
Órgão Julgador
T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento: 17/06/2010
Data da Publicação/Fonte: DJe 29/06/2010

99
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED CONTÁBIL,
EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS, DIMOB, DECRED, etc.

STJ - RECURSO ESPECIAL - 2009/0051227-5 - 17/06/2010

(...)

TRIBUTÁRIO. MULTA MORATÓRIA. ART. 138 DO CTN. ENTREGA EM ATRASO


DA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS. 1. A denúncia espontâneanão tem o
condão de afastar a multa decorrente do atraso na entrega da declaração
de rendimentos, uma vez que os efeitos do artigo 138 do CTN não se
estendem às OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS AUTÔNOMAS. Precedentes. 2.
Recurso especial não provido.Acórdão Vistos, relatados e discutidos os
autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar
provimento ao recurso nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros Humberto Martins (Presidente), Herman Benjamin, Mauro
Campbell Marques e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro
Relator.Informações ComplementaresAguardando análise.
Data de decisão: 17/06/2010
Data de publicação: 29/06/2010 (DJe 29/06/2010)

100
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED CONTÁBIL,
EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS, DIMOB, DECRED, etc.

STJ - EDAG - EMBARGOS DE DECLARAÇAO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO -


200302156043 - 20/04/2004
Superior Tribunal de Justiça - STJ - PRIMEIRA TURMA
Espécie: EDAG - EMBARGOS DE DECLARAÇAO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 568515
Relator(a): JOSÉ DELGADO

Ementa:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇAO. EXISTENCIA DE
CONTRADIÇAO
E ERRO MATERIAL NO ACORDAO. CORREÇAO. PAGAMENTO INTEGRAL DO
DÉBITO.
MULTA. DENUNCIA ESPONTANEA. INAPLICABILIDADE.

1. Os embargantes confessam que efetivaram o pagamento do tributo


após o vencimento, embora sem pressao do Fisco. Tal circunstância é
suficiente para que nao seja aplicada adenúnciaespontânea.

101
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED CONTÁBIL,
EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS, DIMOB, DECRED, etc.

2. A configuraçao da "denúnciaespontânea", como consagrada no art.


138 do CTN nao tem a elasticidade pretendida, deixando sem puniçao
as infraçoes administrativas pelo atraso no cumprimento das
obrigaçoes fiscais. A extemporaneidade no pagamento do tributo é
considerada como sendo o descumprimento, no prazo fixado pela norma,
de uma atividade fiscal exigida do contribuinte. É regra de conduta
formal que nao se confunde com o nao-pagamento do tributo, nem com
as multas decorrentes por tal procedimento.
3. As RESPONSABILIDADES ACESSÓRIAS AUTÔNOMAS, sem qualquer
vínculo
direto com a existência do fato gerador do tributo, nao estao
alcançadas pelo art. 138 do CTN. Precedentes.
4. Nao hádenúnciaespontâneaquando o crédito tributário em favor
da Fazenda Pública encontra-se devidamente constituído por
autolançamento e é pago após o vencimento.
5. Inexistência de parcelamento, na hipótese, que se reconhece, com
a sua correçao.

102
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED
CONTÁBIL, EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS,
DIMOB, DECRED, etc.

6. Embargos acolhidos, porém, sem efeitos modificativos. Acórdao


mantido.
Referência Legislativa: CTN-66 CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL
LEG_FED LEI_5172 ANO_1966 ART_138
Decisao:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que sao partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA TURMA do Superior
Tribunal de Justiça, por unanimidade, acolher os embargos de
declaraçao, sem efeitos modificativos, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Luiz Fux, Teori Albino Zavascki
e Denise Arruda votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Falcao.

Data de decisão: 20/04/2004


Data de publicação: 17/05/2004 (DJ DATA:17/05/2004 PAGINA:147)
103
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED
CONTÁBIL, EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS,
DIMOB, DECRED, etc.

SÚMULAS CONSOLIDADAS DO CARF – CONSELHO


ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

Súmula CARF nº 49: A denúncia espontânea (art. 138 do Código


Tributário Nacional) não alcança a penalidade decorrente do atraso
na entrega de declaração.

104
1. Entrega fora do prazo legal da DCTF, DACON, DIPJ, SPED
CONTÁBIL, EFD - CONTRIBUIÇÕES - PIS/COFINS, GIA de ICMS,
DIMOB, DECRED, etc.

Despacho de Aprovação Cosit nº 12

Solução de Consulta Interna Cosit nº 10


Data da publicação: 27 de junho de 2012
Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
A apresentação de arquivos digitais relativos a contribuições
previdenciárias com inconsistências ou fora do prazo estabelecido
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) configura
descumprimento de obrigação acessória prevista no art. 11 da Lei
nº 8.218, de 1991.
Tratando-se de órgãos públicos estaduais ou municipais ou
entidades da Administração Pública Indireta, ao se verificar este
tipo de infração, por impossibilidade de aplicação dos artigos da
Lei nº 8.218, de 1991, deverá ser aplicado o inciso III, do art. 32, da
Lei nº 8.218, de 1991, com capitulação da multa fundamentada nos
arts. 92 e 102 da mesma lei
105
2. É possível pagar as multas fiscais de atraso de entrega de
obrigações fiscais acessórias (RFB) via compensação com
saldos credores de IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e IPI?

Respostas/sugestões:

a) IN-RFB n.º 1.300/12, arts. 41 a 68, 83 e 84 – compensação


tributária, PER/DCOMP.

b) PER/DCOMP – versão n.º ____ (a mais atual/vigente no momento


do preenchimento).

106
3. Como a empresa poderá planejar e pagar as multas de atraso de
entrega de obrigações fiscais acessórias (DCTF, DACON, DIPJ,
EFD - contribuições, DIRF, etc.).

Respostas/sugestões:

a) Geração de entrada de caixa através de levantamento de


créditos extemporâneos de tributos (PIS e COFINS não-
cumulativo, IPI), com a finalidade de suprir a saída de caixa do
pagamento das multas das obrigações fiscais acessórias
entregues com atraso.

b) Saldos credores de tributos via PER/DCOMP.

c) Planejamento tributário legal para fins de geração de caixa.

107
PASTA “E”
COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA DA
MULTA DE MORA, DA MULTA FISCAL DE
AUTO DE INFRAÇÃO E DOS JUROS SELIC
REFERENTE AOS DÉBITOS FISCAIS EM
ATRASO COM SALDOS CREDORES DE
TRIBUTOS

108
1. Empresa possui saldo credor de tributos (saldo credor de IRPJ,
CSLL, PIS, COFINS, ICMS, IPI): Poderá utilizar esse saldo credor para
pagar a multa de mora, a multa fiscal e os juros selic de débitos
fiscais em atraso?

LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966. Código Tributário


Nacional

TÍTULO II
Obrigação Tributária
CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato
gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem
por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à 109
penalidade pecuniária.
1. Empresa possui saldo credor de tributos (saldo credor de IRPJ,
CSLL, PIS, COFINS, ICMS, IPI): Poderá utilizar esse saldo credor para
pagar a multa de mora, a multa fiscal e os juros selic de débitos
fiscais em atraso?

LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996.

Seção VII

Restituição e Compensação de Tributos e Contribuições

Art. 73. Para efeito do disposto no art. 7º do Decreto-lei nº 2.287,


de 23 de julho de 1986, a utilização dos créditos do contribuinte e a
quitação de seus débitos serão efetuadas em procedimentos internos
à Secretaria da Receita Federal, observado o seguinte:

I - o valor bruto da restituição ou do ressarcimento será debitado à


conta do tributo ou da contribuição a que se referir;

II - a parcela utilizada para a quitação de débitos do contribuinte ou


responsável será creditada à conta do respectivo tributo ou da
respectiva contribuição. 110
1. Empresa possui saldo credor de tributos (saldo credor de IRPJ, CSLL, PIS,
COFINS, ICMS, IPI): Poderá utilizar esse saldo credor para pagar a multa de
mora, a multa fiscal e os juros selic de débitos fiscais em atraso?

LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996.

Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com
trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela
Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento,
poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer
tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.(Redação dada pela
Lei nº 10.637, de 2002)

§ 1o A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega,


pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas
aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados.(Incluído pela
Lei nº 10.637, de 2002).

A respeito do assunto compensação tributária, pedimos analisar muito bem a


IN-RFB n.º 1.300/12, arts. 41 a 68, 83 e 84.

111
1. Empresa possui saldo credor de tributos (saldo credor de
IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS, IPI): Poderá utilizar esse saldo
credor para pagar a multa de mora, a multa fiscal e os juros selic
de débitos fiscais em atraso?

Respostas/sugestões:

a) IN-RFB n.º 1.300/12, arts. 41 a 68, 83 e 84 – compensação


tributária, PER/DCOMP.

b) PER/DCOMP – versão n.º ____ (a mais atual/vigente no momento


do preenchimento).

112
PASTA “F”
COMO RECUPERAR MULTAS DE MORA
DE TRIBUTOS PAGAS
ESPONTANEAMENTE NOS ÚLTIMOS 60
MESES E COMO COMPENSAR OU
RESTITUIR

113
1. O que quer dizer “multas pagas espontaneamente” e “denúncia
espontânea”?

• Multas pagas espontaneamente é quando a empresa paga a vista o débito


fiscal em atraso e não houve até o momento do pagamento nenhum
procedimento de fiscalização por parte do fisco, seja fisco da RFB, ICMS,
ISS, etc.

• Denúncia espontânea é um procedimento, é a conduta do contribuinte de


exteriorizar e efetivar o pagamento de débitos fiscais em atraso antes que
ocorra o procedimento de fiscalização ou o procedimento de cobrança do
tributo pelo fisco.

• Fundamento legal: art. 138 do Código Tributário Nacional.

Atenção: O procedimento precisa estar enquadrado no caput do art. 138 do


CTN e não se enquadra no parágrafo único do mesmo artigo 138.

114
2. Como recuperar de forma legal todas as multas de mora de tributos, pagas
pela empresa de forma espontânea, nos últimos 60 meses?

• Caso a empresa pagou tributos em atraso sem a multa de mora oriundos de


tributos que na época do pagamento ainda não haviam sido declarados ao
fisco, como por exemplo na DCTF, e também o procedimento do pagamento
sem a multa de mora está enquadrado no cáput do art. 138 do CTN e não
está enquadrado no parágrafo único do mesmo art. 138, nesse caso então a
empresa poderá fazer um relatório detalhado das informações do
pagamento das multas de mora pagas nos últimos 60 meses.

• Entendemos que a compensação tributária dessas multas pagas na forma


acima mencionada poderá ser dar de forma administrativa através do
PER/DCOMP

115
2. Como recuperar de forma legal todas as multas de mora de tributos, pagas
pela empresa de forma espontânea, nos últimos 60 meses?

NOTA TÉCNICA N.º 1 – COSIT

DATA: 18 DE JANEIRO DE 2012

INTERESSADO: SUBSECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO E CONTENCIOSO

ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO.

(...)

19.6. CASO O CONTRIBUINTE PLEITEIE A RESTITUIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE


QUANTIA PAGA A TÍTULO DE MULTA DE MORA, ALEGANDO TER OCORRIDO NA
ESPÉCIE A DENÚNCIA ESPONTÂNEA, E UMA VEZ CONSTATADA ESSA
SITUAÇÃO, FAZ ELE JUZ À RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO, COM FUNDAMENTO NO
ART. 168, INCISO I C/C O ART. 165, INCISO I, AMBOS DO CTN, E ART. 3º DA LEI
COMPLEMENTAR N.º 118, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005, OBSERVADO O PRAZO
DE 5 (CINCO) ANOS CONTADOS DA DATA DO PAGAMENTO INDEVIDO. EM
SITUAÇÃO SEMELHANTE DECIDIU A RFB, MEDIANTE A INSTRUÇÃO
NORMATIVA N.º 936, DE 3 DE MAIO DE 2009.

116
2. Como recuperar de forma legal todas as multas de mora de tributos, pagas
pela empresa de forma espontânea, nos últimos 60 meses?

ACÓRDÃO CSRF/01-03.532
Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF - Primeira Turma
(Data da Decisão: 18/09/2001 Data de Publicação: 18/03/2003)

Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF - Primeira Turma / ACÓRDÃO CSRF/01-03.532


em 18.09.2001
IRF - ANO(s): 1996

DENÚNCIA ESPONTÂNEA - RECOLHIMENTO DE TRIBUTO A DESTEMPO - ISENÇÃO DE


PENALIDADE - À LUZ DO ART. 138 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL A SATISFAÇÃO DOS
JUROS DE MORA DE TRIBUTO RECOLHIDO A DESTEMPO EXAURE QUAISQUER DIREITOS DA
FAZENDA NACIONAL E O SUJEITO PASSIVO HABILITA-SE À RESTITUIÇÃO DA MULTA DE
MORA INDEVIDAMENTE PAGA.

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso, vencidos os Conselheiros Manoel


Antonio Gadelha Dias (Relator), Mário Junqueira Franco Júnior (Suplente Convocado),
Antônio de Freitas Dutra, Cândido Rodrigues Neuber, Verinaldo Henrique da Silva, Iacy
Nogueira Martins Morais e José Clóvis Alves. Designado para redigir o voto vencedor o
Conselheiro Victor Luis de Salles Freire.

EDISON PEREIRA RODRIGUES - PRESIDENTE

Publicado no DOU em: 18.03.2003


Relator: VICTOR LUIS DE SALLES FREIRE - DESIGNADO
Recorrente: FAZENDA NACIONAL
Recorrida: SEGUNDA CÂMARA DO PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 117
Sujeito Passivo: ABC INTERMÁQUINAS S/A
2. Como recuperar de forma legal todas as multas de mora de tributos, pagas
pela empresa de forma espontânea, nos últimos 60 meses?

ACÓRDÃO 401-03.532
órgão Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF - Primeira Turma
Decisão
Processo n° 10675 000103/00-18
Recurso n° . RP/102-0 319
Matéria IRF - ano 1996
Recorrente FAZENDA NACIONAL
Recorrida SEGUNDA CÂMARA DO PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES
Sujeito Passivo ABC INTERMÁQUINAS S /A
Sessão de . 18 DE SETEMBRO DE 2001
Acórdão n° CSRF/01-03 532

DENÚNCIA ESPONTÂNEA - RECOLHIMENTO DE TRIBUTO A


DESTEMPO - ISENÇÃO DE PENALIDADE

À luz do art. 138 do Código Tributário Nacional a satisfação dos


juros de mora de tributo recolhido a destempo exaure quaisquer
direitos da Fazenda Nacional e o sujeito passivo habilita-se à
restituição da multa de mora indevidamente paga

Data de decisão: 31/12/1969

118
3. Como compensar esse crédito tributário nos pagamentos atuais de tributos?

Instrução Normativa RFB nº 1.300, de 20 de novembro de 2012

DOU de 21.11.2012

Estabelece normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e


reembolso, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil, e dá
outras providências.

CAPÍTULO I
DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Art. 1º A restituição e a compensação de quantias recolhidas a título de tributo


administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a
restituição e a compensação de outras receitas da União arrecadadas
mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) ou Guia
da Previdência Social (GPS) e o ressarcimento e a compensação de créditos
do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) e do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para
as Empresas Exportadoras (Reintegra), serão efetuados conforme o
disposto nesta Instrução Normativa.

119
3. Como compensar esse crédito tributário nos pagamentos atuais de
tributos?

LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996.

Seção VII

Restituição e Compensação de Tributos e Contribuições

Art. 73. Para efeito do disposto no art. 7º do Decreto-lei nº 2.287,


de 23 de julho de 1986, a utilização dos créditos do contribuinte e a
quitação de seus débitos serão efetuadas em procedimentos internos
à Secretaria da Receita Federal, observado o seguinte:

I - o valor bruto da restituição ou do ressarcimento será debitado à


conta do tributo ou da contribuição a que se referir;

II - a parcela utilizada para a quitação de débitos do contribuinte ou


responsável será creditada à conta do respectivo tributo ou da
respectiva contribuição.

120
3. Como compensar esse crédito tributário nos pagamentos atuais de tributos?

LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996.

Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com
trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela
Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento,
poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer
tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.(Redação dada pela
Lei nº 10.637, de 2002)

§ 1o A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega,


pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas
aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados.(Incluído pela
Lei nº 10.637, de 2002).

A respeito do assunto compensação tributária, pedimos analisar muito bem a


IN-RFB n.º IN 1.300/12, arts. 41 a 68, 83 e 84.

121
4. A empresa poderá aplicar os juros selic nos valores das multas de mora
pagas espontaneamente para fins de compensação tributária?

IR - LEI nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995

Art. 39. A compensação de que trata o art. 66 da Lei nº 8.383, de 30 de


dezembro de 1991, com a redação dada pelo art. 58 da Lei nº 9.069, de 29
de junho de 1995, somente poderá ser efetuada com o recolhimento de
importância correspondente a imposto, taxa, contribuição federal ou
receitas patrimoniais de mesma espécie e destinação constitucional,
apurado em períodos subseqüentes.

§ 4º A partir de 1º de janeiro de 1996, a compensação ou restituição será


acrescida de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada
mensalmente, calculados a partir da data do pagamento indevido ou a maior
até o mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1% relativamente
ao mês em que estiver sendo efetuada.

122
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.

CAPÍTULO II

Constituição de Crédito Tributário

SEÇÃO I

Lançamento

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o


crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível.

Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e


obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

123
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos
cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento
sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida
pelo obrigado, expressamente a homologa.

§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo


extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao
lançamento.

§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à


homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à
extinção total ou parcial do crédito.

§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém,


considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na
imposição de penalidade, ou sua graduação.

124
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.

Art. 150.

(...)

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a


contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a
Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o
lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

125
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

A) TRIBUTOS DECLARADOS AO FISCO (LANÇAMENTO FISCAL POR HOMOLOGAÇÃO)

• São tributos apurados pelo próprio contribuinte (sujeito passivo) e informados ao fisco
através do cumprimento de obrigações fiscais administrativas acessórias, como por
exemplo: DCTF, DACON, EFD-contribuições, DIPJ, GIA de ICMS, etc.

• Lançamento fiscal por homologação.

• O crédito tributário é feito (calculado) pela própria empresa (contribuinte) sem o prévio
exame da autoridade fiscal (sujeito ativo).

• O contribuinte (sujeito passivo) apura, calcula e informa ao fisco o tributo a ser pago ou
a ser compensado. Exemplos de tributos sob lançamento por homologação: IRPJ, CSLL,
PIS, COFINS, INSS, ISS, ICMS, IPI, etc.

• No lançamento por homologação, a Lei exige o pagamento do tributo


independentemente de qualquer aviso ou ato prévio do fisco (sujeito ativo).

• O lançamento por homologação ocorre quando o fisco (sujeito ativo) confirmar o valor
apurado, calculado e pago do tributo, através de ato formal, expresso e privativo do
próprio fisco, como por exemplo através de fiscalização, ou lançamento por
homologação tácita, isto é, por decurso do prazo legal para o fisco homologar o tributo
(houve omissão do fisco em realizá-lo). CTN, art. 150.

126
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

B) TRIBUTOS NÃO DECLARADOS AO FISCO (LANÇAMENTO FISCAL DIRETO, DE


OFÍCIO OU EX OFFICIO).

• São tributos não apurados e nem calculados pelo contribuinte (sujeito


passivo).

• Os tributos são apurados, calculados e cobrados diretamente pelo próprio


fisco (sujeito ativo).

• O fisco calcula e cobra os tributos com base nos dados cadastrais


informados pelo próprio contribuinte.

• Exemplos de tributos por lançamento fiscal direto pelo fisco (sujeito ativo):
IPTU, ITR, IPVA.

127
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

C) LANÇAMENTO FISCAL POR DECLARAÇÃO (OU LANÇAMENTO FISCAL


MISTO)

• O contribuinte (sujeito passivo) declara previamente sua intenção em


realizar um negócio jurídico e que irá gerar um tributo a ser pago, como por
exemplo ITBI: Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
ITCMD: Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação

• PGDAS / SIMPLES NACIONAL

128
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

D) “AUTOLANÇAMENTO” – “TRIBUTO AUTOLANÇADO”.

Tributo declarado pelo contribuinte pode ser conceituado como tributo


“autolançado”, é “autolançamento”?

Tributo apurado, calculado e constituído pelo próprio contribuinte, torna-se


desde logo líquido, certo e exigível pela administração fiscal?

Ver abaixo a Súmula n.º 436 do STJ.

SÚMULA N.º 436 DO STJ - ÓRGÃO JULGADOR - S1 - PRIMEIRA SEÇÃO

DATA DO JULGAMENTO: 14/04/2010 - DATA DA PUBLICAÇÃO/FONTE: DJE


13/05/2010
RSTJ VOL. 218 P. 704

ENUNCIADO
A ENTREGA DE DECLARAÇÃO PELO CONTRIBUINTE RECONHECENDO
DÉBITO FISCAL CONSTITUI O CRÉDITO TRIBUTÁRIO, DISPENSADA
QUALQUER OUTRA PROVIDÊNCIA POR PARTE DO FISCO. 129
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

D) “AUTOLANÇAMENTO” – “TRIBUTO AUTOLANÇADO”.

Súmula n.º 436 do STJ

Precedentes

• AgRg no Ag 937706 MG 2007/0183275-8 Decisão:06/03/2008 DJE


DATA:04/03/2009
• AgRg no Ag 1146516 SP 2009/0003105-4 Decisão:04/03/2010 DJE
DATA:22/03/2010
• REsp 510802 SP 2003/0003262-0 Decisão:01/04/2004 DJ
DATA:14/06/2004 PG:00165
• REsp 603448 PE 2003/0194605-3 Decisão:07/11/2006 DJ
DATA:04/12/2006 PG:00281
• REsp 823953 SP 2006/0048963-2 Decisão:09/09/2008 DJE
DATA:01/10/2008
• REsp 1090248 SP 2008/0198248-7 Decisão:02/12/2008 DJE
DATA:18/12/2008
• REsp 1101728 SP 2008/0244024-6 Decisão:11/03/2009 DJE
DATA:23/03/2009 130
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

ACÓRDÃO 1102-00.028
órgão Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF - 1a. Seção -
2a. Turma da 1a. Câmara
Decisão
Processo n° 11080.009845/2004-76
Recurso n° 161.503 Voluntário
Acórdão n° 1102-00.028 - 1' Câmara / la Turma Ordinária
Sessão de 27 de agosto de 2009.

CSLL. LANÇAMENTO. DCTF. DIPJ. A partir da expedição da Instrução


Normativa SRF n° 126/98, a DCTF passou a ser documento oficial para
declarar a confessar os débitos de tributos e contribuições. A DIPJ -
Declaração Integrada de Informações Econômico-Fiscais de Pessoa Jurídica
passou a fornecer informações estatísticas para o Fisco.

CSLL. LANÇAMENTO. BASE DE CÁLCULO. DECLARAÇÃO


INEXATA. Nas hipóteses de declaração inexata, embora as receitas
operacionais tenham sido contabilizadas, quando o contribuinte deixa de
declarar os tributos e contribuições devidas na DCTF - Declaração de
Débitos e Créditos de Tributos e Contribuições Federais cabe a lavratura dos autos de
infração para exigir a diferença não declarada e confessada.

131
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

ACÓRDÃO 1301-00.175
órgão Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF - 1a. Seção -
1a. Turma da 3a. Câmara
Decisão
Processo n° 10932.000157/2005-91
Recurso n° 160.050 De Oficio e Voluntário
Acórdão n° 1301-00.175 - 3a Câmara / P Turma Ordinária
Sessão de 29 de julho de 2009
Matéria IRPJ - EX: DE 2001

Recorrentes 4' TURMATDRJ-CAMPINAS/SP e VIRTU'S REPRESENTAÇÃO


COMERCIAL LTDA.

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA -IRPJ

LANÇAMENTO DE OFÍCIO - OS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS DECLARADOS EM


DCTF ESPONTANEAMENTE ENTREGUES PELO CONTRIBUINTE, PODEM SER
COBRADOS EM CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NOS PARÁGRAFOS 1° E
20 DO ART. 50 DO DECRETO-LEI N° 2.124/84, NÃO NECESSITANDO,
PORTANTO, DE LANÇAMENTO DE OFICIO PARA A SUA CONSTITUIÇÃO. 132
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

DECISÃO 06-31782
órgão Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Curitiba - 3a.
Turma
DecisãoDelegacia da Receita Federal de Julgamento em Curitiba / 3a.
Turma / DECISÃO 06-31782 em 18/05/2011
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

COFINS. ISENÇÃO. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. COMPENSAÇÃO.


CERTEZA E LIQUIDEZ. A compensação de indébito fiscal com créditos
tributários vencidos e/ou vincendos, está condicionada à comprovação
da certeza e liquidez do respectivo indébito. CÁLCULO DA
CONTRIBUIÇÃO AO PIS. RETIFICAÇÃO DE DÉBITO INFORMADO EM
DOCUMENTOS FISCAIS. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO ERRO. A
simples retificação de documentos fiscais (DCTF, DIPJ e DACON), para
alterar valores originalmente declarados, desacompanhada de
documentação hábil e idônea, não pode ser admitida para modificar
despacho decisório, cuja ciência pelo interessado deu-se antes da
transmissão dos documentos retificadores.
133
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

Qual o tipo de documento fiscal de obrigação fiscal acessória é considerada


e que constitui “confissão de dívida fiscal” e/ou “autolançamento” e que
também constitui como instrumento hábil e suficiente para a exigência
do referido crédito tributário pelo fisco, com base no “tributo declarado”
pelo próprio constribuinte?

1. ( ) - DCTF (IRPJ – CSLL – PIS – COFINS – IPI – IRRF)


2. ( ) – GIA DE ICMS (ICMS)
3. ( ) – SEFIP/GFIP (GPS/INSS)
4. ( ) – DECLARAÇÃO DE ISS CONFORME O MUNICÍPIO (ISS)
5. ( ) – DIPJ
6. ( ) – DACON
7. ( ) – EFD-CONTRIBUIÇÕES
8. ( ) – DIRF
9. ( ) – SINTEGRA
10.( ) – PGDAS / SIMPLES NACIONAL
11.( ) – SPED CONTÁBIL – ECD.
12.( ) – SPED FISCAL – EFD.

134
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

ANALISEMOS O SEGUINTE ASSUNTO:

O débito fiscal a ser pago e que foi apurado, declarado/confessado pelo


próprio contribuinte em obrigação fiscal acessória, como por exemplo DCTF,
GIA de ICMS, SEFIP, e o referido tributo não é pago:

5.1. O Ato Administrativo Fiscal do lançamento tributário, pelo ente


tributário, é desnecessário?
( ) SIM
( ) NÃO

5.2. O crédito tributário passa a ser exigível, independentemente de prévia


notificação ou da instauração de procedimento administrativo fiscal?
( ) SIM
( ) NÃO

135
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

5.3. A obrigação fiscal acessória que declara o valor do tributo a ser pago e
não admitido, dispensa a fazenda pública de qualquer outra providencia
conducente à formalização do valor declarado?
( ) SIM
( ) NÃO

5.4. Tributo apurado, calculado, declarado e confessado o valor a ser pago


pelo próprio contribuinte é conceituado como “autolanlamento”?
( ) SIM
( ) NÃO

5.5. Débito fiscal declarado pelo próprio contribuinte e não pago, é


desnecessária a instauração de procedimento administrativo para a
cobrança do tributo e até mesmo efetuar a inscrição da dívida em dívida
ativa?
( ) SIM
( ) NÃO

136
5. Análise da diferença entre tributos declarados ao fisco e tributos não
declarados.

5.6. As declarações prestadas pelo contribuinte, como por exemplo em


DCTF, GIA de ICMS, a fazenda pública poderia transformá-las em
“lançamento”, tendo em vista que o ato privativo do lançamento do
tributo é do fisco nos termos do artigo 142 do CTN?
( ) SIM
( ) NÃO

137
PASTA “G”
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE
PARA TODAS AS EMPRESAS NO BRASIL
E A PROVA LEGAL CONTÁBIL

138
1. A importância da contabilidade para todas as empresas no Brasil e a prova
legal contábil.

A importância da contabilidade da empresa com base no livro diário e no livro


razão contábil, cujos lançamentos contábeis e demais procedimentos
contábeis servem como prova a favor do contribuinte. Ver abaixo normas do
Código Civil brasileiro e do Código de Processo Civil:

LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973.


CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por


lei, provam também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.

Art. 380. A escrituração contábil é indivisível: se dos fatos que resultam


dos lançamentos, uns são favoráveis ao interesse de seu autor e outros Ihe
são contrários, ambos serão considerados em conjunto como unidade.

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.


CÓDIGO CIVIL

Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as


pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício
extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.
139
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com base nas novas
regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades Limitadas, para as S/A aberta e S/A
fechada, enquadradas ou não como Sociedade de Grande Porte – SGP
Contabilidade Obrigatória
Enquadramento da empresa – limites 2013 e 2014: Lei Contábil e
Normas Contábeis:
1. Microempresa (Faturamento anual do próprio Res. CFC nº 1.418/12,
ano-calendário até R$ 360.000,00) Res. CFC n.º
1.330/11, e
NBC – CTG nº 1.000 de
30/08/2013
2. EPP (Faturamento anual de R$ 360.000,01 Res. CFC nº
1.418/12,
até R$ 3.600.000,00) Res. CFC n.º
1.330/11, e
NBC – CTG nº 1.000 de
30/08/2013
Obs.: A PME, é a empresa que não é MEI, não é MICRO, nem EPP, e nem SGP
(MEI – Microempreendedor Individual)

*SGP: Sociedade de Grande Porte - Lei nº 11.638/07, art 3º


* PME: Pequena ou Média Empresa (Resolução do CFC n.º 1.255/09)
140
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com base nas novas
regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades Limitadas, para as S/A aberta e S/A
fechada, enquadradas ou não como Sociedade de Grande Porte – SGP

Contabilidade Obrigatória
Enquadramento da empresa – limites 2013 e 2014 : Lei Contábil e Normas
Contábeis:
3. Ltda. e demais sociedades – NÃO SGP – SIM PME Res. CFC nº 1.255/09
Faturamento anual de R$ 3.600.000,01 até R$ 300.000.000,00 NBC – CTG nº 1.000 de
30/08/2013
Micro e EPP, mesmo não optantes pelo simples Nacional

4. S/A Fechada – NÃO SGP – SIM PME


Faturamento anual de R$ 3.600.000,01 até R$ 300.000.000,00 Res. CFC nº 1.255/09
Micro e EPP, mesmo não optantes pelo simples Nacional NBC – CTG nº 1.000 de
30/08/2013
Obs.: A PME, é a empresa que não é MEI, não é MICRO, nem EPP, e nem SGP

*SGP: Sociedade de Grande Porte - Lei nº 11.638/07, art 3º


•PME: Pequena ou Média Empresa (Resolução do CFC n.º 1.255/09)
OBS.: VER ANEXO N.º 7.
141
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com base nas novas
regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades Limitadas, para as S/A aberta e S/A
fechada, enquadradas ou não como Sociedade de Grande Porte – SGP
Contabilidade Obrigatória
Enquadramento da empresa – limites 2013 e 2014 : Lei Contábil e Normas
Contábeis:
5. Ltda. e demais sociedades– SIM SGP – NÃO PME
Faturamento anual – exercício social anterior
a partir de R$ 300.000.000,01 ou ativo total Lei nº 11.638/07 – Lei nº
6.404/76
anual - exercício social anterior a partir de Lei nº 11.941/09 e Normas do
CFC
R$ 240.000.000,01

6. S/A Fechada – SIM SGP – NÃO PME


Faturamento anual anterior a partir de R$ 300.000.000,01 Lei nº 11.638/07 – Lei nº
6.404/76
ou ativo total anual anterior a partir de R$ 240.000.000,01 Lei nº 11.941/09 e Normas do
CFC
Obs.: A PME, é a empresa que não é MEI, não é MICRO, nem EPP, e nem SGP

*SGP: Sociedade de Grande Porte - Lei nº 11.638/07, art 3º


* PME: Pequena ou Média Empresa (Resolução do CFC n.º 1.255/09) 142
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com base nas novas
regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades Limitadas, para as S/A aberta e S/A
fechada, enquadradas ou não como Sociedade de Grande Porte – SGP

Contabilidade Obrigatória
Enquadramento da empresa – limites 2013 e 2014 : Lei Contábil e Normas Contábeis:
7. S/A Aberta – NÃO SGP – SIM PME
Faturamento anual de R$ 3.600.00,01 até R$ 300.000.000,00 Res. CFC nº 1.255/09 (?)
Micro e EPP, mesmo não optantes pelo simples Nacional NBC – CTG nº 1.000 de 30/08/2013

8. S/A Aberta – SIM SGP – NÃO PME


Faturamento anual anterior a partir de R$ 300.000.000,01 Lei nº 11.638/07 – Lei nº 6.404/76
ou ativo total anual anterior a partir de R$ 240.000.000,01 Lei nº 11.941/09 e Normas do CFC
Normas da CVM
Normas do Ibracon
Obs.: A PME, é a empresa que não é MEI, não é MICRO, nem EPP, e nem SGP

*SGP: Sociedade de Grande Porte - Lei nº 11.638/07, art 3º


* PME: Pequena ou Média Empresa (Resolução do CFC n.º 1.255/09)
143
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com
base nas novas regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades
Limitadas, para as S/A aberta e S/A fechada, enquadradas ou não como
Sociedade de Grande Porte – SGP

Resolução CFC - Lei nº 11.638/07 - Lei nº 11.638/07 Resolução CFC


Nº 1.255/09 - Lei nº 11.941/09 - Lei nº 11.941/09 Nº 1.115/07
- Lei nº 6.404/76 - Lei nº 6.404/76 e N.º 1.330/11
- Normas do CFC - Normas do CFC
- Normas da CVM
- Normas do IBRACON
-Limitada -Limitada S/A Aberta - Microempresa
NÃO SGP SIM SGP - Empresa de
Pequeno Porte -
- S/A Aberta – EPP
- S/A Fechada –
NÃO SGP
SIM SGP
-S/A Fechada –
NÃO SGP
*SGP: Sociedade de Grande Porte - Lei nº 11.638/07, art 3º
144
* PME: Pequena ou Média Empresa (Resolução do CFC n.º 1.255/09)
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com
base nas novas regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades
Limitadas, para as S/A aberta e S/A fechada, enquadradas ou não como
Sociedade de Grande Porte – SGP

Dispensa da Contabilidade
-Código Civil – Lei nº 10.406/02 art. 1.179 caput e § 2º
-Código Civil – Lei nº 10.406/02 art. 970
-Resolução CGSN nº 10/07 art. 3º
-Lei complementar nº 123/06 art. 18-A
-Em resumo:
A dispensa da escrituração contábil é somente para o
pequeno empresário ou microempreendor que tenha auferido receita
bruta no ano-calendário anterior de até R$ 60.000,00 para fins de
limite de faturamento para o ano-calendário de 2012.
Legislação do CGSN n.º 94/2011, art. 91 e Lei Complementar n.º
123/06, art. 18-A e § 1º.
145
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com
base nas novas regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades
Limitadas, para as S/A aberta e S/A fechada, enquadradas ou não como
Sociedade de Grande Porte – SGP

As empresas tributadas pelo simples nacional conforme Lei Complementar n.º


123/06, ficam obrigadas a fazer contabilidade e demonstrações contábeis de
acordo com as normas internacionais de contabilidade?

RESPOSTA:

A) Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006

Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes


pelo Simples Nacional PODERÃO, OPCIONALMENTE, adotar
contabilidade simplificada para os registros e controles das
operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor.

146
2. Adoção contábil para fins de balanço societário e balanço tributário, com
base nas novas regras contábeis (normas internacionais) para as Sociedades
Limitadas, para as S/A aberta e S/A fechada, enquadradas ou não como
Sociedade de Grande Porte – SGP

B) Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de


novembro de 2011 (*)

Art. 65. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional PODERÁ,


OPCIONALMENTE, adotar contabilidade simplificada para os
registros e controles das operações realizadas, atendendo-se às
disposições previstas no Código Civil e nas Normas Brasileiras de
Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 27)

Parágrafo único. Aplica-se ao empresário individual com receita bruta


anual de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) a dispensa prevista
no § 2º do art. 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 68)

147
3. Quais os BENEFÍCIOS NEGOCIAIS junto aos clientes, fornecedores, bancos e
licitações públicas a contabilidade pode proporcionar?

- Maior Alavancagem de Negócios


- Mais competitividade
- Melhor posição frente aos concorrentes
- Taxa de juros dos empréstimos bancários: menor e mais competitiva.
- Transferência das informações econômicas, contábeis, tributárias.
- Atrair novos investimentos
- Facilitação na análise de crédito
- Redução do spread bancário

2 - Governança corporativa mais eficiente


- Compensação de prejuízos Fiscais no Regimes de Tributação Lucro Real.
- Recuperação Judicial e Recuperação Extrajudicial – Lei nº 11.101/05

148
4. Quais os benefícios SOCIETÁRIOS, inclusive na valorização do valor de mercado da
empresa, que a contabilidade pode proporcionar?

- Prova nos casos de litígio: CPC art. 379 e C.C art. 226
- Investidores;
- Maior Transparência para os sócios/ acionistas;
- Valorização da Empresa;
- Maior distribuição de lucros isentos de tributação na fonte e na declaração
anual dos sócios.
- Perícia Contábil x provas em juízo
- Saída de Sócios x Situação Patrimonial Real e com valor de mercado
- Maior Controle Financeiro e Maior Controle Econômico
- Reclamação Trabalhista x Perícia Contábil
- Prestação de contas pelos Administradores da Empresa – Código civil art. 1.020.
149
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

Resolução CFC nº 1328/11

Dispõe sobre a estrutura das Normas Brasileiras de


Contabilidade

Art. 9º A inobservância às Normas Brasileiras de Contabilidade


constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas
alíneas de “c” a “g” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado
pela Lei n.º 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador.
Art. 10. As Normas Brasileiras de Contabilidade, tanto as Profissionais
quanto as Técnicas, editadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade continuarão vigendo com a identificação que foi
definida nas Resoluções CFC n.º 751/93, n.º 1.156/09 e n.º 1.298/10
até serem alteradas ou revogadas mediante a emissão de novas
normas em conformidade com as disposições previstas nesta
Resolução.
150
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES - DECRETO-LEI Nº 9.295, DE 27 DE MAIO DE 1946.

Art. 27. As penalidades ético-disciplinares aplicáveis por infração ao exercício legal


da profissão são as seguintes: (Redação dada pela Lei nº 12.249, de 2010)

a) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos


infratores dos arts. 12 e 26 deste Decreto-Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.249,
de 2010)

b) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes aos profissionais e de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes


o valor da anuidade do exercício em curso às empresas ou a quaisquer
organizações contábeis, quando se tratar de infração dos arts. 15 e 20 e seus
respectivos parágrafos; (Redação dada pela Lei nº 12.249, de 2010)

c) multa de 1 (uma) a 5 (cinco) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos


infratores de dispositivos não mencionados nas alíneas a e b ou para os quais
não haja indicação de penalidade especial; (Redação dada pela Lei nº 12.249, de
2010) 151
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES - DECRETO-LEI Nº 9.295, DE 27 DE MAIO


DE 1946.

d) suspensão do exercício da profissão, pelo período de até 2 (dois) anos,


aos profissionais que, dentro do âmbito de sua atuação e no que se
referir à parte técnica, forem responsáveis por qualquer falsidade de
documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração
praticadas no sentido de fraudar as rendas públicas; (Redação dada
pela Lei nº 12.249, de 2010)

e) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de 6 (seis) meses a 1


(um) ano, ao profissional com comprovada incapacidade técnica no
desempenho de suas funções, a critério do Conselho Regional de
Contabilidade a que estiver sujeito, facultada, porém, ao interessado a
mais ampla defesa; (Redação dada pela Lei nº 12.249, de 2010)
152
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES - DECRETO-LEI Nº 9.295, DE 27 DE MAIO


DE 1946.

f) cassação do exercício profissional quando comprovada incapacidade


técnica de natureza grave, crime contra a ordem econômica e
tributária, produção de falsa prova de qualquer dos requisitos para
registro profissional e apropriação indevida de valores de clientes
confiados a sua guarda, desde que homologada por 2/3 (dois terços) do
Plenário do Tribunal Superior de Ética e Disciplina; (Incluído pela Lei nº
12.249, de 2010)

g) advertência reservada, censura reservada e censura pública nos casos


previstos no Código de Ética Profissional dos Contabilistas elaborado e
aprovado pelos Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade,
conforme previsão do art. 10 do Decreto-Lei no 1.040, de 21 de outubro
de 1969. (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010) 153
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

Resolução CFC 1.159/09 - Res. - Resolução CONSELHO


FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC nº 1.159 de 13.02.2009
D.O.U.: 04.03.2009

OBJETIVO

1. Este Comunicado Técnico (CT) tem por objetivo orientar os


profissionais de contabilidade na execução dos registros e na
elaboração das demonstrações contábeis, a partir da adoção
das novas práticas contábeis adotadas no Brasil, em
atendimento à Lei nº 11.638/07, à Medida Provisória nº 449/08,
aos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) e às Normas Brasileiras de
Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), relativas a um período ou a um exercício social iniciado
a partir de 1º de janeiro de 2008. 154
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

ADOÇÃO DAS NOVAS PRÁTICAS CONTÁBEIS NO BRASIL

2. As definições da Lei nº 11.638/07 e da MP nº 449/08 devem ser observadas por


todas as empresas obrigadas a obedecer à Lei das S/A, compreendendo não só as
sociedades por ações, mas também as demais empresas, inclusive as
constituídas sob a forma de limitadas, independentemente da sistemática de
tributação por elas adotada.

3. As empresas de grande porte, de acordo com a definição da Lei nº 11.638/07


(parágrafo único do art. 3º), devem, adicionalmente, observar as regras da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

4. Devem também ser observadas as determinações previstas nas Normas


Brasileiras de Contabilidade (NBCs) emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) e os Pronunciamentos Técnicos editados pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC).

5. As demais entidades, sem finalidades lucrativas, devem observar a legislação


aplicável e as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) específicas.

155
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

Decreto Lei nº 9.295 de 27.05.1946

Art. 6ºSão atribuições do Conselho Federal de Contabilidade:


a) organizar o seu Regimento Interno;
b) aprovar os Regimentos Interno organizados pelos Conselhos Regionais modificando o
que se tornar necessário, a fim de manter a respectiva unidade de ação;
c) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-
las;
d) decidir, em última instância, recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais;
e) publicar o relatório anual de seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os
profissionais registrados.
f) regular acerca dos princípios contábeis, do Exame de Suficiência, do cadastro de
qualificação técnica e dos programas de educação continuada; e editar Normas
Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional.

Esta alínea foi inserida pelo artigo 76 da Lei nº 12.249 de 11.06.2010.


156
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

PARA AS PME’s: RESOLUÇÃO DO CFC N.º 1.255/09.

RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar a NBC T 19.41 – Contabilidade para Pequenas e Médias


Empresas.
Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados a partir de 1º. de
janeiro de 2010.
Brasília, 10 de dezembro de 2009.

QUESTÃO A SER DISCUTIDA:


A ADOÇÃO DAS NOVAS REGRAS CONTÁBEIS NO BRASIL, A EMPRESA PODERÁ
INICIAR EM 2011, 2012 OU 2013, OU JÁ DEVERIA TER INICIADO EM 2010, OU
SEJA, A PARTIR DOS BALANÇOS ENCERRADOS EM 31/12/2010?
*PME: Pequena ou Média Empresa (Resolução do CFC n.º 1.255/09) 157
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

PARA AS SGP: RESOLUÇÃO DO CFC N.º 1.152/09 – vigência a partir de 2008.

PARA AS SGP: RESOLUÇÃO DO CFC N.º 1.306/10 – vigência a partir de dezembro


2010.

*SGP: Sociedade de Grande Porte - Lei nº 11.638/07, art 3º.

158
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

Contabilidade Obrigatória para todas as empresas no Brasil, independentemente da forma de tributação de IRPJ,
CSLL, PIS e COFINS
1. Código Civil: Lei nº 10.406/02 art. 1.179 a 1.191
2. Lei das S/A: Lei nº 6.404/76 art. 176 a 188
3. Código Tributário Nacional - CTN: Lei nº 5.172/66 art. 195
4. Legislação Previdenciária: Regulamento da Previdência – Decreto nº 3.048/99 art. 225
5. Regulamento do Imposto de Renda: Decreto nº 3.000/99 art. 258 e 274, § 1º
6. Recuperação Judicial e Extrajudicial: Lei nº 11.101/05 art. 51
7. Normas do CFC: Resolução CFC nº 1.330/11 – 1.255/09
8. Escrituração contábil eletrônico – Resolução CFC nº 1.299/10 e Res. CFC nº 1.078/06
9. SPED Contábil – ECD – Sistema Público de Escrituração Digital – Escrituração Contábil Digital: Decreto nº 6.022/07
– IN-RFB nº 787/07.
10. Prestação de contas e deliberação sobre o Balanço Patrimonial e a demonstração do resultado (DRE). Código Civil
– Lei nº 10.406/02 art. 1.075 e 1.078
159
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

Código Civil – Lei nº 10.406/02

Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com


fidelidade e clareza, a situação real da empresa e,
atendidas as peculiaridades desta, bem como as
disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o
ativo e o passivo.
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as
informações que acompanharão o balanço patrimonial,
em caso de sociedades coligadas.

* Sobre demonstrações financeiras consolidadas, ver Lei


nº 6.404/76, arts. 249 e 250.
160
5. Responsabilidades e penalidades para os contabilistas que assinam
balanços sem a contabilização das Novas Regras Contábeis no Brasil.

Responsabilidade dos administradores, sócios e contadores


responsáveis pelos departamentos fiscais, responsabilidade dos
sócios, acionistas e sucessores.

A) Lei nº 6.404/76 – Artigos 153, 154, 245 e 246 – PARA S/A.


B) B) Código Civil (Sociedades Limitadas) – Lei nº 10.406/02 – Artigos
50, 226, 1.003, 1.011, 1.013, 1.016, 1.017, 1.020, 1.059;
C) Responsabilidades dos contabilistas - Código Civil (Sociedades
Limitadas) – Lei nº 10.406/02 – Artigos 1.177 a 1.179;
D) Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000/99 – Artigos
256, 819 e 820.
E) Dados do Representante da Pessoa Jurídica e do Responsável pelo
preenchimento da DIPJ 2014: Ver Ficha 03 da DIPJ 2014.

Obs.: Ver anexo nº 55: Declaração de responsabilidade da empresa.


161
PASTA “H”
AUTO DE INFRAÇÃO FISCAL LAVRADO POR
FISCAL FEDERAL, DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL QUE
NÃO TEM REGISTRO NO CRC, NÃO É
CONTADOR(A) HABILITADO(A), TEM
VALIDADE JURÍDICA?

162
Fiscal Federal, Previdência Social, Estadual ou
Municipal, fiscalizou a empresa com base na
contabilidade, ou seja, com base no livro diário,
livro razão contábil, balancetes contábeis,
balanço contábil final, demonstração do
resultado do exercício e/ou demais
demonstrações contábeis e também com base
em diversos documentos contábeis. O fiscal,
com base no exame contábil, lavrou o auto de
infração fiscal. Entretanto o fiscal não tem
registro no CRC, pois não é contador(a)
habilitado(a).

Questão: O auto de infração tem validade


jurídica?
163
1. Falta de habilitação do agente fiscal como contador, falta de
registro no CRC. Competência do auditor fiscal para a função
de auditar a contabilidade da empresa.

O que se questiona é o seguinte:

Que se os autuantes fiscais (federal, Previdência Social


Estadual ou Municipal) não forem legalmente habilitados ao
exercício da profissão de contador com o devido registro no
Conselho Regional de Contabilidade – CRC, os seus trabalhos
consubstanciados e corroborados nos quadros e demais
relatórios e demonstrativos fiscais que acompanham o auto de
infração fiscal, se estariam INVALIDADOS e INEFICAZES como
prova em favor da sustentação do referido auto de infração
fiscal, TORNANDO ASSIM O PRÓPRIO LANÇAMENTO FISCAL À
NULIDADE, porque a matéria fática, que embasou a
constituição do crédito tributário através da fiscalização, foi
obtida por meio de trabalhos profissionais que são privativos de
profissão regulamentada por Norma Federal, ou seja, com base
no Decreto-Lei n.º 9.295/46 e também com base em diversas
normas do Conselho Federal de Contabilidade.
164
1. Falta de habilitação do agente fiscal como contador, falta de
registro no CRC. Competência do auditor fiscal para a função
de auditar a contabilidade da empresa.

Súmula 4 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC

O exercício das atribuições de fiscal de tributos, inclusive da


previdência social, constitui prerrogativa de contador,
descabida a baixa do registro por esse fundamento.

Sala das Sessões, 27 de junho de 1980.

27/06/1980

165
1. Falta de habilitação do agente fiscal como contador, falta de
registro no CRC. Competência do auditor fiscal para a função
de auditar a contabilidade da empresa.

Veja abaixo súmula do Conselho Administrativo de Recursos


Fiscais – CARF.

Súmula CARF nº 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é


competente para proceder ao EXAME DA ESCRITA FISCAL da
pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profissional
de contador.

Obs.: Como se observa acima, com base na Súmula CARF n.º 8,


não menciona “EXAME DA ESCRITA CONTÁBIL”.

166
Bibliografia e Fonte para pesquisa a respeito dos assuntos
Contábeis e Societários .

1. Coêlho, Sacha Calmon Navarro, 1940. Teoria e prática das multas


tributárias. 2. Ed – Rio de Janeiro: Forense, 1998.

2. Farág, Cláudio Renato do Canto. Multas Fiscais: regime jurídico e limites de


gradação – São Paulo: Editora Juarez de Oliveira,
(www.juarezdeoliveira.com.br) 2011.

3. Varella, Luiz Salem. Taxa Selic: Inconstitucionalidade Lei n.º 9.250/95:


Juros alcavala. São Paulo: Liv. E Ed. Universitária de Direito, 2003.

4. Siqueira, Édison Freitas de. Débito Fiscal: análise crítica e sanções


políticas – Porto Alegre: Sulina, 2001.

5. Tavares, Alexandre Macedo. Denúncia espontânea no direito tributário –


São Paulo:Dialética (www.dialetica.com.br), 2002.

6. Poloni, Antonio Sebastião. Denúncia espontânea em direito tributário:


doutrina, jurisprudência, legislação e prática – Campinas-SP: Agá Juris
Editora, 2000.
167
Bibliografia e Fonte para pesquisa a respeito dos assuntos
Contábeis e Societários .

7. Clélio Chiesa, Laís Vieira Cardoso, Marcelo Magalhães Peixoto,


coordenadores – São Paulo: MP Editora (www.mpeditora.com.br), 2008.

8. Carvalho, Edson de. A inconstitucionalidade da correção monetária de


débitos fiscais – São Paulo: ITN Editora, 1977

9. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens;


SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de Contabilidade Societária. 2ª Ed. São
Paulo: Editora Atlas S.A. (www.editoraatlas.com.br), 2013.

10. ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Imposto de Renda das Empresas/ 10ª.
Ed. São Paulo: Atlas (www.editoraatlas.com.br), 2013.

11. HIGUCHI, Hiromi; HIGUCHI, Fábio Hiroshi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki.


Imposto de Renda Das Empresas – Interpretação Prática/ 39ª. Ed. São
Paulo: IR Publicações (11) 3227-2401), 2014.

12. Regulamento do Imposto de Renda 2013 Anotado e Comentado/ 16º Ed.


São Paulo: FISCOSoft (http://www.fiscosoft.com.br), 2013.
168
Referências e Fonte para pesquisa a respeito de assuntos
Contábeis e Societários convém pesquisar também os seguintes
sites:

1. Site do CPC: http://www.cpc.org.br/

2. Site do CVM: http://www.cvm.gov.br/

3. Site do IBRACON: http://www.ibracon.com.br/

4. Site da ABRASCA: http://www.abrasca.org.br/

5. Site da Bovespa: http://www.bovespa.com.br/

169
Prof. Carlos Alberto Cordeiro
Consultor Tributário, Fiscal, Contábil e Societário
carlos@cordeirorodrigues.com.br
(11) 9 9615-6995 (vivo); (11) 4712-4017; Nextel/Rádio: 85*250223; (11) 7760-4866 (Nextel)

Consultor Tributarista com 28 anos de experiência e especialização em assuntos contábeis, fiscais e societários;
Atualmente desenvolve trabalhos de assessoria e consultoria tributária e contábil em diversas empresas nacionais e
multinacionais no Brasil; Assessoria tributária, fiscal, contábil e societária para o setor de Construção Civil e de
Empreendimentos Imobiliários; Professor convidado em diversas organizações de treinamento profissional;
Foi Gerente da Consultoria Tributária na COAD – SP; Ex-auditor contábil e fiscal em empresas de auditoria.

Atualmente atua também como professor nas áreas tributárias, societária e


contábil nas seguintes instituições:

•IBEF-RJ: www.ibefrio.org.br
•FISCONET: www.fisconet.com.br
•PRODEP: www.prodep.com.br
•IDEMP: www.idemp.com.br
•Lopes Cursos: www.lopescursos.com.br
•D.Ferrera: http://www.dferreraconsultoria.com.br

Professor convidado em diversas organizações públicas e privadas:


SIEMENS, VDO AUTOMOTIVE, TELEBRASÍLIA, CELPAV, GRUPO VOTORANTIM, BANDES, TELEMAR Norte
Leste S/A, ZF DO BRASIL S/A, Tribunal Superior do Trabalho – TST, Tribunal Regional Eleitoral – TRE RJ, TV GLOBO,
entre diversas outras empresas nacionais e multinacionais.

170
AGRADECEMOS PELA PARTICIPAÇÃO!

PROF. CARLOS ALBERTO CORDEIRO


CONSULTOR TRIBUTÁRIO, FISCAL, CONTÁBIL E SOCIETÁRIO

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